(Março = mês 87; faltam 83 meses para a Primavera Brasileira)
“A importância de ESG no setor público
ESG,
que significa Environmental, Social and Governance (Ambiental, social e
Governança), tem ganhado crescente importância à medida que governos e
organizações se comprometem com práticas mais sustentáveis e responsáveis.
No
contexto do setor público, o ESG se refere à integração de considerações
ambientais, sociais e de governança nas políticas, operações e tomadas de
decisão governamental. Indo além da mera conformidade regulatória, ele
impulsiona a criação de valor a longo prazo para a sociedade, o meio ambiente e
a própria governança.
A
dimensão ambiental do ESG no setor público aborda questões cruciais como
mudanças climáticas, gestão de recursos naturais e poluição. Governos que
priorizam políticas ambientais responsáveis, investimentos em energia limpa,
transporte sustentável e preservação de ecossistemas, não apenas protegem o
meio ambiente, mas também mitigam riscos ambientais para as comunidades e
economias locais.
A
dimensão social do ESG no setor público concentra-se em promover a igualdade,
diversidade, inclusão e bem-estar social. Isso envolve a implementação de
políticas que abordam desigualdades sociais, como acesso igualitário à saúde,
educação e emprego, bem como a proteção aos direitos humanos e das comunidades
marginalizadas.
Por fim,
a dimensão de governança do ESG no setor público refere-se à transparência,
prestação de contas e eficiência na gestão dos recursos públicos. Governos que
adotam boas práticas de governança, como combate à corrupção, participação
cívica e prestação de contas transparente, fortalecem a confiança dos cidadãos
nas instituições governamentais e promovem a estabilidade política e econômica.
Além
disso, a integração do ESG no setor público pode atrair investimentos
sustentáveis, melhorar a reputação do governo e aumentar sua capacidade de
inovar e enfrentar desafios complexos, como pandemias e crises climáticas. Ao
adotar uma abordagem abrangente do ESG, os governos podem não apenas melhorar
sua própria eficácia e eficiência, mas também contribuir significativamente
para a construção de um futuro mais justo, equitativo e sustentável para seus
cidadãos.”.
(Patrícia Punder, é advogada e compliance
officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da
USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de
Compliance, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020.
Com sólida experiência no Brasil e na América Latina,
Patrícia tem expertise na implementação de Programas de Governança e
Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão
de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e
investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and
Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 23 de fevereiro de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“AGENTE DA AMIZADE SOCIAL
A
Quaresma é um caminho de conversão e purificação, possiblidade de fortalecer a
interioridade humana, fragilizada pelas dificuldades cotidianas e pela
realidade do pecado. O esforço para revestir o coração com tecido de qualidade,
à altura de uma conduta cidadã e cristã, inclui a adoção de novos propósitos
que alavanquem o bem comum e a felicidade de cada dia. Neste ano, o horizonte
do caminho quaresmal está estrelado por um convite instigante: cada pessoa se
torne agente da amizade social, cultivando relações humanas mais qualificadas.
Um percurso que contempla enfrentar preconceitos, discriminações e desavenças –
males que desfiguram a identidade do ser humano, marcada pela filiação de todos
ao mesmo Paim irmãos e irmãs uns dos outros. Trata-se de nobre propósito,
caminho de santificação, com incidências transformadoras em níveis muito
profundos. Sinal de esperança para vencer cenários de exclusões, perseguições e
guerras – é como se o mundo vivesse a terceira guerra mundial, em pedaços, nas
palavras do Papa Francisco.
Válida
para todos, sem exceção, é a advertência quanto ao risco de se adotar,
patologicamente, a “síndrome de Caim”. A narrativa do Livro do Gênesis,
capítulo quarto, tem ápice na pergunta de Deus, em diálogo com Caim: ‘Onde está
teu irmão?’ a resposta do assassino é o extremo da indiferença e da crueldade
de um coração humano. Caim respondeu: ‘Não sei’. E completa com a insolência
perversa de quem está enjaulado em si mesmo: ‘Acaso sou guarda do meu irmão?’
Uma afronta a Deus, o Pai de todos, que são irmãos e irmãs uns dos outros. Com
suas atitudes, Caim agrada ao maligno, tornando-se ser servo na calculista
eliminação do outro, de seu irmão, por orgulho, ciúmes e ressentimentos. O
orgulho, o ciúme e o ressentimento constituem perigosíssimo risco com força
para ampliar, diariamente, a inimizade entre as pessoas, inviabilizando a
competência humana para o cuidado uns dos outros. São, pois, um veneno, com
propriedades para eliminar, sorrateiramente, a capacidade para enxergar e
reconhecer todo o bem recebido. Ao invés de reconhecer gestos de bondade,
ocupa-se com estratégias de boicotes, com silêncios maliciosos que representam
ataques, para que a maldade saia vitoriosa.
Mesmo as
mentes iluminadas, com discursos apreciáveis, podem estar contaminadas por
ressentimentos e outros males, dedicando-se a revides, cultivando disputas. Um
horizonte sombrio e amargo se configura, camuflando-se de razoabilidades e,
consequentemente, prejudicando a abertura de novos ciclos. Cristaliza-se uma
cegueira que não permite encontrar a via da reconciliação. E sem essa via,
torna-se mais distante a consolidação da amizade social, que não pode ser
construída simplesmente por palavras e frases de efeito. É sempre essencial se
lembrar do que Jesus, na sua maestria, recomenda aos seus discípulos, no Sermão
da Montanha: estando a caminho de se fazer uma oferta a Deus, é preciso lembrar
se há algum senão no relacionamento com o semelhante. Se houver, deve-se deixar
a oferta e, primeiramente, buscar se reconciliar com o irmão. Acolher o
ensinamento de Jesus é reconhecer o valor da amizade social, dom a ser vivido
por todos os seres humanos. Quem verdadeiramente aprende a lição do Mestre
corrige rumos na construção das relações sociais, deixando-se guiar por uma luz
que permite enxergar escolhas adequadas, fiéis ao princípio da fraternidade
universal, de modo sensível, principalmente, às urgências dos mais pobres.
Mudanças
profundas, radicais, sistêmicas e globais, muito necessárias, dependem da
competência humana e espiritual para agir reconhecendo-se irmão e irmã uns dos
outros. Um reconhecimento que é exigência da fé cristã, que ensina: todos têm a
mesma dignidade, uma igualdade fundamental, conforme vem ensinando o magistério
da Igreja Católica. Cada pessoa tem uma alma racional, é criada à imagem de
Deus, partilhando a mesma natureza de toda a humanidade, remida em Cristo,
tendo o seu mesmo destino. É preciso enfrentar a “síndrome de Caim”, que
elimina vidas, contribuindo para disseminar, no mundo, agressões e ameaças de
todo tipo. O Papa Francisco alerta para o risco destrutivo da globalização da
indiferença, advertindo sobre a insensibilidade diante daqueles que sofrem.
Esta situação tem se agravado em todos os ambientes e instituições. Para
superá-la, é preciso um grande mutirão dedicado à amizade social. Isto
significa buscar recuperar o sentido da corresponsabilidade de uns pelos
outros.
Conclama-se
ao cultivo do perdão, para se priorizar a fraternidade. Sem avanços na
construção da amizade social não se avançará na edificação de uma civilização
mais justa. O caminho da amizade social é indispensável para facilitar
diálogos, derrubando muros erguidos pela inimizade. Constitui, pois, itinerário
para a liberdade de cada pessoa e da própria humanidade. Um itinerário que,
para ser trilhado, exige disponibilidade para tecer a reconciliação, exercitar
o perdão – práticas essenciais à efetivação de um novo tempo, compromissos de
quem, de fato, é agente da amizade social.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: "Nossa Oração" com Luiz Ayrão...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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