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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A CIDADANIA, A POLÍTICA E O TEMPO

“... Os políticos teriam que, necessariamente, conhecer a ciência da qualificação humana e paralelamente estabelecer sistemas organizacionais e econômicos para gerar o sustento básico das pessoas. É preciso fazer as duas coisas juntas. É preciso estabelecer uma base econômica, trabalhista, organizativa que dê às pessoas a estrutura de sobrevivência paralelamente com uma base do crescimento num sistema de educação e legislação que promova esse crescimento individual.”
(GERALDO LUIZ DOS SANTOS, Diretor da Associação Filosófica Nova Acrópole de Belo Horizonte, em entrevista ao Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de março de 1992, Caderno Fim de Semana, página 6).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo também publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de agosto de 2008, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro, professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“Política e tempo

Os criativos clipes divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seus regionais chamam a atenção dos cidadãos para a irrecuperável perda de tempo, consequência de um voto equivocado em favor de candidato a vereador ou prefeito. Somos, assim, responsáveis por causar prejuízo à comunidade, atrasando o caminhar da história, como se, pisando no freio, demorássemos mais tempo para atingir a meta de melhoria de vida de todos os habitantes. É como se viéssemos a descobrir quatro anos depois que os espertos são vitoriosos e que a justiça social seria mais uma vez postergada, aumentando o sofrimento dos marginalizados. O potencial emancipador da democracia é desperdiçado por um gesto irresponsável de muitos de nós, desatentos à importância da colocação na urna de um voto que nos vai representar a todos na gestão da cidade.

A democracia representativa no Brasil está deformada por uma lei eleitoral reconhecidamente viciada, pois propicia a alguma famílias se eternizarem no poder; a grupos econômicos elegerem seus prepostos desconectados do bem comum e, finalmente, ensejar a escolha de candidatos com currículos inconfessáveis, mais parecidos com a folha corrida de criminosos. No entanto, tais constatações não nos devem desencorajar a fazer uma triagem minuciosa dos nomes daqueles que vão dirigir a cidade. Muito pelo contrário: as imperfeições das leis eleitorais são um forte argumento a mais para que esse cuidado em nossas escolhas seja mais apurado e minucioso.Nesse processo, o nível de consciência aumenta e se aguça, coloca entre parênteses os interesses pessoais e nos leva a melhor avaliar as necessidades e carências de nossa comunidade. Os gregos, fundadores da democracia, faziam isso nas praças públicas (as ágoras), discutindo e dialogando entre si sobre como solucionar os problemas que os afligiam, fazendo da política uma prática da busca do bem comum. Mesmo sendo bastante idealizada, esta imagem primordial utópica aponta para um ideal permanente que o homem contemporâneo insiste em não abandonar, porque nada melhor do que a democracia foi ainda encontrado dentro do processo civilizatório.

O mundo mais imediato, para nós, se realiza na cidade, porque ela é o lugar de construção das alternativas de vida, numa constante dialética socioespacial de distribuição de riquezas. As eleições nos possibilitam direito à cidade, ou, como bem disse o geógrafo Milton Santos, “direito ao entorno”, que se faz cada dia mais estreito, mais inseguro, mais discriminatório. Se votarmos mal, seremos manipulados pelos atores hegemônicos que normalmente não estão alinhados com os interesses da maioria. Ficar com aquela abelha zunindo no ouvido, sapateando de desespero ou girando em círculos durante quatro anos, porque perdemos as oportunidades que as eleições nos ofereceram, é o melhor caminho para a desagregação social. Ao votar, não se esqueça de que ninguém dá o que não tem o que não tem, não tira da mala o que não está lá dentro.”

Isto posto, e considerando a aproximação do processo ELEIÇÕES 2010, cresce o significado do exercício democrático por excelência que é o VOTO. Que ele seja EFETIVAMENTE um VOTO QUALIFICADO tanto quanto devem ser QUALIFICADOS os CANDIDATOS: HONESTOS, ÍNTEGROS, HONRADOS, versados em CIÊNCIA POLÍTICA, COMPETENTES, COMPROMETIDOS com o BEM COMUM. E no dizer do professor GERALDO LUIZ DOS SANTOS, “...Antes de ser político, o homem deve ser comprovadamente ético. E tem que ter passado por provas.” E assim estaremos BUSCANDO a CONSOLIDAÇÃO de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, cujas RIQUEZAS sejam PARTILHADAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS!...

Eis o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA: O BRASIL TEM JEITO!...