“O
encontro com a paz no caminho da espiritualidade
A paz é um estado
sutil, que existe em um plano mais elevado que o nosso. Deve permear toda a
humanidade e toda a Terra. Para emergir, é necessário que o indivíduo se
polarize no centro do próprio ser, o que vai conseguindo pelo trabalho
constante de busca dessa concentração.
Às vezes, no mundo, a
paz é confundida com ausência de conflitos, e tenta-se inutilmente firmá-la por
contratos formais. Mas, na verdade, a paz é dinâmica, transformadora, e
impulsiona a consciência a um aprofundamento. Nem sempre tem a ver com ausência
de conflitos ou com uma vida de inerte serenidade.
A paz
não tem começo nem fim; transcende as leis de tempo-espaço. Brota do interior
do ser e pode aflorar em qualquer lugar e a qualquer momento, desde que se
estabeleça sintonia com ela. O surgimento da paz em alguns membros da
humanidade atrai condições futuras e tem imenso valor para a evolução da Terra que,
como consciência, se encontra receptiva às energias sutis, espirituais – vida
desconhecida ainda da maioria das pessoas.
Quando
se entra em contato com a vibração espiritual, a paz torna-se realidade
tangível e os fatos da vida externa passam a ser tratados com espiritualidade.
À paz não se chega por embates e lutas, mas pela renúncia ao uso das forças de
atrito e pela percepção da própria realidade que vem de dentro de nós, do
interior.
A
seguir, alguns impulsos, pensamentos escolhidos para ajudar nessa sintonia.
ü Da
humildade vem a força para renunciares sem te sentires subtraído de coisa
alguma; abre os braços em Cruz e acolhe a Crua que te é entregue. A plenitude é
qualidade da consciência liberta. Muitas provas advirão; nelas deve estar
sereno e firme. Suprema bem-aventurança preenche o coração dos que se rendem à
luz.
ü O
trabalho intensifica o amadurecimento da consciência e a coloca na atitude
requerida em cada situação. O trabalho cura a mente habituada a devaneios e
fantasias e a leva ao exercício da concentração.
ü A
fé é um mastro que eleva tão alto a luz, que esta, por pequena que seja, poderá
assim erguida clarear vastidões impensadas.
ü Não
procures na Terra o que se encontra no mundo do espírito. Se buscas a Fonte,
tens de caminhar só; porém, nunca estás sozinho. A oração deve converter-se em
ação efetiva, como resposta clara à premência dos tempos e à ajuda que o Cosmos
envia à Terra.
ü A
paz é aspiração íntima de muitos, mesmo dos que se encontram dominados por
conflitos. Para alcançar a harmonia, é preciso aprender a receber vitória e
derrota com equanimidade.
ü Quando
o verdadeiro amor toca o coração de alguém, cessam as críticas e as exigências
pessoais. És parte do Todo e poderás sentir o delicado amor das suas funções
excelsas. Quem em sua vida se conduz com medidas exatas sabe chegar a tempo.
ü Permite
que a luz da devoção penetre tua consciência. Não te desligues da oração. Assim
te fortalecerás. Pode-se, a cada momento, redescobrir a vida de oração. Não vês
a importância de ser uma tocha de luz nos ambientes que frequentas? A devoção
faz arder o Fogo que eleva a humanidade.
ü É no verdadeiro amor ao Criador que poderás
viver o correto amor às criaturas. Infinito caminho que, a cada etapa, mais
belo se revela! Vives tempos de despertar.”
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de junho de 2015, caderno O.PINIÃO, página 22).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de abril
de 2015, caderno OPINIÃO, página 9,
de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista,
e que merece igualmente integral transcrição:
“Importância
dos jornais
Martin Sorell, fundador
e presidente da WPP, maior empresa de publicidade do mundo, afirmou
recentemente que a corrida das agências de publicidade para o meio digital pode
ter sido exagerada. Em evento da Broadcasting Press Guild, em Londres, Sorrell
frisou que as mensagens de anunciantes veiculadas em jornais e revistas podem
ter índice de retenção maior em relação aos apresentados somente em meios
digitais.
Segundo
o jornal The Times of London, os
comentários do executivo marcam uma mudança de visão em relação à mídia
tradicional. No passado, Sorrell havia declarado que seus clientes gastavam uma
parte muito grande do orçamento em mídia impressa, considerando que muitos dos
leitores estavam migrando para os meios digitais. Agora, no entanto, ele
salienta que o uso dos veículos de comunicação tradicionais é muito importante,
pois a relação do leitor com os conteúdos é diferente. “Há uma discussão neste
momento sobre a eficiência dos jornais e revistas e como ambos, mesmo em seu
formato tradicional, talvez sejam mais eficientes do que se tem considerado
ultimamente”, concluiu o executivo.
A
autocrítica do fundador da WPP repercutiu no mercado brasileiro. Nizan Guanaes,
experiente publicitário, publicou anúncio de página inteira jornal sobre a necessidade
de os líderes trabalharem duro e inovarem para a superação da crise econômica
do país. Sobre a decisão de publicar sua opinião na forma de anúncio, Nizan
afirmou: “Anuncio em jornal porque jornal funciona”. Vale o registro.
Jornais
e revistas são muito eficazes. O mercado anunciante e a sociedade não podem
ficar reféns de certas tendências que ameaçam não apenas um modelo tradicional
de comunicação, mas a própria democracia. Alguém consegue imaginar o que seria
do Brasil sem a presença de um jornalismo independente? A agenda da luta contra
a corrupção não é fruto do acaso. As redes sociais, com grande eficácia,
repercutem pautas, denúncias e reportagens que nasceram nas redações dos
jornais e revistas. Os jornais têm um papel insubstituível na saga brasileira.
A preservação do jornalismo não depende só do empenho das empresas de
comunicação. Depende de todos nós: dos leitores, dos anunciantes, da indústria,
do mercado financeiro, do agronegócio, de todos os que, de fato, acreditam no
Brasil.
Nós,
jornalistas, precisamos fazer autocrítica. É preciso escrever para os leitores,
e não para os colegas. Algumas matérias parecem produzidas numa bolha. Falam
para si mesmos e para um universo cada vez mais reduzido, pernóstico e
rarefeito. O jornal precisa ter a sábia humildade de moldar o seu conceito de
informação, ajustando-o às autênticas necessidades do público a que se dirige.
Falta
humildade, sem dúvida. Mas falta, sobretudo, qualidade. O nosso problema, ao
menos no Brasil, não é a falta de mercado, mas de incapacidade de conquistar
uma multidão de novos leitores. Ninguém resiste à matéria inteligente e
criativa.
A
revalorização da reportagem e o revigoramento do jornalismo analítico devem
estar sempre entre as prioridades estratégicas. É preciso seduzir o leitor com
matérias que rompam com a monotonia do jornalismo declaratório. A ótica
jornalística é, e deve ser, fiscalizadora. Mas é preciso reservar espaço para a
boa notícia. Ela também existe. E vende jornal. O leitor que aplaude a denúncia
verdadeira é o mesmo que se irrita com o catastrofismo que domina muitas de
nossas pautas.
Precisamos,
enfim, de combater a síndrome ideológica que ainda persiste em alguns guetos
anacrônicos. Seu exemplo mais acabado é a patologia dos rótulos. Insiste-se,
teimosamente, em reduzir a vida à pobreza de quatro qualificativos: direita,
esquerda, conservador e progressista. A boa reportagem é sempre substantiva. O
adjetivo é o adorno da desinformação.
O
leitor quer informação clara, corajosa, bem apurada. Não devemos sucumbir à
tentação do protagonismo. Não somos construtores de verdades. Nosso ofício,
humilde e grandioso, é o de iluminar a história.
Os
jornais têm futuro. E o Brasil precisa deles.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes,
incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise
de liderança de nossa história – que é de ética,
de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas
educacionais, governamentais, jurídicas,
políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de
modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais
livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente
desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o
combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito subiu 1,7 ponto percentual em abril e atingiu
347,5% ano ano...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
simples divulgação do balanço auditado da Petrobras, que, em síntese, apresenta
no exercício de 2014 perdas pela corrupção de R$ 6,2 bilhões e prejuízos de R$
21,6 bilhões, não pode de forma alguma significar página virada – eis que são valores simbólicos –, pois em nossos
515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes,
desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então,
a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, e
segundo o estudo “Transporte e Desenvolvimento – Entraves Logísticos ao
Escoamento de Soja e Milho, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte,
se fossem eliminados os gastos adicionais devido a esse gargalo, haveria uma
economia anual de R$ 3,8 bilhões...);
c) a
dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2015, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(apenas com esta rubrica, previsão de R$
868 bilhões), a exigir IMEDIATA,
abrangente, qualificada e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e
nem arrefecem o nosso entusiasmo e
otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação
verdadeiramente participativa, justa,
ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os
projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização,
da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da
inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo
mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
O
BRASIL TEM JEITO!...