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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A CIDADANIA, A FORÇA DAS ELEIÇÕES E O SIGNIFICADO DA VITÓRIA DE DILMA ROUSSEFF PARA OS POBRES (3/21)

(Novembro = mês 3; faltam 21 meses para a Olimpíada de 2016)

“O que extrapola a própria importância as eleições
        Foi Aristóteles que definiu o homem como um animal político. E o que é a política? É a convivência com os diferentes para se alcançar o bem comum. Assim dito, tudo parece fácil.
         Mas a política é, dentro dela, a democracia, que visa respeitar as liberdades individuais, constituem um processo, ou seja, algo que se desdobra no tempo, podendo atingir suas finalidades mais rápida ou mais lentamente, dependendo do nível de consciência dos participantes.
         Para que uma nação exista e sobreviva, a política é essencial porque é a liga que amalgama homens, mulheres, pretos, pardos e brancos, ricos e pobres, no seu afã de alcançar níveis de vida cada vez mais dignos, por meio do acesso igualitário aos bens essenciais à vida. Essas definições já mostram as dificuldades intrínsecas à prática da política no Brasil, país-continente, com imensas diferenças e disparidades de origens e de condições sociais, econômicas, étnicas, geopolíticas, enfim, um grande quebra-cabeça, que é também sua riqueza e fonte de suas dificuldades.
         Vivenciamos tudo isso nas últimas eleições gerais para escolha do presidente da República, dos governadores dos Estados e dos senadores, dentro de um arcabouço legal ainda cheio de imperfeições, preterições, discriminações. Acrescente-se a isso um complicador que a modernidade comunicacional nos trouxe, qual seja, a possibilidade da interferência das mídias na manipulação da opinião pública, e o fato novo constituído pelos marqueteiros que moldam os perfis dos candidatos ao sabor das conveniências de momento.
         Permeando tudo, temos a influência do poder econômico dos grupos de interesse de variados matizes, que interferem explícita ou implicitamente, ou mesmo sub-repticiamente, na lisura das escolhas dos candidatos que disputam os variados cargos políticos.
         É um processo imperfeito, mas essencial para que a democracia sobreviva e se aperfeiçoe ao longo dos anos, fazendo o treinamento das gerações que se sucedem, no sentido de evitar retrocessos institucionais.
         Inevitavelmente, há frustrações para os vencidos e alegrias para os vencedores, mas o importante é que os dois grupos se transformem durante os anos dos mandatos e de governança da nação, respectivamente, em cumpridores e fiscalizadores das promessas e dos programas de campanha.
         O exercício da cidadania em uma república não tem cartel. Não é feito só para uso nas eleições. Mais se assemelha a um recipiente em constante fervura, sob o calor dos debates nas várias câmaras que nos representam e nos movimentos sociais, hoje turbinados pelas redes cibernéticas e pelas demonstrações de rua, indispensáveis quando se trata de impulsionar mudanças e reformas no status quo. Este, no caso brasileiro, de incipiente democracia, tem que vencer enormes resistências dos grupos que ainda se aproveitam de privilégios de todo tipo para travar o acesso igualitário à cidadania da maioria do povo. Há, pois, muito trabalho pela frente, e este extrapola a própria importância das eleições.”

(Haroldo Vinagre Brasil, engenheiro e professor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de outubro de 2014, caderno O.PINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 31 de outubro de 2014, mesmo caderno, página 20, de autoria de LEONARDO BOFF, filósofo e teólogo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A vitória de Dilma Rousseff e o que ela representa para os pobres
        Nessas eleições presidenciais, os brasileiros se confrontaram com uma cena bíblica: tinham que escolher entre dois caminhos.
         Criaram-se todas as condições para uma tempestade perfeita, com distorções e difamações, difundidas na grande imprensa e nas redes sociais. Face a essas adversidades, a presidente Dilma Rousseff, por ter passado pelas torturas nos porões dos órgãos de repressão da ditadura militar, fortaleceu sua identidade, cresceu em determinação e acumulou energias para enfrentar qualquer embate. Mostrou-se como é: uma corajosa e valente. Ela transmite confiança, virtude fundamental para um político. Isso gera no eleitor ou eleitora a sensação de “sentir firmeza”.
         Sua vitória se deve em grande parte à militância que saiu às ruas e organizou manifestações. O povo mostrou que amadureceu na sua consciência política e soube escolher o caminho que lhe parecia mais acertado, votando em Dilma.
O eleitor já conhecia os dois caminhos. Um, ensaiado por oito anos, mas transferiu a maior parte dos benefícios aos já contemplados, à custa do arrocho salarial, do desemprego e da pobreza das grandes maiorias. Fazia políticas ricas para os ricos e pobres para os pobres. O Brasil fez-se  um sócio menor e subalterno ao grande projeto global. Esse não era o projeto de um país soberano.
         O povo percorreu também o outro caminho,  o do acerto e da felicidade possível. Nesse, ele teve centralidade. Um de seus filhos, Lula, conseguiu, com políticas públicas voltados aos humilhados e ofendidos, que uma Argentina inteira fosse incluída na sociedade moderna. Dilma Rousseff levou avante, aprofundou e expandiu essas políticas.
         A questão de fundo de nosso país está sendo equacionada: garantir a todos, mas principalmente aos pobres, o acesso aos  bens da vida, superar a espantosa desigualdade e criar, mediante a educação, oportunidades aos pequenos para que possam crescer, se desenvolver e se humanizar como cidadãos ativos.
         Esse projeto despertou o senso de soberania do Brasil, projetou-o no cenário mundial com uma posição independente, cobrando uma nova ordem mundial, na qual a humanidade se descobrisse como humanidade.
         O desafio para a presidente Dilma não é só consolidar o que já deu certo e corrigir defeitos, mas inaugurar um novo ciclo de exercício do poder que signifique um salto de qualidade em todas as esferas da vida social. Pouco se conseguirá se não houver uma reforma política que elimine de vez as bases da corrupção e que permita um avanço da democracia representativa, com a incorporação da democracia participativa. É urgente uma reforma tributária para que haja mais equidade e ajude a suplantar a abissal desigualdade social. Dilma, nos debates, apresentou um leque significativo de transformações a que se propôs. Pela seriedade e sentido de eficácia que sempre mostrou, podemos confiar que acontecerão.
         Há questões que mal foram acenadas nos debates: a importância da reforma agrária moderna que fixa o camponês no campo com todas as vantagens que a ciência propicia. Importa ainda demarcar e homologar as terras indígenas, muitas ameaçadas pelo avanço do agronegócio.
         Por  último, e talvez o maior dos desafios, vem o campo da ecologia. Severas ameaças pairam sobre o futuro da vida e de nossa civilização. O Brasil, por sua riqueza ecológica, é fundamental para o equilíbrio do planeta crucificado. Um novo governo Dilma não poderá obviar a essa questão que é de vida ou morte para a nossa espécie.
         Que o espírito de sabedoria e de cuidado oriente as decisões difíceis que a presidente Dilma Rousseff deverá tomar.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, sociais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação –  universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; b) a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades , também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 20140, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e intolerável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 654 bilhões), a exigir uma imediata, abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar suas extraordinárias riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
O BRASIL TEM JEITO!...


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A CIDADANIA, O CORPO DE LUZ E A RECONSTRUÇÃO DO PLANETA

“No caminho espiritual vamos conhecer o nosso Corpo de Luz
         
         Trilhar o caminho espiritual é um mergulho cada vez mais profundo no mundo interior, o mundo das energias. No decorrer desse caminho, aprendemos como se criam e se desfazem as formas, tornamo-nos conscientes do que é transitório e do que é eterno. Vamos entrevendo a existência de um plano de Evolutivo, um plano Maior. O plano de Deus para a humanidade. Começamos a imbuir-nos do amor por ele e a ter gratidão pelo que realiza no planeta e nos seus habitantes. Crescem nossa compaixão e alegria ao percebermos a existência de grupos de almas reunidas para cumprir esse plano. Grupos que existem em outros níveis de consciência, além do nosso. Aproximando-nos desses grupos, descobrimos como chegar às fontes que os alimentam e irradiamos a todo o planeta a luz que deles emana.
         Quando estamos nesse caminho, e realmente trilhamos essa senda, avançamos com fé e despreocupados da nossa evolução. O alento nos chega do espírito e já não nos abalamos mais com fatos externos. Assim, prosseguimos firmes, sem mesmo perceber os fios de luz que vamos deixando pelo trajeto. Esses fios são as obras abnegadas. Internamente, irão compor nosso corpo de luz.
         O corpo de luz é o que acolhe a energia da alma quando ela amadurece na busca do espírito, nosso centro mais profundo de consciência. Pode seguir as leis do plano espiritual e sustentar-se nele com harmonia. Quando nos tornamos capazes de nos devotar plenamente ao cumprimento das leis espirituais, começamos a fortalecer nosso corpo de luz.
Acerca dos nossos corpos de luz, podemos dizer, que com o corpo físico agimos no mundo material, carregamos objetos, levamos, trazemos, montamos e desmontamos coisas, e assim por diante. O corpo emocional gera afeto, felicidade, ódio, infelicidade, bons e maus sentimentos. O corpo mental elabora, analisa, ordena, classifica e estrutura, entre outras atividades. O corpo da alma, chamado também de corpo causal, expressa sintonia com o Plano Evolutivo e orienta-se em sua direção.
A alma, a certa altura da sua trajetória, passa a infundir essa sintonia nos corpos mais densos, a conectar o mundo material com o mundo interior. O corpo da alma suporta as energias do nível intuitivo da consciência e incendeia-se ao toque do fogo do Espírito, que vive em nível mais profundo e elevado do ser. Portanto, para a alma ascender ao Espírito, fato que ocorre quando ela amadurece, necessita do corpo de luz. Esse corpo é que lhe permite tal expansão
Essa expansão significa, sobretudo, maior adesão de todo o ser às leis superiores. Mas há outros aspectos dela: os padrões do corpo de luz permitem-lhe transcender a esfera da vida planetária e compartilhar da vida cósmica. Para ingressar nessa vastidão, o ser tem de desfazer vínculos, elevar-se acima das coisas terrenas. Só quando está mais liberado consegue suportar o ritmo dos impulsos espirituais. Com o corpo de luz fortalecido, é capaz de reconhecer as metas maiores de uma evolução que está muito além da humana e terrena.
O corpo de luz, veículo sublime de amor e união, permite-lhe aproximar-se da emanação divina que lhe cabe irradiar. Enfim, a vibração emanada pelo corpo de luz nos possibilita colaborar efetivamente na reconstrução do planeta. Podemos aspirar a participar da Obra Divina na Terra?”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de outubro de 2013, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 5 de outubro de 2013, caderno O.PINIÃO, página 23, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, que é engenheiro e professor, e que merece igualmente integral transcrição:

“O aquecimento global
        
         Através desta linha de vida que vai do século XVI até os dias de hoje, podemos ter uma ideia das ligações entre o desenvolvimento tecnológico e o crescimento populacional da humanidade, com a progressiva consciência do aquecimento global causado pelo homem.
         Vejamos os eventos mais importantes nessa linha de raciocínio: 1712 – o britânico Thomas Newcomen inventa o primeiro motor movido a vapor para ser usado em larga escala, abrindo caminho para a Revolução Industrial e possibilitando o nascimento do capitalismo moderno; 1800 – a população mundial atinge 1 bilhão de pessoas; 1824 – o físico francês Joseph Fourier descreve os mecanismos do efeito estufa natural do planeta Terra, responsável pelo equilíbrio térmico do planeta, condição para a manutenção da vida; 1886 – o alemão Karl Benz cria o Motorwagen, operacionalizando o primeiro automóvel; 1896 – o químico sueco Svante Arrehnius alerta para o fato de que a era industrial, movida a carvão, iria desequilibrar o efeito estufa natural; 1900 – outro sueco, Knut Angström, descobre que o CO2 pode produzir aquecimento através do efeito estufa; 1930 – a população mundial 2 bilhões de pessoas; 1957 – o oceanógrafo Roger Revelle e o químico Hans Suess comprovam que a água do mar não é capaz de absorver toda a quantidade adicional de CO2 lançada na atmosfera; 1960 – a população mundial atinge 3 bilhões de pessoas; a primeira conferência da ONU sobre meio ambiente é realizada em Estocolmo; 1975 – a população mundial atinge 4 bilhões de pessoas; 1987 – a população mundial atinge 5 bilhões de pessoas; 1988 – é criado o Painel de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU para avaliar evidências em torno das alterações do clima; 1990 – o IPCC divulga seu primeiro relatório de avaliação e conclui que houve um aumento de temperatura global de 0,3/0,6ºC em cima do efeito estufa natural; 1992 – na ECO-92, no Rio de Janeiro, os países industrializados concordam em reverter as emissões aos níveis de 1990; 1997 – é acordado o Protocolo de Kyoto, em que os países ricos prometem reduzir emissões em 5% entre 2008 e 2012 sem a anuência dos Estados Unidos; 1999 – a população mundial atinge 6 bilhões de pessoas; 2012 – a população humana chega a 7 bilhões de pessoas; 2013 – novo relatório do IPCC afirma que há 95% de chances de que o aquecimento global seja resultado da influência humana.
         Nos três últimos séculos, a humanidade não foi capaz de criar uma nova ordem que corresponda às virtualidades técnicas que ela mesmo desenvolveu. Um mundo com menos desigualdade social; os países mais prudentes no uso da energia não renovável e poluente, complementando-a com novas fontes renováveis e não poluentes; e o homem menos agressivo com a natureza. Acordaremos no século XXI para reverter esses desequilíbrios, propiciando assim um mundo ainda habitável para as futuras gerações?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

     a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas;

     b)    o combate, implacável e sem trégua, aos três dos nossos maiores e mais avassaladores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e eficaz vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perda e danos, inexoravelmente irreparáveis;

     c)     a dívida pública brasileira, com projeção para 2013, segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 610 bilhões), a exigir igualmente uma imediata, abrangente e qualificada auditoria...

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e poupança e, mais contundente ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; esporte, cultura e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, desenvolvida e solidária, que possa partilhar as suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros, especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a Copa do Mundo de 2014; a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do pré-sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!...


O BRASIL TEM JEITO!...   

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A CIDADANIA, A IGUALDADE, A EQUIDADE E AS FLORES QUE NASCEM NO PÂNTANO

“Igualdade e equidade

Nos regimes democráticos neoliberais, o mito da igualdade para todos levou a problemas nas questões ligadas ao acesso aos bens materiais e sociais. Para que a justiça se imponha, outro critério deve ser adotado: o da equidade. Segundo o Prêmio Nobel de Economia Amarthya Sem, igualdade é um valor moral abstrato e equidade é uma questão de justiça social, que visa corrigir distorções na distribuição dos bens econômicos de uma nação entre os ricos e os pobres. Desníveis elevados na distribuição de renda reforçam a necessidade de considerar os fatores que inibem, aos mais despossuídos, mesmo em uma sociedade nominalmente igualitária, a possibilidade de uma vida digna e produtiva.

A Constituição prevê a integralidade do acesso à saúde para todos os brasileiros. No entanto, na prática, esse acesso igualitário não é equitativo. Este só se faz com equidade quando “tratamos igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”, no dizer de André Medici e outros, em capítulo do livro Brasil uma nova agenda social, organizado por Edmar Bacha e Simon Schwartzman. No quotidiano, o que vemos é uma instrumentalização do Sistema Único da Saúde (SUS) em prol dos ricos. Estes, por intermédio de seus planos privados de saúde, abocanham não só os leitos nos hospitais públicos como utilizam graciosamente ou pagando pouco pelos tratamentos especializados, como radioterapia e outros procedimentos ou intervenções especializadas no organismo humano. Além disso, apelam ao Judiciário para obter remédios e tecnologias caras, onerando os parcos orçamentos públicos.

Constatamos o mesmo panorama na distribuição da Justiça. Esta, que teoricamente deveria ser igualitária nos seus procedimentos e equitativa nos seus julgamentos, dada a sua ineficiência beneficia mais as classes altas da população. Os mais pobres, sem condições de pagar os melhores advogados, têm seus crimes punidos com maior rapidez do que seus equivalentes de colarinho branco. E no sistema carcerário, os primeiros empilhados em celas diminutas, enquanto os privilegiados cumprem pena em prisões com espaços bem mais amplos e confortáveis.

Os valores da Revolução Francesa, de liberdade, igualdade e fraternidade, precisam ser dosados com uma boa pitada de equidade, o que implica trazer a fraternidade para o campo da partilha, de forma a preservar o valor liberdade, tão apreciado pela sociedade ocidental. Quanto à economia, de nada vale falar de equidade enquanto tivermos que conviver com um sistema político corrupto que privatiza instituições em uma escala sem precedentes. Como preconizou Amarthya Sem, no seu livro Desenvolvimento como liberdade, citando W. A. Lewis, “o objetivo do desenvolvimento é aumentar o conjunto das escolhas humanas” de forma a, assim, pela equidade, preservar a liberdade.”
(HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de setembro de 2011,Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de setembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 19, de autoria de GAUDÊNCIO TORQUATO, Jornalista, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Nascem flores no pântano

A política continua cercada de lama por todos os lados, mas são inegáveis as flores que nascem nesse pântano, sob cuidados atentos de uma gente de fé, que junta forças e motivação para deixar o conforto de sua casa e organizar uma marcha contra a corrupção, dando-se as mãos, ecoando palavras de ordem, clamando por decência. Uma chama ilumina parcela considerável da consciência social. Um rastilho de pólvora se infiltra em numerosos espaços, pronto a receber o fósforo da explosão.

A escalada ética que se descortina nesse instante é emoldurada, de um lado, pelo desenho da assepsia que a presidente Dilma Rousseff realiza em estruturas críticas da administração federal e, de outro, por atos corporativos como o da Câmara, ao inocentar a deputada federal Jaqueline Roriz, flagrada em indecoroso gesto de receber dinheiro suspeito.

O país alcança grau elevado no que concerne à organização de grupos, núcleos, categorias profissionais, gêneros, raças e etnias. O IBGE acaba de catalogar 338 mil organizações não governamentais. Adicione-se o exército composto pelos batalhões informais para contabilizar cerca de meio milhão de entidades jogando fermento na massa nacional.

Nossa democracia vive o clímax de sua crise crônica. Eventos negativos se sucedem. A escatologia da política pantanosa transparece em exibições midiáticas e, agora, frequenta a lupa de milhares de olheiros e analistas das redes. Ante o refluxo e o descenso do poder centrífugo – o poder das instituições públicas – emerge, abrindo novas fronteiras, um poder centrípeto, que se movimenta a partir das margens sociais em direção ao centro.

No espaço intermediário da pirâmide social – e essa é a observação a frisar –, abrigam-se novos grupamentos médios, vindos de baixo, os quais começam a se iniciar nas artes e técnicas usadas pelas classes tradicionais. Essa faceta da composição social passa a gerar efeitos sobre o modo nacional de pensar. A dedução é que as marolas no meio da lagoa pantanosa se multiplicam, com possibilidade de deflagrar uma cadeia homogênea de pressões e interações, que fazem o papel de filtro contra o lodo.

É interessante observar que o dicionário da política, antes restrito a meia dúzia de letrados, começa a ganhar locução aberta e irrestrita na internet. Conceitos como reforma política, sistema de voto, qualidade da representação, renovação e até posições individuais de atores políticos são acompanhados de maneira atenta. E essa corrente pode alargar as ondas da reforma política, principalmente quando lideranças como Lula se dispõem a colocar a temática na agenda nacional.

O fato é que a consciência cívica dá sinais de alerta nesses tempos de mudança de quadros, troca de ministros e mutirões de mobilização, destinados a permanecer nas redes sociais.

No dia 12 de outubro, a convocação pela via eletrônica sinalizará uma nova marcha, desta feita pela educação e contra a corrupção. Não há por que deixar de crer – e ver – que resplandecem flores no pântano.”

Eis, pois, mais RICAS, ATENTAS e ADEQUADAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para as grandes TRANSFORMAÇÕES em curso, necessárias e PREMENTES para o ingresso do PAIS no rol, que é a sua mais NOBRE destinação, das nações DESENVOLVIDAS, DEMOCRÁTICAS e CIVILIZADAS do mundo moderno...

Mais do que nunca, o INADIÁVEL e URGENTE compromisso de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS como:

a) a inserção da EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a manutenção de ACURADA e DIUTURNA vigilância da INFLAÇÃO:
c) o IMPLACÁVEL e DECISIVO combate, sem TRÉGUAS, à CORRUPÇÃO;
d) o DESPERDÍCIO, em todas as suas MODALIDADES, ralo também por onde escoam anualmente BILHÕES de reais;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, atingindo o INSUPORTÁVEL montante de R$ 2 TRILHÕES, a exigir CONTROLE, TRANSPARÊNCIA e RESPONSABILIDADE...

São, como bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS, que atravessam DÉCADAS e até SÉCULOS, que longe de ABATER o nosso ÂNIMO e nem ARREFECER o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO, mais ainda nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012, a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDADE NO RIO DE JANEIRO, em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO,do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, IGUALDADE, com EQUIDADE, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 25 de março de 2011

A CIDADANIA, A SUSTENTABILIDADE E A ÉTICA NOS NEGÓCIOS

“A norma ISO 26000

Finalmente, foi aprovada a Norma ISO 26000, norma internacional sobre responsabilidade social e a sustentabilidade das organizações. Jorge Cajazeiras, diretor da Suzano, foi o líder do grupo que coordenou a elaboração do documento final e o recrutamento dos 92 países que a subscreveram. Na última reunião da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), na Federação de Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), ele descreveu a saga que resultou na aprovação deste novo ordenamento, que, ao lado da Norma 14000, sobre a preservação do meio ambiente, em vigor há vários anos, a ISO 26000 encerra as diretrizes políticas, com letra maiúscula, para o funcionamento das instituições econômicas de um país. Ela possibilita uma regulação das relações éticas das empresas entre si e destas com seus parceiros ou staleholders, no jargão da administração, quais sejam, clientes, fornecedores, empregados, acionistas, governo e sociedade.

Pessoas e organizações que buscam se envolver no momento por uma sociedade mais justa comumente se deparam com um apanhado de termos e conceitos (responsabilidade social, responsabilidade social empresarial, responsabilidade socioambiental, responsabilidade corporativa, sustentabilidade, desenvolvimento sustentável etc.), o que pode gerar dificuldade e confusão. Umas das oportunidades que a norma ISO 26000 pode trazer é a uniformidade no entendimento de tais conceitos, para tanto, é necessário compreendermos o que está por trás das definições apresentadas na norma. O seu processo de implantação implica transparência nas operações das organizações, via prestação periódica de contas, práticas trabalhistas justas, respeito aos direitos humanos e práticas operacionais corretas, o que inclui uma postura anticorrupção. Pauta longa que pressupõe para sua efetivação um substancial processo de mudança cultural dentro das empresas.

Pinçando apenas um item ligado à postura ética anticorrupção, no que concerne às práticas operacionais corretas nas organizações, dá para ver o quanto isso será difícil no caso brasileiro. Principalmente porque, nas relações do mundo empresarial com todos os níveis de governo, predomina, com raras exceções, uma prática promíscua que tem levado a substanciais prejuízos para a sociedade. O discurso sobre esse tema, que bloqueia in limine quaisquer mudanças, se baseia na postura fatalista de que é intrínseco nas relações de negócio esse toma lá dá cá, uma mão lava a outra, sem o que o sistema não funciona.

No entanto, ficaram patentes nas discussões para a elaboração da Norma 26000 as vantagens, junto aos consumidores, de se conseguir implantar uma ética nos negócios que venha a sanar essas não conformidades citadas anteriormente. Mesmo porque as pressões da sociedade civil para que isso ocorra crescerão gradativamente em direção à discriminação das organizações desviantes. Numa linguagem mais receptiva para os empresários, operações corretas levam a importantes vantagens competitivas, pela melhoria da imagem e da reputação de suas empresas, além de propiciar uma maior longevidade no mercado.”
(HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e prof. Universitário, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, Caderno OPINIÃO, edição de 18 de março de 2011, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de MARIA ELISA CASTELLANOS SOLÁ, Arqueóloga e doutora em ecologia pela UFMG, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Ecossistemas e o social

Chegamos ao que somos hoje porque ao longo dos tempos encontramos os meios necessários para continuar na marcha da evolução humana. E somente persistiremos nessa trajetória se as gerações futuras também disporem dos recursos necessários para viver. Espera-se do desenvolvimento sustentável que as futuras gerações possam dispor das mesmas oportunidades que nós tivemos de utilizar os recursos do meio ambiente. John Raws – da Universidade de Harvard – menciona, no livro Teoria da Justiça, que cada geração deveria preservar os ganhos da cultura e da civilização. Cada geração teria que legar à geração seguinte um ecossistema global viável e em bom funcionamento. Para Edith B. Weiss, autora da Teoria da equidade intergeracional, cada geração é ao mesmo tempo guardiã da terra e beneficária de seus frutos. A memória das gerações passadas deve ser respeitada, preservando o patrimônio natural e cultural que nos transmitiram e que deveremos transmitir às próximas gerações. Para que haja equidade intergeracional – com igualdade de oportunidades de utilização equitativa dos recursos naturais e culturais –, é imprescindível que os bens herdados estejam em boa conservação quando forem transmitidos por meio das gerações.

Os ecossistemas prestam serviços relacionados à segurança (proteção de enchentes), agricultura (formação e fertilidade do solo, polinização, controle biológico de pragas, controle da erosão), alimentação (água potável, produtos vegetais e animais), saúde (produtos bioquímicos e farmacêuticos, controle da poluição da água dos rios), combustíveis, recreação e turismo. Assim, quando falamos nos aspectos ecológicos do meio ambiente estamos falando de aspectos necessários à sobrevivência e que são integrantes de nossas atividades culturais, sociais e econômicas. Nessa perspectiva, parece pouco adequado o entendimento no qual a conservação do meio ambiente é divorciada das necessidades sociais e econômicas, chegando-se, muitas vezes, a considerar que os interesses ambientais se opõem aos econômicos. O desenvolvimento sustentável busca a conservação desses serviços para o benefício de todos, de modo que a utilização de serviços ambientais de uns não impeça o direito de outros se utilizarem deles agora e no futuro. Esses conceitos estão expressos no art. 225 da Constituição, na qual todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e todos têm o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O licenciamento ambiental é um dos principais instrumentos para o desenvolvimento sustentável. A Resolução Conama 001/1986, que estabelece diretrizes para a avaliação de impacto ambiental, considera a questão como qualquer alteração do meio ambiente pelas atividades humanas que afetam a saúde, a segurança, o bem-estar, as atividades sociais e econômicas, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais e a biota. Os objetivos do licenciamento ambiental estão orientados principalmente para proteger a saúde e as atividades culturais, sociais e econômicas. Porém, a providência é tida como se fosse apenas um instrumento de proteção da fauna e da flora. Não raro se fala em o licenciamento ambiental “atrapalha” o crescimento econômico. Contudo, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, em janeiro, o secretário das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou que o modelo econômico mundial é um “suicídio ambiental” que resultará em um desastre se não for reformado. Segundo o secretário, o atual modelo econômico deve ser repensado, sendo necessário fazer uma revolução econômica. Em 2012, o Brasil vai acolher a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), dando sequência à histórica reunião da Eco-92. Sendo este ano crítico para a preparação da reunião, nos cabe promover uma ampla mobilização para apresentar propostas em busca de uma nova ordem econômica para o desenvolvimento mundial das gerações de hoje e de amanhã.”

Eis, portanto, mais RICAS e SEVERAS ponderações e REFLEXÕES que acenam para os GIGANTESCOS DESAFIOS que nos estão colocados, e por tudo isso ainda mais nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL para a CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS (RIO+20), a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A CIDADANIA E O DISCURSO DA POLÍTICA

“[...] A história não é determinada pelo destino, pela religião, pela geografia, pela hidrologia ou pela cultura nacional. É determinada pelas pessoas. Este livro não é uma coleção caprichosa de histórias desconectadas. É uma explicação sobre como os seres humanos moldaram seu próprio destino. Também mostra como as decisões tomadas no presente estão determinando nosso futuro. Na pode fazer retroceder o passo da história, apagando nem sequer meia linha do que já foi escrito. Mas ainda podemos compor o roteiro para o resto de nossas vidas e para o futuro além delas. [...]”
(ALAN BEATTIE, in FALSA ECONOMIA – Uma surpreendente história econômica do mundo. – Editora Jorge Zahar, 296 páginas).-

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de abril de 2010, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“O discurso da política


A luta contra o enfeitiçamento de nossas mentes pela linguagem há que ser permanente. E pela brecha da fala, seja ela de pessoa a pessoa, escrita ou pelos meios de comunicação de massa, é que entram, subliminarmente, as ideologias e os preconceitos. Nenhuma área é mais afetada pelas distorções introduzidas por meio do discurso humano do que a política, em que o jogo de interesses econômicos de pessoas e de grupos é predominante.

As palavras quando pronunciadas e emitidas significam e emprestam sentido aos fatos, e, portanto sua interpretação pelos receptores dependendo da embalagem retórica com a qual são embrulhados. Nesse processo, o conteúdo das mensagens pode ser deformado, seja pelas meias verdades, seja pelas omissões de detalhes importantes, ou ainda pelo feitiço das insinuantes figuras de linguagem. Não é à toa que a maioria dos candidatos se cerca dos chamados marqueteiros, verdadeiros alfaiates, encarregados de tecer em torno de seus clientes uma imagem sempre positiva e favorável.

Em função desse viés, não pedimos aos candidatos programas, nem antecedentes, mas quase só posturas. Pelos mesmos critérios com os quais avaliamos artistas de cinema, observamos como os postulantes a cargos eletivos reagem às perguntas dos repórteres, se são bonitos ou feios, simpáticos ou antipáticos. Importante é ler no seu passado como testemunharam seu espírito público separando os interesses particulares dos sociais, de como foram capazes de dialogar com os diferentes e proteger a causa dos menos afortunados. Alguém disse que no exercício do poder não cabe os “eu acho”, “eu penso” “me parece”, porém ou se faz ou não se faz, assumindo-se as consequências das decisões tomadas, que sempre afetam irremediavelmente muitas pessoas e grupos sociais, para o bem ou para o mal. E na ação o mais difícil é mandar fazer e ser obedecido, o que nesse último caso implica ter autoridade reconhecido fruto de sua legitimidade eleitoral.

Nada mais necessário do que levantar essas questões durante o período eleitoral de eleições majoritárias, em particular para a Presidência da República, cargo que envolve tomar decisões sobre o futuro do país e o que do presente será mantido. No caso do Brasil pergunta-se: Como serão aplicados os impostos? Que medidas macro-econômicas contribuirão para uma sempre melhor distribuição de renda? De que forma serão privilegiadas no orçamento as áreas de educação, saúde pública, moradia e de segurança? Como o novo presidente desenvolverá a política externa do país? E, por fim, como todo esse programa está bem fundamentado nos recursos orçamentários e no tempo disponível do mandato?

O líder deve ter um perfil equilibrado, mas não sem uma certa dose de afoiteza que o leve a tirar do povo aquele algo mais que ele é capaz de dar quando lhe apontam a possibilidade de queimar criativamente etapas no rumo do futuro. Charles de Gaule já chamava a atenção para o caráter contingente do ato de governar, que se por um lado é um risco, porque os fatos previstos podem ou não ocorrer, por outro abre as portas para a criatividade e a inovação. O líder deve, pois, combinar inteligência com intuição para descobrir e se aproveitar das oportunidades que a deusa da fortuna sempre lhe pode oferecer.”

São páginas assim que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e mais ainda neste CRUCIAL momento de GRANDES DECISÕES e de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 ao lado os projetos do PRÉ-SAL, segundo exigências da MODERNIDADE, da GLOBALIZAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS e de um mundo sedento da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quarta-feira, 31 de março de 2010

A CIDADANIA, A RAZÃO E A FÉ

“Os quadros que compõem o ritual da Semana Santa foram narrados e escritos pelos evangelistas. No decurso de vinte séculos, os textos dos Evangelhos se reproduziram em quantidade sem conta. Copiados e recopiados, guardam, todavia, fidelidade aos originais, graças ao meticuloso exame das reproduções. Naqueles documentos bíblicos está a autenticidade das celebrações da Igreja, que não se podem confundir com meras representações de efeito cênico. [...]”.
(ALUÍSIO VIEIRA CARNEIRO, em artigo do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de abril de 1993, Caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de março de 2010, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“A razão e a fé

O homem age no mundo usando a razão, apoiando-se na sua experiência e na tradição que recebe de sua comunidade. A razão define possibilidades e impossibilidades em função de esquemas lógicos e do acúmulo de conhecimentos sistemáticos fornecidos pela ciência.

A tradição elabora e transmite sabedoria acumulada, que é mais do que conhecimento, refletindo uma experiência de vida sedimentada ao longo de muitas gerações que se sucederam no tempo.

É nesse jogo de razão e experiência/tradição que o homem dá sentido à sua vida. Aceitar os fatos apresentados pela tradição é um ato de fé no testemunho e na vivência dos antepassados. Ato de fé que a razão molda e controla os limites de forma que a crença não vire superstição. Ter fé, antes de ser um fato religioso, é um ato corriqueiro no homem e intrínseco à sua natureza.

A ciência constata os fenômenos e a fé empresta sentido ao mundo, propiciando ao homem tomar decisões. Mas ciência e a fé são, como o homem, itinerantes. Se constroem, se refinam ao longo de sua história. Sem fé o homem ficaria totalmente imobilizado, porque tudo que ele faz, planeja e decide está na área do provável. Sem também não se praticaria a ciência, que se baseia na crença de que a natureza obedece a regularidades e responde ao raciocínio lógico/matemático.

O homem não vem pronto. Sua vida é um constante jogar de dados, em que ele cria possibilidades de ação e, a partir daí, constrói sua existência pelos caminhos dos acertos e dos erros. Por isso o homem é um ente em projeto e um permanente poder ser por toda a sua vida, até a morte.

A fé assume e reinterpreta o passado, mas também tem confiança no futuro. A razão busca o exato, o que pode ser provado. A fé intui o correto e o verdadeiro da experiência da vida, concreta e transmitida de geração em geração.

Exatidão, correção e veracidade se intercruzam na vida do homem. A experiência vivida e passada pela tradição é evocativa. Ela se coloca para ser recriada a cada geração, apontando novos sentidos para o homem. A simbologia da fé é muito mais aberta do que aquela que é normalmente usada pela ciência, porque se caracteriza por retratar um percurso de aventura, que extrapola o jogo da linguagem lógico-matemática.

A razão torna o mundo cada vez mais controlável, dentro dos limites que ela consegue demarcar. A fé é um risco que abre o mundo ao sentido, à esperança, ao transcendente. Portanto, ninguém deve se enganar, por mais que as aparências enganem, a mente do homem só se torna completa ao incorporar a razão e a fé.”

São páginas, pois, que ampliam nossa visão acerca da complexidade da existência humana e nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nessa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, EDUCADA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA que possa PARTILHAR suas EXTRADORDINÁRIAS RIQUEZAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e mais ainda tendo como horizonte eventos de TRANSCENDENTAL importância como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL...

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A CIDADANIA E OS NÍVEIS DE CORRUPÇÃO

“A desigualdade extrema gera indignação e condenação, porque ela contradiz a noção amplamente estabelecida de que todas as pessoas, onde quer que estejam, têm determinados direitos básicos. É essencial que a desigualdade seja devidamente atacada para que os países cumpram com suas obrigações legais estabelecidas no âmbito do marco internacional de direitos humanos das Nações Unidas, garantam direitos civis e políticos iguais e promovam a “realização progressiva” de direitos econômicos, sociais e culturais.”
(DUNCAN GREEN, in Da Pobreza ao Poder - Como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo; tradução de Luiz Vasconcelos. – São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam Internacional, 2009).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 16 de novembro de 2007, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“Níveis de corrupção

Há uma impossibilidade física e financeira de o Estado brasileiro fiscalizar o cidadão e as instituições, de forma ampla e universal, quanto à transgressão das leis e aos ordenamentos constitucionais. Não dá para identificar todos os desvios de conduta no campo econômico, financeiro, social, ecológico e tecnológico, pois o número de fiscais necessários para implantar uma repressão eficaz seria enorme se levarmos em conta que o Brasil é um país continental, beirando os 200 milhões de habitantes.

É claro que, modernamente, as possibilidades de a inteligência policial detectar os desvios de conduta cresceram exponencialmente com os recursos tecnológicos.A interceptação telefônica, devidamente autorizada pelo o (sic) Poder Judiciário, os indícios dados pelas declarações do Imposto de Renda, quando confrontadas com a riqueza ostensiva descasada dos rendimentos auferidos, os indícios oferecidos pela Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), as denúncias anônimas e os levantamentos dos tribunais de Contas da União (TCU) e dos estados (TCEs) e das controladorias Geral da União (CGU) e das unidades federativas amenizam essa necessidade do crescimentos do quadro de promotores, de fiscais e de policiais. Mas fica ainda em aberto a questão da corrupção potencial desses quadros pelo poder financeiro, de empreiteiros, políticos corruptos e de traficantes de drogas e de armas, hoje interligados, via caixa 2, pelos mecanismos de sobre e subfaturamento, com a necessidade comum a todos eles de uma eficiente lavagem de dinheiro. Lavagem hoje grandemente facilitada pelos paraísos fiscais em Londres, Nova York e outros enclaves espalhados por todo o mundo, com a conivência do setor bancário.

A rede de fiscalização, ao punir exemplarmente alguns casos de corrupção, certamente inibe a propagação dos desvios de conduta, mas não resolve o problema que, no regime capitalista da competição selvagem e do enriquecimento a qualquer preço, tornou-se universal. Daí que a solução se enraíza no processo educativo dos cidadãos, desde o berço até a universidade, pela inoculação dos valores de cidadania e republicanismo, em particular, do trabalho como principal fonte de geração de riqueza. Tarefa de longo prazo, que implica grandes investimentos da sociedade em recursos e tempo e, principalmente, no testemunho de alguns de seus líderes, que avalizem, pelo exemplo, essa postura de respeito ao patrimônio público.

A geração atual de administradores e políticos está de tal forma contaminada pelos antivalores da corrupção como caminho para o rápido enriquecimento, que se torna irrealista esperar dela uma conversão a novos padrões de convivência cidadã. Punições exemplares são necessárias para frear o ritmo do crescimento canceroso do problema, mas não cura a doença. Só por meio de um vigoroso processo educacional das novas gerações baixaremos, no Brasil, para um nível suportável, a corrupção generalizada hoje vigente em nossa sociedade negligente.”

Então, se “Só por meio de um vigoroso processo educacional das novas gerações” , URGE, mais do que nunca, nos LANCEMOS INTEGRALMENTE à grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE para OPERARMOS as imensas TRANSFORMAÇÕES exigidas pelo SÉCULO XXI, que somente há de acontecer com o DESCORTINO e EMPENHO das LIDERANÇAS atuais que se CREDENCIAM pela INTEGRIDADE, pelo AMOR À PÁTRIA, pelos VALORES ÉTICOS e MORAIS, movidos pelo PROFUNDO DESEJO de frear os mais PERVERSOS AVANÇOS das GERAÇÕES VELHAS e CARCOMIDAS, que pela GANÂNCIA SEM LIMITES e AMORAL, e ainda mais com o trágico instituto da IMPUNIDADE, vêm ao longo de séculos SOLAPANDO o patrimônio PÚBLICO, aumentando as DESIGUALDADES SOCIAIS e REGIONAIS e INFELICITANDO parcela CONSIDERÁVEL de nossa população.
Mas, por e com tudo isso, o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA:

O BRASIL TEM JEITO!...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A CIDADANIA, A POLÍTICA E O TEMPO

“... Os políticos teriam que, necessariamente, conhecer a ciência da qualificação humana e paralelamente estabelecer sistemas organizacionais e econômicos para gerar o sustento básico das pessoas. É preciso fazer as duas coisas juntas. É preciso estabelecer uma base econômica, trabalhista, organizativa que dê às pessoas a estrutura de sobrevivência paralelamente com uma base do crescimento num sistema de educação e legislação que promova esse crescimento individual.”
(GERALDO LUIZ DOS SANTOS, Diretor da Associação Filosófica Nova Acrópole de Belo Horizonte, em entrevista ao Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de março de 1992, Caderno Fim de Semana, página 6).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo também publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de agosto de 2008, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro, professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“Política e tempo

Os criativos clipes divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seus regionais chamam a atenção dos cidadãos para a irrecuperável perda de tempo, consequência de um voto equivocado em favor de candidato a vereador ou prefeito. Somos, assim, responsáveis por causar prejuízo à comunidade, atrasando o caminhar da história, como se, pisando no freio, demorássemos mais tempo para atingir a meta de melhoria de vida de todos os habitantes. É como se viéssemos a descobrir quatro anos depois que os espertos são vitoriosos e que a justiça social seria mais uma vez postergada, aumentando o sofrimento dos marginalizados. O potencial emancipador da democracia é desperdiçado por um gesto irresponsável de muitos de nós, desatentos à importância da colocação na urna de um voto que nos vai representar a todos na gestão da cidade.

A democracia representativa no Brasil está deformada por uma lei eleitoral reconhecidamente viciada, pois propicia a alguma famílias se eternizarem no poder; a grupos econômicos elegerem seus prepostos desconectados do bem comum e, finalmente, ensejar a escolha de candidatos com currículos inconfessáveis, mais parecidos com a folha corrida de criminosos. No entanto, tais constatações não nos devem desencorajar a fazer uma triagem minuciosa dos nomes daqueles que vão dirigir a cidade. Muito pelo contrário: as imperfeições das leis eleitorais são um forte argumento a mais para que esse cuidado em nossas escolhas seja mais apurado e minucioso.Nesse processo, o nível de consciência aumenta e se aguça, coloca entre parênteses os interesses pessoais e nos leva a melhor avaliar as necessidades e carências de nossa comunidade. Os gregos, fundadores da democracia, faziam isso nas praças públicas (as ágoras), discutindo e dialogando entre si sobre como solucionar os problemas que os afligiam, fazendo da política uma prática da busca do bem comum. Mesmo sendo bastante idealizada, esta imagem primordial utópica aponta para um ideal permanente que o homem contemporâneo insiste em não abandonar, porque nada melhor do que a democracia foi ainda encontrado dentro do processo civilizatório.

O mundo mais imediato, para nós, se realiza na cidade, porque ela é o lugar de construção das alternativas de vida, numa constante dialética socioespacial de distribuição de riquezas. As eleições nos possibilitam direito à cidade, ou, como bem disse o geógrafo Milton Santos, “direito ao entorno”, que se faz cada dia mais estreito, mais inseguro, mais discriminatório. Se votarmos mal, seremos manipulados pelos atores hegemônicos que normalmente não estão alinhados com os interesses da maioria. Ficar com aquela abelha zunindo no ouvido, sapateando de desespero ou girando em círculos durante quatro anos, porque perdemos as oportunidades que as eleições nos ofereceram, é o melhor caminho para a desagregação social. Ao votar, não se esqueça de que ninguém dá o que não tem o que não tem, não tira da mala o que não está lá dentro.”

Isto posto, e considerando a aproximação do processo ELEIÇÕES 2010, cresce o significado do exercício democrático por excelência que é o VOTO. Que ele seja EFETIVAMENTE um VOTO QUALIFICADO tanto quanto devem ser QUALIFICADOS os CANDIDATOS: HONESTOS, ÍNTEGROS, HONRADOS, versados em CIÊNCIA POLÍTICA, COMPETENTES, COMPROMETIDOS com o BEM COMUM. E no dizer do professor GERALDO LUIZ DOS SANTOS, “...Antes de ser político, o homem deve ser comprovadamente ético. E tem que ter passado por provas.” E assim estaremos BUSCANDO a CONSOLIDAÇÃO de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, cujas RIQUEZAS sejam PARTILHADAS com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS!...

Eis o nosso SONHO, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA: O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A CIDADANIA E A ESPERA DE UMA PROPOSTA

“10. UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA

Eis o significado da nova formação política que se propõe aqui, da qual poderão participar todos aqueles que, com os pressupostos acima, estejam dispostos a compartilhar dessa forma inovadora de fazer política, trabalhando em prol da construção de uma nova alternativa, consistente e viável, para o Brasil.”
(in UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL. – Brasília – RJ: Instituto de Política, 1998).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de dezembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“À espera de uma proposta

O que se espera de um candidato à Presidência da República a ser eleito em 2010? Com a deterioração institucional vigente, que se espalha celeremente no organismo político, em seus três poderes, tal e qual a peste negra na Idade Média, ainda assim, está fácil de responder. Na realidade queremos dele uma utopia, que é uma aposta e um programa que é uma proposta indicando os rumos que seguirá na direção dessa utopia, que ele sabe só será alcançada parcialmente. Utopia é uma metáfora do futuro. Idealização de um porvir melhor, em contraste com o presente insatisfatório. Significa um lugar nenhum. Sir Thomas Morus a justificou dizendo: “Aspiro sempre mais do que espero”. Um programa é um roteiro de ação que tem como pré-requisitos terminar os empreendimentos e as iniciativas válidas, iniciadas pela administração anterior, incorporando por sua vez as promessas feitas da campanha pelo postulante ao cargo.

A utopia, desafio para o próximo governo, seria implantar uma constituinte para realizar ampla reforma política, indispensável para reduzir a corrupção. Isso porque de meu ponto de vista seria impossível fazer essa reforma por meio do Congresso Nacional. Isso obviamente porque o corpo político, por seu espírito corporativo, já provou que é incapaz de fazê-lo e, considerando que mantido o status quo atual, o presidente da República a ser eleito no ano que vem estará de mãos amarradas nas suas relações com o Legislativo. Terá que barganhar propinas para aprovar os seus projetos, em particular o Orçamento anual, contaminado pelas emendas destinadas aos deputados e senadores, previamente mancomunados com os empresários, os prefeitos e os lobistas. É o círculo viciado e vicioso da corrupção endêmica, que, mesmo não se querendo ver e reconhecer, as imagens estão aí para provar, pois resumem o equivalente a 10 mil palavras em cada uma delas.

Muitos pasmos com a generalização da corrupção na sociedade, apesar da sua vulnerabilidade às tecnologias de detecção existentes. No entanto, os poderosos anestesiam o povo fazendo de conta que, por ser geral, a roubalheira é necessária e inevitável para o exercício da política, da Justiça e a gestão de empresas. Isso explica por que os corruptos não se dão sequer ao trabalho de esconder seus malfeitos da detecção eletrônica.

Como dizem certos políticos à boca solta, se todos fazem, todos estamos legitimados em nossa, ações espertas, para dizer o mínimo do mínimo. O fato de políticos reconhecidamente corruptos com os dois últimos governadores do Distrito Federal, para citar os mais recentes, serem eleitos e reeleitos mostra que no seu julgamento o povo, muitas vezes, põe entre parênteses essa questão da honestidade, julgando-a galardão desnecessário para o exercício da cidadania. Mas, para amenizar esta declaração, cumpre reconhecer que os partidos políticos, muitas vezes, ao homologar em suas convenções candidatos com currículos inaceitáveis, dão um xeque-mate nos eleitores.

Fica provada a necessidade de uma constituinte específica para realizar a reforma política, como um remédio necessário e urgente, se desejamos que o organismo institucional não continue a gangrenar, levando rapidamente à morte da democracia, que reconquistamos, ainda que formalmente, a duras penas. Essa utopia poderia se transformar em realidade sob a liderança firme do novo presidente da República, que deveria desde o início de seu mandato incendiar o povo nessa direção.”

Vimos, pois, a EXTREMA e URGENTE necessidade de uma grande CRUZADA NACIONAL que possa INCENDIAR o POVO na direção de UMA AGENDA que propicie a TRANSFORMAÇÃO do PAÍS numa NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, ÍNTEGRA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que UTILIZE as PODEROSAS ferramentas do SÉCULO XXI como as NOVAS TECNOLOGIAS, a INFORMAÇÃO e o CONHECIMENTO na PARTILHA de nossas IMENSAS RIQUEZAS – NATURAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, aí as originadas do PRÉ-SAL, que POSSAM efetivamente BENEFICIAR diretamente TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIRAS...

Eis a nossa UTOPIA, o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa Esperança...

O BRASIL TEM JEITO!...

sábado, 7 de novembro de 2009

A CIDADANIA E O ESTADO UNIDO

“À concepção positiva do Estado vinculam-se as discussões sobre a república ótima, que pressupõe a convicção de que os Estados existentes são imperfeitos mas aperfeiçoáveis e que portanto o Estado, como força organizada de convivência civil, não deve ser destruído mas conduzido à plena realização de sua própria essência. Forma extrema do delineamento da república ótima são os esboços de repúblicas ideais, de repúblicas que não existiram e jamais existirão em lugar nenhum (ou que estão colocadas em lugares imaginários) e que são propostas como ideais-limites de um ordenamento perfeitamente racional, onde cada comportamento está rigorosamente previsto e é rigidamente regulado. Da República de Platão à Cidade do Sol de Tommaso Campanella, as repúblicas ideais são sempre modelos de superestatalização, de uma verdadeira hipertrofia das funções de regulamentação da vida civil, da qual teria nascido a necessidade da vida política, e são portanto representações inspiradas numa concepção altamente positiva do Estado (cuja contra-figura é a utopia negativa como a de Orwell, surgida como reação às prevaricações reais ou previsíveis do Estado-tudo).”
(NORBERTO BOBBIO, in Estado, governo, sociedade; por uma teoria geral da política. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987).

Mais uma OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de maio de 2009, Caderno OPINIÃO, página 15, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro e professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“Estado unido


Hélio Pellegrino, em um de seus ensaios, reconhece que as instituições são necessárias à medida que servem as comunidades e não a si mesmas. Neste último caso, quando viram as costas para a sociedade a qual deveriam servir, se transformam em um mal desnecessário e, portanto, passíveis de serem descartadas por atitudes inúteis e até nocivas. Monstesquieu, ao criar o sistema de governo tripartite, composto do Executivo, Legislativo e Judiciário, tinha em mente equilibrar, dividir e especializar as funções do Estado, por meio de instituições coletivamente organizadas, de forma a evitar o exercício anômalo do poder político. O filósofo francês tinha como premissa básica a representatividade e a legitimidade dessas entidades junto ao povo, sem o que elas não teriam condições de preencher suas funções de Estado.

Quando a estrutura institucional, se coloca a serviço dos próprios privilégios, conspurcando suas finalidades, cabe à sociedade civil reformá-las, sob pena ter de carregar o peso do enriquecimento de uns pouco privilegiados em detrimento da maioria. Não há dúvida de que as três instituições, Executivo, Legislativo e Judiciário, no Brasil, se desvirtuaram a tal ponto, que hoje se encontram, aos olhos da sociedade, a quem deviam servir, virtualmente apodrecidas. Mas do isso, se contaminaram mutuamente e, em vez de exercerem seus papéis complementares de contrapesos no jogo de poder, convergem para o descalabro institucional. Penetradas pela corrupção, no seu tipo mais pernicioso, que, no dizer de Ruy Barbosa, é o que “assume o caráter subagudo, crônico, impalpável”, as três irmãs já enviam para o nariz da sociedade o mau cheiro dos corpos em processo de deterioração.

Feitas para ordenar o mundo do bem comum, evitando assim que a injustiça transborde os limites do aceitável, elas se fizeram a própria injustiça, ao sugarem, por meio de mil e um subterfúgios espertos, os recursos orçamentários da União. A majestade das três instituições do Estado repousa na estima e no respeito do povo, que hoje, manifestadamente, já perderam ou estão em vias de perder, porque o latrocínio organizado prevalece sobre o interesse público do bem comum. É o que alguém bem alcunhou de apagão moral, espécie de epidemia que já atingiu a maioria dos ditos varões da República.

Se a reforma dos costumes políticos não tiver condições de partir do fórum interno das próprias instituições contaminadas (difícil, mas não impossível de acontecer), só pela pressão ininterrupta da sociedade civil e pelo voto lúcido dos cidadãos em continuadas eleições será possível deter o declínio institucional. E no longo prazo, por meio de um processo educacional, em que ao lado dos conteúdos das disciplinas técnicas se inoculem nos jovens os princípios básicos de cidadania solidária.”

Urge, pois, a MOBILIZAÇÃO de TODAS as forças VIVAS da Nação para, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma FÉ, ALEGRIA, a mesma CORAGEM CÍVICA, construirmos um BRASIL verdadeiramente ÉTICO, JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, para que os RECURSOS e RIQUEZAS, abundantemente disponíveis, SEJAM virtuosamente DISTRIBUIDOS a TODOS os BRASILEIROS e a TODAS as BRASILEIRAS.

O BRASIL TEM JEITO!...

sábado, 3 de outubro de 2009

A CIDADANIA BUSCA UM MUNDO FRATERNO

“Os cidadãos e seus representantes legais, os poderes públicos, têm, mais do que nunca, uma tarefa essencial a assumir: a vigilância das externalidades ligadas à atividade das empresas, isto é, a observação de todos os efeitos colaterais da atividade econômica das empresas que têm um impacto sobre a sociedade e a região. Por vezes, essas externalidades são positivas (reinserção de pessoas em dificuldade, desenvolvimento de atividades em zonas difíceis, contribuição para a vida social do meio), mas, frequentemente, elas negativas (exclusão, poluições, degradação dos recursos naturais ou das paisagens). Os poderes públicos, guardiões do interesse geral, devem obrigar ou incitar as empresas a desenvolver suas externalidades positivas e a limitar ao máximo suas externalidades negativas. Aliás, quando socialmente responsável, a empresa adota por si mesma essa conduta.”
(HENRI ROUILLÉ D’ORFEUIL, in Economia Cidadã – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002 – páginas 117-118).

Mais uma OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de outubro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro, professor universitário, que merece INTEGRAL transcrição:

“Um mundo só

Está cada vez mais claro, apesar de sua diversidade étnica e cultural, que o mundo se vê obrigado a uma integração crescente, tendo em vista o fato de as crises permearem todas as fronteiras nacionais. Exemplos recentes desse fato foram o surgimento da gripe suína, que virou uma pandemia mundial, a crise financeira dos derivativos, derrubando o sistema financeiro internacional, e, finalmente, a constatação de uma instabilidade ecológica, tendo como principal sintoma o aquecimento global. Sem esquecer, claro, os riscos da disseminação das armas nucleares, em vias de se transformarem em uma commodity nas mãos dos terroristas de todas as lavras. Os Estados-nações estão dessa forma em xeque, num estado estanque frente às pressões internacionais para as ingerências cada vez maiores dos organismos multilaterais nos assuntos internos dos países começa a fazer água.

No entanto, as assimetrias de poder, em que as grandes potências tentam transferir para as demais o ônus das correções de rumo urgentes e necessárias, freiam a maioria das medidas que devem ser tomadas para evitar os desequilíbrios na economia e no meio ambiente. O caso mais típico está na tentativa de eliminar de vez as armas nucleares, mantendo o privilegio de algumas nações sobre outras, ao mesmo tempo em que obriga as demais a um permanente bloqueio no desenvolvimento da energia nuclear nos seus territórios. Essa falta de legitimidade no trato dessas questões, em que prevalece o “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”, retarda perigosamente a implantação das medidas urgentes de correção de rumo globais que se fazem necessárias implantar.

No caso do Brasil, nos próximos anos, terá de participar ativamente desse diálogo que vem se desenvolvendo entre as nações, sem no entanto cair numa postura ingênua de bom mocinho, que tudo cede e nada recebe de substancial. Há que lutar para destruir a hegemonia de uns poucos em cima dos demais, acabando os privilégios de vetos dos grandes nos organismos internacionais, como é o caso do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Grupo dos Oito (G8), além de tantas outras assimetrias que se mantêm desde a 2ª Grande Guerra.

Somos hoje uma nação sui generi (sic). Falamos a mesma língua, sua gente tem potencial humano diversificado, mas em forte processo de miscigenação; é criativa na música e nos esportes; o país é um grande reservatório de água potável, superficial e profunda, além de abrigar imensas áreas florestais, com inigualável biodiversidade. Por último, e não menos importante, o Brasil tem uma agroindústria que abastece sua população e boa parte do mundo. Entre os Brics (com a Rússia, Índia e China), o Brasil, sem falso ufanismo, tem vantagens estratégicas enormes sobre os demais integrantes. Os gravíssimos problemas estruturais que, reconhecemos, ainda não saneamos, como a questão da corrupção nos três poderes e no empresariado, o que nos leva a um tremendo desperdício de recursos, pouco a pouco, esperamos, serão reduzidos pelo uso democrático do voto, das pressões populares crescentes e da vigilância permanente da mídia. Essa é uma grande aposta que devemos fazer, agindo proativamente para que o bilhete seja sorteado.”

Esta IMPORTANTE contribuição, entre outras considerações pertinentes, REAFIRMA os PROPÓSITOS de nosso trabalho: a MOBILIZAÇÃO de TODOS para a construção de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE, ÉTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA.

Ao COMEMORARMOS a escolha do RIO DE JANEIRO como SEDE das OLIMPÍADAS de 2016, proclamamos com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma FÉ e a mesma ESPERANÇA: O BRASIL TEM JEITO!...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A CIDADANIA BUSCA AS COISAS BOAS DA POLÍTICA

“Os fins e os ideais que nos movem engendram-se a partir da imaginação. Mas não são feitos de substâncias imaginárias. Formam-se com a dura substância do mundo da experiência física e social”.
(JOHN DEWEY, in Uma fé comum).

Mais uma OPORTUNA e CONCISA lição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de setembro de 2009, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de HAROLDO VINAGRE BRASIL, Engenheiro, professor universitário, que também merece INTEGRAL transcrição:

“Coisas da boa política

Em vésperas de eleições é importante falar de política, pois se constitui na ferramenta que molda nossos destinos. Ela só existe porque tem que lidar com a diferença entre os grupos e as pessoas, ou, como dizia Hannah Arendt, a condição do político é da pluralidade. As formigas, porque parecem todas iguais e no que pese possuírem uma organização social que costura o coletivo, muito certamente não exercem a política. As citadas diferenças que propiciam o político deveriam se consolidar nos partidos, que se constituem nas vias por onde fluem as visões de mundo, e, porque não, os interesses legítimos dos grupos sociais. É desse entrechoque que surgem as decisões em prol do bem comum, sempre acima do particular e do privado. (sic)

Fala-se muito que a ética não se coaduna com o exercício do poder, em uma interpretação muita larga de Maquiavel. No entanto ela é a argamassa de qualquer ação pública substantiva. Como dizia Aristóteles (300 a. C.), política é a realização da ética do bem comum ou do interesse público em oposição aos negócios privados. O nosso dramaturgo e também filósofo Augusto Boal, nas entrelinhas de suas peças de teatro, falava que “a política não é a arte do possível, e sim a de tornar possível o que é necessário, para o povo”. Isso como contraponto ao que afirmava o nosso sociólogo maior, quando no exercício da política.

Há muita discussão sobre a chamada ética de resultados e a ética dos princípios em que a primeira parece dizer que o fim justifica os meios. E Norberto Bobbio pergunta: mas o que justifica os fins? Não é caso de se perguntar também se os maus meios por acaso não corrompem os bons fins? Dizer que a ética política é a ética dos resultados, e não dos princípios, leva-nos a questionar: mas de todos os resultados? Os vencidos sempre estarão sem razão, simplesmente porque foram vencidos? A chave de tudo, segundo Bobbio, está na legitimidade dos objetivos que também obriga à legitimidade dos meios. Daí ele conclui que toda ação livre, como é o caso da política, não pode fugir ao julgamento do lícito e do ilícito, mesmo se por alegadas razões de estado. Donde a conclusão de que qualquer corrupção política é ilícita pela presunção de que o interesse particular está sendo passado à frente do interesse coletivo.

Não se faz boa política sem bons políticos. Em uma democracia sã somos nós os eleitores, em última instância, os responsáveis pela escolha desses representantes. Está nascendo uma consciência no Brasil, ainda incipiente, em função da transparência dos meios de comunicação, que nossa democracia está doente nos três níveis de poder. Ela é percorrida por uma frouxidão ética, que aparece nos atos e nas declarações de quase todos os líderes em evidência. Há até um certo cinismo pragmático de aceitação dos desvios como fatos inevitáveis do fazer político. Face a essa conjuntura, cabe a nós em 2010 cairmos em um certo exagero de exacerbar nosso julgamento dos candidatos, ao ponto de diminuir o tamanho dos furos de nossas peneiras e bloquear todo postulante com uma biografia que esteja maculada por qualquer desvio publicamente constatado.”

Isto posto, entre outras SEVERAS ações da agenda da MOBILIZAÇÃO, certamente PONTIFICAM as CAMPANHAS FICHA LIMPA e VOTO FORTE, como nos MOTIVAM os clamores do presente texto.

O nosso PRESIDENTE LULA outra dia afirmava em bom som: “...O século 21 é o século do Brasil...”

E que seja VERDADEIRAMENTE o século do BRASIL DECENTE, DIGNO, AFEITO aos VALORES e PRINCÍPIOS MORAIS, onde NUNCA MAIS existam movimentos ABOMINÁVEIS e ABSURDOS - necessários (?) – como ... “PELA ÉTICA NA POLÍTICA”, pois a questão é simples: se NÃO é ÉTICA, também POLÍTICA NÃO PODE SER... Também é bom que GOVERNANTES e POLÍTICOS honrem seu PATRONO SÃO TOMÁS MORO e lhe sejam fiéis seguidores...


O BRASIL TEM JEITO!... É a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA.