“Educação que forma – e transforma
A
resposta não deixa dúvidas: da formação acadêmica à formação cidadã, do
letramento à qualificação profissional, a educação está no eixo de uma
sociedade realmente equilibrada, humana e inclusiva – a base para um amanhã com
mais possiblidades e oportunidades para todos.
No
universo corporativo, investir em educação já deixou, há muito tempo, de ter um
viés meramente filantrópico. Operar para um mundo melhor hoje e amanhã de
maneira socialmente responsável é estratégico – e por que não dizer, também,
urgente? Os compromissos globais assumidos com a Agenda 2030 da Organização das
Nações Unidas (ONU) colocam governos, instituições, empresas e sociedade em um
movimento decisivo.
Estamos
na década de ação: é preciso que nos articulemos para enfrentar os maiores
desafios do mundo contemporâneo – entre eles, educação de qualidade, expresso
pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4.
E em
sintonia com os ODSs – de que somos signatários – estão valores e crenças muito
profundos do Grupo MRV&CO, que inspiram e mobilizam nossa agenda ESG. Um
deles, certamente, é sobre o poder transformador da educação na vida das
pessoas. Essa é uma ideia que se alinha historicamente com a nossa vocação
realizadora e com o que temos como propósito para o nosso trabalho.
Desenvolvendo
moradia de qualidade, construímos sonhos que transformam o mundo – e sabemos
que essa transformação é possível quando criamos as condições para que ela
aconteça. É nesse contexto que nasceu, em 2014, o Instituto MRV.
O
instituto MRV dá forma, estrutura e impulsionamento a nossas ações
institucionalizadas de responsabilidade social com o engajamento do nosso time,
em diversos pilares de atuação. Tem como eixo principal a educação, alcançando
resultados que vão muito além dos nossos muros e do nosso próprio negócio.
Isso
acontece em diferentes frentes de trabalho: com o incentivo ao voluntariado de
colaboradores; investimentos em projetos de Organizações da Sociedade Civil
(OSC) selecionados em chamamento público; suporte para educação de filhos dos
funcionários MRV&CO de várias idades; estruturação de redes de práticas de
ensino, produção de materiais e troca de experiências para apoiar milhares de
professores de escolas públicas.
E o
instituto chega a 2024 completando dez anos – logo após um período que foi
desafiador para todos, especialmente para o tipo de iniciativas de que estamos
falando aqui. Praticamente todos os setores e indústrias estão em uma dinâmica
de recuperação hoje, nestes poucos anos pós-pandemia. E isso, naturalmente,
cria restrições e dificuldades.
No
entanto, as situações que inspiram e motivam as ações do Instituto MRV não
podiam – e não podem – esperar. Independentemente de qualquer cenário macro, as
mazelas sociais, os descompassos, os desequilíbrios e, claro, os sonhos em um
futuro melhor exigem que esse movimento de dez anos seja sempre contínuo.
Celebramos
essa primeira década com a certeza de que estamos exercitando um princípio
muito valioso para nós: fazer o certo, sempre. E, nesse sentido, acredito que o
Instituto MRV não existe porque é possível. Ele existe porque é preciso. Porque
é essencial que organizações invistam tempo, esforços e recursos em impacto
social positivo. Porque futuro se constrói com educação.
Em dez
anos, o Instituto MRV já transformou mais de 2 milhões de vidas pelo impacto
direto e indireto das suas iniciativas. Foram cerca de 915 mil pessoas
atingidas diretamente e mais de 44 milhões de reais investidos.
Dez
anos, e ainda há muito tempo pela frente, para fazer ainda mais: depois de um
período desafiador, as perspectivas são as melhores. Empresas e elite econômica
e intelectual têm um papel decisivo de responsabilidade em relação ao
desenvolvimento social. É por isso que, mesmo que “as coisas” estejam mais
difíceis, não cabe parar. Não cabe desistir, ou abrir mão daquilo que
acreditamos ser importante. Quando há um compromisso real com a transformação,
para a educação, não existe múltipla escolha: é fazer ou fazer.”.
(Eduardo Fischer. CEO do Grupo MRV&CO e
presidente do Instituto MRV, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 11 de março de 2024, caderno OPINIÃO, página 12).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 22 de março de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Artífice de amizades
o
cristão sabe que na vivência autêntica da sua fé inscreve-se o compromisso de
ser artífice de amizades com força para alavancar a fraternidade universal.
Alia-se aos que se vinculam a outras confissões religiosas humanísticas para,
cotidianamente, labutar, em cada gesto e palavra, por uma frutuosa semeadura do
amor, no horizonte largo e luminoso do ministério de seu Senhor e Redentor.
Jesus Cristo inspira mudança profunda no coração humano a partir do princípio
de que ninguém tem amor maior do que Aquele que dá a sua vida em resgate da
humanidade, efundindo o seu sangue redentor do alto da cruz. A cruz,
instrumento de suplício e condenação, torna-se altar da perene e duradoura
redenção. Em Cristo Jesus se engendrou, com a arquitetura de gestos nobres e
oblativos, a modelagem intocável da amizade. Assim, os seguidores de Cristo têm
o compromisso de viver e testemunhar o amor maior – é vocação e missão, tarefa
e dom, ser artífice de amizades, pela convicção sapiencial bíblica de que um
amigo encontrado é um tesouro achado, como preciosidade inigualável.
Ilumina
o propósito de ser artífice de amizades a singularidade do amor do Mestre por
seus discípulos ao dizer-lhes, no momento precedente à sua paixão e morte: já
não vos chamo servos, mas amigos. Os discípulos ficaram desafiados a
compreender que sua tarefa missionária inclui a constituição de amplas “rodas
de amigos”. Nesse contexto, “rodas de amigos” ultrapassa o reduzido sentido de
“clube”, de grupos que buscam partilhar afinidades, pensamentos, reflexões. A
missão do discípulo é compor “rodas de amigos” para a vivência da fraternidade
universal, derrubando barreiras e curando, com o remédio do amor, as feridas do
preconceito e da discriminação. Para que vivam bem essa missão, o Mestre ensina
a seus seguidores a força do perdão – motor de transformações e reconciliações,
que dissipa sentimentos motivadores de retaliações, vinganças e de qualquer
inimizade.
O
exercício espiritual e humanístico de ser artífice de amizades sempre querer o
bem do semelhante, reconhecendo que o outro é irmão e irmã. Desse modo se
alcança a grandeza de alma que alavanca palavras capazes de curar, a intuição
que resolve problemas e a sabedoria para entrelaçar corações, superando as
inimizades repercute em atuações profissionais, desempenhos cidadãos e
religiosos, na participação em projetos diversos. É o alicerce da fraternidade
universal que torna possível configurar, até mesmo, o campo político. Para além
da perspectiva ideológica do mundo da política, é primordial reconhecer que
cada pessoa, sem exceção, é irmão e irmã, buscando sempre a integração de
todos. Ensina o Papa Francisco, na Carta Encíclica Fratelli Tutti, que um indivíduo
pode ajudar uma pessoa necessitada, mas quando se une a outros para gerar
processos sociais de fraternidade e justiça para todos, entra no campo da
caridade mais ampla, da caridade política. E ao avançar na caridade política,
pode efetivar uma ordem sociopolítica cuja alma seja a caridade social.
É
indispensável cultivar a grandeza da alma para conseguir viver a caridade
política, ultrapassando os limites das próprias afinidades e construir relações
de alcance transformador nos âmbitos sociais, econômicos e políticos. Sem a
necessária envergadura humana, afetiva e espiritual para se viver a caridade
política, a miopia dos entendimentos presidirá processos e inevitável será o
atraso nas soluções de problemas. O artífice da amizade elege o amor social
como prioridade e vetor determinante de sua ação, tornando-a ampla e eficaz.
Jesus, na sua maestria, deixa aos discípulos a preciosa indicação do amor
social, quando purifica no coração de seus seguidores o entendimento sobre a
oferta de sua vida. Incontestável, ensina também o Papa Francisco, que o amor
social é uma força capaz de suscitar novos caminhos no enfrentamento dos
problemas contemporâneos, com incidências na transformação de estruturas,
organizações e ordenamentos jurídicos.
O amor
social, para além de sentimentalismos, sublinha a necessidade de serem
reconhecidas responsabilidades morais na busca pelo bem do semelhante,
inspirando mudanças. Essas responsabilidades incluem o compromisso com o que é
verdadeiro. A caridade precisa da luz da verdade, sem relativismos. Importa
buscar o bem de todos, especialmente dos pobres e sofredores. Fazer-se artífice
de amizade social é também fecundar corações e mentes com o amor político,
enobrecendo a atividade política para torná-la caminho de grandes
transformações na sociedade. Valha o convite e sua aceitação no mundo como
artífice de amizade social, alavancando um novo tempo de fraternidade
universal.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A mais poderosa arma espiritual do mundo: a reza diária do Santo Terço!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!