Mostrando postagens com marcador EMBRAPA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador EMBRAPA. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA EMPATIA NA QUALIFICAÇÃO HUMANA E A FORÇA DO CAMPO E DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NA SUSTENTABILIDADE


“Empatia – Uma competência no combate à intolerância
        Tenho notado, de uns tempos para cá, que a ansiedade excessiva no ambiente profissional vem provocando um fenômeno capaz de acarretar prejuízos nas relações interpessoais, principalmente entre gestores e subordinados: a baixa tolerância com o próximo.
         Como conselheiro do Comitê de Relações Humanas da Associação de Marketing Promocional (Ampro), quero compartilhar este texto que acabo de escrever, para que todos possamos refletir um pouco sobre o tema e reavaliar a forma como o mesmo tem sido tratado em nossas organizações.
         O problema tem tornado o ambiente de trabalho cada vez mais pesado e é algo que diminui a autoestima da equipe, que perde a vontade de atuar de forma colaborativa. Gestores intolerantes acabam ficando ensimesmados, o que é negativo para o clima organizacional e pode levar o negócio ao fracasso.
         Vivemos num mundo que não perdoa a perda de tempo, a lentidão e a falta de qualidade. Em função desses fatores e da pressão natural imposta pela competitividade, muitas vezes temos um impacto no nosso lado emocional, e nem mesmo percebemos seus efeitos, que podem nos levar a doenças com a ansiedade.
Claro, não devemos ser condescendentes com a mediocridade e com a repetição dos erros. Mas temos de nos lembrar de que quem erra – e mesmo quem age de forma medíocre em algumas situações – é um ser humano, que deve ser respeitado e tratado com toda a dignidade.
         Cabe àqueles com melhor preparo apontar o erro e o ato falho, mostrar as consequências, ajudar a enxergar a falha no processo e até uma eventual falta de competência. Também devem orientar na melhoria e correção do processo, e no desenvolvimento pessoal e profissional.
         Não cabe comprometer a imagem do outro ou diminuir sua autoestima. Essas ações são inadequadas, improprias de um gestor capacitado e vão criar uma distância entre ele e a equipe – a organização como um todo só tem a perder com isso.
         Não que ser piegas, mas, para que possamos produzir coletivamente com qualidade e prazer, é necessário gostar de pessoas, gostar de verdade, e não como se fossem brinquedos ou instrumentos das nossas necessidades. Um colaborador não está para ajudar seu gestor a conquistar os próprios objetivos individuais – ele faz parte de um time, atua para o sucesso do negócio (o que, no final das contas, acaba contribuindo para que todos atinjam suas metas profissionais e pessoais).
         De acordo com a Declaração de Princípios sobre a Tolerância da ONU, tolerar é agir com respeito, com aceitação e com apreço pela diversidade em todos os seus âmbitos.
         Existem comportamentos de intolerância que não têm mais espaço nas organizações – felizmente –, como atitudes racistas, homofóbicas e/ou de violência. Casos assim devem ser apontados, criticados e eliminados do ambiente profissional – e receber a devida punição, de acordo com sua gravidade.
         No trabalho e na vida, pratique a empatia – que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Uma pessoa empática compreende o grau de dificuldade, a realidade e o sofrimento alheio. Demonstra compaixão, aceitação e age com seu próximo sem julgamento, transmitindo força e o incentivando a reagir, para transcender o que afeta ou aflige.
         Existem pessoas com maior propensão à empatia, mas isso não quer dizer que os outros não possam desenvolvê-la. É uma questão de reflexão e de colocar essa atitude positiva em prática. Se não for por vocação, que seja porque a empresa espera isso de você, já que é uma capacidade que contribui para os resultados do negócio.
         Sensibilidade e compaixão não são deméritos, ao contrário, são competências que devemos resgatar para ter maior sucesso em nossas relações – na sociedade, na família e no trabalho.
         Portanto, ouça de forma ativa antes de agir com emoção.
         Dê um tempo, respire e reflita antes de reagir no impulso.
         Isso pode fazer a diferença entre uma boa decisão e um arrependimento.”.

(MARCOS FALCON. Membro do Conselho do Comitê de Relações Humanas da Associação de Marketing Promocional (Ampro) e sócio-diretor da Consultoria Datafalcon, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de abril de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 17 de março de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, presidente da Embrapa, e que merece igualmente integral transcrição:

“A contribuição do campo
        O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da economia brasileira em 2017, ano que marcou o fim da recessão e a retomada do crescimento. Os recordes da produção agropecuária, registrados e amplamente divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), alavancaram o desempenho do país, com um avanço 13% maior que o registrado em 2016. O campo contribuiu com 60% do crescimento da economia como um todo, enquanto os serviços cresceram 0,3% e a indústria permaneceu com os mesmos índices do ano anterior. Além do maior crescimento registrado desde 1996, os agricultores garantiram a oferta regular de alimentos à população, o que permitiu reduzir a inflação. Ao mesmo tempo, aumentaram as exportações, o que colaborou para o maior saldo comercial da história do país, de US$ 67 bilhões.
         As lavouras e a pecuária provocam uma reação em cadeia e influenciam todo um sistema de negócios e indústrias, envolvendo fornecedores de insumos e serviços, a indústria transformadora de alimentos e fibras, o sistema de armazenamento e transporte, marketing, distribuição, enfim, um complexo de operações, conhecido como agronegócio, que tem grande impacto na economia. Impossível, pois, não considerar os imensos efeitos do campo, antes e depois das lavouras e criações, desde os fabricantes de enorme gama de insumos, máquinas e equipamentos, até as indústrias de laticínios, bebidas, frigoríficos, tecelagens, atacadistas, supermercados e distribuidores de frutas e hortaliças frescas, entre muitos outros.
         E convém destacar que essas atividades, tão importantes para o dia a dia das pessoas, têm impacto em todo o nosso imenso território. Lubrificam o emprego no campo, nas cidades e no comércio, nas cidades e no comércio em todos os rincões do Brasil. E alimentam as exportações, que geram consequências enormes no desenvolvimento econômico, permitindo financiar o capital da indústria, gerando divisas que nos possibilitam importar o que não se produz aqui, além de garantir uma posição de destaque ao Brasil como poderoso provedor de alimentos para o mundo. A alimentação do povo brasileiro a preços declinantes corresponde a uma grande transferência de renda para os mais pobres, mantendo a inflação em queda ou estável, fortalecendo toda a economia.
         Ainda assim, muitos analisam a agropecuária com preconceito. Um grave erro. Potências econômicas como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e França valorizam e protegem com todos os instrumentos possíveis os setores agrícolas. O fato é que muitos não percebem os imensos efeitos diretos, indiretos ou induzidos pelo aumento das atividades econômicas relacionadas ao campo.
         Colher, estocar e processar a safra demandam máquinas sofisticadas, estradas, pontes, secadores e silos. Comercializar, transportar e transformar os produtos do campo demandam cooperativas, tradings, navios, trens, caminhões e portos. Isso gera procura por aço, asfalto, componentes industriais sofisticados e múltiplos serviços especializados no campo das finanças, do comércio, da gestão de riscos, da segurança, das comunicações etc. Uma infinidade de efeitos indiretos e induzidos que, combinados aos efeitos diretos, dão uma melhor dimensão da real contribuição da agropecuária para a economia do país. Portanto, é fácil perceber que, sem os efeitos diretos, indiretos e induzidos pela agropecuária, a economia brasileira teria experimentado significativa queda, em vez de progresso em 2017.
         E à medida que o campo agrega valor, diversifica e especializa a sua produção, o potencial de benefícios para a economia e a sociedade cresce ainda mais. O Brasil já transforma grande parte dos seus grãos em carnes e componentes industriais, como óleos e amidos. A fruticultura nacional é considerada uma das mais diversificadas do mundo e, cada vez mais, alcança mercados sofisticados e rentáveis. Derivados da cana-de-açúcar já podem ser transformados em garrafas PET, aviões já realizam os primeiros voos comerciais utilizando bioquerosene como combustível e é crescente a produção de cosméticos, essências, aromas e sabores diferenciados a partir de nossa biodiversidade.
         E é cada vez mais harmônica a relação entre a produção e o meio ambiente. Ao avaliarmos a evolução das emissões de gases no período entre 2010 e 2014 (último dado oficial), a agricultura teve aumento de 4,3%, a despeito do espetacular avanço do setor. Excetuando mudanças no uso da terra, com redução de 33,2% de emissões, a agricultura teve melhor desempenho que os setores de energia, indústria e tratamentos de resíduos. Ao incorporar práticas sustentáveis, o Brasil já desponta como competidor diferenciado, capaz de produzir, por exemplo, carne carbono neutro, como recentemente demonstrado pela Embrapa.
         Em momento em que a maioria dos países se debate com o envelhecimento da população rural e com a baixa atratividade do campo para as novas gerações, o movimento no Brasil é exatamente o contrário. A agropecuária brasileira atrai cada vez mais jovens, certos de que vale a pena investir em inteligência e criatividade voltadas para o mundo da alimentação e da agricultura. São inúmeros os exemplos de startups e de jovens empreendedores que buscam atender produtores cada vez mais ávidos em busca do novo. Assim, o campo contribui para a construção de um conceito de país contemporâneo, focado no uso inteligente dos nossos recursos naturais, na produção sustentável e no bem-estar da população brasileira.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



   
  

  
        

segunda-feira, 29 de abril de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS EXIGÊNCIAS E O PODER DA INTEGRIDADE, DA ÉTICA E NOVAS TECNOLOGIAS E AS LUZES DA INOVAÇÃO, DO CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE


“Mais coragem e ambição
        Os argumentos dos senhores dos poderes em Brasília sugerem que o Brasil está diante do portão do inferno, assistindo à falência do Estado, tal como o Rio de Janeiro arrasado e rifado por corruptos, traficantes e milicianos, o que pode ser destino, se tomado ao pé da letra, ou prenúncio de transformações que já tardam.
         Depende da interpretação que se dê aos motivos mais citados para o nosso atraso em todas as dimensões; na do PIB, regredimos em nove anos de 6ª maior economia do mundo para 9ª – choque entre poderes da República, corrupção sistêmica, estagnação econômica etc.
         Tome-se a corrupção. Ela será tolhida com aumento da repressão ou com mudanças radicais que quebrem o sistema secular de apropriação privada do aparelho do Estado visando o enriquecimento de poucos?
         Uma solução amplia a burocracia e privilégios, não necessariamente a eficiência da governança estatal – razão da constitucionalização do teto de expansão do gasto público e da reforma da Previdência.
         A outra busca se antecipar ao crime com uso maciço de tecnologias que melhorem a transparência dos negócios públicos, mitigando a necessidade de dispendiosos aparatos de controle e repressão, além de instigar a economia do conhecimento, a nova fonte de riqueza das nações desenvolvidas (EUA, Alemanha, Japão, Israel) ou caminhando a passos firmes nesta direção (China, que está quase lá, e Índia).
         Desde o fracasso do plano de desenvolvimento do presidente Ernesto Geisel a ideia de governo preocupado com crescimento econômico se tornou maldita, exprimindo estatismo, inépcia, reserva de mercado, o que foi verdade na ditadura militar e ressurgiu como farsa nos devaneios de Lula e Dilma.
         O erro desde então foi termos tornado a exceção como regra, quando, de fato, governos sempre foram pivô do desenvolvimento em economias com firmes princípios liberais, como nos EUA (seja de Ronald Reagan ou de Barack Obama), na Alemanha, na Coreia do Sul, no Japão.
         Uma coisa é o governo intervencionista, outra é o que coordena as expectativas, orienta as prioridades por meio de regulação e banca a expansão da fronteira tecnológica (assim surgiram nos EUA a internet, o sequenciamento do DNA, a inteligência artificial, e quase tudo mais que impulsiona a economia movida pela inovação.

Qual a missão inarredável
        Unir a sociedade em torno de uma visão de futuro próspero é missão inarredável dos governos, razão pela qual na crise de 2008, quando Washington correu para deter a pindaíba de Wall Street, os gastos em inovação tecnológica nas empresas e na pesquisa científica nos laboratórios acadêmicos não foram cortados nos EUA. Ainda assim, a clivagem política só tem feito crescer entre os americanos.
         A disputa pelo domínio da inteligência artificial, da robótica, da internet das coisas, da biomedicina, é a motivação de fundo do conflito geopolítico entre EUA e China. Ambos os governos sabem que o poder global está nestas áreas, não em insumos primários. O valor da eletrônica embarcada num automóvel, por exemplo, equivale a mais de metade de seu custo total de produção.
         Se conhecimento tecnológico é o que move a economia moderna, o que fazemos para estar neste jogo? Não fazemos. Desde a estabilização monetária em 1994 não fazermos outra coisa que brigar por programas visando conter o gasto com privilégios da elite da burocracia, com caprichos dos políticos e com os juros da dívida pública.

Prefácio de qualquer reforma
        Por maior a urgência de mudar a Previdência, também devemos falar de crescimento e de progresso e não há como isso acontecer sem que o governo e o Congresso organizem a discussão. Existem para isso.
         O que deveria estar no prefácio das reformas é o que será o Brasil no mundo high tech diante de questões tais como: 1) economia estagnada e produtividade medíocre; 2) canais da política obstruídos; 3) Estado capturado por corporações cuja autonomia impede qualquer planejamento central; 4) educação ruim e currículo divorciado das prioridades: 5) dependente de divisas de setores com encadeamento produtivo limitado (minérios, petróleo, grãos); 6) maioria dos setores industriais atrás da curva de inovação, em especial o automotivo, que é o maior em termos agregados no PIB.
         Tais mazelas são sequelas de programas armados para travar guerras do passado, formulados por grupos incapazes de pensar para frente.

Tal como circo da Roma antiga
        Pensar para frente é, por exemplo, não arredar o pé da educação com notas exemplares em matemática, português e ciências. É não cogitar  nenhuma reforma dissociada do aparato da tecnologia da informação.
         É possível arrecadar tributos em tempo real com ou sem a mediação bancária, assim como fazer cirurgias complexas à distância graças à chamada telemedicina, ambas retardadas por lobbies setoriais.
         Um sistema de identidade único pode ativar, segundo estudo da consultoria McKinsey, um resultado econômico de US$ 374 bilhões em dez anos, 13% do PIB.
         Ou mudamos a mentalidade ou continuamos em queda, pondo culpa nos políticos – a versão moderna do circo da Roma antiga, operado pelos que querem desviar a nossa atenção das verdades inconvenientes.”.

(ANTÔNIO MACHADO, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de abril de 2019, caderno ECONOMIA, coluna BRASIL S/A, página 10).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 16 de abril de 2019, caderno OPINIÃO, página 5, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, pesquisador da Embrapa, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sem ciência, sem progresso, sem futuro.
        Há 30 anos, o astrônomo Carl Sagan já nos advertia sobre os riscos da ignorância científica, alertando que “vivemos em uma sociedade absolutamente dependente do conhecimento, na qual quase ninguém entende o que é ciência e tecnologia, o que é uma receita clara para o desastre”. Se estivesse vivo, Carl Sagan estaria, certamente, desapontado por não termos feito muito progresso na superação do perigo que antecipou. O movimento contra a vacinação – uma das maiores conquistas da saúde pública no século 20 – é o melhor exemplo da desinformação que ganha força nas redes sociais, trazendo de volta riscos considerados já superados e comprometendo a credibilidade da ciência, em momento em que a sociedade se mostra cada vez mais dependente de conhecimento.
         À desinformação se somam manchetes que alertam sobre problemas de controle de qualidade da ciência, com crescente publicação de resultados científicos que não podem ser reproduzidos ou, pior, com evidências de direcionamento de prioridades e até de resultados, de acordo com o interesse de financiadores. Infelizmente, muitos cientistas e instituições sucumbem às pressões do mercado, produzindo resultados mais norteados pelo poder econômico do que pelo interesse da sociedade. É preciso reconhecer que, em resposta à competição às vezes extrema no mundo acadêmico, pesquisadores têm sido premidos a publicar, a qualquer custo, o que acaba por alimentar as distorções descritas.
         Segundo pesquisa da Universidade de Ottawa, no Canadá, em 2009, o mundo ultrapassou a marca de 50 milhões de artigos científicos publicados desde 1665, e, aproximadamente, 2,5 milhões de novos artigos são publicados a cada ano. O número de cientistas ativos está aumentando a uma taxa de aproximadamente 4% a 5% ao ano. Esse crescimento acentua, ainda mais, a necessidade de atenção com a qualidade e a ética na ciência. É premente a necessidade de se construir e disseminar narrativas que explicitem de maneira clara e acessível a importância vital da ciência para a sociedade, além de implementar ações que coíbam a erosão da sua qualidade, cobrando mais responsabilidade por relevância e replicabilidade, além de mais colaboração que garanta compartilhamento robusto dos dados e conclusões produzidos pelos cientistas.
         Nesse momento de intensa disseminação de fake news e absurdos questionamentos de fundamentos científicos amplamente comprovados e consagrados, é preciso ampliar a capacidade de comunicar a ciência para o grande público, trazendo à luz seus inequívocos benefícios e sua essencialidade para o progresso da sociedade. Todo jovem precisa compreender como os cientistas responderam, por exemplo, à devastação causada pela epidemia de Aids nos 1980. Naqueles primeiros anos, os pacientes morriam meses após o diagnóstico, muitas vezes em agonia. Graças ao enorme acervo de conhecimento acumulado pela ciência, os pesquisadores conseguiram identificar o vírus, desenvolver testes de diagnóstico e criar drogas antivirais extremamente eficazes em curto espaço de tempo. Em meados dos anos 1990, terapias eficazes já estavam disponíveis, afastando o medo de uma epidemia global sem controle.
         O Brasil jamais teria alcançado a posição de sétima economia do mundo não fosse o investimento feito em ciência, tecnologias e inovação, que lhe permitiu produzir alimentos a preços acessíveis para sua população e, ainda, exportar excedentes para todos os cantos do planeta. E a ciência brasileira nos permitiu produzir aeronaves sofisticadas, extrair petróleo das profundezas do mar, produzir uma matriz energética limpa baseada no uso do etanol combustível, realizar eleições de forma automatizada com resultados divulgados praticamente em tempo real, produzir políticas públicas complexas – como o Código Florestal, entre muitos e muitos outros feitos.
         Mais do que em qualquer outro momento da história, o Brasil precisa cuidar com grande atenção da sua ciência. A falta de planejamento estratégico, de investimentos e de formação de cientistas poderá nos atrasar para posições de menor importância no cenário mundial. Há uma clara reconfiguração nas cadeias de valor globais, cada vez mais intensivas em conhecimento, e o Brasil precisará elevar, de forma substancial, a complexidade e a produtividade da sua economia, o que só ocorrerá com grande investimento na formação de talentos e na inovação tecnológica. O país precisa, também, estar atento à rápida reconfiguração da globalização, com a movimentação de commodities e mercadorias ao redor do globo perdendo espaço para os fluxos de serviços, bens e ativos intangíveis, configurando cadeias de valor que beneficiam países que investem na geração de conhecimento e inovações.
         Vários países se ajustam sabiamente à reconfiguração da economia global. O melhor exemplo é a China, que em 2018 passou os Estados Unidos como o maior país produtor de conhecimento científico no mundo, ficando a Índia, outro gigante asiático em ascensão, em terceiro lugar. O Brasil aparece em 12º lugar no ranking, com investimentos em C&T que totalizam apenas 2% do investimento chinês. A postura desses países precisa nos inspirar a entrar no time das nações que estão apostando em inteligência estratégica, investimentos e políticas científicas e tecnológicas robustas e de longo prazo – possivelmente os únicos caminhos na direção de um futuro sustentável.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 295,53% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



    



segunda-feira, 8 de abril de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA ÁGUA NA BOA GOVERNANÇA E A LUZ E OS DESAFIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE


“Água para o desenvolvimento sustentável
        Um recente relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), denominado ‘Perspectivas do meio ambiente mundial’, apresenta um quadro sombrio sobre as consequências para a sociedade, da degradação da qualidade ambiental planetária. Com relação à água, o relatório mostra que uma em cada três pessoas no mundo, cerca de 2,3 bilhões de habitantes, não tem acesso ao saneamento. Além disso, aponta que, desde o ano de 1990, está sendo observada uma significativa piora da qualidade da água em todo o planeta.
         Para facilitar a compreensão da sociedade, geralmente os problemas ambientais têm uma abordagem setorial. Contudo há uma relação indissociável entre eles. As alterações na atmosfera, por exemplo, têm uma relação direta com os problemas hídricos, pois ampliam os extremos climáticos. Chuvas mais intensas amplificam os problemas de erosão e ao mesmo tempo geram inundações catastróficas. A proteção de matas ciliares integra a preservação da biodiversidade com a manutenção da qualidade de água.
         A qualidade da água depende de como os demais compartimentos ambientais de uma bacia hidrográfica são manejados. Os problemas de segurança hídrica, relacionados com a disponibilidade de água e das cheias, têm causas globais, como as alterações climáticas e causa locais, como a urbanização em áreas inundáveis e impermeabilização do solo. Consequentemente, o seu gerenciamento necessita ser integrado considerando os diversos fatores para que os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) sejam efetivamente alcançados.
         A gestão de recursos hídricos exige uma nova governança que garanta a eficácia da aplicação de políticas que orientem a sustentabilidade dos processos. A gestão preventiva dos problemas ambientais é muito mais adequada, além de ser mais barata. As medidas mais importantes são aquelas que incorporam a consideração dos impactos ambientais nas decisões econômicas, em direção a uma economia circular, que maximize a otimização dos usos dos recursos e a reciclagem, equilibrando as dimensões ambientais, sociais e econômicas de novos projetos. Esses mecanismos devem ser capazes de inserir nos processos de tomada de decisão o conceito de que o meio ambiente saudável é a base principal da prosperidade econômica e do bem-estar social.
         Independentemente de políticas globais, as empresas e as pessoas devem adotar medidas para aumentar a eficiência do uso dos recursos hídricos, para a reciclagem da água (aproveitamento do esgoto tratado, para a utilização de água pluviais e para a adoção de tecnologias mais avançadas para a melhoria desse bem planetário tão importante. Além disso, os grandes empresários não podem esquecer que o aumento da eficiência no uso da água aumenta a competitividade das empresas e, principalmente, traz muitos benefícios para a sociedade.”.

(CLEVERSON V. ANDREOLI. Professor do mestrado profissional em governança e sustentabilidade do Isae Escola de Negócios, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de abril de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 12 de março de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES, pesquisador da Embrapa, e que merece igualmente integral transcrição:

“Tecnologia e inovação na globalização
        A conectividade, viabilizada por tecnologias e infraestrutura de transporte e comunicações, e também por relações de comércio, tem influência sobre praticamente todos os povos, culturas e mercados. Uma de suas consequências é a globalização, ou a integração gradual de regiões, países e pessoas. Um dos fenômenos mais significativos do nosso tempo, a globalização está sustentada por uma imensa rede de infraestrutura que interliga o mundo e que segue expandindo em grande velocidade. São estruturas como redes de comunicação, rodovias, vias férreas, pontes, túneis, dutos, além da intrincada rede de vias aéreas e marítimas que cortam o planeta em todas as direções, impactando a produtividade da economia global e melhorando as condições de vida da sociedade.
         Apesar do progresso que trouxe para a humanidade, a globalização tem sido vista, por muitos, com apreensão e pessimismo. Algumas razões são a aceleração e a imprevisibilidade das mudanças que ela provoca, a perda de valores e a erosão de estruturas e costumes que sustentam a diversidade cultural e o nosso senso de comunidade, entre outras. Essa oposição coloca o mundo numa encruzilhada, na medida em que sinais e  desejos de uma contraglobalização afloram sob as mais diversas formas ao redor do mundo. Sinais de perigo que não devem ser subestimados, pois o isolacionismo e o protecionismo poderão colocar em risco processos que têm contribuído para manter a paz e ganhos significativos de prosperidade ao longo das últimas décadas.
         A empresa americana DHL publicou, em 2018, amplo estudo sobre a conectividade global, cobrindo 169 países e tendo como base os fluxos de comércio, capital, informações e pessoas. O estudo detectou que a maioria das pessoas considera o mundo mais globalizado do que realmente é, e que tais percepções errôneas exacerbam medos e apreensões em relação à globalização. Demonstra, também, que a grande maioria dos fluxos que ocorrem no mundo é doméstica, e não internacional. Por exemplo, apenas cerca de 20% da produção econômica é exportada, os fluxos de investimentos estrangeiros diretos equivalem a apenas 7% dos minutos de chamadas por telefone e internet são internacionais e somente 3% das pessoas vivem fora dos países onde nasceram.
         O Instituto Global McKinsey (MG), nos Estados Unidos, acaba de publicar o estudo “A globalização em transição: o futuro do comércio e das cadeias de valor”, em que analisou 23 cadeias de valor abrangendo 43 países, para entender como o comércio, a produção e a participação relativa dos países nos mercados mudaram de 1995 a 2017. As conclusões, muito interessantes e dignas de atenção, mostram que o aumento do consumo em países em desenvolvimento, como a China, leva a uma mudança gradual do crescimento liderado pelas exportações para crescimento liderado pelo consumo. Nos setores estudados pela McKinsey, a China exportou 17% do que produziu em 2007, mas apenas 9% em 2017. O aumento do consumo interno significa menos exportações, fortalecimento das cadeias de fornecimento doméstico e, consequentemente, menos importações. Além disso, as cadeias de valor regionais, com fornecedores geograficamente mais próximos, tornam-se proeminentes à medida que as economias emergentes amadurecem e se tornam capazes de prover produtos intermediários antes fornecidos por economias avançadas.
         Outra conclusão importante é que, conforme a intensidade do comércio global de produtos declina, os fluxos de dados, serviços, bens e ativos intangíveis – software, branding, design etc. – desempenham papel cada vez mais importante em unir a economia global. Todas as cadeias de valor globais estão se tornando mais intensivas em conhecimento, o que alimenta o comércio de serviços e de ativos intangíveis, além de criar mais valor para empresas e países que investem na geração de conhecimento e inovações.
         E novas ondas tecnológicas poderão reduzir o comércio global de bens e alimentar ainda mais os fluxos de serviços. Plataformas digitais e melhorias nas tecnologias de logística, via internet das coisas (IOT), inteligência artificial (IA) e blockchain, poderão reduzir, significativamente, os custos de fabricação de bens, enquanto seu desenvolvimento cria novas oportunidades para exportações de serviços. Da mesma forma, o surgimento de inovações baseadas em manufatura aditiva (impressão 3-D) irá permitir que mais itens sejam fabricados localmente. A profundidade das mudanças pode ser ilustrada, por exemplo, pelo impacto da substituição de automóveis convencionais por elétricos, que leva à drástica redução da demanda por peças e componentes e à crescente demanda por softwares, componentes eletrônicos e serviços sofisticados.
         É fácil concluir que o fim da globalização é altamente improvável. São enormes as oportunidades ainda não aproveitadas para nos beneficiarmos da conectividade global. Mas é também evidente que os países necessitarão de inteligência estratégica e planejamento sofisticado para definição de configurações setoriais, políticas públicas, capacitação e estímulos que os habilitem a lidar com a complexidade da nova globalização. Pior para os que se renderem a dicotomias e debates estéreis entre visões puramente locais versus visões globais do futuro.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 295,53% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 317,93%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.