“O
fator humano
Entregar bons resultados
e alavancar o desempenho de uma empresa é a aspiração de todo líder, mas, para alcançar
tal feito, é necessário ter uma equipe comprometida. Contudo, a realidade de
algumas organizações é de insatisfação dos colaboradores, motivada, muitas
vezes, por um ambiente de trabalho tóxico. Prova disso é o dado levantado pela
Gallup, empresa de pesquisa norte-americana, apontando que a liderança pode
influenciar em até 70% no aumento do engajamento do grupo com os negócios.
Valorizar o capital humano e criar um clima de confiança é um dos caminhos.
As
equipes precisam estar alinhadas aos objetivos estratégicos da organização,
além de compartilhar dos mesmos valores e, para que isso aconteça, é preciso
que o líder tenha aptidão no gerenciamento de capital humano e saiba ouvir os
colaboradores e observar o ambiente. Dessa forma, saberá onde é necessária a
mudança e em qual momento. Uma forma de ter um termômetro do clima
organizacional são reuniões semanais com os colaboradores. Para isso, é preciso
criar um ambiente de confiança, no qual eles se sintam à vontade e seguros para
expressar suas ideias e feedbacks sobre os processos de trabalho. O resultado
será ter pessoas que se sentirão ouvidas e valorizadas.
Muitos
gestores ainda têm dificuldades em criar e manter esse clima organizacional.
Nesse caso, ferramentas práticas de gestão podem ser implementadas para ajudar
no desenvolvimento de equipes de alto desempenho, como, por exemplo, o
gerenciamento e acompanhamento de resultados baseados em metas smart. Afinal,
quando “desafios” são propostos, o colaborador passa a idealizar a superação
deles e passa a enxergar o “exercício” como bagagem para seu crescimento. Todos
nós sentimos o aumento de confiança quando provamos o sabor de entregar algo
que faz diferença para a organização.
Outro
ponto importante é investir no aprimoramento de processo e na resolução de
conflitos internos, para evitar futuros impasses e assim alcançar o sucesso. No
primeiro caso, a tecnologia pode ser usada como aliada no manejo de recursos
que tornem a comunicação mais assertiva. Quantos aos conflitos, é primordial
não deixar para segundo plano as diferenças da equipe, pois o quanto antes
forem resolvidas, menor será o risco de ruídos atrapalharem o rendimento.
Nesse
processo, o líder não pode esquecer-se de estruturar o quadro de recursos
humanos para obter melhores resultados. Em qualquer organização, caso não haja
agilidade no acompanhamento das tendências de inovação e competências técnicas,
há grandes riscos de as etapas ficarem estagnadas e não engatarem em atividades
que gerem efeitos positivos. Neste caminho, um bom líder deve estar preparado
para promover estratégias que gerem resultados e sinergia na equipe, como
programas de qualificação e desenvolvimento de talentos. Afinal, o que forma
uma empresa é justamente o fator humano.”.
(BETH BARROS.
Diretora regional da Consultoria Lee Hecht Harrison (LHH) em Minas Gerais, em
artigo publicado no jornal ESTADO DE
MINAS, edição de 6 de agosto de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
5 de agosto de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de ROBERTO BAGINSKI, professor, doutor e chefe do Departamento de
Física do Centro Universitário FEI, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Corrida
espacial
Em 20 de julho de 1969, o
astronauta Neil Armstrong entrou para a história ao se tornar o primeiro homem
a pisar em solo lunar, dando um “gigantesco salto para a humanidade”.
A
alunissagem da missão tripulada Apollo 11 projetou a imagem de que tudo era
possível em um mundo que se tornava tecnologicamente avançado. Além disso, a
corrida espacial se processava no contexto da Guerra Fria e a viagem à Lua
representava a vitória do capitalismo sobre o comunismo soviético. Porém, do
ponto de vista científico, se o dinheiro e os esforços investidos na missão
tivessem sido direcionados para sondas automatizadas, teríamos obtido muito
mais conhecimento sobre o nosso satélite natural do que o obtido pelas pequenas
quantidades de rochas trazidas pelos astronautas. Mas é muito provável que um
programa para exploração do espaço exclusivamente por meios não tripulados não
conseguisse grande apoio popular, muito menos financiamento.
Nos três
anos seguintes após o inédito feito, mais 10 pessoas , em cinco missões
diferentes, tiveram a oportunidade de visitar a Lua, até que o interesse
público, rapidamente, diminuiu, e, com isso, o orçamento do governo americano
dedicado à Nasa (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration
– Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) também foi reduzido,
inviabilizando a continuação do programa de missões espaciais tripuladas e
acarretando na priorização de programas de exploração e ocupação orbitais, como
os ônibus espaciais e as estações espaciais Skylab e ISS (estação espacial
internacional).
Como a
estação espacial internacional (ISS) contribuiu para a ciência? Ela oferece um
ambiente único de microgravidade, permitindo a melhoria da qualidade de
experimentos que envolvem cristalização de proteínas, crescimento de células e
tecidos, reações químicas ou processos bioquímicos. Um exemplo disso é o
experimento MEK (efeito da microgravidade na cinética das enzimas lipase e
invertase), realizado pela FEI em 2006 a bordo da ISS.
Além disso,
a ISS proporciona condições ideais para experimentos sobre a capacidade de
adaptação humana ao espaço. Esses experimentos, que analisam mudanças
fisiológicas em nosso corpo submetido à microgravidade e a um ambiente com mais
radiação espacial do que o encontrado na superfície da Terra, também estudam o
ecossistema que seria necessário para uma viagem espacial de longa duração.
Em uma
viagem espacial curta, é possível embarcar todos os alimentos necessários, mas
em uma missão longa seria necessário realizar agricultura a bordo da espaçonave
e, portanto, é preciso saber como plantas e outros organismos se desenvolvem
neste tipo de ambiente e quais medidas devem ser tomadas para garantir as
condições de saúde da tripulação.
Tecnologias
espaciais são adaptadas para uso na Terra. Há um fluxo constante de tecnologias
espaciais na Terra. Por exemplo, as técnicas que permitem a operação de braços
robóticos no espaço (os mais conhecidos são os braços robóticos do deque de
cargas dos ônibus espaciais) são as mesmas que permitiram que robôs fossem
utilizados na realização de cirurgias. Algumas invenções têm conexão mais
evidente com o espaço, como sistemas de localização e de navegação (GPS), mas
há, também, tecnologias mais surpreendentes, usadas na detecção e combate a
incêndios ou para tratamento de águas servidas e outros resíduos. Essas
tecnologias foram testadas na ISS nos últimos 10 anos e podem encontrar uso na
Terra em breve.
Devemos
nos preparar para viver em outro planeta? A exploração espacial nos ensinou que
a Terra é pequena, frágil e muito distante de qualquer outro possível habitat,
por isso, estamos muito longe de ter chances reais de iniciar a colonização de
outro planeta. Ao contrário das grandes navegações europeias do século 15, em
que as naves podiam percorrer oceanos desconhecidos, mas que ainda pertenciam a
um ambiente propício à vida, precisaríamos criar todo um ecossistema
autossuficiente em outro planeta ou, até mesmo, dentro da espaçonave, se o
local a ser colonizado fosse exterior ao Sistema Solar. Neste caso, apenas a
viagem poderia demorar centenas de gerações.
Portanto,
em vez de empregar recursos, esforços e talentos para encontrar meios de sair
da Terra e destruir algum outro planeta, deveríamos utilizá-los para reduzir o
dano que causamos ao nosso lar, garantindo que a vida na Terra seja possível a
longo prazo.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de
300,09% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial chegou em históricos 322,23%; e já o IPCA, também
no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,37%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...”
– e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.