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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A CIDADANIA, A FACE DA INFRAESTRUTURA , OS JORNAIS E A VERDADE

“Pragmatismo e privatização

Pragmatismo significa uma filosofia utilitária no sentido de se obter êxito ou resultado bom. O pragmático é aquele que tem o objetivo de alcançar bons resultados. Quando um governo fala em privatizar uma rodovia por meio de concessões, significa que ele, impossibilitado de obter bons resultados com sua administração, faz entrega dessa rodovia por licitação à iniciativa privada confiante que ela chegará por sua conta a obter os resultados que se tornaram impossíveis de serem obtidos pela administração pública.

A decisão de privatizar estradas de rodagem ou de ferro, construir aeroportos e portos não é uma decisão simplesmente ideológica. Ela é pragmática e seletiva e, o que é importante, não é necessariamente associada a governos liberais no sentido econômico. A privatização é uma das ferramentas públicas disponíveis. Privatizar significa tentar alcançar objetivos por meio da iniciativa privada. Parodiando o líder chinês Deng Xiaoping, não deve ser importante para a população se o serviço vai ser executado por empresas particulares, pelo governo ou pela combinação de ambos. O que importa é que a obra ou serviço sejam feitas de maneira competente e atendendo aos objetivos da coletividade.

A privatização de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias que serão feitos no Brasil não deve levar os brasileiros à ideia do laissez-faire no sentido restrito da palavra. Significa que, embora o governo vá conceder à iniciativa privada aquilo que ele se julga incapaz de fazer sozinho no tempo previsto, ele não deixará de fiscalizar o que está sendo realizado, que deve ocorrer rigorosamente dentro daquilo que se espera com essas privatizações. Apenas nesses casos excepcionais o Estado será menor.

A privatização brasileira não será sinônimo de Estado pequeno, ou mínimo. Em diversos países, como a Inglaterra, Estados Unidos ou China, as disciplinações e regulações de atividades só fortificaram o Estado, que passou a se preocupar mais com a saúde e a segurança, mas não abriu mão de fiscalizar essa ações ou obras privatizadas para que todos servissem fielmente aos interesses públicos.

As privatizações de estradas requerem que o governo sempre entre em cena para evitar, por exemplo, que o pedágio cobrado não possa servir de limite para a livre circulação de veículos. É por isso que o governo determina quais preços devem ser cobrados por esses serviços.

É claro que a privatização de portos, aeroportos, rodovias ou ferrovias brasileiras deve estar sempre dentro de um planejamento integrado, podendo o governo também entrar nessa história como parceiro. As parcerias público-privadas (PPP) tão anunciadas as ministros e a presidente Dilma Rousseff não devem substituir o Estado, mas complementá-lo, para o bem do Brasil. A privatização de certas obras ou serviços públicos de infraestrutura pode significar, diferentemente daqueles que defendem a estatização pura e simples, até um Estado mais forte e competente, mas sem autoritarismos. Antes de ser contra as privatizações nas infraestruturas, deve-se é verificar se elas estão em consonância com um planejamento integrado estável e flexível. Sem as privatizações anunciadas, o papel do Brasil tanto na Copa do Mundo de 2014 como nas Olimpíadas de 2016 poderá ser um verdadeiro fiasco, não condizente com as dimensões e a importância deste país. Vamos aguardar com ansiedade o que poderá ocorrer.”

(JOSÉ ELOY DOS SANTOS CARDOSO, Economista, professor da PUC Minas e jornalista, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de setembro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O dilema dos jornais

Num mundo cada vez mais rápido e em que as informações se disseminam por múltiplos meios – graças à internet, aos tablets, ao celular e às mídias sociais –, o jornal impresso tem futuro. O dilema do jornal, com sua força na construção da democracia e seu protagonismo na agenda pública, suscitou sugestivos debates no 9º Congresso Brasileiro de Jornais, evento promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) em São Paulo.

Para sobreviver, os jornais precisam investir fortemente na qualidade de seu conteúdo. A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguarda os meios de comunicação, assim como partidos políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo de verdade, fiel à verdade dos fatos, verdadeiramente fiscalizador dos poderes públicos e com excelência na prestação de serviço, ou seremos descartados por um leitorado cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma virtual.

Há mais de uma década, falando do alto da tribuna da Associação Mundial de Jornais, Bill Gates fez um exercício de premonição. Previu que no ano 2000 não haveria mais jornais impressos. Hoje, ao contrário da sombria profecia de Gates, os diários continuam vivos. No Brasil, para além da permanência dos diários tradicionais, explodiu o fenômeno dos populares de qualidade. O novo segmento não tem apenas incorporado novos leitores. Ele, de fato, representa uma esplêndida plataforma educativa. É fascinante ler alguns depoimentos dos novos leitores. São pessoas simples, frequentemente marginalizadas do debate público, que encontraram nos populares de qualidade a porta de entrada da cidadania.

A revalorização da reportagem e o revigoramento do jornalismo analítico devem estar entre as prioridades estratégicas. É preciso atiçar o leitor com matérias que rompam a monotonia do jornalismo de registro. Menos aspas e mais apuração. O leitor quer menos show e mais informação de qualidade.

Quem tem menos de 30 anos gosta de sensações, mensagens instantâneas. Para isso, a internet é imbatível. Mas há quem queira, e necessite, entender o mundo. Para esses, deve existir leitura reflexiva, a grande reportagem.

Antes, os periódicos cumpriam muitas funções. Hoje, não cumprem algumas delas. Não servem mais para contar o imediato. E as empresas jornalísticas precisam assimilar isso e se converter em marcas multiplataformas, com produtos adequados a cada uma delas.

Há um modelo a ser seguido? Nas experiências que acompanho, ninguém alcançou a perfeição e ninguém se equivocou totalmente. O perceptível é que os jornais estão lentos para entender que o papel é um suporte que permite trabalhar em algo que a internet e a rede social não fazem adequadamente: a seleção de notícias, jornalismo de alta qualidade narrativa e literária. É por isso que o público está disposto a pagar. A fortaleza do jornal não é dar notícia, é se adiantar e investir em análise, interpretação e se valer de sua credibilidade.

Estamos numa época em que a informação gráfica é muito valiosa. Mas um diário sem texto é um diário que vai morrer. O suporte melhor para fotos e gráficos não é o papel. Há assuntos que não são possíveis de resumir em poucas linhas. E não é verdade que o público não gosta de ler. O público não lê o que não lhe interessa, o que não tem substância.

Para mim, o grande desafio do jornalismo é a formação de jornalistas. Se você for a um médico e ele disser que não estuda há 25 anos, você se assusta. Mas há jornalistas que não estudam nada há 25 anos. O jornalismo não é rotativa: o valor dele se chama informação, talento, critério. Por isso é preciso investir em jornalistas com boa formação cultural, intelectual e humanística. Gente que leia literatura, seja criativa e motivada. E, além disso, que sejam bons gestores. As competências são demasiadas? Talvez. Mas é o que nos pede um mundo cada vez mais complexo e desafiante.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de ÉTICA, de MORAL, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e mais o IMPERATIVO de matricularmos nossas crianças de seis anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês de NASCIMENTO –, até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais AVASSALADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER, a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, indubitavelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já frágil DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR à PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescente necessidades de AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO de setores como: a GESTÃO PÚBLICA; a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos); MOBILIDADE URBANA (trânsito, transporte e acessibilidade); a EDUCAÇÃO; a SAÚDE; o SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, MACRODRENAGEM urbana, logística REVERSA); MEIO AMBIENTE; HABITAÇÃO; ASSISTÊNCIA SOCIAL; PREVIDÊNCIA SOCIAL; EMPREGO, TRABALHO e RENDA; SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL; SEGURANÇA PÚBLICA; FORÇAS ARMADAS; POLÍCIA FEDERAL; DEFESA CIVIL; SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; LOGÍSTICA; AGREGAÇÃO DE VALOR às COMMODITIES; MINAS e ENERGIA; CIÊNCIA, TECNOLOLOGIA e INOVAÇÃO; COMUNICAÇÕES; TURISMO; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO; ESPORTE, CULTURA e LAZER; QUALIDADE (planejamento, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade), entre outros...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS e abundantes RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das empresas, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERNÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...