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quarta-feira, 22 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA PRIMEIRA INFÂNCIA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A IMUNIDADE VIBRACIONAL NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“A primeira infância e a pandemia
        A Unesco estima que 1,5 bilhão de alunos estão sem aula no mundo em razão da pandemia. As crianças e os jovens, confinados em casa, diminuem a sociabilidade, regridem emocionalmente e pedagogicamente, com efeitos possivelmente duradouros no seu desenvolvimento, em especial diante da ausência de políticas públicas que minorem o impacto do isolamento.
         O Brasil, em razão da desigualdade brutal, pobreza e descaso com a educação básica, ainda possui muitas crianças sem acesso a creches e a pré-escola, apesar da notável melhoria nesse quesito ao longo das últimas décadas. Embora a taxa de cobertura, entre 2002 e 2018, tenha pulado de 14,9% 35,7%, em creches, e de 67% para 93,8%, na pré-escola, nada justifica nosso atraso secular. Não tratamos nossas crianças como deveríamos, e a pandemia agravou ainda mais os problemas existentes.
         As crianças pobres, num ambiente desprovido de infraestrutura básica e de menor estímulo, acabam por ser as maiores vítimas da pandemia. A questão se torna ainda mais grave na chamada “primeira infância”, que corresponde às crianças com idade entre 0 e 6 anos.
         A primeira infância é o momento mais importante para o desenvolvimento humano. É nesse período que as habilidades motoras, cognitivas e emocionais são mais desenvolvidas. Uma boa infância, com os estímulos e apoios necessários, aumenta enormemente as chances de um melhor desempenho pessoal, educacional e profissional, com reflexos permanentes em toda a vida adulta. Pode-se afirmar, sob qualquer perspectiva, inclusive infanceira, que o melhor investimento que um país pode fazer é na primeira infância (o Banco Mundial estima em 17 vezes o retorno do valor investido).
         O papel do governo e da sociedade é crucial para ajudar as famílias na travessia de um dos maiores desafios do nosso tempo. O foco deve ser minorar os efeitos da pandemia, proteger as crianças e estabelecer as condições para que as consequências não sejam permanentes.
         No curto prazo é imprescindível uma política de apoio às famílias e às crianças, com o estabelecimento de estratégias nacionais e em rede de apoio emocional, pedagógico e financeiro para superar as consequências de um isolamento prolongado. Deve-se, ainda, sobretudo nas discussões urgentes a respeito do Fundeb, aprimorar os mecanismos de financiamento, com vistas a estimular o acesso e a melhoria da educação para a primeira infância. Por fim, no momento em que se discutem mudanças nos programas sociais, nada pode ser mais importante que priorizar ainda mais a assistência às crianças pobres e suas famílias, seja com mais renda, seja com a promoção de ações integradas na área de saúde, educação e assistência.
         A primeira infância é a chave para o nosso desenvolvimento. Investir com alta prioridade nas crianças não é só vantajoso, mas um imperativo ético de qualquer sociedade. Almejar a igualdade de oportunidades – ao menos do ponto de partida de cada cidadão – é um propósito que deve mobilizar toda a sociedade brasileira. Que o próximo ministro ajude a coordenar e a promover as mudanças necessárias. Os desafios são gigantescos, e já perdemos muito tempo com devaneios pseudoideológicos.”.

(Thiago Camargo. Advogado e sócio do Escritório Marcelo Guimarães e da Sinapse Consultoria e Projetos, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 20 de julho de 2020, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A imunidade vibracional
        Para quem leu e gostou do livro “A Grande Síntese”, de Pietro Ubaldi, será fácil entender o texto a seguir. Para quem não teve essa felicidade, é possível refletir sobre o primeiro versículo do Evangelho de João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... Tudo foi feito por Ele; e nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:1-4).
         São João descreve a manifestação do universo como o verbo, o som, a vibração.
         As ondas vibracionais são classificadas, segundo a sua natureza, como mecânicas ou eletromagnéticas. Um exemplo de onda mecânica é o som, e um de onda eletromagnética é a luz, que se propaga no vácuo, assim como as ondas de calor.
         A frequência de uma onde é decorrente da vibração da fonte que a produziu. Diz Celso Costa, terapeuta quântico brasileiro, que “ velocidade vibracional determina se a energia ase apresenta na forma física, líquida, gasosa e outros estados não visíveis. Tudo é uma interpretação de estados vibracionais. Inicialmente, gera-se por vibrações inaudíveis que se tornam, ao caminharem para a manifestação, perceptíveis. Tudo tem uma frequência que mantém sua forma e substância. Muda-se a frequência, muda-se a forma”.
         Ubaldi explica que as frequências são perceptíveis ao ser humano dotado de faculdade de receptor e transmissor.
         As cores são frequências, e não conseguimos enxergar o infravermelho nem ver além do ultravioleta; a percepção fica entre 4,3.101   Hz e 7,3.101 Hz, é o que o olho humano capta e o cérebro interpreta. As outras frequências, também, geram impactos sobre nossa consideração consciente. O mesmo efeito se dá com os infrassons e ultrassons, situados entre 20 Hz e 20.000 Hz, que são perceptíveis ao homem.
         Qualquer ser vivente possui uma frequência única, e um vírus também.
         O vírus da Covid-19 é uma proteína, que se manifesta com vibração baixa e com uma estrutura de circuito eletromagnético fechado, com ressonância entre 5,5 Hz e 14,5 Hz.
         Nas faixas mais altas, não é ativo e, a partir de 25,5 Hz, se extingue. Essas informações foram divulgadas por vários cientistas e publicadas recentemente pelo Instituto Midra, de São Paulo.
         “Para uma pessoa que vive em altas vibrações, isto é, ativamente ligada à alma, a Covid-19 não é mais perigosa do que infecções respiratórias agudas, porque o corpo de um homem saudável ‘vibra’ em faixas bem superiores às da Covid-19”. A saúde não é fortuita, tem relação com o equilíbrio vibratório. A psicossomática explica a relação entre a doença e o interior da personalidade (alma), e a psicanálise freudiana a comprova.
         “Ocasionalmente, quando, por várias razões, as vibrações se tornam mais baixas, abre-se a possibilidade de mal-estar e doença, e até de morte”. Dizem os pais de santo que corpo fechado é inatacável.
         Os distúrbios dependem do equilíbrio energético, pesam a fadiga, a exaustão emocional, a hipotermia, a tensão nervosa, a depressão, a insatisfação, a falta de autoestima etc.
         Neste momento planetário, a ressonância de frequência média total da Terra é de 27,4 Hz e, portanto, suficiente para inviabilizar o vírus, que se extingue com 25,5 Hz, mas há lugares em que essa frequência é menor, ou seja, zonas geopáticas criadas natural ou artificialmente. Hospitais, prisões, linhas de energia, veículos elétricos subterrâneos e públicos, shopping centers, escritórios, estabelecimentos de bebidas possuem vibrações comumente abaixo de 20 Hz. Piores ainda são os locais de sofrimento de seres vivos, como abatedouros.
         Copio aqui uma tabela para se entender o índice vibracional que emana de algumas experiências: medo, de 0,2 Hz a 2,2 Hz; ressentimento, de 0,6 Hz a 3,3 Hz; irritação, de 0,9 Hz a 3,8 Hz; ruído entediante, de 0,6 a 1,9 Hz; temperamento exaltado, 0,9 Hz; raiva, 1,4 Hz; orgulho, 0,8 Hz; megalomania, 3,1; abandono, 1,5 Hz; arrogância, 1,9 Hz.
         No oposto encontramos: generosidade, 95 Hz; manifestação de gratidão (‘obrigado”), 45 Hz; agradecimentos efusivos, 140 Hz; unidade com outras pessoas, 144 Hz; compaixão sincera, a partir de 150 Hz; amor comum, 50 Hz; amor com o coração voltado a todas as pessoas, acima de 150 Hz; amor incondicional, sacrificial e universal, a partir de 205 Hz. Como é fácil entender, as altas vibrações não dão possibilidade à Covid-19 de gerar estragos.
         Por milênios, a frequência do nosso planeta tem sido estável em torno de 7,6 Hz. Os físicos chamam essa frequência de “ressonância Schumann”, devido à batida gerada por um raio na cavidade entre a Terra e a ionosfera. Um homem se sentia confortável, no passado, nessas condições, uma vez que ele estava num campo de energia com os mesmos parâmetros – de 7,6 a 7,8 Hz.
         No entanto, a frequência de Schumann passou a crescer rapidamente: janeiro de 1995, 7,80 Hz; janeiro de 2000, 930 Hz; janeiro de 2007, 9,80 Hz; janeiro de 2012, 11,10 Hz; abril de 2014, 15,15 Hz. Não disponho de dados atualizados, mas resta evidente que, se as pessoas não acompanharem o aumento das vibrações do planeta, enfrentarão um desajuste vibracional, e nem todo o dinheiro acumulado as conseguirá manter com saúde e vivas.
         As emoções negativas, de baixa frequência, surgem na falta de positivas, assim como a escuridão na ausência do sol. Disso a necessidade de evoluir no controle interno.
         Como dizia o abade Eliphas Levi: “A beleza (e a saúde) é um empréstimo que a natureza faz à virtude”. Nisso pode estar o segredo da vacina natural que a ciência busca.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade   “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quinta-feira, 16 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA DA INOVAÇÃO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA INTEGRIDADE E BOA GOVERNANÇA NA SUSTENTABILIDADE


“Protagonismo da crise no impulsionamento da inovação
        Desde que a pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil, temos enfrentado uma série de desafios, tanto no âmbito social quanto no econômico. No entanto, isso não é motivo para deixar que o pessimismo prevaleça. Os problemas existem, mas até eles têm seu lado positivo. E um deles é motivar as pessoas a buscarem soluções e alternativas. O resultado disso são novos modelos de negócios, inovadores e criativos, que comprovam, cada vez mais, o potencial e a expertise do ser humano.
         Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), feita com mais de 400 empresários de todo o país, concluiu que 83% deles consideram as soluções inovadoras decisivas para a sobrevivência no chamado “novo normal”. Por isso, dar visibilidade a essas novidades é essencial para fomentar a inovação.
         Uma das maiores necessidades atualmente diz respeito à infraestrutura de saúde, que está na linha de frente no combate à pandemia. Nesse sentido, destacam-se os esforços para o desenvolvimento de equipamentos como respiradores, que precisam ser seguros e de baixo custo para atender à demanda crescente. Pensando nisso, a Life Tech Engenharia criou a chamada Bolha de Respiração Individual Controlada (Bric). Trata-se de um tipo de capacete que funciona como respirador mecânico e, ao mesmo tempo, protege o profissional da saúde em atendimento.
         É importante chamar atenção ainda para as inovações no âmbito da prevenção, que podem se manter em alta até após a pandemia. Um exemplo de solução que apresenta esse potencial é o Baumer Purifica. Trata-se de um equipamento voltado para a captura e tratamento do ar, reduzindo a carga viral no ambiente em que está instalado. Nessa mesma linha há um projeto da Universidade de Guarulhos (UNG), uma “cortina especial” que permite desinfetar entradas e saídas utilizando a clorexidina, substância voltada para antissepsia de superfícies.
         Além disso, há soluções de tecnologia da informação que também exercem um papel importante no combate à pandemia. A startup brasileira Ilhasoft desenvolveu um chatbot de combate às fake News chamado Health Buddy, que compila e disponibiliza informações sobre o avanço do contágio por meio de uma integração com o sistema da Universidade John Hopkins.
         Esses exemplos ilustram a possibilidade de se aproveitar de problemas e imprevistos para criar novas soluções. Há números, inclusive, que comprovam que a sobrevivência na crise depende da habilidade do empreendedor de observar o contexto e manter o foco no cliente. Como é o caso de uma pesquisa da aceleradora ACE, que mostrou que aproximadamente 15% das startups brasileiras conseguiram crescer durante a pandemia. Não é uma tarefa fácil. Mas, com atenção especial ao mercado, aos processos internos e às demandas da sociedade, está longe de ser impossível.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 11 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 13 de julho de 2020, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Os óbitos por corrupção
        ‘O tonel vazio é o aquele que faz barulho’, diz o ditado popular italiano. Quanto mais oco, sem nada por dentro, mais entediante ele fica.
         O candidato a um cargo eleitoral, no período que antecede a eleição, aquele que, sem honestidade, conteúdo, proposta, experiência, propósito decente, visão e consciência do que o aguarda, não raramente adota meios abjetos para alcançar seu propósito. Mente, frauda, difama os adversários, escondendo-se atrás de atitudes mesquinhas.
         Com propósitos eleitorais, procura enganar os ingênuos, aqueles que não se apercebem do interesse sórdido, da finalidade egoísta de prestígio e riqueza imerecidos, que de outra forma, com suor e trabalho, nunca conseguiria.
         São esses tonéis vazios os futuros protagonistas dos mensalões, dos petrolões, do desmonte da máquina pública, dos esquemas que dilapidam as finanças do país. São exatamente eles que já deixaram ou ainda deixarão os mais necessitados morrerem nas filas da saúde, os hospitais em estado vergonhoso, roubando o que é imprescindível para salvar uma vida, enquanto gastam o que desviaram em luxos descabidos.
         Costuma-se encontrar “eleitos” que transpiram a inutilidade cívica e humana de suas ações, que confirmam o uso malandro de suas largas prerrogativas. Estes chegam ao fim de um mandato sem poder dizer “contribuí para o bem dos meus eleitores, da sociedade, da nação”. Assim, são enterrados na vala dos esquecidos, dos sem méritos.
         Os antissociais que almejam um cargo eletivo passarão pelo mandato imerecidamente conquistado, labutando incessantemente para manter o poder pessoal, e para isso fazem qualquer coisa, “até o diabo”, como confessou uma ex-presidente da República.
         Deu um susto ao planeta, no fim de semana, o presidente estadual de um partido, no Estado do Rio de Janeiro, incitando com ênfase os candidatos de sua sigla a propor na campanha “fazer muito e roubar pouco”. Pediu desculpas, mas a quem assiste ao vídeo as desculpas provavelmente não interessam.
         O povo brasileiro já foi enganado inúmeras vezes, entre alguns raros intervalos felizes. Amargou o sofrimento, a falta de assistência, de resposta às necessidades básicas, de apoio ao desenvolvimento, à criação de oportunidades inclusão. A nação brasileira contabiliza, desde 2015, 12 milhões de desempregados, consequência dos bilhões de reais desviados das contas públicas por quadrilhas que ganharam notoriedade nas fases da Lava Jato.
         A triste realidade nacional, a dívida pública, o desacerto das finanças, que penalizam a nação inteira, são decorrentes de uma agressão persistente a favor de bandos e partidos organizados. Neste momento pré-eleitoral, já se nota nas atitudes sórdidas que pretendem promover candidatos o potencial deletério que carregam.
         O cidadão que descobre ter sido enganado, espoliado, desempregado por aqueles que escolheu para os altos cargos públicos sofre, quando é tarde demais, de decepção e, ainda, de indignação, ao se deparar com o acúmulo de fortunas de corruptos, que não se importam com o sofrimento e a mortes que provocam.
         Quando se pensa nos milhares de óbitos da pandemia, pode-se chegar à conclusão de que são irrisórios comparados aos óbitos que a corrupção gera, aos analfabetos que produz, aos sofrimentos que dissemina.
         Um recurso público surrupiado faltará no que é mais essencial.
         Na atual pré-campanha eleitoral, as fake News já se erguem como protagonistas – adotadas por candidatos sem conteúdo decente, sem boas intenções, sem propostas, e apenas voltados a estontear o eleitor para enganá-lo.
         Atrás dos falsos se escondem exatamente os futuros ladrões da coisa pública, protagonistas dos próximos mensalões e dos esquemas que têm empobrecido a nação brasileira.
         Se a pandemia leva a óbito milhares de pessoas, a corrupção leva a milhões.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 303,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 117,06%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,13%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




    
        

quarta-feira, 8 de julho de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS ESCOLAS E JUVENTUDE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DAS LIÇÕES DO PÁSSARO AMARELO NA SUSTENTABILIDADE



 “Educação, pandemia e juventude
        Hoje proponho uma reflexão acerca dos rumos que estamos dando à educação no Brasil e o que, de fato, desejamos de nossa atual juventude em sua maturidade. Com base em recente pesquisa divulgada em 23 de junho, pelo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), cerca de 28% dos jovens entre 15 e 29 anos pensam em deixar os estudos quando as escolas reabrirem. No caso das faculdades, que ofertam períodos semestrais ou trimestrais, essa realidade poderá chegar bem antes.
         Do ponto de vista econômico, esse cenário é trágico, pois enfraquece ainda mais as perspectivas de jovens e adolescentes quanto ao futuro profissional. No que tange à educação, compreendida como instrumentalização moral, técnica e ética para a vida, temos um déficit ainda maior, uma vez que uma grande parcela é deixada à margem da história pelas desigualdades da exclusão digital.
         Reconhecer a história das desigualdades no Brasil passou a ser um discurso comum e, muitas vezes, banalizado, principalmente por aqueles que querem parecer “politicamente corretos” sem, em contrapartida, realizar nada para transformar essa realidade. Frases como “o Brasil é um país do futuro” e “a juventude é o futuro da nação” têm sido repetidas por décadas e até séculos, sem que esse famigerado futuro se torne presente.
         Esse cenário que se arrasta e que arrasta os jovens das classes menos privilegiadas economicamente, somado ao inusitado da pandemia que vivemos, faz surgir para os estudantes dos ensinos médio e superior uma névoa quase intransponível sobre suas expectativas futuras. Sentimentos que deveriam ser comuns para a juventude, como, por exemplo, alegria, liberdade, esperança e busca de aventuras, são substituídos pelo tédio, medo, ansiedade e impaciência.
         A pesquisa realizada pelo Conjuve evidencia o que muitos sabem e poucos realizam: nossos adolescentes e jovens estão “gritando” por apoio das instituições governamentais. O Estado precisa construir uma base sólida que garanta políticas públicas eficazes para acolher, apoiar e incluir esses indivíduos em uma realidade que não pode ser mudada.
         Dados como o divulgado pela diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, de que 258 milhões de jovens estão excluídos do sistema educacional não podem ser recebidos como meros números estatísticos que vão abrilhantar teses acadêmicas ou projetos audaciosos que não saem do papel. É preciso que as instituições verdadeiramente comprometidas com a educação sejam incentivadas por políticas governamentais a implementar e ampliar ações que minimizem os abismos sociais e educacionais já conhecidos.
         Curiosamente, dos 33.688 jovens entrevistados pela pesquisa Conjuve, em todos os Estados da Federação, no período de 15 a 31 de maio, 44% destacam a necessidade de valorização dos educadores; 46% reconhecem a importância da ciência para o mundo, e 48% acreditam que devemos ter mais atenção nas relações humanas e de solidariedade.
         Os principais medos vividos por esses jovens estão relacionados à perda de entes queridos (75%) e ao receio de serem infectados (48%) ou de infectarem alguém (45%). Eles também acreditam em novas formas de estudar, apesar de 50% desses entrevistados não estarem certos se vão realizar as provas do Enem e 28% estejam cogitando a ideia de abandonar as escolas.
         Como pode ser avaliado, ainda, pelos dados da pesquisa do Conjuve neste momento em que o ensino presencial passou a ser remoto, apenas 54% dos jovens negros possuem acesso à internet, contra 78% dos mesmos jovens brancos; 70% dos jovens estão emocionalmente abalados com as incertezas do futuro; e 60% dos entrevistados acreditam ser necessário que as escolas desenvolvam atividades para os auxiliarem a lidar com as emoções e gerir melhor seu tempo e organização das atividades.
         Por fim, ouso afirmar, obviamente respaldada em parte pelo educador Paulo Freire, que as instituições devem promover uma prestação de serviços educacionais capaz de aliar qualidade, compromisso e respeito às especificidades do educando; os educadores devem discutir saberes fundamentais à prática educativa-crítica e moderna, sempre em sintonia com a realidade dos alunos; e ao Estado cumpre a tarefa de garantir, por meio de políticas e investimentos, o desenvolvimento e a inclusão da juventude no melhor cenário de uma nação que se pretende futurista.”.

(Cida Vidigal. Educadora e coordenadora do curso de direito da Faculdade Batista, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 1 de julho de 2020, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8 de junho de 2020, caderno A. PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“A vergonha
        Quando me mudei de continente, há 44 anos, tive que escolher muito bem as coisas que levaria na mala, de apenas 20 kg. Somente o essencial, e nela entrou o texto de uma prece singela, publicada em 1887, atribuída ao cacique Sioux Yellow Lark, doado a mim por uma pessoa muito importante na escolha de mudar, a mais difícil de minha vida. Num papel amarelado pelo tempo, ainda dobrado no passaporte que aqui me trouxe, em 1976, limpando gavetas, eu a li hoje com emoção. Seja pelos sentimentos expressos, seja pelas lembranças da ruptura com planos e sonhos de infância, especialmente acalentados pelos meus pais.
         Repetiria a escolha, sem dúvida e sem qualquer arrependimento. Acredito que Deus me deu a inspiração certa para embarcar no destino que me aguardava.
         A prece sinaliza que existem forças superiores que unem a humanidade, independentemente dos estudos, da cultura, da cor da pele e do país de nascimento. Sempre que a leio, imagino o cacique, “Pássaro Amarelo”, olhando, ao entardecer, para um ponto indefinido entre a planície e um céu vergado de cores, clamando a Deus:

“Ó Imenso Espírito, cuja voz sinto nos ventos/
e cujo respiro dá vida ao mundo todo,/ouve-me./
Prostro-me frente a Ti, um dos tantos filhos Teus,/
insignificante e frágil./

Preciso da Tua força, da Tua sabedoria./

Permite-me caminhar entre as coisas belas/
e deixa que meus olhos admirem/
o pousar do sol vermelho e ouro./

Faz que minhas mãos respeitem/
o que Tu criaste,/
e meus ouvidos sejam preparados/
para ouvir a Tua voz./

Deixa-me sábio, de forma que eu reconheça as coisas/
que Tu ensinaste ao meu povo,/
as lições que escondeste em cada folha,/
em cada rocha./

Procuro força, não para ser superior aos meus irmãos,/
mas para ser preparado a combater/
o meu maior inimigo: eu mesmo./

Deixa-me sempre pronto para retornar a Ti,/
com mãos limpas e olhos francos,/
de forma que, quando a minha vida se findar/
como a luz no ocaso,/
o meu espírito possa chegar a Ti/
sem qualquer vergonha”.
        
Nada mais para dizer, quase tudo que um homem precisa ser.
         Contudo, para eliminar a incômoda presença dos índios na América, levou-se a cabo um genocídio com a narrativa de que os povos indígenas eram uma ameaça grave para os colonizadores, e não o contrário.
         Na tribo vivia-se sem dinheiro e sem complicações, regidos apenas pelo bom senso, por leis naturais, aquelas que o cacique Sioux pedia ao Supremo para poder compreender em seu íntimo, respeitar e usar para o bem o de seu povo.
         A humanidade acelerou-se vertiginosamente. Estonteia pensar que o número de seres humanos sobre a Terra em apenas 70 anos triplicou, e nós fazemos parte desse fenômeno incrível.
         O desenvolvimento que conseguimos em tão breve tempo remete ao mito de Ícaro, a pandemia em curso pode ser o ponto em que as asas entram em combustão ao se aproximar do sol tão cobiçado.
         Guerras, sofrimento, extermínios, embora fossem “necessários” para adquirir o desenvolvimento atual, custaram o esquecimento da “vida” singela e feliz, como era no começo.
         Ver nos dias atuais os “caciques civilizados” se digladiando, no momento que recomendaria a união, a sabedoria, o esquecimento de diferenças, deixa a prece do líder Sioux como uma oportuna leitura.
         Como poderão se reunir com o Supremo sem sentir vergonha de suas atitudes?”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 313,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 119,32%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 1,88%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.