“Combustíveis alternativos
Adotar
práticas sustentáveis nos dias atuais é obrigatório em todos os setores da
economia, devido à realidade que estamos vivendo. Por isso, cada vez mais as
empresas estão investindo e desenvolvendo soluções que são capazes de diminuir
os impactos negativos no meio ambiente, passando pelo uso consciente e efetivo
dos recursos naturais, emissão de carbono, gestão de resíduos e
reaproveitamento de energia, até a utilização de matérias-primas têxteis
agroecológicas e recicladas.
Segundo
o relatório “Índice de Sustentabilidade Ambiental”, elaborado pela Honeywell,
em parceria com Futurum Research, 86% das empresas devem aumentar seus
investimentos em sustentabilidade. Nesse sentido, um dos segmentos que
contribuem para os impactos ambientais é o transporte, pois é um dos maiores
responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa. É o que mostra o relatório
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que indica que o setor
corresponde a 20% das emissões globais de CO2. Já o Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovações, o Brasil é responsável por aproximadamente 9%
das emissões totais.
Diante
desse contexto, temos visto uma tendência clara para o aumento da utilização de
biocombustíveis na frota nacional, o que, por sua vez, impulsionará o
desenvolvimento de alternativas economicamente viáveis. Um exemplo disso é o
uso de combustíveis alternativos, pois diferentemente dos fósseis, o
biocombustível neutraliza a pegada de carbono e reduz a emissão de gases do
efeito estufa, além de ser renovável., nesse caso, os principais combustíveis
que existem no mercado são biodiesel, biometano, bioetanol, hidrogênio verde e
gás natural veicular.
Mas,
mesmo de tantas vantagens, como diminuição dos custos em médio e longo prazos e
redução da necessidade de manutenção veicular constante, o setor ainda encontra
alguns desafios, tais como: consolidar as técnicas já consolidadas no país
(como a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar e o biodiesel),
estabilizar a produção e distribuição dos produtos no país, incentivar a
produção de biocombustíveis de segunda geração com base na biomassa e gerar
incentivos fiscais para a implementação de motores na frota nacional.
Tendo em
vista o impacto positivo dos combustíveis alternativos para o meio ambiente,
grandes empresas já têm utilizado meios de transportes sustentáveis em seu
processo logístico. É o caso, por exemplo, de Casas Bahia e Ponto Frio, que em
2021 começaram a utilizar veículos elétricos nas suas entregas em São Paulo e
identificaram resultados expressivos já no ano seguinte. Somente em 2022, , os
veículos conseguiram evitar que ocorresse emissão de 144 toneladas de CO2,
em 298 mil quilômetros percorridos.
Essa
tendência se aplica também aos consumidores finais que têm aderido a esse meio
de transporte. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico
(ABVE), em 2023, o Brasil computou a venda de 94 mil unidades de veículos
elétricos. Somente em dezembro, o setor atingiu a marca de 16.279 veículos
comercializados, um aumento de 191% frente aos 5.587 registrados no ano
anterior.
Diante
dessa demanda, o uso de catalisadores estará cada vez mais presente, pois ele
tem a capacidade de converter os gases tóxicos gerados na queima de combustível
em gases que são benéficos para a saúde e inofensivo para a natureza.
Portanto,
o Brasil está em posição de relevância de incentivo às fontes renováveis de
energia, e, devido à condição climática, há um favorecimento do desenvolvimento
da agricultura energética. Diante dessas vantagens e a necessidade urgente de
mudança, veremos um número maior de veículos de combustíveis alternativos nas
ruas, trazendo ganhos imensuráveis para o meio ambiente e a vida das pessoas.”.
(Rômulo Petrini Fogaça. Engenheiro de vendas da
Corning para América Latina, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 20 de maio de 2024, caderno OPINIÃO, página18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 17 de maio de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Lágrima e Esperança
Tragédias
climáticas tocam profundamente os corações. A gravíssima catástrofe no Rio
Grande do Sul está alimentando uma onda nacional de unidade e comoção. À tona
está a reserva do tecido da solidariedade que forra o coração cultural dos
brasileiros. Tecido solidário que precisa ser cuidado e fortalecido, para não
correr o risco de ser momentâneo, expressão pontual, esfriando-se com o passar
do tempo, perdendo a oportunidade de fazer da solidariedade a alavanca para
impulsionar novos tempos. A dor do momento atual, lançando o olhar diário sobre
os cenários causados peoa catástrofe climática no Rio Grande do Sul, pode
fecundar um novo tempo de reconstrução de uma porção importante do território
geográfico e cultural do Brasil, o povo gaúcho. Tenha-se presente que a
sociedade brasileira dispõe de condições e recursos variados para ser justa e
solidária, a partir da adoção de outras lógicas, no mercado e, também, nas
relações político-sociais, incidindo assim em ações técnicas e em prioridades
políticas no horizonte do bem comum. Põe-se o desafio de priorizar recursos,
relativizar muitos aspectos e discernir com sabedoria, política e técnica, quanto
ao que se fazer. Uma chance, aprendida na dor e na penúria, de escolher o mais
importante e urgente, a vida do povo, fazendo nascer uma nova cultura assentada
sobre os princípios da solidariedade brasileira.
A
reconstrução do Rio Grande do Sul pode ser a oportunidade de uma grande
reconstrução do Brasil em construção. Além das ações emergenciais está posto o
desafio de rever prioridades, discernir e decidir no âmbito de escala de
valores sobre o que vem primeiro. Um exercício sapiencial que interpela
fortemente cada instância governamental e segmentos estratégicos no
funcionamento da sociedade brasileira. Lógicas primárias do bem comum têm força
para novos rumos, com procedimentos adequados para novos cenários de justiça e
equidade, partindo do arroio do Chuí, forrando o novo, até chegar ao Oiapoque.
As considerações e aplicações técnicas e legislativas, operacionais e
sistêmicas precisam estar eivadas de sentimento e sabedoria no horizonte da
solidariedade.
A
lágrima nos rostos de atingidos por tragédias e catástrofes deve cair onde
precisa para fecundar escolhas acertadas, alavancando o novo esperado.
Inspiradora é a poesia de Guerra Junqueiro, poeta português, a lágrima
iluminando a força de uma escolha, fruto da solidariedade como princípio
primeiro: “Era manhã de junho, numa encosta escavada, seca, deserta e
nua, à beira de uma estrada. Numa estrada empoeirada, sobre a folha hostil de
uma figueira brava, a aurora desprendeu, compassiva e divina, uma lágrima
etérea, enorme e cristalina. Lágrima tão ideal e tão límpida, que ao vê-la, de
perto era um diamante e de longe uma estrela”. Diante dela passarão,
pela estrada, um rei, um cavaleiro andante e um senhor judeu avarento e
mesquinho. A beleza fulgurante do astro seduz e encanta seus corações,
provocando-os à disposição de negociar tudo em troca da posse daquela lágrima
irisada. Diante das propostas dos três: “E a lágrima celeste, ingênua e
luminosa, ouviu, sorriu, tremeu e ficou silenciosa!” Não se deixou
seduzir com as ofertas apresentadas. A promessa do rei, com seu cortejo de
espavento, indicando um lugar de honra na sua coroa real, podendo contemplar do
alto do seu diadema o globo a seus pés, não seduziu. Também não despertou
interesse o prometido pelo cavaleiro, com a proposta de brilhar fulgurante na
cruz de sua espada, podendo relampejar de vitória em vitória. Como também, não
se dobrou ao preço exorbitante do que uma mão avara trocaria por ela, em valor
capaz de comprar os impérios dos reis e os navios do mar. Ao lamento de um
cardo agreste, na terra de coração de pedra, sofrido por nunca ter dado nem
sombra e nem flor, “a lágrima sorriu, tremeu e caiu silenciosa.” Culmina
o poema no resultado da escolha da lágrima, reverdecendo o cardo exangue, que
dá uma flor cor de sangue, como as chagas que nosso Senhor tem no peito,
esperançosamente, uma flor que servia à abelha para buscar o alimento de um mel
dourado.
A luz da
esperança há de brilhar para fazer dos corações uma fonte de sabedoria, a fim
de orientar e presidir escolhas que pavimentem o caminho da justiça, a lucidez
de operações que garantam o bem de todos por meio do equilíbrio, com força para
promover a igualdade solidária de um desenvolvimento integral e sustentável. A
esperança alimenta o sonho e o compromisso de superação de dependências
escravizadoras e excludentes. No horizonte se desponta a dimensão política
dessa esperança para operar a razão e a liberdade em favor do bem,
especialmente dos pobres e dos deserdados. Da dor extrema e das perdas
terríveis surgem novas expectativas e oportunidades de recomeço, por meio de
dinâmicas que possam substituir práticas que retardam e impedem o esperado
desenvolvimento integral, incluindo todos, sem preconceitos e discriminações. A
catástrofe indica e grita pela instalação de novas dinâmicas nos funcionamentos
governamentais e nas lógicas relacionais, privilegiando o respeito devido a
todos nos seus direitos e dignidade.
Cabe um
novo movimento de crítica à prática política, como possibilidade de inauguração
de um novo ciclo que não funcione apenas como uma inadiável recuperação dos
desastres e perdas, mas um momento de recomeço, em parâmetros mais acertados
dentro dos balizamentos da igualdade e de condições que permitam a edificação
estrutural e funcional de uma sociedade civilizada. Os indicadores mostram uma
oportunidade de revolução, a partir de um lugar, com exemplaridade suficiente
para garantir um novo tempo, livrando lideranças, sobretudo, de populismos,
mediocridades e de gosto por uma heroicidade que se assenta sobre a pequenez de
interesses político-partidários.
O
momento grita pela superação de contradições antigas, que travam o progresso,
incapacitando ações e intervenções para sair dos fracassos, daqueles que
aprendem lições em espírito comunitário e com sentido de pertencimento, pela
lógica da fraternidade universal. A catástrofe no Rio Grande do Sul é página da
história do Brasil, e suas urgências de reconstrução englobam o momento novo,
em substituição a práticas obsoletas presentes em todo canto da nação, pela
esperança de um novo Rio Grande Brasil. Razão e liberdade precisam ser
administradas com galhardia, fecundadas pelo sentido nato de solidariedade no
coração brasileiro, para uma nova ordem e uma nova economia, curando
inteligências e corações por uma brasilidade mais qualificada.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com proteção
e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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