sexta-feira, 19 de maio de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DAS POTENCIALIDADES, EMPREENDEDORISMO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA O AGRONEGÓCIO E A TRANSCENDÊNCIA DA MATERNIDADE, AMOR INCONDICIONAL, EMPATIA, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Como criar atrativos para fixar os jovens no campo

       Estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que há mais de uma década, desde 2010, há mais pessoas nas cidades do que no campo. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a tendência é irreversível – uma projeção do Banco Mundial mostra que a queda de pessoas no campo entre 2020 e 2050 seria de 300 milhões de indivíduos.

         No Brasil, o Censo Demográfico de 2010, divulgado pelo IBGE, indicou que a taxa de migração campo-cidade era de 1,3l%; amostras mais recentes mostraram que a taxa caiu para 0,65%. Apesar da queda da migração, estima-se que atualmente apenas 17,6% da população brasileira resida em zonas rurais. O novo censo 2023, a ser divulgado em breve, dará um panorama melhor da situação.

         Fato é que a adoção de novas tecnologias, regras de sustentabilidade para o agronegócio – sejam elas ambientais, sociais ou econômicas – e a dificuldade em manter jovens no campo são desafios enfrentados pelo setor nos últimos anos. Somado a isso, convivemos com a falta de assiduidade do trabalhador, que reflete o desinteresse pelo trabalho formal no campo, e a baixa qualificação da mão de obra. Esses aspectos todos espelham uma tendência mundial, cuja população se mostra nas últimas décadas mais presente nos centros urbanos do que na área rural.

         Na prática, muitas vezes, ocorre que o trabalhador é enviado para a cidade para se qualificar, mas acaba não voltando. O trabalho braçal, que antes exigia muitos homens para ser realizado, hoje é executado com maior precisão e velocidade por equipamentos automatizados. E, paradoxalmente, uma das grandes dificuldades na atualidade é encontrar mecânicos para cuidar da manutenção dos equipamentos. Então, diante desse cenário, a conta não fecha.

         A FAO estima que em 2050 o mundo terá mais de 9 bilhões de habitantes, um indicativo de que devemos não apenas estar preparados para aumentar a produção de alimentos, como planejar o agronegócio para ser eficiente, sustentável e produtivo, principalmente, atrativo do ponto de vista da retenção de mão de obra. É preciso considerar todas as questões de tecnologia e novas práticas agrícolas, que olhem para a regeneração do solo, o uso de bioinsumos e também é necessário despertar os jovens que vivem no interior a perspectiva de fazer suas vidas ali.

         A diminuição de terras disponíveis na fronteira agrícola, somada à crescente mecanização no campo, levou a uma diminuição da mão de obra na produção familiar, “empurrando” os jovens para a cidade. Há pesquisadores que analisam a recorrente desvalorização e precarização do meio rural, um ambiente que não os estimula no que diz respeito a desenvolver conhecimentos novos e aplicá-los nas terras de suas famílias, sendo atraídos, cada vez mais, pelos valores urbanos e pelo trabalho assalariado.

         A meu ver, é de extrema relevância que haja um investimento dos setores público e privado para incentivar as escolas agrícolas a ofertar cursos diversificados e atraentes para esses jovens. As próprias startups, que desenvolvem inúmeras soluções para o agronegócio, podem se dedicar a pensar em propostas nesse sentido, estimulando a criação de soluções interessantes para problemas que enfrentamos nas lavouras e na gestão do agronegócio sob várias perspectivas e temáticas.

         A CNA tem um programa de capacitação – Jovens Líderes do Agro – para conectar a juventude e ser canal de debates sobre possibilidades de trabalho no campo, com temáticas atuais e interessantes, como liderança empreendedora, autoconhecimento, proposição de iniciativa de liderança, sucessão no campo, entre vários outros. Em Minas, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), por meio da regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional Minas Gerais (Senar Minas), estimula e promove a capacitação profissional e promoção social da população rural, por meio de cursos, palestras e seminários gratuitos.

         O projeto Jovem no Campo da Faemg/Senar busca contribuir para a inserção do jovem no mercado de trabalho rural, oferecendo a ele uma visão empreendedora de negócio, com foco nas oportunidades locais e regionais. É voltado para pessoas com 15 a 24 anos, que já tenham concluído ou estejam regularmente matriculadas no ensino fundamental, médio ou no Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de terem vínculo e afinidade com o meio rural.

         A meu ver, é urgente a necessidade de se abrir novas frentes de fomento à permanência de trabalhadores no campo, homens e mulheres, jovens e adultos, para o desenvolvimento de novas frentes de cultivo, de pesquisa e inovação para o agronegócio brasileiro.”.

Excepcionalmente hoje a coluna de Lucas Gonzalez não será publicada

(Bruno Sampaio. Gestor do BMG Agro, empresa do Grupo BMG, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de maio de 2023, caderno OPINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sentimento de mãe

       Para uma mãe, o filho é mais do que uma parcela dela mesma. A maior dor que se conhece é a perda de um filho pela mãe, e, quando não existe outro filho para receber a sua preocupação ou o seu sentimento maternal, ela perde, muitas vezes, a razão de existir. Pode sobreviver, mas em seu coração a chama vital sofre um abalo.

         Tenho presenciado esse fenômeno na minha família e em outras. Tenho visto uma mãe ir todos os dias do resto de sua vida levar ao túmulo ao menos uma flor e lá versar lágrimas como se a perda tivesse acontecido no dia anterior.

         A vida dessa mãe se transformou num tributo à memória do querido filho; praticamente deixou de ter vida, felicidade e atividade que pudesse acalmar o sofrimento.

         Não tem palavras que possam descrever, em sua essência, a relação sentimental entre mãe e filho. Apenas é compreensível na imaginação, nos exemplos vividos.

         Não existe para uma mãe filho ruim, perverso ou criminoso. A imagem é e sempre será a do menino que saiu de seu corpo, tomou o leite de seu peito, deu os primeiros passos incertos, precisou de seus cuidados para sobreviver e lançar raízes nesta terra.

         Na Bíblia lemos o episódio de Abraão, testado a cumprir o sacrifício do filho Isaac. O braço dele, entretanto, foi barrado por Deus na hora da execução de Isaac. Episódio em que se acena ao sacrifício de um filho nunca, que eu lembre, envolve uma mãe, pois seria inconcebível uma mãe contrariar sua natureza, mesmo frente à força divina.

         Mãe não subiria a montanha, como fez Abraão, já daria a sua própria vida no lugar daquela do filho.

         Mãe seria capaz de absolver um monstro sanguinário, um exterminador ao qual ela deu origem. Sua defesa do filho passa por qualquer circunstância, e a razão será: “Ele é meu filho”.

         Se ele “é meu filho”, parece dizer a mãe: “Por ele darei tudo, perdoarei qualquer pecado, darei minha vida”.

         Nenhuma mãe de nenhuma espécie animal nega, mesmo frente ao maior perigo, a defesa do filho. O instinto, o poderoso sentimento materno, desconhece circunstâncias que o façam recuar. Até uma gazela se coloca na frente do filhote e tenta chifrar o predador.

         Roma, cidade eterna e berço da civilização ocidental, nasceu por força do sentimento materno de uma loba que salvou e amamentou Rômulo e Remo, abandonados às margens do rio Tibre.

         Na literatura russa, um conto descreve uma loba solitária que encontra na sua toca os filhotes mortos pelas mãos de um homem. Tomada pela dor e com o peito carregado de leite, ela segue o rastro dos algozes até encontrá-los numa pobre casa de madeira.

         Ao deparar-se com um berço guardando uma criancinha, a loba, assim, num gesto desesperado, rapta a recém-nascida. Longe de se vingar e sacrificá-la, como o homem fez com seus filhotes, passa a amamentá-la em sua toca e a criá-la como fosse sua. Apenas para atender a seu instinto de mãe frustrada.

         O laço maternal resiste a qualquer prova. A mãe, por natureza, é a depositária do dever de perpetuação de sua espécie, e, bem por isso, esse poderoso sentimento resiste apenas por se confundir com um amor descomunal, indissolúvel, o maior e melhor que o ser humano já conseguiu expressar.

         Parabéns às mães por todo o amor que distribuem em abundância e qualidade inigualável.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em abril, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,18%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

  

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