sexta-feira, 21 de abril de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E O PODER TRANSFORMADOR DO EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES EFICIENTES E EFICAZES E A TRANSCENDÊNCIA DA SABEDORIA, TECNOLOGIAS E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Intraempreendedorismo e a revolução na inovação

       Inovação é uma das palavras do momento, especialmente porque o mundo precisa dela em diferentes setores para continuar os processos de crescimento. Áreas que há anos atuam com processos/produtos estagnados têm rompido paradigmas ao investir em inovações que transformam a realidade das empresas.

         Muitos confundem inovação com invenção, como se só fosse possível inovar a partir de um novo produto: o que é uma grande mentira. Esse mito faz com que deixem de praticar a inovação, mas mais preocupante do que isso é a falta de uma atitude transformadora, a qual denomina-se de intraempreendedorismo.

         Olhando para esses desafios, principalmente o último, compartilho neste artigo insights para auxiliar nessas questões.

         Um conceito que precisa ser esclarecido

         Primeiro, precisamos ter em mente que é oportunizando que colaboradores pratiquem o empreendedorismo e a inovação dentro da própria empresa que muitas conseguem mudar a rotina produtiva e investir em produtos, serviços e processos que mudam seu ambiente e negócios. O empreendedorismo corporativo, que é este empreender dentro da própria empresa, vem transformando organizações em escalas significativas. Desde a contratação de novos funcionários que tenham o perfil empreendedor até o “apostar as fichas” nesse colaborador vem mexendo com as estruturas mais tradicionais da indústria mundial.

         No Brasil, a realidade é colocada em prática pouco a pouco, e quem consegue implementar sai na frente em diferentes aspectos. Várias organizações estão em movimento, procurando pessoas com perfil empreendedor, capazes de aplicar novas ideias e com coragem para transformar a realidade. E se engana quem pensa que os cargos estão apenas nas diretorias. Hoje, quem consegue se colocar como ownership ganha destaque e vira referência, seja na linha de processos, desenvolvimento de produtos ou até mesmo na presidência das corporações.

         Quando o intraempreendedorismo é colocado em prática

         a partir do momento em que o empreendedorismo e a inovação são causas verdadeiras da empresa/indústria, os colaboradores dessa organização são incentivados a serem disruptivos.

         Desse modo, pequenas atitudes fazem muita diferença. Sabe por quê? Quando uma organização acredita no potencial de seus colaboradores, ela os incentiva e investe recursos em ideias. Ela ganha aliados, parceiros e o compromisso do grupo com a eficiência dos resultados.

         Quando incorporada, a cultura intraempreendedora estabelece novos modelos de negócio e traz as melhores experiências para clientes, indústrias e demais colaboradores. A inovação passa a ser uma consequência natural. O dia a dia se transforma em uma busca contínua pelas melhores alternativas para fazer mais, melhor e com resultados mais eficientes – mesmo que seja em pequenas atitudes e atividades.

         É contagiante e, ao mesmo tempo, funciona como uma rede multiplicadora tanto para o cotidiano empresarial quanto para a vida pessoal das pessoas que compõem a rede.”.

(Carlos Eduardo Boechat. Diretor associado de Industry X na Accenture e diretor executivo empreendedor, conselheiro e membro da Open Mind Brazil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de abril de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de abril de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Para aqueles que virão

       Numa roda de amigos, surgiu o tema “nova geração”. A conversa ficou até valendo estas notas.

         Efetivamente, as novas gerações – ou continuação da humanidade – poderão desfrutar de alta tecnologia e recursos excepcionais, entretanto a incerteza permanece sendo a única certeza do futuro.

         As civilizações do passado, justamente no melhor momento de sua trajetória, iniciaram declínios terríveis que levaram até a sua dissolução. Nos últimos 40 séculos, notamos que, após períodos de esplendor, se seguiram outros de obscurantismo e dissolução. Gerações de egípcios dominavam a construção das pirâmides e de estátuas colossais; hoje, têm dificuldades até de montar um edifício mais elaborado.

         Ainda se analisa a opulência de Roma, “caput mundi”, que chegou a hospedar 1 milhão de habitantes em seu apogeu, mas em seguida encolheu para 25 mil moradores. Precisou aguardar mais de mil anos para assistir ao “renascimento” italiano. Aliás, um movimento civilizatório que pode ser tratado como uma explosão de inteligência, bom gosto, arte e engenhosidade sem precedentes.

         Constata-se na história a falta de linearidade do desenvolvimento de civilizações, marcado por elevações fantásticas seguidas de decadências inexplicáveis. Servem de exemplos as civilizações chinesa, suméria, grega, romana, inca e outras que se dissolveram como abóbora de Cinderela – não apenas materialmente, mas intelectualmente, perdendo o acervo de conhecimentos mais elevados.

         O crescimento e a dissolução marcam a trajetória de todos os povos que nos antecederam. A cidade peruana de Machu Picchu é testemunha. A perfeição fantástica de suas técnicas de construção permanece hoje inexplicável.

         Nos últimos dias, as sumidades da tecnologia do planeta se reuniram para alertar sobre os riscos da inteligência artificial. O tema sacudiu os ambientes acadêmicos internacionais, mas, infelizmente, no Brasil, o tratamento do assunto, até agora, não passou de sensacionalismo como “guerra entre humanos e robôs”. Poderemos ter mais facilidades na vida. Entretanto, em termos de supremacia, a raça humana tem algo sublime que a diferencia e a deixa irrepetível.

         Pode até ser inferior na capacidade de memorização e na elaboração de cálculos, contudo o homem, à luz da ciência ocidental, resta um enigma. O homem possui algo que transcende a matéria, a física, a química e a mecânica. Performances extraordinárias de alguns indivíduos atestam existir uma potencialidade excepcional ao alcance da raça.

         No Gênesis: “Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris”; da mesma forma, nas escrituras sagradas do hinduísmo (Vedas, Upanishads, Bhagavad-Gita, Ramayana e Mahabharata), o fenômeno que conhecemos como homem neste planeta é descrito como um conjunto de sete corpos (esferas), seis dos quais existem antes de aparecer o indivíduo físico, em carne e ossos. Quatro deles desapareceriam, e três, que compõem o corpo causal ou a verdadeira essência que construiu o corpo, seriam o dono do eterno peregrino (mônada). Os corpos inferiores: físico, etérico (energias), astral (desejo, vontade, aspiração) e mental inferior (parte cerebral) se dissolvem depois de cumprir uma missão determinada ao mundo dos fenômenos (maya).

         Por que, entretanto, o corpo físico seria necessário para o espírito? A ele cabe dispor a seu dono a experiência terrena para lhe possibilitar a expansão acelerada, que de outra forma seria demasiadamente longa e interminável nas esferas sutis. Ou seja, o corpo e sua odisseia se retiram de um limbo, do Éden de Adão e Eva, para forçar duras provas neste mundo, com suas lutas, sofrimentos, prazeres, amores e ódios. O universo, assim como as galáxias e o homem (pequena galáxia), está em contínua expansão. Pensar no homem cósmico é pensar num ente que deixará de ser homem para ser algo melhor na eternidade, segundo descrevem os Vedas.

         Vinculado à matéria, o homem se exercita, constrange o espírito a evoluir. Um mal pode se transformar num bem evolutivo. O corpo físico é uma dádiva momentânea, um desafio que devemos tratar com todo respeito, cuidado, como um instrumento precioso. Ainda o usa por aquilo que podem conceder os seus corpos superiores, não como erroneamente age a maioria: fim em si mesmo.

         As atuais gerações viverão nas próximas décadas “tornados” de desafios. Na lógica védica, a eles cabe este carma. O papel que terá de manter a humanidade, povoando esta nossa arena planetária, será desafiador. Se o passado varreu avanços, civilizações e fatos extraordinários, como a tecnologia das pirâmides, a sabedoria guardada em Alexandria e os poderes dos magos da cidade de Ur, as próximas gerações deverão desenvolver sabedoria e métodos de convivência ainda desconhecidos.

         A cada ciclo, os seus desafios. Entre eles, a energia nuclear e a inteligência artificial, que representam meios portentosos e riscos brutais e colocam a humanidade sobre um fio de navalha.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,65%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

          

          

Nenhum comentário: