“IA e o ambiente de negócios do futuro
Somos
privilegiados. Estamos presenciando uma nova revolução (mais uma) acontecendo
no mundo digital: a popularização da Inteligência Artificial (IA). O ChatGPT,
aplicativo que cria textos e imagens por meio de conversas, atingiu 100 milhões
de usuários ativos mensais, tornando-se o aplicativo de crescimento mais rápido
da história, segundo relatório da UBS Group AG, empresa suíça de serviços
financeiros.
O furor
do lançamento da ferramenta foi tão intenso quanto extenso, despertando paixão
e medo. Vamos por partes. Deixe-me explicar, em alto nível, o funcionamento do
ChatGPT, pois sua lógica de construção tem sido objeto de muitos
questionamentos.
O
ChatGPT utiliza linguagem natural – o que a faz parecer humana – e técnicas de
aprendizado de máquina de inteligência artificial para entender e gerar
respostas. A questão é que fazemos uso desse tipo de tecnologia há algum tempo.
Toda vez que um vídeo ou um filme é sugerido para você, por exemplo. O famoso –
para alguns – algoritmo. E como é que ele consegue sugerir conteúdo para você
(e acertar na maioria das vezes)? Ele aprende. Ele te observa e vai acumulando
dados sobre suas preferências. Esse treinamento ininterrupto é o que chamamos
de “deep learning”.
Deixe-me
fazer um exercício de futurologia usando o setor bancário como exemplo: entendo
a tecnologia de IA como aquela que finalmente possibilitará uma experiência
contextual e totalmente personalizada do cliente em sua relação com o banco. Ao
estudar continuamente os dados dos usuários, a IA terá o registro de suas
preferências e necessidades, podendo oferecer com precisão os produtos e
soluções financeiros mais adequados para cada pessoa e caso.
A
personalização do atendimento, por exemplo, significa uma prestação de serviços
mais eficiente. Tudo o que você precisará fazer será dizer o que está
necessitando ou desejando no momento. Isso tudo disponível 24 horas por dia,
sete dias por semana.
Simplificar
a experiência do usuário, reduzindo a complexidade das operações bancárias, não
somente torna a experiência do cliente mais fácil e ágil, como também poderá
propiciar a adoção global de serviços financeiros.
Mas isso
exige que todos os funcionários, principalmente da tecnologia da informação,
sejam sempre atualizados sobre as mudanças tecnológicas e como usá-las a favor
da organização. O principal conselho hoje é que, para que as empresas se
preparem para a quinta revolução, é primordial que se garanta que os
colaboradores estejam constantemente em aprendizagem.
Outro
fator importante, quando se considera o setor bancário, e a segurança. A
inteligência artificial, além de trazer insights de negócios e melhorar a
eficiência, pode ser treinada para identificar e mitigar vulnerabilidades, ou
seja, a própria tecnologia garantirá a segurança dos dados.
Entendemos
o avanço tecnológico como inevitável e, com o devido cuidado, sempre positivo.
A cautela é necessária do lado de cá, de nós, humanos. À medida que a
tecnologia evolui, a sociedade deve evoluir em conjunto.
Segundo
pesquisa realizada pela The Economist Intelligence Unit (divisão de pesquisa e
análises do The Economist Group), 77% dos banqueiros acreditam que a habilidade
de aproveitar o potencial da inteligência artificial será determinante para o
sucesso ou fracasso de uma instituição financeira.
Estamos
vivenciando tempos incríveis, de aceleradas mudanças – evoluções e revoluções.
Estamos apenas no começo.”.
(Rodrigo Araújo. Diretor de dados no Banco
Mercantil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição
de 7 de dezembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 20).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 8 de dezembro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Presépio: uma escola
Neste
Natal, celebramos os 800 anos de criação do presépio – uma escola do Evangelho,
um Evangelho vivo, nascido da intuição de São Francisco de Assis, em 1223. A
celebração destes oito séculos de história inspirou o Papa Francisco na redação
de uma Carta Apostólica sobre o significado e o valor do presépio, considerado
um sinal admirável, com especial importância na vida dos cristãos. Uma
tradição, com a força da criatividade artística, que conquista a admiração de
diferentes gerações. Ao representar o nascimento de Jesus, com simplicidade e
alegria, o presépio ensina sobre o mistério da Encarnação do Verbo. Com adornos
próprios de artes variadas, concebidas na singularidade de cada cultura,
constitui uma “escola” que educa sobre o caminho espiritual. E a tônica
espiritual forte, ensinada pelo presépio, é a humildade d’Aquele que Se fez
homem para Se encontrar com cada pessoa, proporcionando a fascinante descoberta
do amor maior, o amor de Deus.
O Papa
Francisco indica a importância e a riqueza da belíssima tradição de se
organizar presépios, em preparação para o Natal do Senhor, nas igrejas, nos
lares, nas escolas, nos hospitais, nos cárceres, nos ambientes de trabalho e
nas praças, inspirando criativa imaginação com peças que ensinam sobre o
exercício da humildade. Esta virtude tem força de remédio para curar todo tipo
de orgulho e mesquinhez. Importa, então, se dedicar à preparação de presépios,
escola para aprender o Evangelho. Muitas pessoas testemunham, desde o tempo da
infância, sobre a importância de se contemplar, de modo orante, o presépio,
para conquistar essencial sensibilidade. Cada presépio anuncia o Evangelho –
oportuno lembrar a cena descrita por São Lucas: Maria envolvendo seu filho em
panos e o recostando em uma manjedoura, por não haver lugar para a Sagrada
Família na hospedaria. Manjedoura é praesepium na língua latina.
Em seu
nascimento, o Filho de Deus encontra lugar onde os animais vão comer –
acontecimento que revela muitos mistérios da vida de Jesus. Esta cena inspirou
a preparação de São Francisco de Assis para o Natal, em 1223, quando estava em
Gréccio. O Papa Francisco, em sua Carta Apostólica, rememora a origem dos
presépios, a partir de fontes franciscanas: São Francisco chamou um homem
daquela terra e solicitou a sua ajuda para que pudessem reconstituir a cena do
nascimento de Jesus. A ideia era retratar as dificuldades sofridas pelo Menino
nascido em Belém, em razão da falta de estruturas básicas indispensáveis ao
acolhimento de um recém-nascido. O pequenino, Filho de Deus, foi reclinado na
palha, entre o boi e o burro. O plano de São Francisco deu certo, alcançando o
seu auge no dia de Natal. Muitas pessoas se reuniram diante da cena recriada
sobre o nascimento de Jesus, procurando, assim, contemplar a grandeza do amor
de Deus. A experiência de São Francisco promoveu especial alegria, com a
participação de muita gente que se congregou em festa.
Assim
nasce uma tradição com força de alavancar a evangelização, capaz de enlevar
mentes e corações, por fazer compreender que Deus de abaixa, no seu amor
redentor, até a condição humana. Jesus, fonte e sustento da vida, vem como
irmão, oferecido à humanidade pelo Pai. A chegada do Menino-Deus concede ao ser
humano a oportunidade para trilhar novo rumo, com razões para se investir no
amor. Um investimento que redime a humanidade do pecado, perdoando-a e
salvando-a. A pobreza do lugar onde Jesus – Filho de Deus – nasce, retratada em
cada presépio, desconcerta o ser humano, combatendo o terrível orgulho. Ensina
que o despojamento guarda lições essenciais para fazer da vida um dom, levando
à adoção da misericórdia como a razão da própria vida.
As
lições na escola do presépio são muitas. O céu estrelado e o silêncio da noite
fazem pensar na escuridão que envolve a vida. Ao mesmo tempo, permitem
reconhecer a luz da presença de Deus, que não abandona o ser humano. O Pai
ajuda cada um de seus filhos a encontrarem respostas para problemas que
inquietam o coração. A relação do presépio com as cidades, marcadas pelas
contradições e cenários degradantes, pode ajudar muitos a se abrirem ao amor e
a melhor enfrentarem situações de exclusão. Jesus é a novidade que renova o
mundo decaído, pois é a única resposta para recuperar o esplendor do amor.
Todos
estão convidados à experiencia de contemplar presépios, na força de sua arte,
para vivenciar autenticamente a espiritualidade do Natal, com força maior que
as luzes, as cores e enfeites desta época do ano. Nas lições transmitidas pelo
presépio está o amor aos pobres, que são exemplares no reconhecimento do amor
de Deus. O desapego, ensinado na escola do presépio, contribui para que o ser
humano resista à ilusão de buscar felicidade no que é efêmero. Neste tempo de
preparação para o Natal, vale visitar e contemplar presépios para cultivar,
pela oração e pela beleza, o amor que salva. Prepare presépios, visite-os,
deixe-se “encharcar” com o amor de Deus.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo; pois, quando os títulos da dívida pública financiam os investimentos nos tornamos TODOS protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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