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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A CHAVE DO CAMINHO ESPIRITUAL E AS SAUDÁVEIS OPORTUNIDADES DA CRISE

“O serviço abnegado, as provas e as dádivas do caminho espiritual
        Com a vivência da humildade, os ditos milagres começam a acontecer na vida dos seres já amadurecidos que ascenderam no caminho, porque outras Leis Espirituais mais adiantadas encontram campo de expressão no ser. É fundamental estar diante do Senhor sempre pequenino, pois quanto menor for visto aos olhos dos homens, maior será aos olhos de Deus.
         Muito será exigido daquele que muito recebeu; por isso as dádivas vão para aqueles que recém despertaram, enquanto aquele que ajuda a abrir a porta para o descenso da Graça frequentemente nada recebe. Porque o despertar e o caminhar de um irmão são a verdadeira dádiva e alegria na vida de um abnegado, que se esqueceu de si em prol da caridade e em benefício do bem ao próximo.
         Quando o Senhor o provê de um instrumento, seja ele de curto ou longo alcance, deverá sempre utilizá-lo sabendo que não lhe pertence, e que a Mão do Senhor deve guiar cada movimento para que não se confunda. Pois todo dom, talento e capacidade a Ele pertencem e a Ele devem retornar.
         A prática do serviço abnegado, e a vivência do estado de Graça e dos dons do espírito fazem com que o ser se transforme num “Apóstolo do Novo Tempo”, reconhecido por toda parte, porque fala a língua de quem o busca. Esse ser está, assim, preparado para viver etapas mais elevadas do caminho espiritual.
         O apóstolo deve abraçar a própria cruz, considerando que provas duras cairão sobre ele de forma a acelerar seu processo de equilíbrio e também de aceitação do sacrifício. Porque viver esse processo, que podemos denominar como “cristificação”, não é recolher as promessas e dádivas que entregou ao Senhor, mas viver como Ele os últimos momentos de Sua Paixão, transferindo seus atos para os tempos atuais.
         Saibamos que o próprio Senhor acompanha de perto os passos de seus apóstolos e isso significa que Ele dará não somente consolos nos momentos de prova, mas que lhes dará, também, provas nos momentos de paz. Tudo para que esse apóstolo, que já passou por tantos obstáculos, possa agora passar pela prova final de sua fé e de seu amor por Deus, para que o Propósito Divino se cumpra.
         Assim, todas as suas misérias reunidas, através de cada uma de suas encarnações sobre a Terra, virão à tona, inclusive tudo que já parecia estar resolvido. O ser evoluído, o apóstolo, já estará forte o suficiente para não perder tempo consigo mesmo, seguindo em sua vida abnegada, enquanto se dá a purificação do seu ser.
         Este é o momento da Cruz e deve carregá-la até o momento de ser crucificado. Não deve sonhar estar sem o seu peso, antes deve amá-la, porque nela será pregado assim como foi com o seu Senhor. E aí inicia-se o trajeto do verdadeiro sacrifício deste apóstolo. Porque somente ele saberá que carrega a própria cruz de maneira integral, somente ele saberá que as dores dos crimes que cometem contra os princípios crísticos, durante muitas encarnações, agora o dilaceram por dentro. E nada disso sentirá que deve compartilhar com alguém, pois nenhum ser encarnado o compreenderá totalmente.
         Somente uma certeza o levará adiante: a de que o Senhor o espera e que não será eterno seu martírio – assim como não o foi para o Senhor – que viveu sofrimentos tão maiores, que os seus parecem até suaves.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de novembro de 2016, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINA, edição de 22 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de WELFANE CORDEIRO JÚNIOR, médico intensivista, com MBA em gestão de saúde pela FGV e mestrado em gestão de tecnologias e inovação de saúde pelo Hospital Sírio Libanês de São Paulo, e que merece igualmente integral transcrição:

“A oportunidade da crise
        Do início até a década de 1990 do século 20, o mundo discutia quem era mais diabólico: capitalismo ou comunismo. Mas foi um país nórdico banhado pelas ideias dos ingleses Beatrice e Sidney Webb que logrou criar a forma de governo mais próxima do paraíso na terra. E conseguiu se nutrir  dos dois opostos. A Suécia foi o modelo mais bem acabado de estado de bem-estar social predominante na Europa após a Segunda Guerra Mundial.
         Na década de 1960, a Suécia desviou-se mais para a esquerda com a segunda geração de direitos humanos, ampliando e liberalizando a educação e o sistema de saúde universal. Essas medidas pediam cada vez mais a presença do Estado. Entre 1950 e 1990, o setor público ampliou 1 milhão de empregos e o setor privado praticamente estagnou. A solução para esse aumento de gastos era sempre o aumento de impostos. Em 1993 a crise chegou e o país teve que rever todos os conceitos anteriores. Reduziu a participação do PIB nos gastos públicos de 67% para 49% e fez uma imensa revolução fiscal, reduzindo as mais altas alíquotas.
         E a políticas sociais? Na educação os suecos introduziram escolas pagas pelo governo, mas geridas pela iniciativa privada e usaram o conceito de vouchers educativos. Mas a maior revolução veio na saúde. Estocolmo tinha seis grandes hospitais gerenciados pelo poder público. O maior deles o St. Gorans (São Jorge) passou a ser gerenciado por uma empresa privada, que fez uma verdadeira revolução, introduzindo conceitos de fluxos de pacientes, qualidade e lean healthcare, metodologia trazida da indústria (sistema Toyota de produção). Os outros hospitais logo seguiram o exemplo.
         Esse modelo tem transformado a gestão de saúde em alguns países pelo aumento assombroso da eficiência com redução de custos. Para se ter uma ideia, as filas sempre foram o maior problema do sistema de saúde sueco. Hoje, hospitais como o St. Gorans giram os seus leitos com menos de quatro dias – só como comparação na Alemanha a média é de 7,5 dias. Isso reduziu tempos de espera e necessidade de novos leitos (construção de hospitais). A Suécia tem 2,8 leitos hospitalares para cada 1.000 cidadãos, comparado com 6,6/1.000 na França e 8,2/1.000 na Alemanha (o Brasil tem 2,4 leitos/1.000). Hoje o governo sueco compara e divulga os resultados de seus hospitais, premiando-os por seus resultados.
         A Suécia tem os hospitais mais eficientes da Europa nos dias de hoje e isso se deveu a uma crise. Nós estamos passando por algo semelhante. Um Estado inchado e pessimamente gerido nos levou a este impasse. A primeira atitude é acertar a arrecadação com a despesa. Há desperdícios incríveis no sistema de saúde brasileiro e uma imensa oportunidade. Os hospitais públicos brasileiros têm média de permanência indecentes – alguns chegam a 20 dias.
         A criação de forma mal planejada de unidades não hospitalares (UPAs) se tornou um grande problema. São estruturas caras, ineficientes e se tornaram substituto equivocado de hospitais, aumentando a mortalidade de pacientes internados nesses locais. Outra tragédia que aumenta o desperdício de forma é a forma de descentralização feitas nos últimos anos no país. O modelo de descentralização municipal está esgotado. A economia de escala, sabemos hoje, se correlaciona na área da saúde com melhores resultados clínicos e econômicos. Trabalhos feitos na Índia por economistas de Harvard comprovaram isso.
         Além do mais, um modelo que muda gestores a cada quatro anos está fadado ao insucesso. Um bom exemplo é o desperdício de não utilizarmos estruturas semelhantes, porque uma só atende privado e outra só o sistema público. Estamos jogando dinheiro que não temos fora. Em Belo Horizonte caberia apenas dois bons serviços de cirurgia cardíaca, no máximo três hospitais de atendimento de trauma maior e não aproveitamos a sinergia que poderia haver entre o público e o privado, por razões extrainteligência. Um fato como este melhoraria a mortalidade da população com custos menores.
         É óbvio que o governo investe pouco na saúde do país, mas se juntarmos com o investimento privado temos 7% do PIB investidos. Precisamos e devemos urgentemente repensar nossos modelos de gestão. Essa crise é uma oportunidade de ouro. Ela expôs nossa grave ineficiência.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 480,28% para um período de doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 324,9%; e em outubro o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...