(Março
= mês 41; faltam 129 meses para a Primavera Brasileira)
“Motivação
do colaborador como estratégia de liderança
Investir em práticas de
governança inovadoras e eficientes é fundamental para que as empresas se
destaquem no mercado. Mas, para manter e ampliar a competitividade, também é
preciso direcionar esforços para a gestão de pessoas. Os colaboradores são os
principais responsáveis por colocar em prática os ideais da organização, por
isso é importante que eles estejam sempre motivados.
De nada
adianta contar com uma equipe tecnicamente capacitada se os integrantes não
sentem desejo de potencializar suas competências para atingir os objetivos da
empresa.
Buscar
colaboradores motivados é importante, mas, para que não expire, essa motivação
deve ser nutrida. Afinal, quando exercida em troca de mera remuneração,
qualidade do trabalho tende a cair com o tempo.
Pesquisas
comprovam a existência de uma relação entre a motivação e a produtividade no
ambiente de trabalho. Um estudo da Right Management, empresa de consultoria
especializada em gestão de pessoas, apontou que profissionais motivados são 50%
mais produtivos. O levantamento ouviu 30 mil pessoas em 15 países, entre eles o
Brasil.
Além dos
benefícios comprovados para a produtividade, a motivação pode ser um fator
estratégico na busca pela retenção dos talentos e redução do turnover, ou seja,
o índice que mede a rotatividade dos funcionários. Afinal, trata-se de um
atrativo cada vez mais buscado no ambiente profissional, principalmente pelos
colaboradores mais talentosos e promissores.
A
pesquisa Millennial Survey de 2019, realizada pela consultoria empresarial
Deloitte, aponto que 49% dos jovens profissionais no mercado pretendem mudar de
emprego nos próximos dois anos. Esse número chama atenção para a necessidade de
que as organizações ofereçam ambientes de trabalho mais atrativos para aumentar
o engajamento dos funcionários.
Mas como
influenciar a motivação dos colaboradores? Muitos investem na oferta de
benefícios, tais como descontos em produtos em produtos e parcerias com
fornecedores de serviços diversos. Essa estratégia tem sido amplamente
utilizada por grandes empresas atualmente. A Coca-Cola oferece descontos nas
compras de automóveis; já o Facebook disponibiliza verba adicional para
despesas com adoção de crianças; a Dream Works, por sua vez, promove atividades
físicas em suas dependências.
No
entanto, a oferta de benefícios deve estar alinhada a ações de melhorias do
clima organizacional, como a prática de feedbacks constantes, a realização de
programas de capacitação, e a adoção de uma estratégia de comunicação interna
que permita o compartilhamento de objetivos entre líderes e colaboradores.
Dessa forma, os funcionários se sentem mais pertencentes e passam a enxergar o
sucesso da empresa como uma vitória pessoal.”.
(Matheus Vieira
Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo
Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência
Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 28 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“
‘Cuida dele’ – o remédio
O tempo da Quaresma, por
seus quarenta dias, é uma delicadeza de Deus. Profecia que ressoa no coração da
humanidade, pela voz da Igreja Católica, com sua liturgia de rica tradição e
guardiã de tesouros de sabedoria e interpelações. Desafia a sociedade,
sensibilizando corações a se emprenhar por um tempo novo de justiça e paz.
A Igreja
Católica no Brasil, há 56 anos, a partir de Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), enriquece o caminho quaresmal com interpelações proféticas e
indispensáveis à realidade brasileira, que geme de morte e clama por novas
dinâmicas, práticas solidárias e urgentes remédios. A Campanha da Fraternidade
convida dos cristãos a caminhar, no tempo de seu viver, revestidos da cidadania
do Reino de Deus. Isso exige marcar a cidadania civil com as feições do Reino
de Deus. Compreende-se, assim, de onde vem a exigência de conversão pessoal e
cidadã comprometida com transformações urgentes e inadiáveis, debelando os
cenários vergonhosos de miséria, pobrezas, extermínios, corrupções e
manipulações políticas.
A Igreja
Católica não se ilude com projetos de poder político-partidário. Não mistura o
que requer distinções. Age por uma intrínseca exigência profética, pela luz e
pela força do Evangelho de Jesus Cristo, para ajudar a sociedade, a partir de
experiência autêntica e comprometida de fé. Contribui para que todos reconheçam
o remédio capaz de curar males e enfermidades que adoecem a humanidade: a lição
do cuidado. Aprendizado que arranca indivíduos, instâncias e instituições da
mesmice egocêntrica, desdobrada em ganâncias, nas indiferenças e nas
superficialidades de escolhas para o viver – frutos das relativizações
responsáveis pelo aumento das violências, dos suicídios, do esvaziamento da
mente que atinge representantes do povo, governantes e líderes de diferentes
segmentos, religiosos, culturais, educativos e tantos outros.
A
interpelação, “Cuida dele, o remédio”, vem da sábia e magistral indicação do
coração de Jesus, na parábola do Bom Samaritano, para responder, de modo
assertivo e completo, à pergunta que deve ecoar no coração de cada pessoa: quem
é o seu próximo? Respondê-la adequadamente é o passo fundamental para que a
sociedade brasileira consiga colocar a vida em primeiro lugar. Ainda que sejam
reconhecidos sinais de esperança em atitudes cidadãs, em projetos e programas
envolvendo instituições e instâncias, diferentes cenários trazem exigências e
urgências muito grandes e complexas. Pedem novas posturas e atitudes capazes de
gerar transforçaões urgentes – nenhum cidadão pode se conformar, contentando-se
com mediocridades.
Há muito
que fazer. Basta pensar que a desigualdade é um distintivo inaceitável da sociedade
brasileira, consequência de dinâmicas autodestrutivas que atacam o meio
ambiente, a exemplo do desarvoro e descontrole da mineração predatória. Faltam
mais compreensão e recursos humanísticos aos grandes líderes para que possam
pensar adequadamente e contribuir para o fortalecimento, para a qualificação
das instituições democráticas, ao invés de enfraquecê-las com ataques figadais.
Sem lucidez, estão em risco patrimônios humanos, religiosos e culturais,
necessários para que a sociedade avance e não se feche em estreitezas.
Diferentes estatísticas mostram que a sociedade brasileira precisa mudar.
Comprovam a necessidade urgente de um caminho espiritual renovador, diferente
daquele que é partidário e estreitado pelo fundamentalismo de um cristianismo torto.
O
caminho espiritual renovador é percorrido por uma opção que nasce da capacidade
de cuidar dele, do próximo, da Casa Comum e, sobretudo, dos mais pobres e dos
indefesos. Assim, a Campanha da Fraternidade neste ano, no horizonte
interpelante do tempo Quaresmal – convite à conversão e às mudanças de rumos,
em favor da vida – interpela cada pessoa a acolher o chamado: “Cuida dele!”.
Trata-se de eficaz remédio para corrigir descompassos. A adoção das dinâmicas
simples e ao mesmo tempo abrangentes dessa indicação evangélica contribuirá
para que a sociedade supere violências e extermínios, indiferenças e ganâncias,
impulsionando os diálogos, os entendimentos cidadãos e a democracia, urgências
deste tempo.
Cuidar
do próximo é espiritualidade com força para qualificar a cidadania, no
horizonte da compreensão de que a vida é dom e compromisso. Urge-se uma
envergadura humana e espiritual em cada pessoa, para que o cuidado com o
semelhante inspire ações, tarefas e atuação em todos os âmbitos. Projeta-se,
nesse horizonte de interpelação, a figura admirável de Santa Dulce dos Pobres,
mulher fisicamente frágil, gigante na envergadura moral, espiritual e humana,
com força para criar e perpetuar serviços transformadores, por ser fiel
discípula de Jesus, por acolher, amorosamente, a mística do remédio que está no
convite-convocação, ao olhar o meio ambiente, a comunidade de fé, a própria
família, os pobres, o próximo: “Cuida dele!”.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de idade,
em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da
modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca
de 316,79% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.