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quarta-feira, 26 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E DESAFIOS DA NOVA POLÍTICA E A TRANSCENDÊNCIA DA FELICIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Nova política
        Bolsonaro chegou ao poder prometendo mudanças profundas, em especial no tocante ao sistema político. A promessa faz sentido, uma vez que sua eleição representa o fim da Nova República e o início de um novo ciclo na política brasileira. Essa mudança, contudo, deveria compreender uma reforma do modelo, alterando dispositivos que moldam o sistema de presidencialismo de coalizão. O estabelecimento dos alicerces da chamada “nova política” somente iria se impor diante da mudança das regras do jogo.
         A opção, contudo, foi outra. Decidiu-se tentar subverter os mecanismos do sistema, sem alterar suas regras de funcionamento e sua dinâmica interna. Ao rejeitar de forma pura e simples o presidencialismo de coalização sem alterar suas estruturas, o governo entrou em rota de colisão com a política. Em vez de se reformar o sistema, optou-se por confrontá-lo, assim como seus mecanismos institucionais de funcionamento, o que gerou desgastes enormes na relação com o Parlamento.
         Não se desmonta o presidencialismo de coalizão por vontade própria ou decreto. O modelo institucional brasileiro está assentado décadas nessas estruturas, e a forma mais inteligente de combater seus vícios passa por reformá-los em vez de confrontá-los, uma vez que, desafiados, podem se voltar contra o governante, como ocorreu com Collor e Dilma. A experiência mostra que não é inteligente desafiar o sistema de forma infantil, visto que Bolsonaro tem diante de si um mandato claro, fornecido pelas urnas, para reformá-lo. Ocorre que, até aqui, ele vem repetindo os erros do passado, algo que pode levar seu mandato a ter o mesmo desfecho dos antecessores.
         O desmonte do modelo desgastado da Nova República passa por um movimento inteligente de reformas de âmbito político, com a limitação do número de partidos e de seus fundos partidários e eleitorais, passando pela revisão do sistema eleitoral e a forma com que escolhemos nossos representantes, chegando inclusive à discussão sobre a melhor forma de governo. Esse é o debate que se impõe. Não se desmonta o modelo de troca de nomeações por apoio parlamentar, o famoso toma lá dá cá, sem mudar a forma de relacionamento político do eleitor com seus representantes e desses com o governo. Rejeitar o velho mecanismo sem atacá-lo de forma estratégica, desidratando-o por meio de uma reforma institucional dentro das regras democráticas, é suicídio político.
         A autoproclamada “nova política” se tornou um bom slogan, mas sem implementação prática, exercida de forma tosca e desordenada, pode levar o governo ao fim prematuro e melancólico. Sem uma reforma política robusta, que altere as estruturas do sistema, não há chance real de implementação de novas práticas políticas. Diante disso, o Parlamento já montou sua estratégia. Com políticos ocupando o vácuo de liderança deixado pelo governo, esses em breve podem assumir as rédeas do sistema, trazendo as reformas e o núcleo decisório para dentro do Congresso Nacional. É preciso entender o jogo para mudar suas regras.
         Entre confronto e reforma, ao contrário do que foi feito até aqui, deve-se optar pela política, sempre o caminho mais inteligente. Vale lembrar que a estratégia do confronto, ao contrário, tem o hábito de ceifar mandatos. A conferir.”.

(MÁRCIO COIMBRA, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de junho de 2019, caderno A.PARTE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de junho de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O mínimo de felicidade
        Disse um professor meu, sumidade em filosofia e antropologia: “A idade da humanidade, analisada em seu conjunto, pode ser considerada hoje de 17 anos, ainda longe da maturidade que será conquistada”. Partindo dessa constatação de um iluminado, pode-se entender que apenas uma reduzida parcela dos mais de 7 bilhões de seres humanos que povoam a terra alcançou em nossa época um potencial de ação diferente daquele de um menor de idade.
         Compreende-se que os sofrimentos e desencontros ainda marcarão a ascensão para uma forma melhor de ocupação harmônica do planeta.
         As sementes de uma humanidade amadurecida, entretanto, já estão brotando e podem ser notadas pelo observador mais atento.
         Serve de parâmetro o passado. No século I depois de Cristo, época do imperador Augusto, a população da Terra era de cerca de 300 milhões, com expectativa de vida de 35 anos; demorou um lapso de 17 séculos para atingir 600 milhões, com expectativa de viver 42 anos.
         No albor do século XVIII, inicia-se a fase dita de industrialização, um fenômeno portentoso de aceleração. A capacidade de produzir bens em grande escala alterou os costumes e o “modus vivendi”, possibilitando alongar a vida e lhe dar mais conforto, ao menos para uma parte mais abastada.
         O avanço em apenas 250 anos levou os habitantes do planeta a se quadruplicar, alcançando 2,5 bilhões em 1950. A velocidade máxima atingida pelo passou de 30 km/h a uma velocidade supersônica. A sonda russa tendo a bordo o astronauta Gagarin deu uma volta inteira na terra nos anos 60 em apenas 108 minutos.
         Os avanços da ciência em todos os sentidos, no período de 70 anos, fizeram a população ultrapassar o fantástico limiar de 7 bilhões. Foram suficientes apenas três gerações, para conquistar uma expectativa de vida acima de 70 anos.
         Estudos recentes estimam que no ano 2050 teremos 9,6 bilhões de seres humanos dividindo o planeta, com prevalência de indivíduos “over” 60 anos e uma vida média de 90.
         Nos países mais desenvolvidos da Europa, a longevidade já é de 80 anos para os homens e 85 para as mulheres, como na Itália.
         Pode-se prever que muitos dos jovens atuais chegarão aos 100 anos ainda com saúde e lucidez.
         Embora os sinais de uma necessidade de mudança de paradigmas sejam evidentes, a humanidade continuará por um tempo indeterminado na luta para acumular, para “ter mais”. Só depois de vários desastres, que custarão caro, se perceberá que as transformações nunca antes ocorridas em tão curto período, precisam ser levadas a sério.
         A humanidade “adolescente”, distraída, está tomada de uma disputa de todos contra todos, perdeu a visão de unidade de espécie, confundindo equivocadamente a felicidade com aquilo que se acumula.
         O “ter” se substituiu ao “ser”, que deverá voltar a prevalecer no futuro, extinguindo-se a síndrome ou doença de Midas, o rei que acabou perecendo de forma porque sua mão se especializou apenas em gerar ouro. O trabalho e o dinheiro passaram equivocadamente a ser o fim, e não o meio, de vida. O rabo (dinheiro) passou a abanar o cachorro (homem).
         Mesmo sem a vidência de Nostradamus, pode-se ver que os acontecimentos conjuram para uma extraordinária mudança. Provavelmente comparável ao extinguir-se de uma espécie e ao nascer de outra. Isso já aconteceu com os Cro-Magnon mais aperfeiçoados e hábeis, que substituíram no planeta os Neandertais, toscos e primitivos.
         Estamos na iminência de uma mudança radical, ditada pela necessidade da evolução, ou mais simplesmente pela sabedoria do planeta, da mãe Terra, que é o organismo que nos dá a vida?
         Resta que em quatro gerações a expectativa de vida dobrou e avança, ao passo que não se vivem mais 35 anos, e sim 85 anos.
         Enxergam-se nos últimos tempos alguns fenômenos premonitórios, como o minimalismo, que atinge um número cada vez maior de jovens, que fazem questão de reduzir seus consumos, o espaço ocupado, as energias consumidas. Desabrocha nessas pessoas uma nova inteligência preservacionista, que nega à quantidade da matéria a possibilidade de conceder felicidade e ainda a enxerga como obstáculo para uma vida mais plena de satisfação. O minimalismo tem no ensinamento do Mestre Jesus seu fundamento, sua inspiração: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”.
         E no substrato desse fenômeno de “quanto menos, melhor” se traça uma via para a humanidade seguir sem se extinguir.
         A teoria do filósofo grego Epicuro, que no século III antes de Cristo defendia a ataraxia, palavra grega que identifica um estado de imperturbabilidade, de ausência de inquietação, uma serenidade do espírito e de equilíbrio emocional controlando paixões e desejo.
         Ataraxia, ou a conquista da felicidade interior, imaterial, ao alcance de todos. Aquela que o praticante de ioga, em cada vez maior número, procura em silêncio.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.