“As
chances de sucesso da empresa
A chegada de um novo ano
permite uma avaliação do que foi realizado e, a partir de um olhar crítico, a
busca por novas medidas para que o próximo período seja mais positivo.
Independentemente do porte da empresa, é o momento propício para rever o
chamado planejamento estratégico. Entretanto, de nada adianta se a estratégia
da organização não estiver alinhada com as políticas de governança corporativa.
Estamos falando de alterar a dinâmica das atividades de planejamento, que antes
se atinham a concatenar aspectos administrativos e financeiros dos planos de
ação, de modo a alinhá-los com as responsabilidades jurídicas da organização,
desde o seu chairman e CEO até o mais simples colaborador. É que com a
tendência de disseminação das práticas de compliance, os aspectos legais
contaminaram todos os processos de gestão estratégica. Uma empresa bem gerida,
eficiente e geradora de valor terá, necessariamente, uma matriz de
responsabilidades bem definida e capaz de ser verificada e auditada, sempre que
necessário. Ou seja, o processo de gestão estratégica de um negócio precisa
estar em sintonia com a sua governança legal.
Além
disso, é importante que os administradores, ao fixar os seus indicadores de
desempenho (KPIs), passem a contemplar itens voltados à gestão dos riscos
corporativos inerentes às atividades e setor. Podemos citar exemplos com
reflexos diretos neste monitoramento dos riscos: 1) medir o índice de turnover
dos empregados pode ajudar na governança trabalhista, permitindo adotar
políticas que reduzam a quantidade de ações na Justiça do Trabalho; 2) ter uma
meta ligada ao clima organizacional pode auxiliar no atingimento das metas
financeiras, ao controlar o estresse do time, diminuindo o absenteísmo e as
doenças ocupacionais: 3) criar uma política para atender melhor à diversidade
(gênero, etnias, religião etc.) pode melhorar a captação de novos talentos e se
prevenir de acusações de assédio moral. Tais exemplos indicam que é possível
ter medidas com conexão direta com aspectos de compliance. Agindo desta forma
preventiva, há grande chance de a empresa conseguir evitar conflitos em seu
nascedouro, o que poderá ir além do bem-estar descrito, trazendo resultados
tangíveis do ponto de vista financeiro, seja por meio do aumento da
produtividade, redução de custo operacional ou da prevenção de demandas
contenciosas.
Portanto,
realizar um planejamento estratégico implica também considerar os aspectos
legais de compliance e de gestão de riscos para além dos cenários econômicos,
financeiros, políticos, comerciais e tecnológicos. E, tendo em vista a
velocidade com que o mundo está mudando, se faz preciso encurtar o intervalo de
revisão dos planejamentos, tornando o processo de planejar uma prática mais
viva da governança corporativa. O estabelecimento de um calendário anual de
reuniões da diretoria ou conselho com o estabelecimento de pautas prévias
ajudará para que o cronograma jurídico esteja sempre alinhado com a visão
estratégica.
Enfim, a
construção do futuro de uma empresa está associada a um planejamento cada mais
dinâmico, em que as variáveis são cada vez mais complexas, sendo fator crítico
de sucesso a adoção e verificação permanente das práticas voltadas ao
compliance e governança.”.
(BERNARDO
PORTUGAL. Advogado, professor especialista em direito societário e
governança corporativa, sócio do escritório Portugal Vilela Almeida Behrens
Direito de Negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de ELIANE
VELOSO, diretora das unidades do Colégio Unimaster/Grupo SEB em Belo
Horizonte, pedagoga, especialista em psicopedagogia, mestre em educação na área
de informática educacional e gestão, e que merece igualmente integral
transcrição:
“A
tecnologia na infância
Os pais ficam receosos em
relação à possibilidade da liberação do uso de tecnologias móveis, como
smartphones, tablets e computadores, para crianças com idades entre 2 e 10
anos. A dúvida é pertinente; afinal, desde bem pequenas elas já têm contato com
dispositivos supermodernos, aos quais muitas gerações tiveram acesso somente
após adultos. É necessário ser prudente na liberação das novas tecnologias para
crianças e orientar para que elas se apresentem como ferramentas que podem
potencializar a aprendizagem de competências, muitas vezes iniciada no espaço
escolar.
Os
primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento mais acentuado do
cérebro, bem como da inteligência, da personalidade e do comportamento social.
Além disso, há um aumento importante do volume hipocampal. Nessa fase, 80% do
cérebro humano está em formação, ou seja, todo estímulo, nesse período, tem um
impacto direto na capacidade intelectual desses futuros adultos. A rápida
formação de sinapses inicia-se nos primeiros meses de vida pós-natal e atinge o
máximo de densidade aproximadamente aos três meses, no córtex sensorial, e
entre 2 e 3,5 anos no córtex frontal, de modo que todo estímulo, nessa fase,
inclusive o que os computadores possibilitam, pode potencializar esse processo,
desde que monitorado pelos responsáveis.
As
tecnologias, de forma geral, permitem uma comunicação mundial como nunca foi
possível imaginar. Hoje, a internet apresenta-se como a plataforma pela qual
milhões de indivíduos, em qualquer lugar ou momento, se comunicam diariamente,
participando efetivamente e partilhando conteúdos em redes sociais tais como
Facebook, YouTube, Linkedin, Twitter, Hi5, MaySpace, entre outros. Fato é que,
se o Facebook fosse um país, seria o terceiro maior em população.
Estudos
revelam que, em média, estudantes on-line têm melhor desempenho que estudantes
que recebem a instrução presencial. A educação precisa ser mixada, masterizada.
Masterizar significa passar para máster. Logo, mixar a educação significa fazer
um balanço de tudo o que já foi produzido, estabelecendo os níveis de
complexidade de cada fase, de tudo o que foi bem construído, “bem gravado”
separadamente, em canais distintos, para promover uma integração,
possibilitando um fazer em rede que será “curtido” pelo estudante.
O
estudante de hoje precisa ser ouvido porque pertence a uma geração que sabe
inovar com naturalidade; ele precisa ter espaço para ser protagonista na
condução do seu conhecimento. É urgente que o ambiente escolar aumente o fluxo
de iniciativas para a implantação de ambientes tecnológicos, que constituem hoje
um meio de comunicação. A adaptação de cada escola implica uma ação na sua
estratégia e na organização da gestão pedagógica. Hoje, diferentes recursos
tecnológicos estão a serviço da educação, complementando a ação-reflexão-ação
do educador e de todos os sujeitos inseridos no processo. O uso de louças
interativas, de celulares e smartphones e de aplicativos sociais amplia e
modifica a forma de comunicação entre os indivíduos. A tecnologia chega à
educação não como disponibilidade de equipamentos, mas como serviço para todos,
ampliando as possibilidades de construções e, portanto, de boas mixagens.
Todo
excesso pode ser prejudicial. É necessário estabelecer limites de tempo para
assistir à televisão, utilizar o computador e jogar jogos eletrônicos, o
celular, alternando períodos de atividade e inatividade. E lembre-se: crianças
devem dormir, pelo menos, nove horas por noite e devem ser monitoradas por um
adulto.
Nem tudo
o que é digital é interativo. Nem tudo o que é interativo é digital. A
quantidade de cliques em um sistema não o torna mais interativo. Dessa forma,
as escolas necessitam integrar a geração on-line, de forma a conscientizar o
uso e a prover o conhecimento. Atualmente, a competência digital é cada vez
mais necessária para o mundo do trabalho e para a vida social. Vivenciamos a era
da inteligência artificial no que se refere à elaboração de dispositivos que
simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver
problemas, enfim, a capacidade de ser inteligente, o que difere de
superficialidade. Os recursos tecnológicos são grandes aliados para fornecer
atividades mais interativas e colaborativas, contribuindo, assim, para uma
produção do conhecimento coletiva.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de
322,6% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em
março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria
da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.