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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA DA TECNOLOGIA NO ENSINO E AS LUZES E DESAFIOS DA AGENDA 2030 NA SUSTENTABILIDADE


“Tecnologia como agente 
transformador da educação
        O termo blended learning, ou ensino híbrido, tem sido pautado como a evolução do modo de ensinar. A expressão que significa disponibilizar ao aluno parte das aulas de maneira presencial e outro de modo remoto, explorando o uso de aplicativos e recursos on-line, é também uma possibilidade de usar a força da internet para escalar o aprendizado personalizado. Enquanto no ensino presencial o professor está pessoalmente na sala de aula, expondo o conteúdo e interagindo com os alunos, momento essencial para o processo de aprendizado, mas nem sempre viável àqueles que não têm tempo para estar lá, no ensino híbrido é possível usar o tempo de maneira mais produtiva, transferindo parte da dedicação à internet. Assim, professor e aluno podem estar conectados, ensinando e aprendendo através de plataforma on-line, sem precisar sair de onde estão.
         Embora as promessas que ronda essa nova forma de lecionar sejam bastante positivas, por facilitar a participação de mais alunos nas aulas, é preciso ter bem claro que o professor segue insubstituível. Cursos 100% on-line, onde não há a interação presencial com um professor pelo menos, durante parte da carga horária, tendem a ter um alto nível de desistência, pois não há engajamento e o aluno tem mais dificuldade em ver seu progresso. Porém, a fórmula que combina parte do ensino presencial, em sala de aula com um professor e outros alunos, e parte do processo de forma remota, seja através de exercícios práticos ou até de aulas on-line, é hoje o formato ideal para que alunos com restrições de tempo e de dedicação possam participar das aulas, aprender e concluir seus cursos. É um modelo de ensino, portanto, que veio para ficar.
         Quando se trata de crianças, porém, há algumas diferenças. Para as crianças da primeira infância, que procuram na imagem na imagem do professor alguém em quem possam confiar e se apoiar ao longo do período escolar, a interação presencial é ainda mais necessária e imprescindível para o desenvolvimento de suas habilidades. Nesse caso, a sugestão é inserir a tecnologia em sala de aula por meio do uso de recursos como lousa interativa, aplicativos com jogos e atividades complementares e aulas no computador, orientadas sempre por um professor. O que motiva o aluno do público infantil a querer aprender é a curiosidade e a ludicidade das aulas.
         Se o professor resolve explorar um temo animais exóticos, por exemplo, para ensinar o vocabulário e algumas estruturas gramaticais que podem ser usadas para descrevê-los, é possível trazer para a sala de aula um vídeo sobre curiosidades, mostrando cada um em seu hábitat e abrindo uma excelente oportunidade para o debate. É usar a tecnologia como um aliado para que os alunos entrem em contato com pessoas de outras nacionalidades e façam entrevistas ao vivo para o aprendizado de perguntas e respostas do dia a dia. A gamificação, outra ótima opção, também pode ser usada como um poderoso recurso para o aluno estudar em casa, sem depender de um adulto, possibilitando complementar o aprendizado de sala de aula e se divertir ao mesmo tempo.
         O uso de tecnologia em sala de aula facilitou muito o aguçamento da curiosidade e a exposição do aluno a conteúdos relevantes, assim como a disponibilização de aplicativos para todos os níveis. Portanto, deve ser usada como aliada no processo educacional, uma ferramenta a mais que o professor tem à disposição para aumentar a motivação e o engajamento dos alunos. Nesse cenário, cabe ao educador se atualizar, uma vez que o perfil da criança e do jovem do século 21 é muito diferente dos de outrora: são menos pacientes por ser expostos a um excesso de informação e estímulos, o que dificulta a atenção e a motivação. Por isso, é essencial que o educador esteja a par das tecnologias disponíveis e traga para a sala de aula os recursos que melhor se adequam ao perfil e à faixa etária de seus alunos, de forma a criar um equilíbrio entre o uso da tecnologia e a interação com o professor, contribuindo para o aprendizado mais eficiente de seus alunos.         .

(SYLVIA DE MORAES E BARROS. CEO da The Kids Club, rede de franquias especializada no ensino de inglês para crianças, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de setembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de setembro de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de SERGIO ANDRADE, diretor-executivo da Agenda Pública e especialista no aprimoramento de serviços públicos, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tempo de mudança
        Há uma transformação de consciência notória em curso. Falamos, hoje, muito mais sobre diversidade, sustentabilidade, buscamos alternativas de deslocamento no dia a dia. Sabemos a importância demais mulheres na liderança gerando impactos para suas comunidades. Já entendemos a ligação óbvia entre educação, saúde, saneamento, conservação ambiental e energias renováveis para a qualidade de vida das populações e geração de trabalho, emprego e renda. Porém, governos conservadores surgem pelo mundo em uma tentativa incomodada de mudança no status quo de privilégio e poder para poucos. Em perspectiva história, movimentos como a luta por direitos civis ou em favor de causas ambientais, apesar de enfrentar reveses políticos sérios, avançaram tremendamente e transformaram o mundo. Da mesma forma, expressões do conservadorismo contemporâneo buscam frear a compreensão da sociedade de que não podemos mais esperar para mudar hábitos e comportamentos nocivos ao planeta, às economias e às pessoas. Por uma ótica otimista, como antes, também não conseguirão parar a poderosa onda da mudança. O futuro é sustentável, ou não será!
         Este 25 de setembro, Dia de Ação Global pela Agenda 2030, ou Dia dos ODS, marca o quarto ano de adesão de 193 estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para o mundo – Brasil entre eles. E o norte desta agenda de oportunidades econômicas e de soluções de problemas acompanha essa transformação de consciência. Para solucionar os problemas complexos do nosso tempo, precisamos agir de forma coordenada, combinando esforços entre governos, empresas e sociedade civil. Ações fragmentadas não produzem efeitos satisfatórios sobre questões sistêmicas que têm causas interligadas, como segurança, desenvolvimento econômico, pobreza, conservação ambiental ou bem-estar. Por isso, estamos diante de uma nova forma de organizar a administração pública e os negócios. Uma revolução nos modelos de trabalho que trará os empregos de que precisamos e possibilitará avanços civilizatórios e segurança coletiva.
         Muitos de nós estão trabalhando, realmente empenhados para que esses objetivos sejam alcançados. Organizações e empresas integraram os ODS em suas estratégias de ação e negócios, priorizando temas como erradicação da pobreza, agricultura sustentável, cidades e comunidades sustentáveis, igualdade de gênero, saúde e bem-estar, consumo responsável, instituições eficazes, só para citar alguns. Apesar disso, estamos no caminho de alcançar tais metas? Não exatamente.
Cientistas independentes publicaram suas conclusões no relatório “O futuro é agora: ciência para alcançar o desenvolvimento sustentável”, avaliando o desempenho dos países em relação ao cumprimento da Agenda 2030. O documento completo será revelado hoje, durante o Fórum Político de Alto Nível na Cúpula dos ODS de 2019, reunindo chefes de Estado em Nova York.
Vale destacar que nosso país-irmão, Portugal, está entre as 30 nações mais sustentáveis do mundo, em um honroso 26º lugar. Por lá, foi criado o Ministério do Ambiente e Transição Energética, provando que o país compreendeu a importância das tecnologias verdes e das energias renováveis, tanto para mitigar os impactos ambientais quanto para impulsionar a economia.
Apesar de bons exemplos como Portugal, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (Desa) da ONU classificou, a partir dos resultados do relatório, que o progresso rumo aos objetivos globais está em perigo. Ressalta que o atual modelo de desenvolvimento ameaça reverter cerca de 20 anos de progresso, com evidente desigualdade social e declínios “potencialmente irreversíveis” no ambiente. O documento conclui que as mudanças estão lentas demais, não garantindo o cumprimento dos ODS até 2030.
É urgente a mudança da relação entre pessoas e natureza. O atual modelo de prosperidade ocorreu às custas da degradação de recursos naturais e de crescente desigualdade social, impossibilitando o crescimento global. O incentivo a um consumo desenfreado também mostra seu preço: até 2060, passaremos de 89 gigatoneladas de recursos para 167 gigatoneladas, resultando em aumento de emissão de gases de efeito estufa e outros efeitos tóxicos da extração de recursos, dizem os cientistas.
Por outro lado, milhares de iniciativas têm florescido mundo afora apontando caminhos desse futuro possível, agora. Aqui, no Brasil, movimentos como Amazônia Possível, Estratégia ODS e Coalização Clima, Floresta e Agricultura mostram que dicotomias simplistas e maniqueísmos não tornarão essa revolução possível. Produção e conservação, público e privado, sustentabilidade e consumo, crescimento econômico e igualdade social são dimensões conciliatórias. É hora de todos assumirmos responsabilidades e agir de forma coordenada – setor público, iniciativa privada e a sociedade civil organizada –, seja a partir de um território delimitado ou de um tema dessa agenda.
No plano individual, se cada cidadão repensar o próprio consumo, mudar comportamentos no cotidiano, exigir transparência e conhecimento dos governos e das empresas sobre como estão tratando os ODS, apoiar e incentivar o trabalho de organizações não governamentais comprometidas com a Agenda 2030, ainda temos chance de construir um futuro mais sustentável e humano. Temos as condições e os incentivos para isso. O tempo da mudança é agora!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 307,20% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,86%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,43%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.