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segunda-feira, 27 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER E DESAFIOS DA BOA GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS LUZES DA TECNOLOGIA NO PLENO DESENVOLVIMENTO DA PESSOA NA SUSTENTABILIDADE


“As chances de sucesso da empresa
        A chegada de um novo ano permite uma avaliação do que foi realizado e, a partir de um olhar crítico, a busca por novas medidas para que o próximo período seja mais positivo. Independentemente do porte da empresa, é o momento propício para rever o chamado planejamento estratégico. Entretanto, de nada adianta se a estratégia da organização não estiver alinhada com as políticas de governança corporativa. Estamos falando de alterar a dinâmica das atividades de planejamento, que antes se atinham a concatenar aspectos administrativos e financeiros dos planos de ação, de modo a alinhá-los com as responsabilidades jurídicas da organização, desde o seu chairman e CEO até o mais simples colaborador. É que com a tendência de disseminação das práticas de compliance, os aspectos legais contaminaram todos os processos de gestão estratégica. Uma empresa bem gerida, eficiente e geradora de valor terá, necessariamente, uma matriz de responsabilidades bem definida e capaz de ser verificada e auditada, sempre que necessário. Ou seja, o processo de gestão estratégica de um negócio precisa estar em sintonia com a sua governança legal.
         Além disso, é importante que os administradores, ao fixar os seus indicadores de desempenho (KPIs), passem a contemplar itens voltados à gestão dos riscos corporativos inerentes às atividades e setor. Podemos citar exemplos com reflexos diretos neste monitoramento dos riscos: 1) medir o índice de turnover dos empregados pode ajudar na governança trabalhista, permitindo adotar políticas que reduzam a quantidade de ações na Justiça do Trabalho; 2) ter uma meta ligada ao clima organizacional pode auxiliar no atingimento das metas financeiras, ao controlar o estresse do time, diminuindo o absenteísmo e as doenças ocupacionais: 3) criar uma política para atender melhor à diversidade (gênero, etnias, religião etc.) pode melhorar a captação de novos talentos e se prevenir de acusações de assédio moral. Tais exemplos indicam que é possível ter medidas com conexão direta com aspectos de compliance. Agindo desta forma preventiva, há grande chance de a empresa conseguir evitar conflitos em seu nascedouro, o que poderá ir além do bem-estar descrito, trazendo resultados tangíveis do ponto de vista financeiro, seja por meio do aumento da produtividade, redução de custo operacional ou da prevenção de demandas contenciosas.
         Portanto, realizar um planejamento estratégico implica também considerar os aspectos legais de compliance e de gestão de riscos para além dos cenários econômicos, financeiros, políticos, comerciais e tecnológicos. E, tendo em vista a velocidade com que o mundo está mudando, se faz preciso encurtar o intervalo de revisão dos planejamentos, tornando o processo de planejar uma prática mais viva da governança corporativa. O estabelecimento de um calendário anual de reuniões da diretoria ou conselho com o estabelecimento de pautas prévias ajudará para que o cronograma jurídico esteja sempre alinhado com a visão estratégica.
         Enfim, a construção do futuro de uma empresa está associada a um planejamento cada mais dinâmico, em que as variáveis são cada vez mais complexas, sendo fator crítico de sucesso a adoção e verificação permanente das práticas voltadas ao compliance e governança.”.

(BERNARDO PORTUGAL. Advogado, professor especialista em direito societário e governança corporativa, sócio do escritório Portugal Vilela Almeida Behrens Direito de Negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ELIANE VELOSO, diretora das unidades do Colégio Unimaster/Grupo SEB em Belo Horizonte, pedagoga, especialista em psicopedagogia, mestre em educação na área de informática educacional e gestão, e que merece igualmente integral transcrição:

“A tecnologia na infância
        Os pais ficam receosos em relação à possibilidade da liberação do uso de tecnologias móveis, como smartphones, tablets e computadores, para crianças com idades entre 2 e 10 anos. A dúvida é pertinente; afinal, desde bem pequenas elas já têm contato com dispositivos supermodernos, aos quais muitas gerações tiveram acesso somente após adultos. É necessário ser prudente na liberação das novas tecnologias para crianças e orientar para que elas se apresentem como ferramentas que podem potencializar a aprendizagem de competências, muitas vezes iniciada no espaço escolar.
         Os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento mais acentuado do cérebro, bem como da inteligência, da personalidade e do comportamento social. Além disso, há um aumento importante do volume hipocampal. Nessa fase, 80% do cérebro humano está em formação, ou seja, todo estímulo, nesse período, tem um impacto direto na capacidade intelectual desses futuros adultos. A rápida formação de sinapses inicia-se nos primeiros meses de vida pós-natal e atinge o máximo de densidade aproximadamente aos três meses, no córtex sensorial, e entre 2 e 3,5 anos no córtex frontal, de modo que todo estímulo, nessa fase, inclusive o que os computadores possibilitam, pode potencializar esse processo, desde que monitorado pelos responsáveis.
         As tecnologias, de forma geral, permitem uma comunicação mundial como nunca foi possível imaginar. Hoje, a internet apresenta-se como a plataforma pela qual milhões de indivíduos, em qualquer lugar ou momento, se comunicam diariamente, participando efetivamente e partilhando conteúdos em redes sociais tais como Facebook, YouTube, Linkedin, Twitter, Hi5, MaySpace, entre outros. Fato é que, se o Facebook fosse um país, seria o terceiro maior em população.
         Estudos revelam que, em média, estudantes on-line têm melhor desempenho que estudantes que recebem a instrução presencial. A educação precisa ser mixada, masterizada. Masterizar significa passar para máster. Logo, mixar a educação significa fazer um balanço de tudo o que já foi produzido, estabelecendo os níveis de complexidade de cada fase, de tudo o que foi bem construído, “bem gravado” separadamente, em canais distintos, para promover uma integração, possibilitando um fazer em rede que será “curtido” pelo estudante.
         O estudante de hoje precisa ser ouvido porque pertence a uma geração que sabe inovar com naturalidade; ele precisa ter espaço para ser protagonista na condução do seu conhecimento. É urgente que o ambiente escolar aumente o fluxo de iniciativas para a implantação de ambientes tecnológicos, que constituem hoje um meio de comunicação. A adaptação de cada escola implica uma ação na sua estratégia e na organização da gestão pedagógica. Hoje, diferentes recursos tecnológicos estão a serviço da educação, complementando a ação-reflexão-ação do educador e de todos os sujeitos inseridos no processo. O uso de louças interativas, de celulares e smartphones e de aplicativos sociais amplia e modifica a forma de comunicação entre os indivíduos. A tecnologia chega à educação não como disponibilidade de equipamentos, mas como serviço para todos, ampliando as possibilidades de construções e, portanto, de boas mixagens.
         Todo excesso pode ser prejudicial. É necessário estabelecer limites de tempo para assistir à televisão, utilizar o computador e jogar jogos eletrônicos, o celular, alternando períodos de atividade e inatividade. E lembre-se: crianças devem dormir, pelo menos, nove horas por noite e devem ser monitoradas por um adulto.
         Nem tudo o que é digital é interativo. Nem tudo o que é interativo é digital. A quantidade de cliques em um sistema não o torna mais interativo. Dessa forma, as escolas necessitam integrar a geração on-line, de forma a conscientizar o uso e a prover o conhecimento. Atualmente, a competência digital é cada vez mais necessária para o mundo do trabalho e para a vida social. Vivenciamos a era da inteligência artificial no que se refere à elaboração de dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas, enfim, a capacidade de ser inteligente, o que difere de superficialidade. Os recursos tecnológicos são grandes aliados para fornecer atividades mais interativas e colaborativas, contribuindo, assim, para uma produção do conhecimento coletiva.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.