sexta-feira, 28 de abril de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E EXIGÊNCIAS DAS LÍNGUAS NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E COMUNICAÇÃO EFETIVA E EFICAZ NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, ALTRUÍSMO E AUTOCONHECIMENTO NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A relevância do idioma no Brasil

       De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Cervantes, a análise das cifras relacionadas com o estudo do espanhol como língua estrangeira desenha um mapa muito concentrado geograficamente: 81% dos estudantes de espanhol no mundo estão distribuídos entre os Estados Unidos, a União Europeia e o Brasil. O espanhol é uma das línguas mais estudadas no mundo e o peso do idioma no Brasil é inquestionável, os dados estão aí para provar.

         Aqui no Brasil, o número de estudantes de espanhol representa 22% do total mundial. Atualmente, 460 mil pessoas no país têm domínio nativo da língua e outras 5,2 milhões aprendem esse idioma.

         O espanhol é a segunda língua materna do mundo em relação ao número de falantes e também a segunda língua do mundo em que mais textos científicos foram escritos. Além disso, em um mundo globalizado é cada vez maior o número de empresas multinacionais, o que amplia a necessidade do contato entre profissionais de diferentes culturas e idiomas.

         Nesse cenário, falar apenas o idioma nativo já não é o bastante. A presença de uma segunda ou até terceira língua no currículo pode ser um diferencial decisivo na conquistam de um emprego e abrir portas para a carreira.

         Segundo a última Pesquisa Salarial e de Benefícios realizada pelo site de empregos Catho, profissionais que possuem nível superior e são fluentes em espanhol, podem chegar a uma diferença de até 34% a mais no salário, se comparado a pessoas que não dominam a língua.

         Reforçando sua importância no mundo, no dia 23 de abril comemora-se o Dia da Língua Espanhola com o objetivo de reconhecer a riqueza cultural e histórica da língua, além de promover a diversidade cultural. Não por coincidência, na mesma data também é comemorado o Dia Internacional do Livro. A escolha do dia 23 de abril se deve a diversos motivos e um deles é a suposta coincidência da morte de grandes figuras da literatura como Miguel de Cervantes, William Shakespeare, Garcilaso de la Veja, entre outros. O objetivo da data é promover a leitura, a indústria editorial e a proteção da propriedade intelectual por meio de direitos autorais. Desde 1988, é uma celebração internacional promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

         A partir daí, o dia 23 de abril também foi escolhido para celebrar a língua espanhola, pois coincide com o aniversário da morte de Miguel de Cervantes Saavedra, autor de Dom Quixote, uma das obras mais universais e mais traduzidas no mundo.”.

(Sergio Bermejo. Chefe acadêmico do Instituto Cervantes de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de abril de 2023, caderno OPINIÃO, página 13).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Aurobindo

       Um ser humano se torna líder de homens ou famoso em círculos mais amplos e apercebe-se, muitas vezes, tomado de um poder que vem de fora, além de suas forças humanas e egoísticas. Ele pode perceber, quando minimamente desperto, um destino maior que age por meio dele, como uma vontade misteriosa e insondável; uma luz interior de grande brilho agindo para encaixar com êxito as peças de um enorme quebra-cabeças, por de escolhas guiadas.

         Seus pensamentos, suas ações ou seu gênio criador passam a conseguir resultados por vezes formidáveis.

         Entretanto, pessoas nesse estado de possessão superior efetuam destruições formidáveis, erupções de eventos, que facilitam o caminho da humanidade, removendo o que é obsoleto ou, ainda, conseguem alguma grande construção, inovação, que se torna o lugar de repouso e felicidade de multidões.

         Essas pessoas, atores do destino, externamente podem parecer um flagelo (fazendo o mal) ou portadores de luz e de cura (realizando o bem), criadores de beleza e mensageiros de conhecimento. Passam a trabalhar com a sensação e a percepção muito viva de serem instrumentos eleitos para essa missão ou obra portentosa.

         As pessoas que têm esse destino e esses poderes momentâneos creem facilmente – e declaram – que são meros instrumentos nas mãos de Deus, do Destino Supremo, mas muitos, frequentemente, em suas expressões, demonstram um egoísmo mais intenso e exagerado. Essas pessoas podem perder-se pessoalmente; falam de Deus abusivamente, para gerar uma imagem deles próprios como “ungidos” e infalíveis, portadores de luz que não lhes pertence, mas apenas lhes foi emprestada para um escopo determinado e passageiro.

         Essa imagem magnificada de seu ego não serve para alcançar um objetivo maior, mas está à procura apenas de outros mesquinhos e pessoais. Disso advém a desgraça, que vem de costume com a falta de humildade. Prelúdio de falência, pois, ao entrar numa obra egoística, o mecanismo emperra.

         Isso é o que acontece com frequência com aqueles que têm uma natureza vital forte, mas grosseira, ou mentes que se exaltam com facilidade quando permitem à ambição, ao orgulho ou ao desejo de grandeza introduzirem-se e viciarem a pureza de seu propósito.

         Uma egolatria magnificada interpõe-se e apodera-se do seu comportamento para fins pessoais; o divino que agia por meio dele se afasta inexoravelmente. Percebe-se que uma força maior que a pessoal de ser humano comum cessa. Traí-la é suficiente para que o encanto se desfaça.

         Essa sensação de um poder maior, exclusivamente nosso, é uma alucinação ou megalomania. Aqueles que são conscientes dele têm uma visão mais vasta da essência humana comum, diferente daquela evoluída. Deram um passo mais além, da inteligência que serve para sobreviver, quase animalesca; possuem uma visão desse poder das esferas espirituais e vitais mais sutis.

         Esses aspectos antagônicos na ioga (ensinada por Aurobindo) são faces de um destino em que o mal vem para o bem, e o bem por si só tem que ser fruto de uma elevação de consciência que nos coloque a serviço e em harmonia com os desígnios superiores, e não meramente pessoais e de pouca utilidade.

         A natureza material é imperfeita e falível, encobre o potencial imenso que cada ser humano é. Oculta a existência de um espírito que desceu na matéria para se exercitar e se engrandecer, esquecendo quase sempre que ele é uma parte de um Todo indivisível, aparentemente dividido.

         Então, o sofrimento chega, sem compreender a vastidão – pior: se apegando a um poder tirânico ou demoníaco do mal (que, afinal, serve para redirecionar ao bem).

         Para este ser, um Ulisses, a escolha do destino pode ser completamente clara – e isso dará um grande proveito – ou obscura – e a pouco servirá.

         Ter consciência da diferença entre conhecimento e ignorância é uma graça para ser merecida. O sopro do poder divino vai aonde quer para realizar algo que serve à evolução.

         (O texto segue o ensinamento de Aurobindo, iluminado hinduísta, fundador de Auroville, no Sul da Índia).”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,65%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

  

 

 

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