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segunda-feira, 2 de março de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA MOTIVAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA FRATERNIDADE NA SUSTENTABILIDADE (41/129)


(Março = mês 41; faltam 129 meses para a Primavera Brasileira)

“Motivação do colaborador como estratégia de liderança
        Investir em práticas de governança inovadoras e eficientes é fundamental para que as empresas se destaquem no mercado. Mas, para manter e ampliar a competitividade, também é preciso direcionar esforços para a gestão de pessoas. Os colaboradores são os principais responsáveis por colocar em prática os ideais da organização, por isso é importante que eles estejam sempre motivados.
         De nada adianta contar com uma equipe tecnicamente capacitada se os integrantes não sentem desejo de potencializar suas competências para atingir os objetivos da empresa.
         Buscar colaboradores motivados é importante, mas, para que não expire, essa motivação deve ser nutrida. Afinal, quando exercida em troca de mera remuneração, qualidade do trabalho tende a cair com o tempo.
         Pesquisas comprovam a existência de uma relação entre a motivação e a produtividade no ambiente de trabalho. Um estudo da Right Management, empresa de consultoria especializada em gestão de pessoas, apontou que profissionais motivados são 50% mais produtivos. O levantamento ouviu 30 mil pessoas em 15 países, entre eles o Brasil.
         Além dos benefícios comprovados para a produtividade, a motivação pode ser um fator estratégico na busca pela retenção dos talentos e redução do turnover, ou seja, o índice que mede a rotatividade dos funcionários. Afinal, trata-se de um atrativo cada vez mais buscado no ambiente profissional, principalmente pelos colaboradores mais talentosos e promissores.
         A pesquisa Millennial Survey de 2019, realizada pela consultoria empresarial Deloitte, aponto que 49% dos jovens profissionais no mercado pretendem mudar de emprego nos próximos dois anos. Esse número chama atenção para a necessidade de que as organizações ofereçam ambientes de trabalho mais atrativos para aumentar o engajamento dos funcionários.
         Mas como influenciar a motivação dos colaboradores? Muitos investem na oferta de benefícios, tais como descontos em produtos em produtos e parcerias com fornecedores de serviços diversos. Essa estratégia tem sido amplamente utilizada por grandes empresas atualmente. A Coca-Cola oferece descontos nas compras de automóveis; já o Facebook disponibiliza verba adicional para despesas com adoção de crianças; a Dream Works, por sua vez, promove atividades físicas em suas dependências.
         No entanto, a oferta de benefícios deve estar alinhada a ações de melhorias do clima organizacional, como a prática de feedbacks constantes, a realização de programas de capacitação, e a adoção de uma estratégia de comunicação interna que permita o compartilhamento de objetivos entre líderes e colaboradores. Dessa forma, os funcionários se sentem mais pertencentes e passam a enxergar o sucesso da empresa como uma vitória pessoal.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de fevereiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 28 de fevereiro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“ ‘Cuida dele’ – o remédio
        O tempo da Quaresma, por seus quarenta dias, é uma delicadeza de Deus. Profecia que ressoa no coração da humanidade, pela voz da Igreja Católica, com sua liturgia de rica tradição e guardiã de tesouros de sabedoria e interpelações. Desafia a sociedade, sensibilizando corações a se emprenhar por um tempo novo de justiça e paz.
         A Igreja Católica no Brasil, há 56 anos, a partir de Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enriquece o caminho quaresmal com interpelações proféticas e indispensáveis à realidade brasileira, que geme de morte e clama por novas dinâmicas, práticas solidárias e urgentes remédios. A Campanha da Fraternidade convida dos cristãos a caminhar, no tempo de seu viver, revestidos da cidadania do Reino de Deus. Isso exige marcar a cidadania civil com as feições do Reino de Deus. Compreende-se, assim, de onde vem a exigência de conversão pessoal e cidadã comprometida com transformações urgentes e inadiáveis, debelando os cenários vergonhosos de miséria, pobrezas, extermínios, corrupções e manipulações políticas.
         A Igreja Católica não se ilude com projetos de poder político-partidário. Não mistura o que requer distinções. Age por uma intrínseca exigência profética, pela luz e pela força do Evangelho de Jesus Cristo, para ajudar a sociedade, a partir de experiência autêntica e comprometida de fé. Contribui para que todos reconheçam o remédio capaz de curar males e enfermidades que adoecem a humanidade: a lição do cuidado. Aprendizado que arranca indivíduos, instâncias e instituições da mesmice egocêntrica, desdobrada em ganâncias, nas indiferenças e nas superficialidades de escolhas para o viver – frutos das relativizações responsáveis pelo aumento das violências, dos suicídios, do esvaziamento da mente que atinge representantes do povo, governantes e líderes de diferentes segmentos, religiosos, culturais, educativos e tantos outros.
         A interpelação, “Cuida dele, o remédio”, vem da sábia e magistral indicação do coração de Jesus, na parábola do Bom Samaritano, para responder, de modo assertivo e completo, à pergunta que deve ecoar no coração de cada pessoa: quem é o seu próximo? Respondê-la adequadamente é o passo fundamental para que a sociedade brasileira consiga colocar a vida em primeiro lugar. Ainda que sejam reconhecidos sinais de esperança em atitudes cidadãs, em projetos e programas envolvendo instituições e instâncias, diferentes cenários trazem exigências e urgências muito grandes e complexas. Pedem novas posturas e atitudes capazes de gerar transforçaões urgentes – nenhum cidadão pode se conformar, contentando-se com mediocridades.
         Há muito que fazer. Basta pensar que a desigualdade é um distintivo inaceitável da sociedade brasileira, consequência de dinâmicas autodestrutivas que atacam o meio ambiente, a exemplo do desarvoro e descontrole da mineração predatória. Faltam mais compreensão e recursos humanísticos aos grandes líderes para que possam pensar adequadamente e contribuir para o fortalecimento, para a qualificação das instituições democráticas, ao invés de enfraquecê-las com ataques figadais. Sem lucidez, estão em risco patrimônios humanos, religiosos e culturais, necessários para que a sociedade avance e não se feche em estreitezas. Diferentes estatísticas mostram que a sociedade brasileira precisa mudar. Comprovam a necessidade urgente de um caminho espiritual renovador, diferente daquele que é partidário e estreitado pelo fundamentalismo de um cristianismo torto.
         O caminho espiritual renovador é percorrido por uma opção que nasce da capacidade de cuidar dele, do próximo, da Casa Comum e, sobretudo, dos mais pobres e dos indefesos. Assim, a Campanha da Fraternidade neste ano, no horizonte interpelante do tempo Quaresmal – convite à conversão e às mudanças de rumos, em favor da vida – interpela cada pessoa a acolher o chamado: “Cuida dele!”. Trata-se de eficaz remédio para corrigir descompassos. A adoção das dinâmicas simples e ao mesmo tempo abrangentes dessa indicação evangélica contribuirá para que a sociedade supere violências e extermínios, indiferenças e ganâncias, impulsionando os diálogos, os entendimentos cidadãos e a democracia, urgências deste tempo.
         Cuidar do próximo é espiritualidade com força para qualificar a cidadania, no horizonte da compreensão de que a vida é dom e compromisso. Urge-se uma envergadura humana e espiritual em cada pessoa, para que o cuidado com o semelhante inspire ações, tarefas e atuação em todos os âmbitos. Projeta-se, nesse horizonte de interpelação, a figura admirável de Santa Dulce dos Pobres, mulher fisicamente frágil, gigante na envergadura moral, espiritual e humana, com força para criar e perpetuar serviços transformadores, por ser fiel discípula de Jesus, por acolher, amorosamente, a mística do remédio que está no convite-convocação, ao olhar o meio ambiente, a comunidade de fé, a própria família, os pobres, o próximo: “Cuida dele!”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 316,79% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



       

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A CIDADANIA, A ESSÊNCIA DA VIDA ESPIRITUAL E A FONTE PERENE DO DIREITO E DA JUSTIÇA

“Em seu fluir, a vida universal 
prossegue e nunca descansa
        Uma energia positiva potente está hoje na superfície da Terra mais atuante que no passado, embora muitas vezes não seja notada. Revela sua face aos que não ambicionam vê-la. Quando presente, os ares se movem e no interior dos indivíduos se acende uma chama, poderoso convite para prosseguirem no Caminho. Apesar de a grande maioria desta humanidade continuar adormecida, prisioneira de interesses pessoais, pensando apenas em usufruir os bens que a existência material ainda lhes possa oferecer, a vida sobre a Terra continua. Isso, por si só, é uma prova inquestionável da atuação dessa energia.
         Podem-se seguir diferentes sendas rumo ao portal de ingresso na vida espiritual; entretanto, um único impulso conduz a ele: o chamado para a integração cósmica. Sob esse impulso, qualquer movimento em direção à personalidade equivale a interromper um processo em expansão; deixar-se perder em questões humanas é fragmentar um campo de excelsa energia que gradualmente amplia as fronteiras do mundo interior.
         O estado de abertura interna pode parecer distante e inatingível para a mente do homem que necessita ver as margens da estrada por onde caminha. Em silêncio, no entanto, esse estado se instala e, por obra da compaixão e da supremacia da vida espiritual, inesperadamente se descortina à consciência uma realidade superior, que transcende seus limites humanos e se traduz como totalidade.
         De certo ponto de vista, o planeta estaria em condições de manifestar harmonia e perfeição desde sua origem. Tal possibilidade, presente na própria concepção humana do “paraíso”, foi guardada no seio da Terra e esteve pulsando sempre, sem jamais deixar de existir. Assim foi cultivada em muitos a certeza de compartilhar desse sublime estado.
         A vida interior, caminho de libertação, é fruto do trabalho que a perfeição realiza sobre a consciência, polindo-lhe arestas e dando-lhe sua própria imagem. A perfeição conduz a consciência a sucessivas metamorfoses, transforma barro em ouro, ou seja, faz com que o ser deixe o estado de identificação com a forma e se reconheça como ente divino.
         Existem leis específicas para cada plano de consciência. As leis são os trilhos por onde o viajante avança; mas quando ele chega ao destino, os trilhos não são mais necessários.
         Poucos aplicaram em suas vidas o que compreenderam; dos que fizeram, a maioria esperou recompensas. Grandes dádivas lhes foram oferecidas, muitas vezes recusadas. Mas, se elevarem ao alto um clamor por liberação, a Luz neles aprisionada romperá a densa camada que se depositou sobre ela e por todos os rincões da Terra, e, mais além, es espargirá.
         Quando o indivíduo se polariza no nível humano, une-se com as forças materiais e, assim, torna-se instrumento delas e enfraquece sua ligação com o mundo interior. Mas, quando vivem em conformidade com a Lei divina, une-se com Ela e nada de externo o pode tirar desse estado.
         A coisa alguma se deve temer. O medo apenas existe onde as sementes das trevas podem brotar. Um reto viver, uma conduta pautada pelo que é internamente indicado, não deixa espaço para predominarem as forças opressoras do medo.
         O medo nasce do envolvimento com as forças da matéria e suas ilusões. A consciência nos planos interiores é Luz e Clareza; nesses planos, o Amor é a energia plasmadora. Portanto, não há o que temer se está conectado com a própria essência.”

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de fevereiro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Riacho que não seca
        Riacho que não seca é poesia inspiradora do profeta Amós – presente no capítulo cinco de sua profecia –, lema da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). O profeta refere-se ao desejo de “ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. Direito e justiça, um binômio para alicerçar as mudanças que precisam ser realizadas nas dinâmicas da cultura brasileira. A partir da Campanha da Fraternidade 2016, todos que assumem o compromisso de testemunhar a fé em Jesus Cristo, em diferentes denominações religiosas, são convocados a contribuir para transformar a realidade. O foco está na exigência de novas posturas diante da natureza, nesse horizonte interpelador de olhar o mundo como “casa comum”. Nesse sentido, cada pessoa é convocada a refletir sobre a distribuição dos bens materiais, que deve ocorrer de forma mais justa. É preciso encontrar caminhos para que os bens sejam utilizados na edificação de uma sociedade com mais igualdade, exatamente na contramão de apropriações que alimentam a ganância de muitos.
         O progresso econômico que não produz igualdade é insustentável, alimento de injustiças. Gera prejuízos como a corrupção e o aumento da violência. É dinâmica que ameaça a todos, mesmo os que se refugiam em verdadeiras fortalezas, com sofisticados esquemas de segurança, e acreditam estar protegidos. Imprescindível é buscar garantir a efetivação de direitos fundamentais à vida humana e cuidar bem do planeta. Isso é parte fundamental da justiça, que precisa ser como “um riacho que não seca”. Sem ela, não há como combater a corrupção e a violência que estão destruindo a ordem e a harmonia da criação de Deus. A falta do sentido de justiça alimenta o caos social e empurra inexoravelmente o planeta rumo ao colapso ambiental.
         A justiça não pode ser apenas mecanismo para mensurar a própria honestidade. Ela requer o compromisso de todos os cidadãos, que devem intervir mais decisivamente em processos de transformação social, buscando acabar com sofrimentos que pesam sobre os ombros dos mais pobres, principalmente. Em uma lista de urgências, ao se considerar o cuidado com a “casa comum” como responsabilidade de todos, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 busca a união de esforços para assegurar que sejam ampliados os serviços de saneamento básico, o que é indispensável para efetivar o adequado cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. Esse é um tema relevante no contexto brasileiro, que precisa qualificar e ampliar a oferta de inúmeros serviços relacionados ao abastecimento de água, ao adequado manejo dos esgotos sanitários, águas pluviais e resíduos sólidos, ao controle de reservatórios e dos agentes transmissores de doenças. Esses serviços refletem diretamente na saúde das pessoas e, consequentemente, nas condições de vida das comunidades.
                   As questões ligadas ao saneamento básico abrangem, assim, justiça social e cuidado ambiental. Por isso, têm que ser prioridade. Estudos a partir de números e estatísticas devem mostrar a real situação de municípios, bairros e comunidades. Sem os investimentos adequados, a sociedade continuará a sofrer com defasagens nos serviços de saneamento básico, um peso injusto, sobretudo sobre os ombros dos mais pobres. O ponto de partida da discussão é efetivamente reconhecer o saneamento básico como essencial; direito do cidadão e dever do Estado. Nesse sentido, governar bem, de modo adequado e justo, é investir na universalização desse serviço. No Brasil, mesmo considerando avanços nesse campo, permanece um enorme desafio a ser vencido.
         Quando se consideram estatísticas sobre o saneamento básico, constata-se que há, ainda, carência de investimentos. Sem robustos programas nessa área, fica comprometida a saúde. Sabe-se que, a cada dois minutos e meio, no planeta, uma criança morre por não ter acesso a água potável e por falta de condições básicas de higiene. Assim, neste ano eleitoral, será importante avaliar, entre outros aspectos, se os candidatos contemplam em suas propostas as ações concretas relacionadas ao saneamento básico. O ponto de partida será sempre, no coração e no entendimento de cada cidadão, o desejo de querer "ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (Am 5,24).".

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 410,97% para um período de doze meses; e mais, também em janeiro, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,71%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

 
        




           

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A SAÚDE E A HUMANIDADE

“Tomografia mental e ressonância de alma

Um dia inventarão a tomografia mental e ressonância de alma?! Ou se preferirem, haverão de “tecnologizar” a energia mental e mensurar a energia da fé? Quem sabe através de um “mentômetro” ou “almômetro” para a galera saber solicitar ao seu tecnologicista?

Sim, pois até lá espero que o último espécime de médico, (aqueles sábios, antigos, que cismam em escutar seus pacientes, cumprimentá-los efusivamente, gastarem no mínimo 40 minutos numa consulta, ouvir, conversar, se interessar pela sua história familiar, dissecar seus sofrimentos físicos, psíquicos, seus dramas pessoais, familiares, profissionais, que darão diagnóstico sem solicitar nenhum ou pouquíssimos exames) já estará extinto há muito tempo! Existirão tecnólogos médicos, engenheiros genéticos, cirurgiões robóticos, nanotecnólogos, enfim, essa geração Y e Z, viciada em tecnologia, usará recursos 3D, 4D, 15G e sei lá das quantas. Quero estar mortinho da Silva!

Basta esse caminho diário que percorro, onde pacientes, com dores insuportáveis de alma, se mostram cada dia mais desencantados com os rumos da saúde, seja a de convênio, que vira e mexe chamam de “SUS da classe média”, e o que dizer do SUS propriamente dito, se o próprio Ministério da Saúde deu nota 4,2?! Nem passa de ano! Resta aos hospitais universitários, onde poucos e raros carentes ainda são atendidos com dignidade, ou particulares onde o Lula, artistas da Globo, e outros famosos, curam para a galera extasiada que diz: “Isto é que é medicina de primeiro mundo”.

Convido aos colegas de grandes centros, cidades médias, a passarem três a seis meses nesses confins do país. É de chocar, de chorar, de entristecer a realidade da saúde e educação pública! E cada escândalo retumba no peito como pêndulo de uma tonelada, que arde na pulsação deste velho coração. Pergunto-me, que força foi essa que me moveu da comodidade de uma carreira em BH para insistir em projetos sociais que me arrastaram para a divisa dos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Hoje, a resposta é clara e cristalina. Sei o que é saúde pública, privada e social. Sei que me assusta a falta de filosofia e humanidade, sem contar o despreparo dos jovens médicos sem entender nem o que é vida, como valorizá-la como se dispor a salvá-la ou preservá-la?

É de indignar a fila indiana de ambulâncias como caminhões com o gado a ser despejado num grande centro. Culpa de quem? De todos nós! De quem acha lindo o filho estudar medicina sem talentos, das péssimas faculdades e dos maus políticos. A ganância dos egoístas e corruptos e corruptores. E, sejamos francos, de todos nós eleitores de cabrestos dos mesmos políticos de sempre, dos salafrários e sem-vergonhas! Quem, aliás, é sem-vergonha? Já nem sei. Só sei que aqui estou, enfrentando máfias, beicinhos, má-vontade, mas com populações dando apoio, vendo que o grande mal do século é a dor da alma! Essa nossa mente perturbada que maltrata o corpo, dizima o sono, tira o humor, espalha a irritação, faz das depressões e ansiedades uma praga bíblica.

Jovens, já que é pedir muito que aprendam a compreender os labirintos da mente e alma humana, por gentileza, inventem nas próximas décadas a tomografia mental e a ressonância de alma! Assim não precisarão conversar com seus pais, seus professores, adultos em geral, esses seres imperfeitos, que têm dificuldade de mexer o smartphone e internet, mas que são sensíveis, ainda têm fé e sentimento.”
(EDUARDO AQUINO, que é escritor e neurocientista, em artigo publicado no jornal SUPER NOTÍCIA, edição de 1 de abril de 2012, Caderno CIDADES, coluna Bem-vindo à vida; Reaprendendo a viver – pequenas lições sobre comportamento, relacionamento e a mente humana, página 6).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de abril de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FREI JACIR DE FREITAS, Escritor, diretor do Colégio Santo Agostinho, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Educar para a saúde e o sofrimento

A Campanha da Fraternidade de 2012 traz à tona um tema importante para a nossa reflexão: a saúde pública. Grandes dificuldades são encontradas pelo povo brasileiro para ter acesso a uma saúde pública, gratuita e de qualidade, mesmo tendo o Sistema Único de Saúde (SUS). “Que a saúde se difunda sobre toda terra” (Eclo 38,8), lema da campanha, evoca o bem viver com saúde física, mental, espiritual, pública e de qualidade.

Saúde é sinônimo de vida. O seu oposto, a doença, lembra sofrimento, fato inevitável na vida. Saúde combina com educação e reeducação social e alimentar. Saúde, doença e sofrimento e sua relação com o sagrado sempre estiveram na pauta das religiões como o hinduísmo, budismo, judaísmo, islamismo e cristianismo.

Para o hinduísmo, a saúde é resultado da integração do corpo, alma e espírito. O seu humano faz parte da natureza cósmica. Estar fora dessa sintonia é estar doente. O mais importante não é a doença, mas o doente, que deve ser tratado por inteiro, com meditação, ioga, massagem, exercícios físicos, etc.

Para o budismo, a doença é coisa inevitável e deve ser encarada com serenidade e como caminho para a felicidade, pois ela não é perene e desperta o espírito de procura. Para evitar a doença nada melhor que um bom sono, uma alimentação vegetariana e sexualidade equilibrada, meditação, mantras, respirações, prostrações etc.

Para o judaísmo antigo, a doença é castigo de Deus, fruto do pecado, ocasionado pela não observância da Torá. Deus é o médico que cura. O doente é excluído da sociedade. A saúde é obtida pela observância da Lei de Deus, por meio de uma alimentação correta e justa (kasher) para equilibrar mente, corpo e alma.

O cristianismo rompe com a visão judaica de saúde e pecado, e propõe, com Jesus, a promoção do doente e sua integração na sociedade. A cura vem associada ao perdão dos pecados pela solidariedade. A pedagogia curativa de Jesus consiste em ver o outro, aproximar-se, compadecer e cuidar do outro, como fez o samaritano (Lc 10, 25-37).

Já o Islamismo crê que a doença é enviada por Deus. A alimentação é um guia de saúde. Os alimentos são classificados em permitidos, permissivos, mas não incentivados, e proibidos. Assim, saúde é questão de espiritualidade, não importa de qual dela participamos.

No cotidiano da vida, a doença traz sofrimento e dele ninguém escapa. As pessoas não integradas social, física e espiritualmente tornam-se motivo de sofrimento para si e para os seus. Jesus, assumindo o sofrimento da cruz, tornou-se solidário com o sofrimento humano. A sua ressurreição trouxe vida e um sentido novo para o sofrimento. Sofrer causa desconforto. No ambiente familiar, os pais protegem seus filhos para evitar o sofrimento a ponto de não lhes permitir entrar na luta da vida, e isso acaba criando futuros adultos irresponsáveis.

Os pais se sentem devedores de seus filhos, que tudo pedem e recebem. Nisso reside a falsa ideia de que a felicidade é um direito. Ao contrário, felicidade é conquista nos embates sofridos da vida. Não se trata de apologia ao sofrimento, mas de sua integração no processo educativo da vida.

O educar para a saúde consiste, desde menino, em ter cuidado com o corpo: prática de esporte, boa alimentação e qualidade de sono. O esporte faz circular a energia vital, o comer mantém o sopro de vida e o sono purifica ambos. No ato de comer, está o desafio à reeducação alimentar: “Não sejas ávido de toda delícia, nem te precipites sobre iguarias, porque na alimentação demasiada está a doença e a intemperança provoca cólica. Muitos morreram por intemperança, mas aquele que se cuida prolonga a vida” (Sab 37, 29-31). E que a saúde se difunda sobre a terra, apesar do sofrimento, no cuidado de si mesmo e do outro e com políticas inclusivas de saúde pública.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, CIVILIZADAS, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS (por exemplo, o CAOS instalado no SISTEMA ÚNICO de SAÚDE ceifando, numa série INTERMINÁVEL, a vida de BRASILEIROS e de BRASILEIRAS, por todos os quadrantes do PAÍS: dá para traduzir em algum tipo de MOEDA?...);

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de monstruosa SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais CONTUNDENTE ainda, AFETA a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERCIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo, da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A CIDADANIA E O MOMENTO FAVORÁVEL À VIDA SAUDÁVEL E FELIZ

“Não diga que não avisei!

A enfermeira australiana Bronnie Ware passou anos da vida profissional cuidando de pacientes em estágio terminal, após deixarem o hospital para morrerem em casa – a maioria restando menos de três meses de vida. Só quem tem muito amor ao próximo, tenacidade mental inabalável e desapego à vida pode assumir essa tarefa terrível e ao mesmo tempo humana, nobre e necessária. Bronnie, porém, constatou surpresa que as pessoas crescem diante da morte e aprendeu a não subestimar a coragem delas para enfrentar cada fase do processo; negação da própria situação, pavor, medo, raiva, remorso, nova negação, até chegar, enfim, à resignação. No trajeto revelam grande sabedoria de vida. E todos encontram a paz antes de partir.

A todos Bronnie indagou: “O que lamenta na vida que viveu? Do que se arrepende? O que mudaria se tivesse nova chance?” Com as respostas, escreveu The top five regrets of the dying (ou “Os cinco lamentos do moribundo”, em tradução livre). Ignoro se a enfermeira saberia interpretar as respostas. Mas não vi nenhum disparate.

A maioria das respostas foi “gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a que os outros esperavam que eu vivesse”. Para Bronnie, quando as pessoas sentem que a vida está acabando, olham para trás e se dão conta de quantos sonhos não se realizaram e vão morrer sabendo que não viveram a própria e única vida, e isso aconteceu pelas decisões que tomaram ou deixaram de tomar.

“Gostaria de não ter trabalhado tanto”, disseram os homens ouvidos. Todos, sem exceção, queriam ter vivido mais junto dos filhos e se arrependiam de ter passado tanto tempo pensando no trabalho. As mulheres lamentaram a falta de tempo para os filhos – apesar de a maioria ser de geração ainda não engajada em carreiras.

Enquanto oferecia aos pacientes seus cuidados paliativos, Bronnie reunia respostas. A terceira mais ouvida foi “queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos”, que ela acha típica dos que reprimiram sentimentos e emoções por medo, inibição ou para ficar bem com os outros. Ocultaram tanto o que sentiam ou pensavam que se acomodaram numa vida opaca e medíocre, sem nunca se tornar quem eles de fato são – e desenvolveram graves doenças associadas à amargura e ao ressentimento.

Muitos dos pacientes de Bronnie viveram tão voltados para suas próprias vidas que, ao longo dos anos, deixaram escapar suas amizades de ouro. O arrependimento por não terem dedicado tempo e atenção às amizades é profundo e desolador, quando se ouve o lamento “gostaria de ter ficado mais tempo com os meus amigos”.

Mas até chegarem às suas últimas semanas de vida ainda não percebiam o valor dos velhos amigos. “Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo”, garante Bronnie, “E nem sempre era possível rastrear velhos amigos perdidos.”

“Gostaria de ter me permitido ser mais feliz” foi o quinto lamento mais ouvido. “Só no fim da vida é que a felicidade é uma escolha”, diz Bronnie. O apego a velhos hábitos, a coisas conhecidas, e o medo da mudança fizeram com que fingissem, para ou outros e para si mesmos, que estavam contentes, mas no fundo ansiavam rir de verdade e usufruir de novo das boas coisas da vida.

Ninguém lamenta perda de poder, fortuna e beleza, que, em vida, fascinam. Nem o medo do que virá. Não se trata de livro de autoajuda, para enriquecer a enfermeira. Bronnie Ware não quis nos afligir com situações mórbidas, arrolar a dor da agonia, ou assustar com o transe que vamos encarar um dia. As últimas palavras revelam o que se sente na partida, mas também sugere “as cinco atitudes que podem aliviar os lamentos do desenlace”. Ou melhor: “Não diga que não avisei!”.”
(ALCIONE ARAÚJO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de fevereiro de 2012, Caderno CULTURA, página 8).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de fevereiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Momento favorável

Momento favorável é uma indicação que o apóstolo Paulo faz dirigindo-se aos cristãos em Corinto. É uma referência ao dia da salvação, mas que deve ser incorporada às situações do dia a dia. Não se pode perder nunca a hora certa para coisas importantes na vida familiar, social e cultural. Aproveitá-la é caminho para o êxito. Contudo, não é tarefa fácil saber discernir o tempo propício para cada coisa da vida. Ainda mais desafiador é inserir-se na dinâmica e nas circunstâncias deste momento.

O momento favorável abordado pelo apóstolo Paulo, em referência ao dia da salvação, toca existencialmente todos. O dom da vida requer o discernimento sobre esse momento para seu tratamento adequado e sua qualificação. A liturgia da Igreja Católica, com o tempo da quaresma, iniciado nesta quarta-feira de cinzas, até a semana santa, é uma sábia e indispensável indicação de um tempo especial para a vida de cada pessoa.

Neste tempo da quaresma ecoa a profecia que convida insistentemente para um encontro com Deus, de todo o coração. É um processo de reconfiguração qualificada da própria vida que inclui as circunstâncias todas do tecido da sociedade. O ápice da qualificação de qualquer vida pessoal é a consistência da própria interioridade como fonte sustentadora da paixão pela verdade, o gosto pela solidariedade e a coragem de lutar pela justiça. É cultivar a honestidade na palavra dada, no respeito aos outros e, particularmente, na condução da coisa pública e do bem comum.

Pensar a salvação como momento favorável é reconhecer que ninguém pode furtar-se ao propósito existencial de reconciliação, com Deus e o com o semelhante, superando inimizades. É aproximar-se do pobre, do indefeso e do inocente. Trata-se também de uma reconciliação consigo mesmo, um movimento reverso ao que leva à depressão, à vida vivida nos disparates da arbitrariedade e das tiranias do desejo. O convite central deste tempo da quaresma, o voltar-se para Deus, se concretiza na indicação direta do imperativo: convertei-vos. Cria a convicção indispensável de que não apenas os sistemas, os governos, os funcionamentos administrativos, os mecanismos da sociedade merecem uma revisão, mas também o si mesmo de cada um.

É o si mesmo de cada um a alma e o sustento de processos, de famílias, de instituições, de lideranças lúcidas e da indispensável capacidade cidadã de indignar-se com o mal. O tempo da quaresma tem a finalidade educativa de motivar a correção do orgulho que perpetua insanidades, atrasa reconciliações e enjaula a possibilidade de se viver mais solidariamente. Quem percorre o caminho quaresmal escutando a palavra de Deus, falando menos, contemplando mais, sensibilizando-se sob o impulso da caridade fraterna, alcança uma qualificação ancorada na força de valores. Faz a diferença no que é, onde está e no exercício de suas responsabilidades.

Oportuno, pode se concluir, o tema deste ano da Campanha da Fraternidade, uma tradição quase cinqüentenária promovida pela Igreja Católica no Brasil, a saúde pública com o propósito e o compromisso, como reza o livro do Eclesiástico, de espalhar a saúde pela terra. O propósito da Campanha da Fraternidade 2012 e, de verdade, a corajosa abordagem, visando melhorias, no sistema público de saúde.

Os cortes orçamentários feitos em âmbito governamental e o inevitável comprometimento de programas e projetos merecem a mobilização sistemática da sociedade, que tem o direito de discutir esse assunto de interesse coletivo. É preciso amadurecer e encontrar caminhos para a qualificação do sistema público de saúde. Legislação lúcida e garantia do tratamento adequado aos enfermos são conquistas fundamentais. Além disso, deve ser permanentemente buscado o necessário processo educativo de cada cidadão, estimulando-o a viver de forma saudável. Este tempo da quaresma, de forma especial, ajuda também a entender a saúde como tarefa espiritual. É, por isso mesmo, momento favorável, um verdadeiro antídoto para a crise existencial contemporânea.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, EDIFICANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que sinalizam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de maneira a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, câncer que se espalha por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também acarretando INESTIMÁVEIS perdas e danos;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, sob o título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO, a exigir igualmente IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, ao lado de extremas NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos que contemplam EVENTOS como: a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um POSSÍVEL e NOVO mundo, da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A CIDADANIA, A AUTOESTIMA, A FRATERNIDADE E A SAÚDE

“A epidemia da baixa autoestima

Existem alguns temas que merecem ser revistos de tempos em tempos. E a baixa autoestima é um assunto que vem sendo estudado a fundo, pois é de se alarmar a incidência dessa queixa no dia a dia de quem atende em consultórios de psiquiatria, psicologia. Por professores que atuam com alunos de todas as idades. E no cotidiano das conversas no trabalho, em casa e na vida social.

Vamos entender o padrão de comportamento que caracteriza baixa autoestima. O que mais chama a atenção é a profunda distorção da própria imagem para uma visão extremamente negativa: se vê como alguém incapaz, burro, inferior aos demais, inadequado enfim “um patinho feio”!

Ao mesmo tempo, é extremamente crítico em relação aos seus atos. Um pequeno erro, um comentário desfavorável de alguém ou uma frustração normal, para alguém com baixa autoestima, é um tremendo impacto. Sinal de que é incapaz, tudo dá errado e por aí vai. Outra questão é a imagem corporal: a pessoa se vê feia, gorda ou magra, baixa ou alta, cabelo horroroso, perna assim, espinha no rosto, peito pequeno, barriga não sei como. Nunca está satisfeito. Odeia algo em si mesmo e não adianta amigos, família ou ninguém dizer o contrário.

A realidade é como um espelho plano que reproduz de forma perfeita a nossa imagem, mas quem sofre com a baixa autoestima tem uma gravíssima distorção de percepção de imagem própria, pois o seu espelho é de “circo”. Assim, modifica a sua imagem que aparece gorda, pequena ou monstruosa.

O problema tem que ser tratado com uma terapia eficiente, e até com o uso de medicamentos, se for associada a casos depressivos e/ou ansiosos. Mas por que isso tem virado uma epidemia? Num mundo em que valoriza-se corpos perfeitos (e irreais seja por plásticas, Botox e Photoshop) vistos na internet, capas de revistas e desfiles de moda; seja pelo consumismo, riqueza, fama, sucesso exaltados pela mídia e padrão de poder, ser bem-sucedido e importante; as pessoas têm se sentido fracassadas, incapazes e desimportantes. Menos gente, menos!

Felicidade, bem-estar, plenitude, amor próprio, gostar de nós mesmos, exige revisão de conceitos e simplificação de valores e objetivos. As pessoas mais felizes e satisfeitas consigo mesmas que eu conheci em toda a minha vida eram as mais simples e humildes também.”
(EDUARDO AQUINO, que é escritor e neurocientista, em artigo publicado no jornal SUPER NOTÍCIA, edição de 19 de fevereiro de 2012, Caderno CIDADES, Coluna Bem-vindo à Vida, Reaprendendo a viver – pequenas lições sobre o comportamento, relacionamento e a mente humana, página 4).

Mais uma IMPORTANTE, PEDAGÓGICA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 22 de fevereiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FREI BETTO, Escritor, autor, em parceria com Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão, de Conversa sobre a fé e a ciência (Agir), e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Fraternidade e saúde

Fraternidade e saúde pública é o tema da Campanha da Fraternidade 2012, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Iniciada na quarta-feira de cinzas, a campanha se estende até o domingo de Páscoa e tem como lema um versículo do livro do Eclesiástico: “Que a saúde se difunda sobre a Terra” (38,8). Saúde e tradição cristã estão intimamente associadas. Nos evangelhos, Jesus prima por curar física, psíquica e espiritualmente. Ao longo da história ocidental, a Igreja se destacou como provedora da saúde. De sua iniciativa surgiram os primeiros hospitais, sanatórios e, no Brasil, Santas Casas de Misericórdia.

Nos santuários, de Aparecida a Juazeiro do Norte, a manifestação de fé do povo na cura – bênção de Deus por intercessão de santos – aparece nas salas dos milagres, onde se enfileiram os ex-votos. Os bispos reconhecem os avanços da saúde no Brasil, como a redução da mortalidade infantil (na qual a Pastoral da Criança, iniciativa de Zilda Arns, desempenha papel fundamental). Em 1980, eram registrados 69,12 óbitos por 1 mil nascidos vivos. Em 2010, o índice caiu para 19,88.

A expectativa de vida no Brasil apresenta evolução significativa nas últimas décadas. Em 2008, a esperança de vida dos brasileiros, ao nascer, chegou a 72 anos, 10 meses e 10 dias. A média entre homens é de 69,11 anos e, entre as mulheres, de 76,71. De 1980 a 2000, a população de idosos cresceu 107%, enquanto a dos jovens de até 14 anos apenas 14% (Ministério da Saúde, 2011). Em 1980, as crianças de até 14 anos correspondiam a 38,25% da população e, em 2009, representavam 26,04%. Entretanto, o contingente com 65 anos ou mais de idade pulou de 4,01% para 6,67% no mesmo período. Em 2050, o primeiro grupo representará 13,15%, ao passo que os idosos ultrapassarão os 22,17% da população total.

A melhoria, no Brasil, das condições de vida em geral trouxe maior longevidade à população. O número dos idosos já chega a 21 milhões de pessoas. As projeções apontam para a duplicação desse contingente nos próximos 20 anos, ou seja, ampliação de 8% par 15%. Porém, o percentual de crianças e jovens está em queda. Uma das causas é a diminuição do índice de fecundidade por casal, que, em 2008, caiu para 1,8 filhos, o que aproxima o Brasil dos países com as menores taxas de fecundidade. Como a mortalidade infantil ainda é alta em relação aos melhores indicadores – 19,88/1 mil –, verifica-se a preocupante diminuição percentual da faixa etária mais jovem. Portanto, uma impactante transição demográfica está em curso no país.

A julgar pelas projeções, essa transição demográfica mudará a face da população brasileira. Segundo estimativas, em 2050, haverá 100 milhões de indivíduos com mais de 50 anos, causando reflexos no campo da saúde. Hoje, a hipertensão afeta metade dos idosos. Dores na coluna, artrite e reumatismos são doenças muito comuns entre as pessoas de 60 anos ou mais.

O consumismo e a falta de educação nutricional mudam, agora, o padrão físico do brasileiro. O excesso de peso ou sobrepeso e a obesidade explodiram. Segundo o IBGE, em 2009, o sobrepeso atingiu mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade; cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos; 48% das mulheres; 50,1% dos homens acima de 20 anos. Em suma, 48,1% da população brasileira está acima do peso, e 15% são obesos.

Apesar dos avanços, a Campanha da Fraternidade considera o SUS um “caos, sobretudo perante os olhos dos mais necessitados de seus serviços”. Garantir para a população direitos e recursos previstos na Constituição sobre a seguridade social (assistência social, previdência social e saúde) é um dos principais desafios na atualidade. Na contramão do que prevê a Constituição, são as famílias que mais gastam com saúde.

Dados do IBGE mostram que o gasto com a saúde representou 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, em 2007. Do total registrado, 58,4% (ou R$ 128,9 bilhões) foram gastos pelas famílias, enquanto 41,6% (R$ 93,4 bilhões) ficaram a cargo do setor público. Nos países ricos, 70% dos gastos com saúde são cobertos pelo governo e apenas 30% pelas famílias. Para especialistas na área de saúde pública, o gasto total com a saúde, em 2009, foi de R$ 270 bilhões (8,5% do PIB), sendo R$ 127 bilhões (47% dos recursos ou 4% do PIB) de recursos públicos e R$ 143 bilhões (53% dos recursos ou 4,5% do PIB) de recursos privados.

O orçamento da União para a saúde, em 2011, foi de R$ 68,8 bilhões. Desse total, somente R$ 12 bilhões serão investidos na atenção básica à saúde, por meio de programas do Ministério da Saúde. O Brasil conta com mais de 192 milhões de habitantes e 5.565 municípios. Entretanto, várias cidades, principalmente das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, não dispõem de profissionais de saúde para os cuidados básicos, sendo que, em centenas deles, não há médicos para atendimento diário à população. Cerca de 150 milhões de brasileiros (78% da população) dependem do SUS para ter acesso aos serviços de saúde. Pois não têm o privilégio da parcela de 40 milhões que pagam planos privados de saúde, com medo da ineficiência do SUS.

“Vim para que todos tenham vida e vida em abundância”, disse Jesus (João 10 ,10). Se assim não ocorre, resta-nos fazer do nosso voto e cidadania pressão e exigência de uma nação saudável.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES, PEDAGÓGICAS, INTERPELADORAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, severo e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos, que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, câncer que se espalha por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também ocasionando INESTIMÁVEIS perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO, igualmente a exigir uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade INVESTIMENTO e POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, embaçando o AMOR à PÁTRIA, ao lado de extremas NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos que contemplam EVENTOS como: a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo, da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 16 de março de 2011

A CIDADANIA E O PLANETA COM QUALIDADE DE VIDA

“Vida com qualidade

Viver não envolve apenas escolhas pessoais. Por isso, saber conviver de maneira equilibrada e harmônica nos diferentes ambientes em que estamos inseridos é fundamental. Especialmente no ambiente de trabalho é preciso conciliar demandas, desejos e ideais para que o cotidiano seja para todos mais tranquilo, menos estressante. Abordo esse assunto para citar um tema que vem sendo discutido em todo o mundo, afetando diretamente as empresas, incluindo cooperativas. Trata-se da Síndrome de Burnout, que, em tradução literal significa combustão total ou esgotamento. Para simplificar, poderíamos interpretar como o colapso mental e físico que ocorre no ambiente de trabalho.

O assunto é, além de interessante, muito importante, porque está ligado à produtividade empresarial. No Brasil, cerca de 70% da população economicamente ativa sofre de algum tipo de estresse e, desse universo, 30% da população economicamente ativa sofre de burnout. Reconhecidamente, o mercado de trabalho hoje imprime um ritmo muito mais dinâmico e demanda pessoas multifuncionais, mas vale a pena destacar que dedicação é diferente de doença. A qualidade de vida deve ser considerada acima de tudo, porque um profissional insatisfeito e em crise dificilmente vai agregar valor ao seu redor. Daí a importância de repensar a cultura organizacional e de se conviver bem, de se relacionar bem. Em média, os brasileiros ficam muito mais tempo no trabalho que em casa. Portanto, precisam equilibrar suas rotinas de maneira a encontrar a satisfação no fim do dia. Caso contrário, tudo estará perdido. Serão movidos a morosidade, improdutividade e tristeza.

Mais uma vez, aqui percebemos uma oportunidade de firmar o cooperativismo como escolha de vida. Inseridos num segmento que se preocupa com a felicidade das pessoas, com a satisfação pessoal e profissional, reforçamos a tese de que podemos e devemos simplificar esses desafios. Afinal, nossa doutrina, na sua essência, preconiza um ambiente de trabalho solidário, aberto à criatividade, ao empreendedorismo e à valorização do ser em detrimento do ter. Um ambiente capaz de compreender as reais necessidades de seus colaboradores, cuja integração e harmonia sejam percebidas como intrínsecas ao processo de produção, favorece qualidade de vida a todos que dele participam.

Novamente, vale destacar a sabedoria e a serenidade para que não sejamos frustrados, nem tampouco tenhamos nossa saúde prejudicada. A manutenção do bem-estar de todos depende do controle emocional e psíquico de cada um e de relações equilibradas, entre procedimentos e ações, no dia a dia. Fica a dica a todos os dirigentes e profissionais para que estejam atentos não somente aos resultados, mas também à qualidade de vida, porque uma coisa acompanha a outra.”
(RONALDO SCUCATO, Presidente do Sistema Ocemg/Sescoop-MG, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 4 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A vida no planeta

O carnaval vai começar. Em muitos lugares, já começou e até, indevidamente, é prolongado e ultrapassado os limites do calendário. Muitos, no entanto, iluminados por outros princípios e razões, vivem um folia diferente. Não excluem a alegria que precisa fecundar a vida e mostrar sua graça. Priorizam a vivência do contentamento cultivado pela experiência da oração, do estudo, dos retiros espirituais, do contato com a natureza, do gosto pelo silêncio, o convívio familiar e as amizades. Entre essas escolhas, não poucos fazem a opção pelo estudo e aprofundamento do tema da Campanha da Fraternidade, promovida há mais de 40 anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Gesto educativo que ilumina com a fé e os valores do evangelho a realidade social, política, religiosa e cultural de todos.

Neste ano, durante a quaresma, momento especial em que a Igreja Católica convida para atenciosa escuta da Palavra de Deus na oração, na prática do jejum e na comprometida caridade, o tema escolhido é “A vida no planeta”. A consideração da vida no planeta nasce da importante e interpeladora motivação que toca a fé cristã e a cidadania na sua nobreza. São muitos rostos sofredores por este mundo afora clamando solidariedade. O olhar lançado sobre a natureza é a referência fundamental para fazer brotar e recuperar sensibilidades. Conscientizar, em relação aos resultados, que as mãos humanas estão produzindo e contribuindo nas mudanças climáticas, que têm ocasionado sérios desastres na natureza e na vida de todos. É componente importante da cidadania o debate dos aspectos envolvendo o meio ambiente. As questões são, na verdade, muito complexas. Basta considerar as diferentes posições, não só entre ativistas e governantes, como também no meio científico. Ainda que seja razoável pensar que as mudanças climáticas seguem ciclos próprios da natureza, é inquestionável que a derrubada de florestas, a poluição produzida e outros fatores advindos das ações humanas estão incidindo sobre o planeta e interferindo nas mudanças do clima. A reflexão cidadã, portanto, tem importância e grande influência no contexto. Envolve a todos, além de fomentar um processo educativo que proporcione amadurecimento e modificações radicais no tratamento dado à natureza e a tudo o que ela oferece para o bem de todo o mundo.

Os meios de comunicação mostram e comprovam o descaso no tratamento dado à natureza, com resultados preocupantes e acontecimentos lastimáveis. Em perdas de vida e em prejuízos, que nascem até mesmo de irresponsabilidades, e condutas individuais egoístas e pouco civilizadas. A CNBB, colocando no coração da Campanha da Fraternidade a espiritualidade quaresmal, apelo veemente e amoroso de Deus à conversão, tem como meta, por meio do que é feito nas dioceses e paróquias de todo o Brasil, viabilizar melhor formação da consciência ambiental. Isso, para que todos possam assumir, nas diferentes etapas da vida, suas responsabilidades próprias, com as respectivas consequências éticas. Há urgência, considerando-se o conjunto da sociedade mundial, em alcançar índices de maior conscientização sobre esse problema. Neste sentido, a Campanha da Fraternidade investirá na mobilização de pessoas, comunidades, igrejas, segmentos religiosos, enfim toda a sociedade, para avançar na superação de tantos problemas socioambientais, formando condutas fundamentadas nos valores do evangelho. Nesse processo de educação ambiental quer também desenvolver a profecia que está no centro dessas considerações. Suscitar posturas corajosas de denúncias, apontando responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes de equivocadas escolhas e das atitudes de cidadãos, empresas e governos.

E inquestionável que muitas atividades do ser humano incidem nas mudanças que estão vitimando o planeta. O convite à conversão é oportuno e necessário, podendo alcançar o mais recôndito do coração humano até inspirar mudança de conduta, particularmente em relação a posturas, tratamentos e consumo dos bens da natureza no nosso rico planeta Terra. Permanece o desafio de repensar o atual modelo de desenvolvimento, em razão de comprometimentos produzidos. E também da fomentação de modos de viver e da criação de demandas que estão configurando uma cultura na contramão da vida saudável e mais autêntica. A agenda de temas pertinentes em face de mudanças significativas é ampla, inclui questões em torno da água, do tratamento de biomas, do êxodo rural, dos escândalos da miséria, da sustentabilidade como novo paradigma civilizacional. O desafio é tão grande que pode levar muitos a fechar os olhos. É preciso abrir a mente e o coração para o forte apelo que ressoará mais potente no tempo da quaresma, o convite de Jesus: “Convertei-vos!”.”

E, neste preciso momento, uma NUVEM DE MEDO, vindo particularmente do JAPÃO, cobre o nosso PLANETA... E todas essas OPORTUNAS ponderações, REFLEXÕES e APELOS mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...