"A humanidade precisa compreender
o
caminho da paz e da unidade
A vida da matéria é
intensamente dinâmica. Há caminhos de evolução específicos para ela, assim como
há os que são trilhados pela consciência. O fato de que o corpo humano possui
certos mecanismos automáticos, por exemplo, significa que importantes
desenvolvimentos já ocorreram na matéria que o compõe. Circuitos de forças e
energias são construídos para que isso se dê. Até agora, o homem manteve-se
praticamente alheio a este processo. Mas atualmente lhe é dada a oportunidade
de colaborar com o que se passa em esferas de vida sutis. Para isso, está
aprendendo a fazer a ponte entre a consciência individual de hoje e a
consciência futura, quando reconhecerá que é parte de uma entidade muito mais
ampla, a humanidade, entidade que transcende âmbitos individuais e que, por sua
vez, integra-se à grande vida do cosmos.
Na
energia divina, que é sabedoria,
não há separação nem opositores, e tudo compartilha uma mesma meta.
A
humanidade não compreendeu que o caminho da paz é o caminho de unificação com o
que lhe é transcendente, com o que conhece o destino do universo e que reúne as
miríades de facetas da Criação em uma só corrente ascensional. Os obstáculos
dissolvem-se ante a luz de uma energia sagrada. As disparidades, os pontos de
vista, as aspirações, os sonhos e a busca de realização esvanecem-se quando as
pessoas se entregam ao serviço em prol do que é impessoal e onisciente. Tudo o
que nos níveis humanos parece relevante perde a importância quando a clareza de
uma energia superior à humana se irradia; permanecem, apenas, a plenitude e a
paz.
Uma
das mais poderosas fontes de conflito do homem é a contínua alimentação de seus
sonhos individuais. Ele dá um passo significativo quando deixa de querer chegar
a algum ponto, de construir algo que nutra em si a vaidade e o orgulho, quando
passa a agir de modo preciso e exato para dar forma a uma inspiração superior.
Nessa sintonia, ele se torna um prolongamento efetivo da energia divina.
Quando
uma energia nova se instala na consciência de uma pessoa, sua vibração
irradia-se e move outros que estejam preparados para recebe-la. Portanto, aos
que são pioneiros em campos de desenvolvimento interno cabe manifestar, com a
máxima perfeição possível, tudo o que suas essências lhes indicam. O auxílio à
humanidade virá da expressão plena dessa manifestação.
Estando
estabelecido o contato com a própria alma, núcleo interno sutil e espiritual,
ao indivíduo é dado conhecer o sentido verdadeiro e profundo da fraternidade,
que é fruto da unidade e não lhe é revelado enquanto busca-o no relacionamento
com os semelhantes.
A
fraternidade encontra-se firmada no nível da alma. Por meio dela, expressam-se
qualidades elevadas, porém adequadas à interação de indivíduos que ainda não
penetraram a consciência única, nível em que as energias mais profundas se
revelam. A vida fraterna é uma etapa que deve ser consumada por esta humanidade
para que ela possa alcançar estados mais sutis; todavia, para chegar a esse estágio,
é necessário que os homens se elevem além de suas metas pessoais.
Se uma
consciência está unificada à Eternidade, viverá com sabedoria também o que é
temporal. Se está voltada para o Infinito, saberá compreender os pequenos fatos
da vida. Se está entregue ao Absoluto, saberá conduzir-se tranquilamente no
mundo ilusório.”
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de dezembro de 2015, caderno O.PINIÃO, página 14).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de
fevereiro de 2016, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de FRANCISCO
BALESTRIN, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional
de Hospitais Privados (Anahp) e presidente eleito da Associação Mundial de
Hospitais (IHF), e que merece igualmente integral transcrição:
“Construindo
a excelência em saúde
Qual é o papel do
hospital na construção da excelência do sistema de saúde? Esse foi o nosso
maior questionamento ao longo de 2015, compartilhado com renomados
especialistas nacionais e internacionais em dois workshops e no maior congresso
de hospitais já realizado no país.
Como
representante dos hospitais privados nacionais de referência, essa preocupação
faz todo sentido. Isso porque, quando recebemos um paciente agudo em um de
nossos hospitais, é sinal – na maioria das vezes – de que o sistema de saúde
falhou. O sistema falha ao não prover as condições necessárias a uma vida
saudável. O sistema falha ao não criar mecanismos e estímulos para que o
paciente gerencie adequadamente a sua condição crônica. O sistema também falha
ao não participar do esforço para que a segurança nas estradas e nas cidades do
nosso país seja uma prioridade.
Para o
hospital, chegam, muitas vezes, as consequências dessas múltiplas falhas. E,
para atendê-lo, devemos estar prontos, ter capacidade e o domínio da técnica
para dar a melhor atenção possível. E, mais do que isso, cabe a nós dar mais um
passo e discutir como criar valor para esse usuário da saúde.
O
hospital não deve ser mais o começo ou o fim do sistema de atenção à saúde. Ao
contrário – o hospital deve assumir o seu papel de elemento nuclear de uma rede
integrada de cuidados com a saúde. A discussão sobre o valor dos cuidados com o
paciente é mais do que o restabelecimento da saúde. E, nesse sentido, temos que
considerar pelo menos três grandes desafios.
Os
hospitais não podem criar valor sem considerar a visão do paciente. Estamos na
era da informação e cuidamos de pessoas cada vez mais informadas e conscientes
das próprias necessidades. Precisamos empoderar os nossos usuários para que,
juntos, tomemos as melhores decisões, com os melhores resultados sob a ótica do
paciente.
Não
podemos criar valor sem considerar custos. A sustentabilidade do sistema de
saúde precisa ser uma preocupação primordial de cada um de nós, que atuamos no
setor. A limitação de recursos é um fato inescapável da realidade. É nossa
missão para com a sociedade e para com os nossos pacientes, presentes e
futuros, fazer o máximo com aquilo que temos.
Não
podemos criar valor sem considerar os resultados para o sistema como um todo.
Podemos servir melhor à nossa comunidade não apenas ao cuidar com eficácia dos
atendimentos em eventos agudos e graves, mas, principalmente, quando evitamos
que esses eventos venham a ocorrer, trabalhando para induzir saúde na
população.
O
hospital tem hoje um papel fundamental de garantir o acesso à saúde. Somos a
linha de frente de uma luta contra a dor, a doença e a morte. Temos a missão de
ser, nessa batalha, os mais valorosos soldados; mas nosso papel não acaba aí.
Devemos também ser os mais astutos generais, mobilizando os recursos, o domínio
do Estado, da arte, da técnica, da ciência e da estratégia, e os líderes mais
capacitados para atingir os nossos fins: uma saúde melhor para os brasileiros.
Os
hospitais reúnem todas essas capacidades e podem ser, com outros atores,
protagonistas importantes das mudanças necessárias para o nosso sistema de
saúde. A nossa luta é diária para a melhoria dos nossos processos, para que os
protocolos sejam cumpridos e para que os nossos pacientes recebam os cuidados
necessários em um ambiente de acolhimento, com segurança e resolutividade.
Para
tanto, a nossa visão da construção da excelência assistencial exige, como base,
três eixos estratégicos: o da inovação, que permite trazer melhorias constantes
no cuidado aos nossos pacientes; o da liderança, que permite que as melhorias
sejam implementadas e que os pacientes sejam mantidos no foco das organizações;
e o da construção de novos modelos, que olhem para a frente e perguntem como
precisamos nos organizar para melhor cuidar das pessoas no futuro.
Assim,
a excelência é um exercício permanente – o único capaz de disseminar as
melhores práticas para o setor hospitalar como um todo e agregar à cultura
brasileira a saúde como um valor maior.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o
combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca
de 410,97% para um período de doze meses; e mais, também em janeiro, o IPCA
acumulado nos doze meses chegou a 10,71%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos
e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do
procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A
Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o
problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu
caráter transnacional; eis, portanto,
que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das
empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a
dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(ao menos com esta rubrica, previsão de R$
1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
-
pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas
do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
-
Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...