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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS FASCINANTES DESAFIOS DO PROFESSOR E AS EXIGÊNCIAS DO ESTADO EMPREENDEDOR NA SUSTENTABILIDADE


“O professor na sociedade contemporânea
        Um dos conceitos mais sublimes para o ser humano é o de nação. Entender ou assimilar o conceito de nação é de grande importância para se fazer qualquer estudo acerca do relacionamento humano com seu semelhante. O conceito de nação remete ao conceito de aldeia, de família. Uma nação deve ser entendida como uma grande família.
         No contexto das características que identificam certa nação, existem princípios e valores que implicam a ética estabelecida pelos seus integrantes, pois tais princípios e valores constituem a cultura da população ou de forma mais abrangente, de uma nação.
         Numa nação existem personalidades de destaque, de acordo com sua ética, de acordo com suas tradições, legadas por sucessivas gerações, e entre estes personagens está o professor. O professor, um personagem marcante, reconhecido como indispensável e de grande valor. Não se conhece cultura que tenha prescindido da figura do orientador, do mestre, do guia, do professor.
         Não obstante a palavra professor tenha sua etimologia restrita ao ato de professar, o professor pleno, na verdade, além de alguém que professa conhecimento, é, sobretudo, um educador e um “ensinante”, como dizia a professora argentina Alícia Fernandes (1946-2015).
         Diante dessa realidade, ser professor é atuar com nobreza junto aos diferentes componentes de uma nação. Ser professor é um ato social, de elevada e distinguida responsabilidade, é ser protagonista onde quer que esteja.
         Em qualquer circunstância, pode-se ver que poucos se lembram de seu pediatra ou de seu dentista da infância, mas, certamente, todos se lembram de seus professores, um a um, nome a nome, disciplina por disciplina. Por quê? Porque o professor é protagonista, é uma figura que se destaca, é sua marca que fica registrada.
         Todavia, por uma série de razões, algumas pessoas alegam que nos dias atuais o professor não é mais tão respeitado como em épocas passadas, que o professor não é mais tão reconhecido ou valorizado, e é nesse sentido que se exige uma reflexão.
         Mesmo que haja um menor reconhecimento ou um menor valor atribuído à figura do professor, certamente, ninguém é capaz de dizer que é menos importante hoje que em outras épocas.
         Portanto, o professor continua a ser protagonista na sociedade, o professor continua a ser indispensável.
         O que se pede aos responsáveis pela condução de uma nação é que não se esqueçam dessa importância do professor, que não se esqueçam de que o professor deve estar preparado para atender às necessidades que lhe são apresentadas em universo de ação e que, para tanto, o professor deve ser o elemento de uma sociedade que deve gozar do mais alto prestígio, uma vez que, ao lado dos pais e da família, é ele quem participa de forma distinguida da formação de uma cidadão. Ser professor é muito bom! Ser professor é ser imortal!”.

(ÍTALO FRANCISCO CURCIO. Pedagogo, doutor e pós-doutor em educação, e orientador do curso de pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, presidente da Embrapa, e que merece igualmente integral transcrição:

“O Estado empreendedor e a sustentabilidade
        Neste momento em que muito se debate o papel do Estado no desenvolvimento sustentável, é muito simbólico o anúncio do Prêmio Nobel de Economia de 2018, compartilhado por dois cientistas americanos. Paul Romer e William Nordhaus foram reconhecidos por integrar, de forma independente, inovações tecnológicas e mudança climática às análises macroeconômicas de longo prazo. Muitos podem estranhar que o prêmio tenha sido concedido a estudos aparentemente não relacionados, mas uma análise cuidadosa mostrará que, em conjunto, eles contribuem para o tratamento de um dilema bastante contemporâneo: como mobilizar inovações que impulsionem o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, ajudem a conter os riscos à sustentabilidade – em especial aqueles decorrentes das mudanças climáticas.
         William Nordhaus ficou famoso por desenvolver estudos e modelos que propõem taxações sobre a emissão de dióxido de carbono, um gás de efeito estufa emitido quando combustíveis fósseis são queimados. Segundo ele, o imposto faria os poluidores pagarem pelos danos que a emissão desses gases causa à sociedade e incentivaria as empresas a buscar formas inovadoras de reduzir a poluição. Aí há uma conexão com o trabalho de Paul Romer, que se dedicou a estudar a forma como as inovações impulsionam a prosperidade e de que maneira as nações podem incentivá-las. Joshua Gans, economista da Universidade de Toronto, interpretou bem como os trabalhos de Nordhaus  e Romer se conectam e estão em sinergia: no caso das mudanças climáticas, “estimando os custos da inação”, e no caso da inovação, “estimando os benefícios da ação”.
         De fato, os custos das emissões de gases de efeito estufa para a sociedade são altos e mais altos ficarão se não houver uma ação concreta para contê-las. Mas tentar tratar o problema da proteção ao meio ambiente de forma isolada pode significar impor ao sistema econômico dominante enormes custos e sacrifícios, tornando a missão tão difícil a ponto de muitos preferirem ignorá-la, ou até mesmo negar a existência do problema, como tem acontecido. Por sua vez, conhecendo e dimensionando o problema, nações podem se dedicar a formular e implementar políticas públicas e estímulos que levem ao surgimento de novas ideias e abordagens para fazer crescer a economia e, ao mesmo tempo, proteger o ambiente. Portanto, o grande mérito do Nobel de Economia de 2018 é mostrar como uma contabilidade cuidadosa das forças econômicas pode indicar caminhos interessantes para a superação de problemas considerados intratáveis.
         O Nobel de Economia deste ano estimula um olhar cuidadoso ao conceito de “Estado empreendedor”, proposto pela economista ítalo-britânica Mariana Mazzucato, que defende que o investimento público persistente é um requisito fundamental para a inovação na sociedade. A autora refuta a visão de o Estado não tem papel relevante a desempenhar no mundo da inovação, e demonstra que o setor privado estará mais propenso a investir, uma vez que o Estado empreendedor tenha feito investimentos mais ousados e de maior risco. E esse parece ser exatamente o caminho para a construção de um futuro sustentável, com um modelo de criação de valor determinado por políticas públicas e investimentos estruturantes focados em crescimento econômico inclusivo e sustentável liderado pela inovação.
         O interessante é que em meio a todo o pessimismo associado à nossa persistente crise política e econômica, muitos não percebem, e pouco se fala, que o Brasil tem exemplos muito bem-sucedidos do Estado empreendedor, estimulando o desenvolvimento sustentável. O investimento público em pesquisa agropecuária, conjugado a políticas de estímulo e suporte adequado, deu ao Brasil a segurança alimentar e o projetou como grande exportador de alimentos em apenas quatro décadas. Nesse caso, a ação do Estado, à semelhança de uma “locomotiva limpa-trilhos”, fez com que o mercado funcionasse bem, estimulando as empresas a criar e adotar inovações que permitiram ao Brasil dispor da agricultura tropical mais avançada do mundo.
         Em função de investimentos públicos em inovação e políticas públicas adequadas, é cada vez mais harmônica a relação entre a produção agropecuária e o meio ambiente no Brasil. O país conta com uma das leis ambientais mais ousadas e sofisticadas do mundo – o Código Florestal –, além de arrojada política pública de descarbonização da agricultura –, com estímulos à incorporação de inovações tecnológicas para a recuperação de áreas degradadas, que são fortes emissoras de carbono, além de diversas tecnologias que reduzem a emissão de gases e fixam carbono em florestas ou no solo. Ao incorporar tais práticas sustentáveis, o Brasil já desponta como um competidor diferenciado, capaz de produzir, por exemplo, carne com emissão zero de carbono, conforme recentemente demonstrado pela Embrapa.
         Portanto, a agricultura brasileira expõe de forma inequívoca quão merecida foi a premiação do Nobel de Economia de 2018. Aqui, a ação do Estado empreendedor, organizando o segmento de inovação e viabilizando políticas e investimentos estruturantes, feitos de maneira correta, conseguiu produzir crescimento econômico consistente a partir do campo. E, além dos avanços que nos deram segurança alimentar e capacidade exportadora, o Brasil construiu um arcabouço de políticas de proteção ao meio ambiente, com estímulo à incorporação de conhecimento e tecnologias, que não só reduzem as emissões de gases de efeito estufa, mas também contribuem para fixar carbono emitido por outros setores da economia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.