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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO INTRAEMPREENDEDORISMO NA GESTÃO EMPRESARIAL E A TRANSCENDÊNCIA DA LIDERANÇA NA SUSTENTABILIDADE


“A importância do intraempreendedorismo
        Foi-se o tempo em que o potencial empreendedor deveria obrigatoriamente deixar a organização em que trabalha para pôr em prática seus projetos inovadores. Atualmente, as empresas passaram a operar sob uma lógica mais moderna. Nesse contexto, os colaboradores passaram a ser estimulados a propor ideias que, muitas vezes, mudam os rumos do negócio. Esse fenômeno é conhecido como intraempreendedorismo.
         Criado na década de 80 pelo empreendedor e escritor Gifford Pinchot, o conceito se refere ao empreendedorismo que acontece dentro dos limites das empresas. Trata-se de projetos inovadores que podem ir de pequenas melhorias operacionais a grandes transformações no modelo de negócios. Tudo depende da disposição em assumir risco, oferecendo mais liberdade a seus funcionários.
         O Gmail é um dos mais famosos casos de intraempreendedorismo. O e-mail mais utilizado hoje em dia foi idealizado por um engenheiro do Google que, inicialmente, tinha o objetivo de melhorar a comunicação interna na empresa. Devido à elevada capacidade de armazenamento e velocidade, a ferramenta chegou ao mercado externo e ganhou o mundo, tornando-se um dos principais produtos do Google. Essa transformação só foi possível a uma postura de incentivo à inovação adotada pela empresa.
         O Google é considerado referência quando o assunto é fomentar o intraempreendedorismo. Além de dar liberdade aos colaboradores para buscar soluções criativas, ele promove capacitações internas para garantir que a equipe atinja seu potencial máximo. A estratégia é baseada em utilizar os funcionários, que conhecem bem o fluxo de trabalho e os desafios cotidianos da empresa, para solucionar problemas e propor caminhos alternativos para o aumento da produtividade.
         E não são somente as empresas que se beneficiam do intraempreendedorismo. Para o colaborador, é uma chance de se destacar e se desenvolver enquanto profissional, sem ter que abrir mão de uma carreira estável. Além do potencial para reposicionar a firma no mercado, como o que houve com o Google após o Gmail, a implantação dessa cultura não deixa de ser uma estratégia para retenção de talentos.
         Incentivar o intraempreendedorismo pode ser um atalho para a inovação, uma busca cada vez mais difundida entre as organizações modernas. Um atalho até mais rápido do que a aquisição de companhias menores ou os programas de aceleração. Além disso, essa atitude pode ser um modo de sobrevivência em longo prazo. Uma pesquisa publicada em 2017, da Amway Global Entrepreneurship Report em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, apontou que 82% dos brasileiros desejam abrir seus próprios negócios nos próximos cinco anos. Portanto, é preciso que os gestores enxerguem tal prática como um investimento. Afinal, é muito mais vantajoso ter um empreendedor interno do que mais um concorrente no mercado.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Ancham BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de dezembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 13 de dezembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Congratulações ao papa Francisco
A Festa de Santa Luzia, vivida dia 13 dezembro, em muitos lugares e de modo particular no Santuário Arquidiocesano Santa Luzia, em Santa Luzia, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, é ainda mais especial neste ano, quando se celebra o jubileu de ouro sacerdotal do papa Francisco. Meio século de ministério, em que se revela o verdadeiro “ouro” de Francisco. Muito além de simples contagem do tempo, esses 50 anos iluminam obscuridades humanas e institucionais, inspiram transformações nas diferentes dinâmicas do mundo que afrontam os valores do Evangelho. De modo singular, a trajetória de Francisco encoraja atitudes que vencem comodismos e mediocridades que se perpetuam sob o argumento de que “sempre foi assim”. A vida sacerdotal do papa mostra que o Evangelho, quando assumido no cotidiano, possibilita as mudanças tão necessárias à atualidade, a exemplo da urgente conversão ecológica.
Meio século de ministério sacerdotal – ouro moldado na vida religiosa jesuíta, com muitos serviços prestados, amor genuíno à Igreja e, de modo exemplar, aos mais pobres. Com o seu jeito de ser, o papa Francisco amorosamente ensina que a força maior não está na aparência, mas na interioridade de cada pessoa. Seu ministério é dom, oferta de sua vida, a partir do encontro transformador com Jesus Cristo, insubstituível experiência que precisa ser vivida por todos. No caminho indicado por Cristo, Francisco se faz servidor da humanidade, a partir do sacerdócio, da missão de bispo, na tradição dos apóstolos, especialmente na responsabilidade de conduzir a Igreja, ser sucessor do apóstolo Pedro. No seu modo de agir, o papa contribui para que todos compreendam: o mal da autorreferencialidade é curado a partir de dinâmicas que levem à liberdade interior.
Essa liberdade fundamenta-se na essencialidade mística da fé cristã católica, que interpela a humanidade a enxergar que o essencial não está nas posses – de bens, condecorações, carreira, poderes e prestígios. Vivida genuinamente, a fé é caminho para a autêntica liberdade. Sua busca pode incomodar, pois exige profundidade, autenticidade e o fiel testemunho dos valores cristãos.  Vivenciada em sua plenitude, a fé cristã é capaz de fazer surgir novo humanismo. Urgente é reconhecer e assumir o valor do testemunho coerente com aquilo que se professa, considerando que a dimensão conceitual, embora importante, é insuficiente para alcançar as indicações de Jesus.
A liberdade, a partir de compreensão lúcida, fundamentada nos princípios do Evangelho, destitui a idolatria das exterioridades – camuflagem das estreitezas, do que interiormente é apequenado. Passa-se a questionar as falsas seguranças, alicerçadas também na servidão ao dinheiro, nas lógicas do poder, sem a lucidez de um caminho honesto. O caminho dessa liberdade interior é ouro generoso da genuína vivência do cristianismo, que requer o cultivo de proximidades, dos diálogos e a eleição dos pobres como opção preferencial.
Celebrar meio século de vida sacerdotal do papa Francisco, jubileu de ouro, é oportunidade para cada pessoa seguir seu exemplo, assumir a simplicidade, o desapego, rejeitar hegemonias impostas pela sedução do dinheiro, fonte de injustiça social.  As orações e congratulações ao papa Francisco, com gratidão por seu ministério, contribuem para cultivar alegrias no coração e iluminar a mente, no sentido de tornar cotidianos os genuínos gestos proféticos e corajosos, inspirados na autêntica fé cristã católica. O mundo, com a riqueza do “ouro” de Francisco, pode, sim, se transformar.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 317,24% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 305,89%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



quarta-feira, 5 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ E OS DESAFIOS DO ENSINO NA GERAÇÃO ALPHA E A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DA ESCOLA NA SUSTENTABILIDADE


“Como ensinar uma geração hiperconectada?
        No mesmo ano em que a Sociedade Americana de Dialetos identificava “app” como a palavra mais usada em 2010, nasciam as crianças da Geração Alpha, primeiras nascidas inteiramente no século 21. Hiperconectividade é a palavra que define esse grupo, estimulado a interatividade e acostumado à presença de telas desde o primeiro dia de vida, com crianças chegando ao mundo com uma grande quantidade de estímulos e tendendo a se tornar independentes, adaptáveis, livres e questionadoras. Com isso, surge, também um questionamento importante: como ensinar uma geração inteiramente hiperconectada?
         A resposta não é simples e nem exata, como tudo o diz respeito a essa geração. Talvez para essas crianças, o método tradicional no ensino não tenha tanto sucesso, podendo contribuir para o desinteresse de um grupo que não está “programado” para passar horas olhando para uma lousa e ouvindo palestras sobre um mesmo assunto. Um estudo de 2018 da editora Person indicou que os alunos das gerações mais conectadas já evitavam livros e apontaram vídeos como a sua forma favorita de aprendizado. Dessa forma, a tecnologia pode ser o “pulo do gato” na hora de ensinar os Alphas.
Ensinar uma criança da Geração Alpha significa utilizar métodos mais dinâmicos, modernos, personalizados e, principalmente, interativos. Os Alphas funcionam com estímulos sensoriais a todo o momento, e eles aprendem com isso, seja por meio de animações, aplicativos ou jogos interativos. O importante é que eles interajam com o que estão aprendendo. Além disso, os recursos digitais despertam interesse e prendem muito mais a atenção, além de se aproximar da realidade da criança que aprende, tornando-a muito mais engajada. Mas, afinal, como trazer, na prática, a tecnologia para o aprendizado da criança?
Hoje, existem várias formas: realidade aumentada, jogos, livros digitais, vídeos, animações e até aplicativos reunindo todos esses conteúdos ao mesmo tempo são apenas algumas das ferramentas que podem ser usadas no processo ensino-aprendizagem, tanto em casa quanto na escola. Em algumas escolas nos EUA, os professores utilizam lembretes no Instagram para lembrar os alunos de suas tarefas. Alguns distritos já usam até uma plataforma específica para isso: o Google Classroom, que funciona como uma espécie de agenda escolar digital, e permite que pais e alunos monitorem suas notas e tarefas futuras.
É claro que nem sempre é possível ensinar com tecnologia, ainda mais em um país como o Brasil, em que nos falta estrutura e estímulo para isso. Ainda assim, é possível inserir pequenas iniciativas na rotina da criança e tornar o aprendizado misto, já que não é possível, e nem saudável, que esse se torne totalmente tecnológico.
Um bom exemplo é começar a inserir tecnologia em aulas específicas, como as de inglês, por exemplo. Por que não ensinar uma segunda língua de forma totalmente natural e interativa? Já existem aplicativos e plataformas que podem ensinar uma outra língua desde muito cedo, sem que os pais precisem expor seus filhos a ambientes que não são 100% seguros na internet, como o Youtube, por exemplo.
É importante lembrar que a Geração Alpha que está aprendendo hoje será a que estará no mercado de trabalho amanhã. Unir aprendizado e tecnologia pode gerar profissionais mais preparados para um mercado de trabalho também em transformação.”.

(JOÃO CHEQUER. Administrador e pós-graduado em marketing pela FGV, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 14 de maio de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de maio de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de PATRICIA MOTA GUEDES, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação para o desenvolvimento
        Por que a educação é fundamental para o desenvolvimento de um país? Para responder essa pergunta, é necessário primeiro definir o que consideramos desenvolvimento. Desde a Cúpula das Nações Unidas de setembro de 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) têm dado o tom a este debate, com uma agenda que, para além do discurso econômico, dá luz à erradicação da pobreza e redução das desigualdades, preservação do planeta, padrões sustentáveis de produção e consumo, garantia de direitos à saúde e educação, entre outros.
         Em 17 pontos elencados para serem atingidos até 2030, o Objtivo 4 determina que será preciso “garantir educação inclusiva para todos e promover oportunidades de aprendizagem equitativa e de qualidade ao longo da vida”. Portanto, para seu desenvolvimento pleno, um país tem que assegurar o direito à educação de qualidade para todas e todos.
         E como está o Brasil nesse caminho de concretizar o Objetivo 4 dos ODS? Embora o gasto em educação no Brasil em termos de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) tenha se destacado como um dos mais altos entre os países membros e não membros da OCDE, nosso gasto por aluno ainda é um dos mais baixos, sobretudo na educação básica. A divulgação do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mostrou onde temos conseguido avanços significativos, e ao mesmo tempo as grandes desigualdades que ainda nos marcam. Por exemplo, são evidentes as desigualdades de aprendizagem entre estudantes por nível socioeconômico das escolas, embora haja alguns estados que estejam conseguindo reduzir esse abismo com sucesso. De forma geral, as desigualdades regionais persistem.
         Por outro lado, considerando que o município acaba sendo o elo mais frágil do nosso sistema federativo – inclusive em termos de recursos disponíveis –, merece atenção o sucesso das redes municipais em alcançar suas metas educacionais onde justamente houve maior colaboração entre Estado e municípios, e/ou entre municípios de uma mesma região. São experiências importantes que precisam continuar inspirando iniciativas semelhantes nos próximos anos.
         Como desenvolvimento sustentável não se constrói sem redução das desigualdades, a qualidade da nossa educação pública precisa estar diretamente associada à sua capacidade de oferecer uma ótima escola para todos. Envolve a redução tanto das desigualdades entre redes e suas escolas, quanto as existentes dentro de cada escola; e em suas mais distintas manifestações, como por nível socioeconômico, raça, pessoas com deficiência, gênero e região geográfica. Trata-se de investir de forma sistêmica em áreas-chave como a valorização e formação de professores e gestores escolares, desenvolvimento de proposta curricular, recursos financeiros e capacidade gerencial, mobilização e liderança. Em termos de liderança, precisamos dela não apenas nos escalões do Executivo e no Legislativo. Tomada de decisão também acontece no dia-a-dia do fazer da escola, de quem está mais próximo do estudante. Nesse sentido, o engajamento de professores e demais membros da comunidade escolar é fundamental. Uma recente pesquisa nacional com docentes mostrou como querem ser bem mais escutados e envolvidos nas políticas e programas educacionais.
         Não pode haver qualidade na educação sem equidade, da mesma forma que não há desenvolvimento sustentável sem educação. As novas lideranças e equipes que assumiram o Executivo e o Legislativo precisam estar prontas para esse desafio, se inspirando nas experiências de sucesso, inovando sem descontinuar o que tem funcionado bem nas gestões anteriores. Enquanto sociedade civil, precisamos nos manter ativos na cobrança para que promessas se concretizem, mas também no nosso papel específico de colaborar nos esforços de melhoria da educação pública em nosso país. Mesmo tendo avançado, não podemos perder os ganhos obtidos, tampouco desacelerar o ritmo de transformação, tão urgente para os próximos anos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,94%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
   

segunda-feira, 4 de março de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO EMPREENDEDORISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E A TRANSCENDÊNCIA DA CORAGEM E SOLIDARIEDADE NA SUSTENTABILIDADE


“A importância do empreendedorismo na educação infantil
        O estudo Educação da primeira infância, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado em 2005, demonstrou que a falta de investimento em educação infantil prejudica a sociedade como um todo: aumenta a criminalidade e o Estado acaba destinando grande parte das verbas públicas em mais presídios, em programas de ressocialização e segurança. Por isso, entre outros fatores sociais, o empreendedorismo privado focado em projetos para a pré-escola tem se tornado, cada vez mais, uma porta para um futuro melhor.
         Investir em educação traz benefícios para o país, uma vez que a base de uma comunidade próspera é a educação de qualidade. A primeira infância (que vai do nascimento até os 5 anos) é o período em que a criança passa por intenso processo de desenvolvimento e é, portanto, um momento bastante propício para o aprendizado. Assim, empreender na área da educação infantil é a realização do sonho de muitas pessoas que buscam atividades com as quais têm afinidade e experiência.
         Para empreendedores de qualquer outra área, os desafios são diários, as novidades são constantes e as mudanças, inevitáveis. O mais importante a ser considerado quando se quer iniciar um negócio é ter em mente que gostar do que faz e ter um propósito claro são fundamentais. Ensinar crianças nessa fase da vida é mais que motivador: é poder contribuir para a transformação na vida de um ser humano.
         Outra questão de extrema importância é acompanhar as mudanças do meio educacional para empreender de acordo com as competências e habilidades que as novas gerações exigem. A Geração Alpha (crianças nascidas depois de 2010), por exemplo, é estimulada desde bem pequena ao contato tecnológico e à autonomia no processo ensino-aprendizagem. Assim, contar com um time de profissionais que tenha dinamismo e vontade de aprender também é essencial para trilhar no ramo da educação infantil com sucesso.
         Além desses aspectos, há mais um, não menos importante: o espírito de coletividade. É compreender que a educação é responsabilidade social também, ter ciência do poder que se tem em mãos nessa área e que uma criança bem-educada mudará o mundo num futuro em que todos viveremos, pois a globalização não tem limites e essa geração prova que os rumos da sociedade serão de cada vez mais inclusão, mais interação e mais humanidade.
         Portanto, como a ineficiência do Estado com a educação é uma triste realidade, cabe ao empreendedor, com todas as qualidades e competências adquiridas, fazer o papel revolucionário de trabalhar em prol da sociedade como um todo.”.

(SYLVIA DE MORAES BARROS. CEO da The Kids Club, rede de franquias especializadas no ensino de inglês para crianças de 18 meses até os 12 anos, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de fevereiro de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Mulher Maravilha
        Frequentemente, a informação veiculada na mídia produz um frio na alma. A sociedade desenhada no noticiário parece refém do vírus da morbidez e da síndrome do egoísmo. Crimes, aberrações e desvios de conduta desfilam no noticiário das metrópoles. A sociedade, encurralada pelo atrevimento da maldade, já encara a violência como parte da paisagem urbana.
         A mídia tem sido acusada de estar dominada pela patologia da má notícia. Catástrofes e tragédias excitam pautas e ganham status de manchete de primeira página. Queixam-se os leitores de que, frequentemente, iniciativas bem-sucedidas têm recebido pouco destaque ou, quando muito, migram para o lusco-fusco das páginas interiores. Essa tendência, no entanto, acaba de ser derrubada pela coragem solidária de uma mulher.
Quem viu a força da vendedora Leiliane Rafael da Silva, 28 anos, que venceu o metal da fuselagem do caminhão que se chocou com o helicóptero em que estava o jornalista Ricardo Boechat, não poderia imaginar que ela também luta pela própria vida. Leiliane recebeu o diagnóstico de malformação arteriovenosa (MAV) em novembro do ano passado, pouco mais de um mês após dar à luz Lívia, hoje com 4 meses. “O primeiro hospital chegou a chamar minha família e falar que eu tinha um tumor cerebral maligno e que eu não tinha chance de vida”, disse à reportagem do G1.
         Pois bem, amigo leitor, enquanto alguns marmanjos dominados pela compulsão digital fotografavan a tragédia, Leiliane foi lá. Resolveu. Salvou a vida do caminhoneiro. A cena, emocionante, foi imortalizada pelo ilustrador Angelo France. O artista não conseguia a cena da vendedora socorrendo o motorista de caminhão. A força da mulher foi o que o inspirou para desenhar. Além da ilustração, ele fez o seguinte post nos Instagram: “Minha visão da imagem marcente no momento do acidente que vitimou o jornalista Ricardo Boechat e o piloto do helicóptero, Ronaldo Quattrucci. Heróis reais existem! Leiliane, que assistiu de perto à queda do helicóptero, desde da mota e corre para salvar a vida do motorista do caminhão atingido no acidente. Uma mulher forte, de coragem, que arriscava sua vida enquanto os homens à sua volta apenas se importavam em filmar em vez de ajudar. Parabéns, Leiliane! Verdadeira heroína!” Leiliane viu o desenho e agradeceu a homenagem. “Ficou lindo, perfeito. Mas eu não sou heroína, não sou Mulher Maravilha, acho que isso foi um pouco exagerado”, disse ela.
         A notícia positiva, tão verdadeira quanto a informação negativa, é uma surpresa, quase um fato inusitado. Acabamos de redescobrir que a sociedade aparentemente anestesiada pela violência não perdeu a capacidade de se comover com um instantâneo de generosidade. O episódio, não obstante a cativante simplicidade da jovem vendedora, merece, portanto, um registro neste espaço opinativo. É importante que a opinião pública, habituada à síndrome de catástrofe e ao negativismo enfermiço que tem dominado inúmeras pautas, perceba que a solidariedade ainda pode ocupar o espaço de uma matéria.
         Por mais que a sociedade tenha mudado, tenho a certeza de que o pretenso realismo que se alardeia como justificativa para o excesso de violência e mau gosto que, diariamente, desaba sobre leitores e telespectadores não retrata a realidade vivida pela maioria esmagadora da população. Na verdade, ainda há muita gente que cultua os valores éticos, os quais dão sentido e dignidade ao ato de viver; ainda há pessoas que, diante do vizinho doente, correm a socorrê-lo; e sofrem por uma criança abandonada; e estendem a mão a um amigo necessitado; e choram pelas vítimas de uma injustiça, como qualquer ser humano.
         Por isso, caro leitor, a atitude da jovem Leiliane ocupou a nossa coluna. Para nós, profissionais de um jornalismo tão habituado à rotina do noticiário negativo, o episódio tem algo de inusitado. Leiliane deixa um belo legado de coragem e solidariedade para seus filhos. E para nós, jornalistas, mostrou que a grandeza humana bem vale uma matéria.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 286,93% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 315,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,78%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.