“Lições
sobre liderança
Nos últimos anos, tive
a oportunidade de aprender lições valiosas sobre gestão. Liderar equipes de alta
performance traz ensinamentos práticos que podem auxiliar não apenas
profissionais do mundo do marketing – como é o meu caso –, mas também gestores
das mais diversas áreas de atuação. Afinal de contas, ser um líder eficiente é
um grande desafio e diversos estudos demonstram que uma gestão ineficaz pode
trazer resultados desastrosos.
Segundo
pesquisa da Blanchard Company, 32% da rotatividade de funcionários pode ser
evitada através de melhores habilidades de liderança. Outro estudo, da Harvard
Business Review, mostra que 57% dos profissionais consideram que a falta de um
direcionamento claro é o maior problema de liderança nas empresas.
O início
do ano é uma boa oportunidade para realização de balanços e melhoria de
processos junto aos colaboradores. Não é preciso investir em processos caros ou
complexos para obter resultados melhores. Muitas vezes, ser um bom líder passa
por pequenas – efetivas – transformações no comportamento. Uma das
características de um bom líder é olhar para a individualidade de seus
colaboradores. Não se trata apenas de descobrir perfis, mas também compreender
o que move cada um, quais os pontos fortes e os objetivos futuros. Pensar na
individualidade ajuda a criar um conjunto poderoso.
Outra
dica é estar disponível para ouvir, traçando os direcionamentos coletivamente e
garantindo que, dessa forma, cada um fará a sua parte nessa “construção
conjunta”. Alinhe sonhos e objetivos e seja sempre transparente. Ninguém
idealiza um ambiente de trabalho perfeito, mas todos querem entender
movimentos, mudanças e sentir que o trabalho é parte de algo maior.
Em um
ambiente que preza pela transparência, não podem faltar feedbacks. Não se trata de apontar erros e defeitos do
profissional, mas sim jogar junto de verdade para construir um plano de
desenvolvimento. Plano esse que é um “aperto de mãos” entre gestor e liderado.
Ou seja, as responsabilidades aqui divididas e cada um deve cumprir com a sua
parte nesse tratado.
Outro
ponto importante são as conquistas. Comemore junto com a equipe os resultados
alcançados. Mais do que pensar numa premiação física, é preciso valorizar os
momentos, a descontração e a sensação de dever cumprido. Essa pode ser a
diferença entre ter um profissional frustrado ou motivado para os próximos
desafios.
Também
é preciso tomar cuidado com a obsessão por metas. É claro que medir resultados
é importante para a sustentabilidade de um negócio. Porém, não são os números
que movem as pessoas. É essencial ser capaz de interpretar mudanças de
comportamento, entender que situações pessoas vão impactar o planejamento e
estar preparado para ajudar não só com o cumprimento das metas propostas, mas
com tudo que esteja ao seu alcance.
O
segredo é não olhar só para cima, mas em todas as direções, e sempre aprender
com quem participa do dia a dia da empresa.”
(GUILHERME
VALGAS. Publicitário, especialista em marketing e head de marketing da
EmCasa.com, em artigo publicado no jornal ESTADO
DE MINAS, edição de 2 de janeiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de KAIO
CEZAR DE MELO, CEO da Braver, empresa especializada em comércio exterior
estratégico e relações internacionais, e que merece igualmente integral
transcrição:
“O
Brasil no mundo em 2019
A despeito de uma
política externa que, pelo que tudo indica, será pouco convencional, a
comunidade empresarial tem boas expectativas com o novo governo. O momento
econômico do Brasil levou empreendedores a pensarem a venda de seus produtos e
serviços no exterior. Isso porque, historicamente, as exportações crescem
durante as crises, sobretudo em países emergentes. Para 2019, a aposta é pela
continuidade do foco nas exportações como estratégia de negócio e não mais como
alternativa emergencial.
Ao que
parece, a palavra de ordem será abertura. E, desde que acompanhada das reformas
domésticas que tanto impactam nosso desenvolvimento, será muito bem-vinda.
Hoje, a presença do Brasil no comércio exterior mundial é inexpressiva, algo em
torno de 1%. Somos um gigante tímido. Timidez, essa, também fruto da
burocracia, da infraestrutura deficitária e da mão-de-obra, em geral,
improdutiva.
No
quesito macroeconômico internacional, precisamos olhar para além da América
Latina, e assumir um papel mais relevante entre os Brics (grupo de países de
economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul),
enquanto houver contexto para isso, e avançarmos rumo à Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).
Quando
a pauta é o Brics, a instabilidade política pela qual o Brasil passou nos
últimos anos nos deixou em pé de desigualdade em relação aos demais países do
grupo. A China, por exemplo, está a um passo de se tornar a maior economia do
mundo. Fora isso, deveria haver facilitação no trânsito de pessoas entre essas
potências. Nesse sentido, o único movimento que registramos, ainda
insuficiente, foi no tocante à Índia, como o e-Visa. Precisamos simplificar o
trânsito de capital intelectual entre esses países e não perder de vista nações
como Canadá, Estados Unidos, Israel, Japão e Reino Unido, que tanto nos
agregariam em ciência, tecnologia e inovação.
Sobre
a OCDE, México e Chile podem ser bons exemplos. Desde a entrada para esse
seleto grupo, ambos têm registrado crescimentos expressivos no produto interno
bruto ano após ano. Nosso vizinhos: Argentina, que conta com o apoio declarado
dos Estados Unidos, e Peru já se movimentaram nessa direção, assim como
Croácia, Bulgária e Romênia. A chancela da organização favorece, entre outros
aspectos, a atração de investimentos ao país, já que seus membros possuem um
alto padrão de transparência nas relações e na gestão pública. A longo prazo,
fazer parte do grupo pode corroborar a competitividade das empresas brasileiras
e posicionar o país em um patamar internacional relevante, mais digno de nossa
grandeza.
No
cenário doméstico, são necessárias mais bons exemplos como o da Câmara de
Comércio Exterior do Brasil (Camex), que acabou de lançar um guia de boas
práticas regulatórias que culminou na eliminação de 249 burocracias no comércio
exterior, estabelecendo um marco regulatório consistente e transparente,
bastante alinhado aos padrões internacionais.
Outro
ponto importante são os obstáculos para empreender no Brasil. Hoje, ainda
perde-se boa parte do tempo preenchendo papéis, indo a cartórios e/ou
reclamando da telefonia, da internet, dos bancos. O empreendedor deveria
concentrar seus esforços exclusivamente no desenvolvimento do seu negócio e o
governo, de fato, precisaria ser parceiro das empresas, papel que o Sebrae tem
desempenhado muito bem para as micro e pequenas.
Quanto
o assunto é importação e exportação, precisa haver simplificação cambial, nos
financiamentos, no recolhimento de impostos, nas adequações jurídicas. Uma
alternativa, já aplicada em Hong Kong, seria a tributação de empresas com menos
de dois anos de operação, exclusivamente sobre o lucro auferido, ou a criação
de um imposto único, espécie de VAT, amplamente difundido no exterior, sendo a
União a responsável pelo repasse aos estados e municípios. Não faz muito
sentido que o empreendedor domine, tecnicamente, as equações tributárias ou
tenha despesas administrativas em função delas.
Na
infraestrutura, é sabido que o fluxo de cargas no Brasil se dá majoritariamente
pelas rodovias, das quais apenas 13% são pavimentadas. Sem falar da insegurança
na malha rodoviária, vide o estado do Rio de Janeiro, cujo roubo de cargas tem
levado a prejuízos superiores a R$ 600 milhões, e exigido que o setor privado
busque contramedidas para minimizar esses impactos.
A
ampliação da malha ferroviária, que representa apenas 15% do mapa logístico do
país, facilitaria o transporte agrícola, carro-chefe do Brasil nesse momento, e
geraria uma economia de mais de R$ 15 milhões ao ano, além de melhorar o
trânsito nos grandes centros urbanos, ser menos poluente e mais seguro.
A
situação dos 37 portos em operação no Brasil também não é fácil. Em 2017 foi
registrado o menor repasse portuário em 14 anos. Mas, além de recursos
incipientes, falta gestão. Os portos operam em situação caótica. Não há padrão
administrativo, o que abre precedente para corrupção e diminui o interesse do
investidor estrangeiro. Nesse contexto, a licitação dos portos seria uma
alternativa.
Que
seja bem-vindo o pragmatismo, a presença de profissionais técnicos em
áreas-chave e a disposição para negociação com grandes nações. E que venham
também as reformas estruturais que nos permitirão crescer para além da
subjetividade das expectativas e que tenhamos um projeto de país consistente a
longo prazo, com uma pauta de exportação de alto valor agregado – não escorada
no agro – e com pequenos e médios empreendedores que, mais do que ouvir e
falar, saibam da importância da internacionalização para a perpetuidade de seus
negócios.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca
de 279,83% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 305,71%; e já o IPCA,
em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,75%); II –
a corrupção, há séculos, na mais
perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria
grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos
e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.