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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A RIQUEZA DO DOMÍNIO DE NOVAS LÍNGUAS E OS DESAFIOS DA POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“A língua estrangeira
        Em 2016, o Brasil vivenciou um trágico cenário de crise econômica. Altas taxas de desemprego se alastraram por todo o país e elevaram-se ao longo dos últimos 12 meses. Porém, junto com tamanha adversidade, surgiu também a necessidade de novos investimentos profissionais. A busca pela inovação e por um diferencial se intensificou, transformando-se em impulso para as mais variadas profissões. Os brasileiros iniciaram o ano de 2017 com a missão de se reinventar profissionalmente e se qualificar.
         O domínio de outras línguas é uma questão de sobrevivência para a conquista de melhores cargos no mercado de trabalho. Diante da intensa concorrência existente, é necessário apresentar qualificações extensivas, e a compreensão de outros idiomas é um requisito fundamental do novo profissional.
         A língua espanhola está presente por toda a América do Sul, Central e também na Espanha. É ainda ensinada nos Estados Unidos, local em que várias palavras sofreram adaptação do espanhol. Pelo mundo, mais de 500 milhões de pessoas comunicam-se em espanhol, fato que torna a necessidade de aprendizado e domínio da língua hispânica algo crucial na busca pelo crescimento e desenvolvimento na carreira profissional.
         Na realidade, o espanhol é considerado o terceiro idioma mais falado no mundo. O inglês sustenta o primeiro lugar, seguido do mandarim, falado na China, que permanece em segundo lugar devido à quantidade de habitantes desse país. O espanhol se destaca no mundo comercial, principalmente na comunidade europeia, onde, junto com o inglês, é a língua mais utilizada. O idioma também tem alcançado um número considerável de internautas, sendo atualmente a terceira língua mais utilizada na internet.
         No Brasil, a proximidade com as fronteiras de países hispanofalantes e o aumento das relações comerciais, impulsionadas pelo Mercosul, levaram o governo brasileiro a introduzir a língua espanhola como oferta obrigatória nas escolas, através da Lei 11.161, de 5 de agosto de 2005.
         Considera a segunda língua mais utilizada na comunicação internacional, e o terceiro idioma oficial no campo da política internacional, da economia e da cultura, a língua espanhola não de para de evoluir. O Instituto Cervantes BH oferece o exame Dele (Diploma de Espanhol como Língua Estrangeira), uma certificação de proficiência da língua espanhola. A comprovação do nível do idioma é um fator de excelência no currículo do profissional e abre portas para o estudo em países de língua espanhola e a conquista de vagas de trabalho em grandes instituições, sendo imprescindível em setores como comércio exterior, relações internacionais, negócios e outros.
         De acordo com dados da Pesquisa Salarial do Catho Online, os profissionais que têm fluência em inglês e espanhol recebem, em média, salários 68% acima daqueles que não têm domínio algum de nenhuma das duas línguas.
         A motivação do estudo da língua espanhola no ensino fundamental e médio das escolas brasileiras é imprescindível para o alcance de melhores taxas salariais das novas gerações de profissionais. Porém, nunca é tarde para buscar o domínio de novas línguas, e mesmo com as dificuldades existentes no processo de aprendizado trata-se de uma experiência positiva, capaz de gerar diversos benefícios.”.

(LUIS JAVIER RUIZ SIERRA. Diretor do Instituto Cervantes BH, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de janeiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de SEBASTIÃO VENTURA PEREIRA DA PAIXÃO JR., advogado, e que merece igualmente integral transcrição:

“O caminho é a boa política
        Um dos temas mais desafiadores da civilização contemporânea diz respeito ao justo equilíbrio entre a liberdade econômica e a liberdade política. A efetiva compreensão das relações travadas entre o capitalismo e a democracia é absolutamente fundamental para entendermos o nosso papel humano em um mundo de ritmo frenético, marcado pela pressa de viver, pela incessante busca do efêmero e por intensos prazeres pueris. Se tudo parece vazio, nada melhor do que lançar luzes sobre a inteligência de Hannah Arendt no sentido de que “apenas o bem tem profundidade e pode ser radical”.
         Sim, é pela elevação das virtudes da bondade (fazer o bem e ser bom), pela consciência de si e pela preocupação com o outro que voltaremos a dar consistência moral à passagem pela existência. Sem cortinas, as complexas dificuldades do presente voltam a semear mundo afora um discurso político de fechamento nacionalista, que jamais deu certo na história da humanidade. Nessa toada, a estrutura geopolítica mundial passa por um profundo processo de reestruturação sistêmica, modificando o papel hegemônico americano frente às incertezas do bloco europeu e à crescente influência econômica da China.
         Aliás, com a queda do muro de Berlim, muitas das estáticas estruturas do pós-guerra também acabaram por ruir. Durante praticamente 20 anos, vivemos uma época áurea de liberalismo e globalização, com expressivo crescimento econômico e redução da pobreza extrema. Todavia, nenhum sistema é perfeito. A crise de 2008, em sua essência, marcou a sobreposição do mercado sobre o poder soberano dos estados, inaugurando uma era de empresas grandes demais para quebrar. Ora, se as empresas não podem quebrar, é sinal de que o capitalismo deixou de ser liberal. Eis o atual paradoxo do mercado.
         O fato é que estamos diante de um importante hiato institucional. As atuais estruturas do Estado ficaram anacrônicas frente à pujante força dos agentes econômicos e, principalmente, financeiros. A questão não é de simplesmente mais regulamentação ou controle, mas de maior inteligência e eficiência na ponderação dos interesses em jogo. Entre o capitalismo e a democracia, temos que resgatar o firme e seguro caminho da boa política. Afinal, se a má política enterra, só a política bem exercida é capaz de salvar.
         Na rota evolutiva da humanidade, os descaminhos, as insuficiências e os escândalos dos atuais sistemas políticos, antes de descrença, devem trazer a convicção de que é possível elevar a vida pública para melhores níveis de decência e moralidade. Não custa lembrar que é na escuridão da noite que o sol joga seus primeiros raios de luz. A face sombria do poder é apenas um dos lados da moeda democrática que encontra nas múltiplas qualidades dos seus bons cidadãos sua grande possibilidade de aperfeiçoamento humano, político, econômico e social.
         É através do progressivo e engajamento e da participação efetiva dos cidadãos nos destinos de seu país que a democracia surge como fenômeno político integrador e capaz de gerar mudanças reais em nossas vidas. Temos que compreender que o objetivo da corrupção é afastar-nos da política. No entanto, a democracia faz do cidadão um político em sua essência, tornando a participação na vida pública um dever da cidadania. Portanto, enquanto menosprezarmos a dimensão política de nosso espírito, a democracia seguirá sendo praticada de forma primária.
         Até quando terceirizaremos nossa inarredável responsabilidade política?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 482,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 330,65%; e também em novembro o IPCA acumulado nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 





          

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DO AMOR E DA FÉ NA ESPIRITUALIDADE E O IMPERATIVO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA

“A presença do amor e da fé nas 
etapas do caminho ascensional
         Em determinado ponto na escalada de ascensão espiritual, muito embora o ser saiba que já neutralizou em si o que o impedia ou o paralisava no caminho, contudo sabe que muito ainda lhe falta. Seu caminhar é seguro, mas seu coração não é totalmente maduro, pois as estruturas que construiu em si, para resistir aos ataques e assédios vindos do exterior ou de seu próprio ser, tornaram-se fortaleza que deve ser derrubada, para que a Energia Divina possa penetrar.
         Esse é o momento no caminho em que o ser não mais contará consigo mesmo para os assuntos da alma e do espírito, porque sua mente e suas emoções estarão a ponto de falir. Então, sua vida espiritual e cósmica poderão ingressar e permear o indivíduo.
         Ora, se é algo tão maravilhoso e divino, por que a resistência a essa transformação? O que ocorre aqui é que sua prova está baseada na Fé, e enquanto ela não for comprovada na entrega de tudo, a transformação espiritual não poderá ocorrer. Nesse ponto do caminho a entrega já faz parte de sua vida, mas ela ainda não é total nem suficiente para que esse ingresso da energia cósmica, com toda a potência requerida, faça com que o ser seja transfigurado interiormente.
         Quando já existe a “consciência da prova” e o ser inicia sua entrega maior, sustentado apenas pela Fé, encontrará a “noite escura” da alma e do espírito. Ou seja, já entregou o que possuía e não poderá tomar de volta para si, mas ainda não recebeu a Energia Divina que o libertará, pois as estruturas mentais e emocionais ainda não terminaram de desabar.
         Tudo torna-se escuro e parecido com as trevas, pois a Luz oculta-se para que a prova seja verdadeira e o ser, apesar da solidão, do vazio e dos insistentes ataques das forças inimigas, possa confirmar a Luz, seu amor a Deus. Pois é fácil amar a Luz estando nela e afirmar o divino em dias de entusiasmo. Mas afirmar a vitória de Deus quando ainda não se pode senti-Lo é só para os que possuem verdadeira Fé.
         Desde o despertar da busca espiritual o ser vem sendo preparado para viver essa “noite”, que o deixará despido diante das estrelas ocultas, para que mostre ao Universo de que matéria é feita sua intenção e o que verdadeiramente motiva sua aspiração. Para ver o brilho das estrelas, o indivíduo terá que viver com valentia e humildade, renovado pela própria Fé.
         Com o coração amadurecido pelo Amor e pela Fé e preenchido pela lembrança de sua Essência Divina, o indivíduo receberá grande impulso do cosmos e não se permitirá sair da meta, mesmo ainda imperfeito. Trata-se, portanto, de um ser confiável perante Deus, um companheiro nos campos de batalha.
         Para o indivíduo que já amadureceu em sua escalada ascensional, lembrar que a Fé não é medida pelo que se crê, mas pelo que pode estar oculto além das crenças e que ainda é desconhecido. Por outro lado, a traição surge quando a criatura considera-se maior que o Criador; render-se diante da Criação liberta muitas almas do jugo da traição.
         Ao absorver os impulsos divinos, a expansão produzida moverá o interior do ser para que se adapte à nova vibração. Neste momento não se deve tentar compreender ou sentir. É mais sábio esquecer-se de si e fundir-se no Todo, para que as transformações sejam efetuadas em paz.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 16 de outubro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de outubro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MARCELO BARROS, professor, diretor e conselheiro da Braz-TESOL, maior associação de professores de inglês, e que merece igualmente integral transcrição:

“Brasil bilíngue: sonho distante
        The book is on the table. O chichê nunca fez tanto sentido para ilustrar a relação do brasileiro com o inglês. Literalmente, o livro está sobre a mesa, pois aprender o idioma nunca foi tão fácil quanto agora. Seja por meio dos cursos presenciais com preços mais acessíveis, seja pelas tecnologias de ensino a distância que facilitam a prática. A grande questão é que jamais houve tantas possibilidades diferentes para aqueles que querem conquistar a fluência na segunda língua. Dito isso, a pergunta que fica é: por que mesmo assim a imensa maioria dos brasileiros ainda não fala inglês?
         Já é sabido que dominar o idioma aumenta significativamente as chances de obter salário maior, como apontou recente pesquisa conduzida pelo grupo Catho. Segundo o estudo, um profissional em nível de coordenação, por exemplo, pode ganhar, em média, 61% mais do que aquele que não fala inglês. Isso, sem falar nos benefícios econômicos que o país com um todo pode ter, alavancando o turismo e a internacionalização dos negócios. Ainda assim, levantamentos ainda mostram que apenas 3% da população brasileira pode ser considerada fluente em inglês, número extremamente baixo, principalmente quando comparado ao de outros países latino-americanos, como o Chile e a Argentina.
         A empresa de educação internacional Education First (EF) divulga anualmente um ranking que avalia o nível de proficiência em inglês de diferentes países. No levantamento de 2015, o Brasil ocupava a 41ª colocação entre 70 nações. Na mesma lista, Argentina, República Dominicana, Peru, Chile, Equador e México estavam à frente. E os motivos para essa defasagem, a meu ver, são sobretudo culturais.
         Um importante ponto que precisa ser desmistificado para aumentar a relevância do inglês é o argumento de que, antes de nos preocuparmos em ensinar um segundo idioma, precisamos concentrar nossos esforços na língua materna do brasileiro. Na verdade, é inegável que o aprendizado da Língua Portuguesa é fundamental e ainda há muito trabalho a ser feito nesse sentido. Mas, diferentemente do que muitos pensam, os ensinos dos dois idiomas não são excludentes entre si, muito pelo contrário. Pesquisas de linguística e neurociência já comprovaram que, quanto mais idiomas uma pessoa domina, maior a facilidade para aprender os demais. Isso se dá, principalmente, pela possibilidade de estabelecer reações entre o que já foi aprendido e o novo conhecimento.
         Outro ponto polêmico que precisa ser debatido é o papel de recursos como músicas, filmes e séries na aprendizagem do idioma. Na verdade, assim como uma criança não aprende todos os aspectos do português apenas ouvindo seus pais conversando, o aprendizado do inglês também não ocorre apenas por meio do acompanhamentos dos diálogos na TV ou pela tradução de letras de músicas. É verdade que a prática é muito válida como reforço da aprendizagem. Porém, é fundamental que haja esforço e sistematização para a compreensão conjunta das quatro habilidades básicas da língua: o speaking (fala), o listening (compreensão auditiva), o reading (leitura) e o writing (escrita), respeitando, inclusive, as regras gramaticais e discursivas que coordenam sua composição.
         Em muitos casos, a comunicação dos “autodidatas” pode até ocorrer, mas geralmente dentro e um quadro limitado – quando a pessoa pode entender e falar, mas pode não escrever ou ler corretamente, por exemplo. A proficiência, nesses casos, fica bastante comprometida. Por fim, é fato que inúmeros outros obstáculos também precisam ser superados para que o brasileiro comece a priorizar e a estudar o inglês como se deve. Até mesmo o acesso a ferramentas de educação que ofereçam oportunidades reais para a prática do idioma é escasso, o que pode aumentar o desinteresse ou prejudicar o aprendizado da língua.
         A tecnologia em suas várias formas felizmente vem ajudando os educadores e aprendizes a superar essas barreiras e já vemos soluções ótimas para estimular a compreensão e a conversação. Em geral, a mensagem mais clara que fica é de que precisamos promover logo uma verdadeira mudança no pensamento e na forma como as pessoas encaram o tema, pois só assim colocaremos em curso a mudança que fará do Brasil um país verdadeiramente fluente em inglês. The book is on the table, e precisamos que ele seja lido.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 475,20% para um período de doze meses; e em setembro, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,48% e a taxa de juros do cheque especial  registrou ainda em agosto históricos 321,08%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...