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sexta-feira, 24 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS TECNOLOGIAS, BOA GOVERNANÇA E PRODUTIVIDADE NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A ESPIRITUALIDADE TRANSFORMADORA NA SUSTENTABILIDADE


“Minas 4.0: por uma agenda disruptiva pós-pandemia
        A experiência dolorosa vivenciada com a pandemia e as restrições ao convívio social acabaram por impor a adoção de soluções tecnológicas e inovadoras em diversas áreas. Agora mesmo transformações estão acontecendo em empresas, escolas, bancos e governos em resposta à pandemia. A telemedicina está sendo implementada em larga escala. Milhões de pessoas estão sendo contempladas pelo auxílio emergencial via banco digital. O teletrabalho está sendo massificado, e uma série de empresas, clubes, escolas e governos lutam para adotar modelos de gestão e processos mais inovadores e digitais.
         Por sua vez, o mundo está repleto de ações que podem servir de inspiração para a adoção de um novo paradigma. A Estônia é o exemplo mais famoso. Naquele pequeno país báltico, que foi apelidado de “república digital”, acontece uma revolução. Hoje, o cidadão e a economia da Estônia são amplamente beneficiados por um amplo programa de tecnologia digital em larga escala: o E-Estônia. Lá, o governo e a sociedade se preparam para o futuro, tendo universalizado o acesso à internet ainda no século passado e as interações entre cidadãos e governo por meio digital. Com isso, atualmente, apenas casamentos, registros imobiliários e uma ou outra atividade burocrática precisam ser feitos face a face. Imagine o impacto para cidadãos e empresas que a adoção maciça de uma revolução digital nos governos brasileiros causaria?
         Minas Gerais possui todas as condições para liderar um profundo processo de transformação nesta direção, com vistas a transformar nosso Estado num Estado moderno, digitalizado e infinitamente menos burocrático. Uma “Minas 4.0”, termo utilizado comumente pela indústria para simbolizar a quarta revolução industrial em curso, baseada nas transformações ocasionadas pelas novas tecnologias e que poderia ser beneficiada pela presença em Minas Gerais de uma mão de obra qualificada, universidades e empresas de ponta e instituições de representação empresarial muito atuantes.
         Minas tem pressa. Mesmo com o pacote de ajuda em aprovação no Congresso Nacional, nosso Estado será durante afetado, com uma queda vertiginosa da arrecadação. A pandemia se somará à crise estrutural mineira, aprofundada em 2019 pelo desastre de Brumadinho e pela ausência de uma profunda reforma da Previdência estadual. O quadro é absolutamente dramático. As soluções terão que ser estruturais e demandarão, de forma complementar e radical, melhorias na governabilidade, na governança e na gestão do Estado.
         Passada a pandemia, será necessário mais do que boa gestão e boa política para sairmos da grave crise fiscal, social e política a que estaremos submetidos. Precisaremos repensar o Estado e a sociedade, tendo como eixo a adoção maciça de novas tecnologias, muitas já existentes e cada vez mais acessíveis, com vistas a revolucionar a gestão do Estado e o desenvolvimento da economia mineira. É necessário imediatamente priorizar a construção de uma ampla agenda de transformação digital e tecnológica que englobe empresas, poder público e sociedade, que ajude a aumentar a produtividade dos setores públicos e privados de maneira exponencial, em especial nos setores que o Estado possua vantagens competitivas.
         Trata-se de um passo imprescindível para que, juntos com o que temos de melhor – os minérios e as mineiras, nossa cultura e nossa gente – possamos sair da mais profunda e grave crise de nossa geração e construir um projeto de desenvolvimento e de futuro para Minas Gerais.”.

(Thiago Camargo. Advogado; sócio do escritório Marcelo Guimarães Advogados e da Sinapse Consultoria e Projetos, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de abril de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Delírios de onipotência
        A expressão “delírios de onipotência” foi bem aplicada na pena sábia e na voz profética de um pregador espiritual. Configura o entendimento que possibilita melhor reconhecer de onde vêm os prejuízos amargados pela sociedade contemporânea, marcada por um ritmo insano e por afã desmedido pelo lucro, alimentando apegos e sede de poder. Condutas fundamentadas em delírios de onipotência, responsáveis por tantos descompassos ambientais, sociais e políticos. É compromisso cidadão, que não é simples, contribuir para a identificação e superação das causas fatídicas desse colapso humanitário vivido na atualidade, inclusive no âmbito da saúde. Isso exige a desmontagem da intrincada engenharia que sustenta os delírios de onipotência. Mas a cultura contemporânea alimenta a ilusão da onipotência. Com sua dinâmica sedutora, essa ilusão tem força de dominação que configura mentes e corações, promovendo o obscurantismo, o autoritarismo e a eleição de relativismos como paradigma comportamental.
         Superar os delírios de onipotência é condição inegociável e primordial para que a sociedade consiga ultrapassar o limiar de seu encarceramento autodestrutivo: dinâmicas que alimentam violências e perversidades em um mundo que tem tudo para ser justo e solidário. Desconstruir os delírios de onipotência muito contribuirá para vencer o adoecimento social, que alcança ápices nas pandemias, a exemplo da Covid-19, mal que bate à porta de todos, igualmente. Delírio de onipotência é, pois, o nome sistêmico do processo de produção de diferentes enfermidades. E quando for superado o auge desta pandemia tão sacrificante, que exige o isolamento social, lamentavelmente a humanidade ainda não terá alcançado a imunidade de que necessita, radicada no reverso deste terrível mal: os delírios de onipotência.
         A cura desse mal é um processo exigente e longo, com novas aprendizagens alicerçadas na interioridade. Um desafio para a humanidade acostumada com corrida desarvorada, o tempo todo, para se sobrepor aos outros, passando por cima de tudo e todos. Um processo que alimenta a ilusão de se achar “o dono” da palavra, das soluções. Reforça a pretensão humana de ter sempre razão, em tudo. Sustentando o autoengano de se considerar mais importante que tudo e todos. Prevalece, assim, uma perspectiva narcísica, doentia. Mede-se o próprio valor pelo que se possui, pela capacidade de gastar dinheiro, pelo poder para dar ordens aos outros.
         Percebe-se assim que as pandemias são apenas sintomas que causam medo. As doenças são enraizadas nos delírios de onipotência. Compreende-se, pois, que a esperança da superação da avassaladora pandemia da Covid-19, que parou o mundo, e de tantas outras, depende de novos hábitos e práticas organizacionais, com a indispensável consideração da vida como dom precioso. Obviamente, a referência não é somente à própria vida, mas o bem maior de todos. Novas lógicas devem inspirar o mundo do trabalho, qualificar a convivência e promover uma espiritualidade que resgate o ser humano da pequenez – manifesta nas indiferenças em relação ao outro, que é irmão, nos partidarismos que levam a escolhas equivocadas e medíocres, no formalismo asséptico que contamina processos educativos, na cultura sem força para sustentar valores fundamentais à vida.
         A condição cidadã desgastada se projeta nos delírios de onipotência, traduzidos de muitos modos nefastos, a exemplo da indiferença paralisante sobre a situação dos que mais sofrem. Essa indiferença é a que não deixa pessoas se envergonharem, mesmo convivendo com triste situação: enquanto poucos navegam em mar de dinheiro a grande maioria vive na miséria e precisa lutar, todos os dias, para sobreviver. Não menos grave é o gosto pelo autoritarismo, um produto sofisticado e perverso dos delírios de onipotência, dando espaço a psicopatias na política, na prática religiosa e nas relações interpessoais.
         Os atentados contra a democracia, valor intocável para se conquistar equilíbrio em uma humanidade plural, são graves sinais de delírios de onipotência. Combater esses delírios, vírus mortais, exige humildade – valor espiritual determinante, mas ainda distante das virtudes do ser humano. Esse valor, para ser alcançado, pede nova aprendizagem: a espiritualidade. Um novo caminho, desafiador até para religiosos – mas é preciso trilhá-lo para superar as pandemias geradas e alimentadas por delírios de onipotência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,30%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.