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terça-feira, 6 de outubro de 2009

A CIDADANIA E A INCLUSÃO DO PROFESSOR

“As figuras divinas – Deus, Jesus Cristo – de um lado: do outro os grandes representantes da arte – Beethoven, Leonardo Da Vinci, Picasso – ou da ciência, como Pasteur, Curie, ou Newton, ou ainda os exploradores dos novos continentes ou dos novos astros, ou os reformadores políticos e sociais – Lincoln, Gandhi, Tiradentes – ou ainda, por muitas vezes, os grandes guerreiros e estrategistas – Júlio César, Napoleão – enfim, desses modelos aos quais se identificam os nossos inquiridos – porque lhes seguem o destino, respondendo positivamente àquelas propriedades que os distinguem dos simples mortais, ou porque a pessoa lamenta não possuí-las, invejando alguns e admirando outros, com toda a objetividade, como se pode admirar o produto desses gênios, pois nunca passaria pela cabeça de um amador de música de Bach invejar seu divino Dom...”
(HELENA ANTIPOFF (1992). Os heróis e o heroísmo, in: Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff. A educação do bem-dotado. Rio de Janeiro: SENAI, p 95-98 (Coletânea das obras escritas de Helena Antipoff, v. 5).

Fortalecendo os LAÇOS da CIDADANIA com a EDUCAÇÃO, mais uma IMPORTANTE contribuição vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de outubro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 5, de autoria de CARLOS ALBERTO CHIARELLI, Ex-ministro da Educação, doutor em direito, presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância, que merece INTEGRAL transcrição:

"A inclusão do professor

“Em 15 deste mês, comemora-se o Dia do Professor. Por isso, é preciso pensar em um tema que, cada vez mais, faz parte do cotidiano educacional: a inclusão de alunos com deficiência. Essa inclusão promove o direito de toda criança a frequentar a escola, independentemente de suas condições físicas, mentais ou sociais. A grande pergunta ainda é: os professores estão preparados para atender essas pessoas? Acredito que as instituições de ensino deveriam ser abertas incondicionalmente a todos os alunos e, portanto, ser inclusivas. Para tal, a capacitação dos envolvidos para que a inclusão escolar se torne um sucesso é essencial. O projeto educacional inclusivo deve ser planejado por toda a sociedade como fruto de um exercício diário do reconhecimento, do valor e do respeito às diferenças. Por isso, sem ensinar aqueles que ensinam, os alunos irão encontrar inúmeras dificuldades de aprendizado, limitando o ingresso efetivo das pessoas com deficiência no processo de escolarização.

O desafio do novo pode assustar os que não têm experiência com o assunto. Ainda mais em uma época em que a transmissão do conhecimento se realiza de maneira aprisionada por métodos formais de educação. Porém, é preciso ir além. E não só por causa da inclusão de estudantes com deficiência. A capacidade de conhecer as limitações de cada aluno, transformando-o em um ser ativo na sociedade, é o compromisso básico que os professores devem enfrentar diariamente. Então, por que não estender tal compromisso com os alunos que necessitam e têm direito à inclusão? Essas questões precisam ser mais expostas e debatidas porque é fundamental que se encontrem respostas rápidas e eficazes para o tema. Não se pode esperar que as soluções, muitas vezes, dependam de demorados programas governamentais. A união de mestres e pais pode e deve auxiliar na busca por ações mais viáveis que favoreçam o avanço social do país.

Além do mais, é fundamental que se reconheça a extraordinária atuação de escolas especiais, normalmente criadas por instituições valorosas, sem fins lucrativos, que tem história comprovada, no espaço do terceiro setor, enfrentando o problema e contribuindo mais que a estrutura oficial, para êxitos parciais em tão difícil empreitada. Há que se ter consciência de que a escola normal deve ser o receptáculo majoritário do processo de inclusão, sempre e quando sua estrutura física, gestão administrativa e projeto didático-pedagógico estejam preparados e habilitados para tanto. Situações múltiplas, no entanto, ocorrem e a realidade nos mostra sem retoques que forçar situações de convivência artificial, em vez de incluir, simplesmente inviabiliza a assimilação, distanciando pessoas. Daí a valia das escolas especiais, não como regra geral, mas como complemento indispensável. Associar o processo inclusivo, como um todo, à educação a distância (EAD) é uma nova rota que se abre e que precisa ser logo trilhada para atenuar tratamentos inadequados e ensejar a verdadeira promoção social. Este será um importante e novo capítulo dessa obra dinâmica.”

Ainda sob os efeitos da RETUMBANTE escolha do RIO DE JANEIRO como SEDE das OLIMPÍADAS DE 2016, o tema da EDUCAÇÃO ESPECIAL deve merecer o MELHOR do nosso ENGAJAMENTO e do nosso PATRIOTISMO, e que NÃO DEIXEMOS uma multidão de BRASILEIROS e de BRASILEIRAS à margem do FASCINANTE e BELO século XXI. Que SEJAM as OLIMPÍADAS da INCLUSÃO: SOCIAL, ECONÔMICA, CULTURAL e AMBIENTAL, nos exatos DITAMES de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA.

O BRASIL TEM JEITO!...