“Intraempreendedorismo e a revolução na inovação
Inovação
é uma das palavras do momento, especialmente porque o mundo precisa dela em
diferentes setores para continuar os processos de crescimento. Áreas que há
anos atuam com processos/produtos estagnados têm rompido paradigmas ao investir
em inovações que transformam a realidade das empresas.
Muitos
confundem inovação com invenção, como se só fosse possível inovar a partir de
um novo produto: o que é uma grande mentira. Esse mito faz com que deixem de
praticar a inovação, mas mais preocupante do que isso é a falta de uma atitude
transformadora, a qual denomina-se de intraempreendedorismo.
Olhando
para esses desafios, principalmente o último, compartilho neste artigo insights
para auxiliar nessas questões.
Um
conceito que precisa ser esclarecido
Primeiro,
precisamos ter em mente que é oportunizando que colaboradores pratiquem o
empreendedorismo e a inovação dentro da própria empresa que muitas conseguem
mudar a rotina produtiva e investir em produtos, serviços e processos que mudam
seu ambiente e negócios. O empreendedorismo corporativo, que é este empreender
dentro da própria empresa, vem transformando organizações em escalas significativas.
Desde a contratação de novos funcionários que tenham o perfil empreendedor até
o “apostar as fichas” nesse colaborador vem mexendo com as estruturas mais
tradicionais da indústria mundial.
No
Brasil, a realidade é colocada em prática pouco a pouco, e quem consegue
implementar sai na frente em diferentes aspectos. Várias organizações estão em
movimento, procurando pessoas com perfil empreendedor, capazes de aplicar novas
ideias e com coragem para transformar a realidade. E se engana quem pensa que
os cargos estão apenas nas diretorias. Hoje, quem consegue se colocar como
ownership ganha destaque e vira referência, seja na linha de processos,
desenvolvimento de produtos ou até mesmo na presidência das corporações.
Quando
o intraempreendedorismo é colocado em prática
a
partir do momento em que o empreendedorismo e a inovação são causas verdadeiras
da empresa/indústria, os colaboradores dessa organização são incentivados a
serem disruptivos.
Desse
modo, pequenas atitudes fazem muita diferença. Sabe por quê? Quando uma
organização acredita no potencial de seus colaboradores, ela os incentiva e
investe recursos em ideias. Ela ganha aliados, parceiros e o compromisso do
grupo com a eficiência dos resultados.
Quando
incorporada, a cultura intraempreendedora estabelece novos modelos de negócio e
traz as melhores experiências para clientes, indústrias e demais colaboradores.
A inovação passa a ser uma consequência natural. O dia a dia se transforma em
uma busca contínua pelas melhores alternativas para fazer mais, melhor e com
resultados mais eficientes – mesmo que seja em pequenas atitudes e atividades.
É
contagiante e, ao mesmo tempo, funciona como uma rede multiplicadora tanto para
o cotidiano empresarial quanto para a vida pessoal das pessoas que compõem a
rede.”.
(Carlos Eduardo Boechat. Diretor associado de
Industry X na Accenture e diretor executivo empreendedor, conselheiro e membro
da Open Mind Brazil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 19 de abril de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de abril de 2023, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Para aqueles que virão
Numa
roda de amigos, surgiu o tema “nova geração”. A conversa ficou até valendo
estas notas.
Efetivamente,
as novas gerações – ou continuação da humanidade – poderão desfrutar de alta
tecnologia e recursos excepcionais, entretanto a incerteza permanece sendo a
única certeza do futuro.
As
civilizações do passado, justamente no melhor momento de sua trajetória,
iniciaram declínios terríveis que levaram até a sua dissolução. Nos últimos 40
séculos, notamos que, após períodos de esplendor, se seguiram outros de
obscurantismo e dissolução. Gerações de egípcios dominavam a construção das
pirâmides e de estátuas colossais; hoje, têm dificuldades até de montar um
edifício mais elaborado.
Ainda se
analisa a opulência de Roma, “caput mundi”, que chegou a hospedar 1 milhão de
habitantes em seu apogeu, mas em seguida encolheu para 25 mil moradores.
Precisou aguardar mais de mil anos para assistir ao “renascimento” italiano.
Aliás, um movimento civilizatório que pode ser tratado como uma explosão de
inteligência, bom gosto, arte e engenhosidade sem precedentes.
Constata-se
na história a falta de linearidade do desenvolvimento de civilizações, marcado
por elevações fantásticas seguidas de decadências inexplicáveis. Servem de
exemplos as civilizações chinesa, suméria, grega, romana, inca e outras que se
dissolveram como abóbora de Cinderela – não apenas materialmente, mas
intelectualmente, perdendo o acervo de conhecimentos mais elevados.
O
crescimento e a dissolução marcam a trajetória de todos os povos que nos
antecederam. A cidade peruana de Machu Picchu é testemunha. A perfeição
fantástica de suas técnicas de construção permanece hoje inexplicável.
Nos
últimos dias, as sumidades da tecnologia do planeta se reuniram para alertar
sobre os riscos da inteligência artificial. O tema sacudiu os ambientes
acadêmicos internacionais, mas, infelizmente, no Brasil, o tratamento do
assunto, até agora, não passou de sensacionalismo como “guerra entre humanos e
robôs”. Poderemos ter mais facilidades na vida. Entretanto, em termos de
supremacia, a raça humana tem algo sublime que a diferencia e a deixa
irrepetível.
Pode até
ser inferior na capacidade de memorização e na elaboração de cálculos, contudo
o homem, à luz da ciência ocidental, resta um enigma. O homem possui algo que
transcende a matéria, a física, a química e a mecânica. Performances
extraordinárias de alguns indivíduos atestam existir uma potencialidade
excepcional ao alcance da raça.
No
Gênesis: “Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris”; da mesma
forma, nas escrituras sagradas do hinduísmo (Vedas, Upanishads, Bhagavad-Gita,
Ramayana e Mahabharata), o fenômeno que conhecemos como homem neste planeta é
descrito como um conjunto de sete corpos (esferas), seis dos quais existem
antes de aparecer o indivíduo físico, em carne e ossos. Quatro deles
desapareceriam, e três, que compõem o corpo causal ou a verdadeira essência que
construiu o corpo, seriam o dono do eterno peregrino (mônada). Os corpos
inferiores: físico, etérico (energias), astral (desejo, vontade, aspiração) e
mental inferior (parte cerebral) se dissolvem depois de cumprir uma missão
determinada ao mundo dos fenômenos (maya).
Por que,
entretanto, o corpo físico seria necessário para o espírito? A ele cabe dispor
a seu dono a experiência terrena para lhe possibilitar a expansão acelerada,
que de outra forma seria demasiadamente longa e interminável nas esferas sutis.
Ou seja, o corpo e sua odisseia se retiram de um limbo, do Éden de Adão e Eva,
para forçar duras provas neste mundo, com suas lutas, sofrimentos, prazeres,
amores e ódios. O universo, assim como as galáxias e o homem (pequena galáxia),
está em contínua expansão. Pensar no homem cósmico é pensar num ente que
deixará de ser homem para ser algo melhor na eternidade, segundo descrevem os
Vedas.
Vinculado
à matéria, o homem se exercita, constrange o espírito a evoluir. Um mal pode se
transformar num bem evolutivo. O corpo físico é uma dádiva momentânea, um desafio
que devemos tratar com todo respeito, cuidado, como um instrumento precioso.
Ainda o usa por aquilo que podem conceder os seus corpos superiores, não como
erroneamente age a maioria: fim em si mesmo.
As
atuais gerações viverão nas próximas décadas “tornados” de desafios. Na lógica
védica, a eles cabe este carma. O papel que terá de manter a humanidade,
povoando esta nossa arena planetária, será desafiador. Se o passado varreu
avanços, civilizações e fatos extraordinários, como a tecnologia das pirâmides,
a sabedoria guardada em Alexandria e os poderes dos magos da cidade de Ur, as
próximas gerações deverão desenvolver sabedoria e métodos de convivência ainda
desconhecidos.
A cada
ciclo, os seus desafios. Entre eles, a energia nuclear e a inteligência
artificial, que representam meios portentosos e riscos brutais e colocam a
humanidade sobre um fio de navalha.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade
universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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