terça-feira, 19 de março de 2024

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA UNIVERSALIZAÇÃO DE ESCOLAS INCLUSIVAS, ÉTICAS E JUSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMANIDADE, ALTRUÍSMO, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, SABEDORIA E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Futuros possíveis: EAD direciona transformação social

       O leitor deve estar intrigado com a palavra ‘futuro’ no plural, e o objetivo aqui é fazer refletir sobre a visão de hoje que nos impacta no amanhã. Vivemos um paradigma histórico na educação, e nosso debate trata de como assegurar uma educação comprometida com a qualidade e com as demandas de formação de profissionais. Considero ainda que este debate saudável nos ajudará a repensar os limiares entre uma educação convencional e uma educação inovadora. A primeira perspectiva defende uma regulação mais rígida, e, em contraponto, a segunda visão propõe uma educação flexível e coerente. Uma educação de qualidade é defesa compartilhada, e não há quem desdenhe desse compromisso. Podemos ponderar ainda que não queremos determinar um futuro único para a educação. Não cabe mais o pensamento refratário de um futuro encarcerado, queremos todos um legado emancipatório de uma educação que não é mercadoria, mas sempre foi e sempre será o caminho para o acesso social.

         Está em nossas mãos pensar futuros possíveis, prováveis e preferíveis. O contexto da revolução da educação de qualidade na modalidade a distância oferece um arcabouço valioso para pensar as novas trajetórias a serem seguidas. Os futuros possíveis da educação a distância abrangem uma ampla gama de desdobramentos, que nos possibilitam inovar com novas tecnologias e metodologias. Os futuros prováveis são as conquistas e descobertas que já realizamos e que viabilizam pensar as tendências de uma educação qualificada, que dá acesso, inclui e permite aos brasileiros mais vulneráveis e desejosos de ingressar numa carreira profissional tão sonhada. Também temos os futuros preferíveis, que refletem nossas aspirações e valores associados a uma educação emancipadora desejada.

         A educação a distância nos ajudou a experimentar um leque de inovações educacionais, que vão desde a adoção de novos espaços até opções de tempos de aprendizagem. No campo das tecnologias, revelamos a intencionalidade pedagógica de multimeios que vão desde realidades virtuais e aumentadas, que proporcionam experiências de aprendizagem imersivas, até a personalização do ensino por meio de inteligência artificial, capaz de adaptar o conteúdo educacional às necessidades e ritmos individuais dos estudantes. Neste tempo de EAD também ampliamos nosso olhar sobre os atores pedagógicos, tão imprescindíveis para a mediação dos processos educativos. Nos profissionais se juntaram aos professores para proporcionar melhor atenção aos desafios de acompanhamento dos estudantes na jornada acadêmica. Professores, autores, tutores, designers educacionais e equipes multidisciplinares desenvolveram competências especializadas para melhor compor o entorno da atenção central aos estudantes. Competências estar que nos movimentaram para novas modelagens de aprendizagem, incorporando metodologias ativas que inverteram o prisma da “ensinância” para a verdadeira aprendizagem.

         Nesse contexto, vale considerar como as políticas educacionais e as infraestruturas tecnológicas podem evoluir para apoiar uma educação mais acessível e inclusiva, reduzindo a divisão digital e promovendo a equidade no acesso ao conhecimento. Dessa forma, os caminhos potenciais para futuros possíveis, esperados e desejáveis se consolidarão como nosso melhor legado para as futuras gerações. É aqui que nos encontramos num mesmo propósito de uma educação de qualidade, flexível e alinhada com valores éticos e sociais, para criar um sistema educacional que responda às necessidades de uma sociedade futura mais justa e conectada.”.

(James Fidélis Tomelin. Graduado em filosofia, especialista em história social e mestre em educação, é vice-presidente acadêmico da Vitru Educação, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de março de 2024, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 09 de março de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Demolir muros

       A civilização contemporânea não consegue fazer com que avanços tecnológicos e científicos estejam acompanhados de posturas humanísticas capazes de demolir muros e criar mais pontes entre as pessoas. Constatação alcançada ao observar tantos cenários de guerras e das muitas formas de exclusão social. A realidade dramática vivida por muitos permite enxergar as dimensões demagógicas de cúpulas internacionais, sofisticadas, mas com baixo índice de assertividade na construção de soluções para efetivar a paz no mundo. Os discursos e as propostas ficam repetitivos, estéreis. E o mundo paga alto preço pela sua deterioração social. Ocorre uma inércia moral que neutraliza reações efetivas para resolver graves problemas, fragilizando a participação sociopolítica dos cidadãos no enfrentamento de crises. Verifica-se, por exemplo, falta de união até mesmo para enfrentar uma pandemia – sociedade brasileira atualmente sofre com a disseminação da dengue. Mais do que uma alienação política e social, há carência de sensibilidade humanística e espiritual. Essa carência gera incapacidade para diálogos indispensáveis à demolição de “muros” – aqueles que são erguidos em nome de uma proteção ilusória, muitos com “cores de apartheids”, inviabilizando o respeito à dignidade humana, produzindo má vontade para se adotar novo estilo de vida, necessário para enfrentar os muitos desafios deste tempo.

         Apesar dos progressos, a humanidade ainda convive com muitas patologias que, para serem enfrentadas, precisam de diagnósticos mais lúcidos e de remédios assertivos. Dentre as patologias, pode-se citar uma litania de “muros” que se levantam, inviabilizando “pontes”. Não se pode deixar de enfrentar a comum anestesia social que faz crescer a indiferença – uma barreira entre as pessoas. Esse obstáculo gera distanciamentos que prejudicam diálogos, caminhos a construção de entendimentos essenciais à superação das perdas provocadas pela frieza do “mercado”. O canto de esperança para a queda dos muros pode encontrar força e efetivação na vivência da amizade social – luz que permite reconhecer saídas para diferentes situações violentas, aparentemente insuperáveis. Todos precisam se matricular na academia da amizade social, admitindo novas aprendizagens, particularmente no âmbito da sensibilidade humanística e espiritual.

         O saber técnico, o desempenho político e tantas outras habilidades são importantes, mas insuficientes quando consideradas as singularidades da existência humana e as complexidades dos funcionamentos institucionais. Ser aprendiz da amizade social traz novos alentos e sentidos existenciais, alarga o horizonte para cada um se compreender sempre como instrumento e agente do bem e da paz. Capacita o ser humano para ir além do território do seu próprio bem-estar. A escola da amizade social é o lugar onde se aprende a praticar o amor fraterno, superando todo o anseio de eliminar ou querer superar o semelhante. Viver a amizade social significa cultivar a abertura a todos, efetivando a demolição de muros e a edificação de pontes. Para viver essa abertura, é preciso ultrapassar a lógica do mundo das finanças e da economia, desenvolver a competência para não apenas avizinhar-se, mas se reconhecer irmão e irmã de cada pessoa.

         O Papa Francisco, na sua Carta Encíclica sobre a amizade social, Fratelli Tutti, adverte sobre o risco de engajar-se em uma luta de todos contra todos, quando a lógica da vitória significa destruir o semelhante. Se prevalecer essa lógica, sublinha o Santo Padre, pensar em um projeto comum para toda a humanidade pode soar como um delírio. Essa impossibilidade é fruto de uma incompetência humanística, pela falta de sabedoria para combater o que está na contramão do bem. É hora, pela amizade social, de nos reconhecermos como comunidade, cada um procurando zelar pelo outro, especialmente pelos pobres. É preciso também cuidar para não silenciar vozes proféticas. Ao invés de silenciar, abrir-se ao que pode levar a humanidade a viver de um modo diferente, sem ameaçar a casa comum. Somente a vivência da amizade social poderá demolir muros e construir pontes. Deus é simples, embora onisciente, onipresente e onipotente. Por isso, a humanidade precisa investir na simplicidade ao configurar novos estilos de vida, para não se afastar da compaixão e da misericórdia que constituem sabedoria única. Uma sabedoria essencial para gerar as transformações almejadas, derrubando muros, edificando pontes.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 10,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em fevereiro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,50%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo; pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, da inteligência artificial, das novas tecnologias, da sustentabilidade – um outro nome do desenvolvimento econômico aliado indissoluvelmente ao desenvolvimento social, com promoção humana; e ao desenvolvimento ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais – e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.

- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! (1830) ...

- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...

- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

 

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