terça-feira, 4 de abril de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E EXIGÊNCIAS DO AMOR, EMPATIA, COERÊNCIA, VISÃO OLÍMPICA E CONCRETICIDADE NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE, COMPAIXÃO E FRATERNIDADE SOLIDÁRIA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (76/94)

(Abril = mês 76; faltam 94 meses para a Primavera Brasileira)

“Afinal, qual o perfil e as skills de um bom líder?

       O líder tem papel fundamental na empresa, já que ele é quem guia e dissemina os valores e cultura do negócio, além de ser responsável por identificar e potencializar o melhor de cada colaborador. Para isso, é necessário que as ações sejam feitas com respeito e adaptação, ajustando as demandas às particularidades de cada pessoa.

         O papel da liderança passa também pelo exemplo e pela humanização dos processos por meio do compartilhamento do propósito da empresa e da criação do senso de pertencimento. Fazer com que as pessoas entendam o porquê de estarem trabalhando ali contribui para o sucesso do seu negócio.

         A cultura organizacional é construída por pessoas, e sua importância não deve ser menosprezada. Existe uma famosa frase de Peter Drucker que diz: “A cultura come a estratégia no café da manhã”. Ou seja, ela se sobrepõe a qualquer informação financeira, dados e planejamentos. Sem uma cultura adequada, não importa a estratégia que se adote – ela não sairá do papel se as pessoas não comprarem a ideia. E quem é responsável por nortear o desenvolvimento de uma cultura organizacional forte e eficaz? O líder.

         Atualmente, temos um desafio ainda maior, pois estamos acompanhando as mudanças nas formas de trabalho para as opções remota e híbrida. Esses modelos trazem complexidade na construção da cultura, e as lideranças precisam desenvolver skills para adaptar as demandas para o ambiente virtual. Caso contrário, corre-se o risco de que a cultura instalada no seu negócio saia do seu controle e não seja a mais adequada. Ser um embaixador da cultura é um aspecto fundamental da liderança.

         O perfil do novo líder também mudou – e muito. Isso porque as pessoas que estão no mercado de trabalho hoje também mudaram. Há outras demandas, vontades e sentimentos. É preciso ter mais efetividade e afetividade, ou seja, o primeiro é quanto à efetividade dos resultados, e a segunda característica é quanto à proximidade da equipe, é sobre estar junto e se fazer presente, sendo acessível e humilde.

         Outro ponto importante de abordar é o crescimento da diversidade de lideranças dentro da organização. Há um processo cultural que abre cada vez mais oportunidades para as mulheres, pessoas LGBTQIA+, pretas, com deficiência e outros para ocuparem os espaços organizacionais. É de extrema importância fomentar essa diversidade para agregar ainda mais valor e novas ideias, formatos e projetos para a empresa. Ainda estamos longe do ideal, e já existem diversas referências em posições de liderança e, em breve, a quantidade dessas pessoas nas lideranças será equalizada.

         Não existe receita de bolo. Existem pessoas que já nascem com o talento da liderança e outras que treinam para ocupar essa posição. Independentemente do caminho escolhido, ele deve ser traçado com muita escuta, aprendizado, humildade e leitura. É viver o lifelong learning, ou seja, aprender constantemente, porque as características de um bom líder mudam assim como o mundo muda as formas de gerir as pessoas.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de março de 2023, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 31 de março de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Dores da Humanidade

       A última semana da Quaresma é a Semana das Dores, referência forte cultivada pela religiosidade popular às sete dores da discípula exemplar, Maria – Mãe de Jesus, o crucificado-ressuscitado. As sete dores de Maria estão narradas na Palavra de Deus e, pode-se afirmar, são também sofrimentos da humanidade. As dores de Maria apontam, assim, para as chagas da civilização contemporânea. Ao mesmo tempo, oferecem caminho para superá-las. Constituem uma espiritualidade com força de recomposição e cura. Itinerário espiritual para se buscar a força necessária à superação das tristes cenas do cotidiano, especialmente aquelas que aponta para a crescente desconsideração da vida humana. Essa desconsideração exige atitude: buscar a superação de todo tipo de mágoa, mal com força de dominação que pode levar o ser humano a sucumbir-se.

         A exemplaridade de Maria está expressa no seu olhar de Mãe e Discípula, como bem retrata a arte iconográfica e escultórica: a dor do sofrimento e o mistério da fé, fazendo brotar uma luz de esperança, nascida da certeza inigualável do que é revelado pelo amor de Deus. Procurar o amor divino é uma necessidade essencial e encontrá-lo é a fonte inesgotável da força maior que sustenta o ser humano. A primeira espada de dor quer aflige Maria, referida pela profecia de Simeão – o homem justo, revela a humanidade ferida pelo pecado, causa de sofrimentos e de desdobramentos que impedem a conquista da fraternidade solidária. A consequência é um mundo de disputas que presidem o viver humano, fazendo prevalecer lógicas egoístas, interesseiras e povoadas de indiferentismos.

         A desolação crescente da exclusão social, com diferentes tipos de discriminações, é também evidenciada a partir das vítimas de arbitrariedade dos poderosos, que são obrigados a deixar suas terras. Uma situação retratada na segunda dor de Maria – a fuga da Sagrada Família para o Egito. Essa dor explicita o descaso daqueles que buscam favorecer poucos, sacrificando muitos que são obrigados a renunciar, forçosamente, às próprias raízes, abandonar seus laços culturais, para defender a própria vida. A segunda dor de Maria aponta para o sofrimento dos migrantes, mas também ensina o que significa ser peregrino – aprender a viver sem apegos a bens. Um remédio para superar o egoísmo que multiplica os pobres da terra.

         A perda do menino Jesus no templo, a terceira dor de Maria, possibilita encontrar um sentido maior para a própria vida – a vocação de cada um no horizonte do amor de Deus. O Filho Salvador e Redentor da humanidade revela o horizonte largo e sempre desafiador da vontade do Pai. Deus se expressa na obediência de seu Filho Jesus, que caminha para a morte. Esse caminhar de Jesus rumo ao calvário alcança o coração da Mãe, sua quarta dor, revelando a coragem da Discípula exemplar, que se fundamenta na fé, mesmo quando o suplício ultrapassa limites humanos. Maria suporta essa dor a partir de sua confiança incondicional em Deus, Pai de amor. O coração da Mãe dolorosa alcança a compreensão lúcida do sentido da morte de seu Filho, sua quinta dor, nas sombras da tristeza. Essa compreensão lúcida descortina o tempo novo do amor vitorioso sobre todo ódio. O martírio de Cristo, à luz da fé vivida por Maria, não se trata de fracasso, mas de comprovada vitória da vida sobre a morte. A Mãe que teve diante dos seus olhos a morte de seu filho, exemplarmente testemunha a justiça divina, cooperando com a salvação da humanidade.

         A dolorosa acolhida do Filho morto nos seus braços de Mãe, golpeado pela maldade, sexta dor de Maria, testemunha a verdade da oferta no altar da cruz. O silêncio profundo do momento derradeiro de todo esse sofrimento se configura no sepultamento de Jesus, fecundado pela certeza da vida que supera a morte, sétima dor de Nossa Senhora. As sete dores de Maria são verdadeira escola, na exemplaridade de seus gestos que expressam a confiança incondicional no amor maior. Revelam dores da humanidade que, no seu reverso, guardam o caminho para a construção de uma sociedade redimida, marcada pela força inigualável do Evangelho, que abre as portas do Reino de Deus. As dores de Maria são também os sofrimentos da humanidade. As lições da Discípula exemplar são escola do amor e da confiança em Deus.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,60%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

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