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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A CIDADANIA E A CAPACITAÇÃO DE JOVENS

“58. Por certo, o investimento em capital humano, embora deva se concentrar, no curto prazo, no ensino fundamental, não pode ignorar outras exigências, com as de qualificação e requalificação profissional. Para mudar significativamente o perfil da qualificação da força de trabalho é equivalente. O trabalhador contemporâneo, empregado ou autônomo, deve ser capaz de ler um jornal, mas também de ler (e entender) um manual técnico, o que requer conhecimentos básicos que não são assimiláveis em cursos suplementares de qualificação para quem frequentou apenas o ensino fundamental.”
(UMA NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL – In Fórum BRASIL SÉCULO XXI. – Instituto de Política, 1998, página 51).

Mais uma IMPORTANTE contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de fevereiro de 2010, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JONACIR DADALTO, Coordenador do Programa Aprendiz Legal da Rede Cidadã, que merece INTEGRAL transcrição:

“Capacitação de jovens

É possível pensar em um projeto que ofereça oportunidade efetiva para o jovem realizar seus projetos pessoais e profissionais; que o trate como sujeito de direitos, obrigações e como ator de transformação social; que dê a ele a oportunidade de escolhas; que facilite seu ingresso no mercado de trabalho por meio de capacitação técnica, formação profissional e desenvolvimento humano; que não veja o jovem como um pobre coitado ou um carente excluído que precisa de nossa ajuda; que efetivamente represente oportunidade de trabalho para a juventude? Nossa experiência de sete anos com o programa de aprendizagem, criado pela Lei 10.097/00, nos assegura que sim, apesar do longo caminho a percorrer para sua implantação satisfatória. Trata-se de uma política concreta, de grande alcance social para jovens de 14 a 24 anos, pois tem foco na educação e se baseia na formação teórica e na aprendizagem prática em ambiente empresarial.

Vejamos algumas informações e características que demonstram o sucesso e a ação transformadora do programa. Antes de ser contratado, o jovem recebe preparação básica para iniciar bem a aprendizagem prática na empresa e a aprendizagem teórica na entidade formadora. Os educadores e os materiais didáticos asseguram formação humana e cidadã simultaneamente com a formação nas empresas. Depois do término da aprendizagem, há encaminhamento para o mercado de trabalho. As empresas que recebem os jovens, em muitos casos, vão além de cumprir a lei. Aceitam o desafio de facilitar o ingresso do jovem no mundo do trabalho como meio de transformar sua realidade pessoal e social. Não estão apenas gerando empregos, mas permitindo a formação profissional do jovem sem comprometer seus estudos e seu desenvolvimento como pessoa. Têm a convicção de que estão preparando futuros profissionais e cidadãos para elas ou para o mercado. Logo, percebem que capacitar jovens e gerar empregos ainda é o melhor projeto social entre suas ações de responsabilidade social corporativa.

A capacitação teórica desenvolvida pela entidade formadora oferece um conjunto de conceitos, valores, discussões e dinâmicas que mostram os caminhos e escolhas possíveis para esses jovens cheios de energia, projetos e vontade de vencer. Trabalha-se com foco na formação humana e cidadã desses jovens, que, somada à aprendizagem prática na empresa, fará a diferença depois de um período médio de 18 meses de aprendizagem. Acrescenta-se ainda a avaliação e o acompanhamento feitos na empresa e na vida escolar e familiar do adolescente. Constatamos que, antes mesmo de término da aprendizagem, muitos deles já estão frequentando o ambiente universitário, uma conquista extraordinária para pessoas que jamais teriam essa oportunidade não fosse a disposição das empresas em recebê-los para a primeira experiência profissional e estimulá-los a dar continuidade aos estudos. Como consequência, os jovens têm acesso a um ambiente e a novas informações que contribuem para melhorar a qualidade das atividades desenvolvidas e que os fazem acreditar que é possível crescer, mudar, amadurecer e perceber que um futuro melhor está a seu alcance. O impacto para os que concluem a aprendizagem é extraordinário; somente no aspecto financeiro, representa uma diferença salarial em torno de 30% acima do que recebe um jovem que não passa pelo programa, já no primeiro ano de trabalho.

Quanto ao potencial da aprendizagem, esse é enorme. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), se todas as empresas cumprissem a cota mínima de 5% de aprendizes, incidente sobre as funções que exigem formação profissional, o Brasil teria cerca de 1,3 milhão de vagas. A Associação de Atletas pela Cidadania, em conjunto com o TEM e outras entidades lançaram, em 2007, o desafio de alcançar 800 mil aprendizes contratados até este ano. Hoje, temos cerca de 170 mil e a distância para a meta estabelecida é mais um motivo para fazermos uma grande mobilização nacional em torno dessa causa. Minas Gerais, graças a atuação eficiente da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MG), é um dos estados que lideram o esforço de atingir essa meta e fazer do programa uma das políticas mais efetivas de transformação social. Estamos certos de que as empresas, as entidades, o governo e a sociedade saberão valorizar cada vez mais essa política em prol da juventude do país. Os resultados justificam todo esforço que for feito.”

São, pois, desafios como estes que nos MOTIVAM e FORTALECEM numa grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, congregando as FORÇAS VIVAS da SOCIEDADE na construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que propicie a PARTILHA das EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS nacionais com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, e, sabemos, especialmente em PROL do ESFORÇO – sem TRÉGUAS – pela EDUCAÇÃO INTEGRAL da nossa JUVENTUDE.

Este é o nosso SONHO, a nossa LUTA, a nossa FÉ e nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...