(Abril = mês 76; faltam 94 meses para a Primavera Brasileira)
“Afinal, qual o perfil e as skills de um
bom líder?
O
líder tem papel fundamental na empresa, já que ele é quem guia e dissemina os
valores e cultura do negócio, além de ser responsável por identificar e
potencializar o melhor de cada colaborador. Para isso, é necessário que as
ações sejam feitas com respeito e adaptação, ajustando as demandas às
particularidades de cada pessoa.
O papel
da liderança passa também pelo exemplo e pela humanização dos processos por
meio do compartilhamento do propósito da empresa e da criação do senso de
pertencimento. Fazer com que as pessoas entendam o porquê de estarem
trabalhando ali contribui para o sucesso do seu negócio.
A
cultura organizacional é construída por pessoas, e sua importância não deve ser
menosprezada. Existe uma famosa frase de Peter Drucker que diz: “A cultura come
a estratégia no café da manhã”. Ou seja, ela se sobrepõe a qualquer informação
financeira, dados e planejamentos. Sem uma cultura adequada, não importa a
estratégia que se adote – ela não sairá do papel se as pessoas não comprarem a
ideia. E quem é responsável por nortear o desenvolvimento de uma cultura
organizacional forte e eficaz? O líder.
Atualmente,
temos um desafio ainda maior, pois estamos acompanhando as mudanças nas formas
de trabalho para as opções remota e híbrida. Esses modelos trazem complexidade
na construção da cultura, e as lideranças precisam desenvolver skills para
adaptar as demandas para o ambiente virtual. Caso contrário, corre-se o risco
de que a cultura instalada no seu negócio saia do seu controle e não seja a
mais adequada. Ser um embaixador da cultura é um aspecto fundamental da
liderança.
O perfil
do novo líder também mudou – e muito. Isso porque as pessoas que estão no
mercado de trabalho hoje também mudaram. Há outras demandas, vontades e
sentimentos. É preciso ter mais efetividade e afetividade, ou seja, o primeiro
é quanto à efetividade dos resultados, e a segunda característica é quanto à
proximidade da equipe, é sobre estar junto e se fazer presente, sendo acessível
e humilde.
Outro
ponto importante de abordar é o crescimento da diversidade de lideranças dentro
da organização. Há um processo cultural que abre cada vez mais oportunidades
para as mulheres, pessoas LGBTQIA+, pretas, com deficiência e outros para
ocuparem os espaços organizacionais. É de extrema importância fomentar essa
diversidade para agregar ainda mais valor e novas ideias, formatos e projetos
para a empresa. Ainda estamos longe do ideal, e já existem diversas referências
em posições de liderança e, em breve, a quantidade dessas pessoas nas
lideranças será equalizada.
Não
existe receita de bolo. Existem pessoas que já nascem com o talento da
liderança e outras que treinam para ocupar essa posição. Independentemente do
caminho escolhido, ele deve ser traçado com muita escuta, aprendizado,
humildade e leitura. É viver o lifelong learning, ou seja, aprender
constantemente, porque as características de um bom líder mudam assim como o
mundo muda as formas de gerir as pessoas.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de março de 2023, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 31 de março de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Dores da Humanidade
A
última semana da Quaresma é a Semana das Dores, referência forte cultivada pela
religiosidade popular às sete dores da discípula exemplar, Maria – Mãe de
Jesus, o crucificado-ressuscitado. As sete dores de Maria estão narradas na
Palavra de Deus e, pode-se afirmar, são também sofrimentos da humanidade. As
dores de Maria apontam, assim, para as chagas da civilização contemporânea. Ao
mesmo tempo, oferecem caminho para superá-las. Constituem uma espiritualidade
com força de recomposição e cura. Itinerário espiritual para se buscar a força
necessária à superação das tristes cenas do cotidiano, especialmente aquelas
que aponta para a crescente desconsideração da vida humana. Essa
desconsideração exige atitude: buscar a superação de todo tipo de mágoa, mal com
força de dominação que pode levar o ser humano a sucumbir-se.
A
exemplaridade de Maria está expressa no seu olhar de Mãe e Discípula, como bem
retrata a arte iconográfica e escultórica: a dor do sofrimento e o mistério da
fé, fazendo brotar uma luz de esperança, nascida da certeza inigualável do que
é revelado pelo amor de Deus. Procurar o amor divino é uma necessidade
essencial e encontrá-lo é a fonte inesgotável da força maior que sustenta o ser
humano. A primeira espada de dor quer aflige Maria, referida pela profecia de
Simeão – o homem justo, revela a humanidade ferida pelo pecado, causa de
sofrimentos e de desdobramentos que impedem a conquista da fraternidade
solidária. A consequência é um mundo de disputas que presidem o viver humano,
fazendo prevalecer lógicas egoístas, interesseiras e povoadas de
indiferentismos.
A
desolação crescente da exclusão social, com diferentes tipos de discriminações,
é também evidenciada a partir das vítimas de arbitrariedade dos poderosos, que
são obrigados a deixar suas terras. Uma situação retratada na segunda dor de
Maria – a fuga da Sagrada Família para o Egito. Essa dor explicita o descaso
daqueles que buscam favorecer poucos, sacrificando muitos que são obrigados a
renunciar, forçosamente, às próprias raízes, abandonar seus laços culturais,
para defender a própria vida. A segunda dor de Maria aponta para o sofrimento
dos migrantes, mas também ensina o que significa ser peregrino – aprender a
viver sem apegos a bens. Um remédio para superar o egoísmo que multiplica os
pobres da terra.
A perda
do menino Jesus no templo, a terceira dor de Maria, possibilita encontrar um
sentido maior para a própria vida – a vocação de cada um no horizonte do amor
de Deus. O Filho Salvador e Redentor da humanidade revela o horizonte largo e
sempre desafiador da vontade do Pai. Deus se expressa na obediência de seu
Filho Jesus, que caminha para a morte. Esse caminhar de Jesus rumo ao calvário
alcança o coração da Mãe, sua quarta dor, revelando a coragem da Discípula
exemplar, que se fundamenta na fé, mesmo quando o suplício ultrapassa limites
humanos. Maria suporta essa dor a partir de sua confiança incondicional em
Deus, Pai de amor. O coração da Mãe dolorosa alcança a compreensão lúcida do
sentido da morte de seu Filho, sua quinta dor, nas sombras da tristeza. Essa
compreensão lúcida descortina o tempo novo do amor vitorioso sobre todo ódio. O
martírio de Cristo, à luz da fé vivida por Maria, não se trata de fracasso, mas
de comprovada vitória da vida sobre a morte. A Mãe que teve diante dos seus
olhos a morte de seu filho, exemplarmente testemunha a justiça divina,
cooperando com a salvação da humanidade.
A
dolorosa acolhida do Filho morto nos seus braços de Mãe, golpeado pela maldade,
sexta dor de Maria, testemunha a verdade da oferta no altar da cruz. O silêncio
profundo do momento derradeiro de todo esse sofrimento se configura no
sepultamento de Jesus, fecundado pela certeza da vida que supera a morte,
sétima dor de Nossa Senhora. As sete dores de Maria são verdadeira escola, na
exemplaridade de seus gestos que expressam a confiança incondicional no amor
maior. Revelam dores da humanidade que, no seu reverso, guardam o caminho para
a construção de uma sociedade redimida, marcada pela força inigualável do
Evangelho, que abre as portas do Reino de Deus. As dores de Maria são também os
sofrimentos da humanidade. As lições da Discípula exemplar são escola do amor e
da confiança em Deus.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente
o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional
todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da
educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da
participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade
universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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