quarta-feira, 14 de agosto de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES E AS LUZES DOS INVESTIMENTOS ESPACIAIS NA SUSTENTABILIDADE


“O fator humano
        Entregar bons resultados e alavancar o desempenho de uma empresa é a aspiração de todo líder, mas, para alcançar tal feito, é necessário ter uma equipe comprometida. Contudo, a realidade de algumas organizações é de insatisfação dos colaboradores, motivada, muitas vezes, por um ambiente de trabalho tóxico. Prova disso é o dado levantado pela Gallup, empresa de pesquisa norte-americana, apontando que a liderança pode influenciar em até 70% no aumento do engajamento do grupo com os negócios. Valorizar o capital humano e criar um clima de confiança é um dos caminhos.
         As equipes precisam estar alinhadas aos objetivos estratégicos da organização, além de compartilhar dos mesmos valores e, para que isso aconteça, é preciso que o líder tenha aptidão no gerenciamento de capital humano e saiba ouvir os colaboradores e observar o ambiente. Dessa forma, saberá onde é necessária a mudança e em qual momento. Uma forma de ter um termômetro do clima organizacional são reuniões semanais com os colaboradores. Para isso, é preciso criar um ambiente de confiança, no qual eles se sintam à vontade e seguros para expressar suas ideias e feedbacks sobre os processos de trabalho. O resultado será ter pessoas que se sentirão ouvidas e valorizadas.
         Muitos gestores ainda têm dificuldades em criar e manter esse clima organizacional. Nesse caso, ferramentas práticas de gestão podem ser implementadas para ajudar no desenvolvimento de equipes de alto desempenho, como, por exemplo, o gerenciamento e acompanhamento de resultados baseados em metas smart. Afinal, quando “desafios” são propostos, o colaborador passa a idealizar a superação deles e passa a enxergar o “exercício” como bagagem para seu crescimento. Todos nós sentimos o aumento de confiança quando provamos o sabor de entregar algo que faz diferença para a organização.
         Outro ponto importante é investir no aprimoramento de processo e na resolução de conflitos internos, para evitar futuros impasses e assim alcançar o sucesso. No primeiro caso, a tecnologia pode ser usada como aliada no manejo de recursos que tornem a comunicação mais assertiva. Quantos aos conflitos, é primordial não deixar para segundo plano as diferenças da equipe, pois o quanto antes forem resolvidas, menor será o risco de ruídos atrapalharem o rendimento.
         Nesse processo, o líder não pode esquecer-se de estruturar o quadro de recursos humanos para obter melhores resultados. Em qualquer organização, caso não haja agilidade no acompanhamento das tendências de inovação e competências técnicas, há grandes riscos de as etapas ficarem estagnadas e não engatarem em atividades que gerem efeitos positivos. Neste caminho, um bom líder deve estar preparado para promover estratégias que gerem resultados e sinergia na equipe, como programas de qualificação e desenvolvimento de talentos. Afinal, o que forma uma empresa é justamente o fator humano.”.

(BETH BARROS. Diretora regional da Consultoria Lee Hecht Harrison (LHH) em Minas Gerais, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de agosto de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 5 de agosto de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de ROBERTO BAGINSKI, professor, doutor e chefe do Departamento de Física do Centro Universitário FEI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Corrida espacial
        Em 20 de julho de 1969, o astronauta Neil Armstrong entrou para a história ao se tornar o primeiro homem a pisar em solo lunar, dando um “gigantesco salto para a humanidade”.
         A alunissagem da missão tripulada Apollo 11 projetou a imagem de que tudo era possível em um mundo que se tornava tecnologicamente avançado. Além disso, a corrida espacial se processava no contexto da Guerra Fria e a viagem à Lua representava a vitória do capitalismo sobre o comunismo soviético. Porém, do ponto de vista científico, se o dinheiro e os esforços investidos na missão tivessem sido direcionados para sondas automatizadas, teríamos obtido muito mais conhecimento sobre o nosso satélite natural do que o obtido pelas pequenas quantidades de rochas trazidas pelos astronautas. Mas é muito provável que um programa para exploração do espaço exclusivamente por meios não tripulados não conseguisse grande apoio popular, muito menos financiamento.
         Nos três anos seguintes após o inédito feito, mais 10 pessoas , em cinco missões diferentes, tiveram a oportunidade de visitar a Lua, até que o interesse público, rapidamente, diminuiu, e, com isso, o orçamento do governo americano dedicado à Nasa (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) também foi reduzido, inviabilizando a continuação do programa de missões espaciais tripuladas e acarretando na priorização de programas de exploração e ocupação orbitais, como os ônibus espaciais e as estações espaciais Skylab e ISS (estação espacial internacional).
         Como a estação espacial internacional (ISS) contribuiu para a ciência? Ela oferece um ambiente único de microgravidade, permitindo a melhoria da qualidade de experimentos que envolvem cristalização de proteínas, crescimento de células e tecidos, reações químicas ou processos bioquímicos. Um exemplo disso é o experimento MEK (efeito da microgravidade na cinética das enzimas lipase e invertase), realizado pela FEI em 2006 a bordo da ISS.
         Além disso, a ISS proporciona condições ideais para experimentos sobre a capacidade de adaptação humana ao espaço. Esses experimentos, que analisam mudanças fisiológicas em nosso corpo submetido à microgravidade e a um ambiente com mais radiação espacial do que o encontrado na superfície da Terra, também estudam o ecossistema que seria necessário para uma viagem espacial de longa duração.
         Em uma viagem espacial curta, é possível embarcar todos os alimentos necessários, mas em uma missão longa seria necessário realizar agricultura a bordo da espaçonave e, portanto, é preciso saber como plantas e outros organismos se desenvolvem neste tipo de ambiente e quais medidas devem ser tomadas para garantir as condições de saúde da tripulação.
         Tecnologias espaciais são adaptadas para uso na Terra. Há um fluxo constante de tecnologias espaciais na Terra. Por exemplo, as técnicas que permitem a operação de braços robóticos no espaço (os mais conhecidos são os braços robóticos do deque de cargas dos ônibus espaciais) são as mesmas que permitiram que robôs fossem utilizados na realização de cirurgias. Algumas invenções têm conexão mais evidente com o espaço, como sistemas de localização e de navegação (GPS), mas há, também, tecnologias mais surpreendentes, usadas na detecção e combate a incêndios ou para tratamento de águas servidas e outros resíduos. Essas tecnologias foram testadas na ISS nos últimos 10 anos e podem encontrar uso na Terra em breve.
         Devemos nos preparar para viver em outro planeta? A exploração espacial nos ensinou que a Terra é pequena, frágil e muito distante de qualquer outro possível habitat, por isso, estamos muito longe de ter chances reais de iniciar a colonização de outro planeta. Ao contrário das grandes navegações europeias do século 15, em que as naves podiam percorrer oceanos desconhecidos, mas que ainda pertenciam a um ambiente propício à vida, precisaríamos criar todo um ecossistema autossuficiente em outro planeta ou, até mesmo, dentro da espaçonave, se o local a ser colonizado fosse exterior ao Sistema Solar. Neste caso, apenas a viagem poderia demorar centenas de gerações.
         Portanto, em vez de empregar recursos, esforços e talentos para encontrar meios de sair da Terra e destruir algum outro planeta, deveríamos utilizá-los para reduzir o dano que causamos ao nosso lar, garantindo que a vida na Terra seja possível a longo prazo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 300,09% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,23%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,37%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


 





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