“O
começo da liberdade verdadeira
começa no controlar dos sentidos
Segundo o sábio grego,
Platão, há duas doenças principais alma: uma é a loucura, a outra é a
ignorância. Prazeres e dores excessivos são graves fatores de desequilíbrio. O
caminho do meio é encontrado usando-se de sobriedade, discernimento e espírito
de serviço. Não há outra alternativa, por enquanto, neste planeta Terra.
Experimentar prazeres ou sofrimentos intensos, como experimenta a maioria dos
homens de hoje, leva à loucura, com o tempo; assim terminam quase todos, após
insistirem por várias encarnações em preceitos tão falsos.
Ainda
segundo Platão, há homens tido como perversos, mas que na verdade estão loucos.
Como podemos perceber, nem sempre a visão interna combina com os conceitos
médicos, psicológicos ou sociológicos.
Sabe-se,
que ninguém é ignorante e vicioso porque quer, ou pelos motivos que a ciência
terrestre supõe conhecer. Se o homem é assim, isso acontece por disposições
negativas de certos elementos materiais terrestres que entraram na sua
composição na época que foi formado. Ainda segundo Platão, na vida comum de
quase todos, “o homem, de fato, tem o vício como inimigo, mas o vício
ocorre-lhe apesar de tudo”. Assim o eu interior pode sofrer de grandes
limitações em sua atuação no mundo tridimensional por causa do consciente
esquerdo, ou lado racional do homem. O intelecto humano já amadureceu o suficiente
para perceber essas coisas. Assim, encontrará forças para repelir de si próprio
o que achar necessário evitar.
“Mas
foi do lado de cima que o Deus construtor suspendeu nossa cabeça e deu a todo o
corpo a sua posição vertical”, disse Platão. Mas o homem desde o princípio,
ficou fora das leis: fez uso apenas da parte inferior do seu ser, chegando a
desgastá-lo. Segundo Platão, “quando um homem cultivou em si mesmo o amor da
ciência e dos pensamentos verazes, quando, de todas as suas faculdades, exerceu
principalmente a capacidade de pensar nas coisas imortais e divinas, um tal
homem, se vier a tocar a verdade, é sem dúvida um homem necessário que, na
medida em que a natureza humana pode participar da imortalidade, dela possa
usufruir inteiramente”.
Os sentidos
externos foram moldados a partir da influência de ambientes pelos quais a vida
do homem foi passando durante a formação do seu ser tridimensional, parte sua
que deveria viver sobre a Terra. Superficial, pois, é a capacidade de percepção
desses sentidos. Todos os seus órgãos foram feitos em função de uma consciência
objetiva e, portanto, precisam ser transformados e dotados de capacidade de
interiorização.
Os
sentidos serão capazes de levar o homem a perceber o mundo interior, e ele,
assim, passará a reconhecer a sua própria condição de espírito. Às pessoas que
sabem que o espírito tem um corpo sutilíssimo deve ser dada a oportunidade de
aperfeiçoamento ao máximo a percepção interna. A Entidades ou Energias pura
apenas gradualmente irão se apresentando sem forma ao homem. Só abandonarão
totalmente as formas quando ele deixar de alimentar expectativas. É algo
evolutivo, sutilmente educativo, através do qual todo conceito criado no mundo
tridimensional a respeito de Instrução cai por terra. A educação, não consiste
na transmissão de conhecimentos teóricos e formais, mas numa ajuda e num
estímulo para que o ser interior vá se aproximando, pela própria experiência e
íntimo movimento, de realidades cada vez mais profundas.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 23 de setembro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 16) – Nota do jornal:
‘Ao falecer, no último dia 15, Trigueirinho deixou dois artigos, que estão
sendo publicados por O TEMPO neste e
no próximo domingo.’
Mais uma importante
e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado
no jornal ESTADO DE MINAS, edição de
18 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO,
página 9, de autoria de REYNALDO BOSCHI,
coach de alta performance, e que merece igualmente integral transcrição:
“O
poder profissional do coaching
Empresários, líderes,
profissionais liberais e atletas que fazem a diferença em seu ramo de atuação,
pela capacidade de focar e obter consistentemente resultados expressivos, já
passaram ou passam pelo processo de coaching. Coaching é uma ferramenta poderosa
que ajuda os profissionais a escapar das armadilhas paralisantes do mundo
mental, levando-os a sair do campo das ideias e a entrarem em ação,
transformando reflexões em realidade.
Coach,
termo em inglês comumente traduzido por treinador, carrega um significado bem
mais profundo. Treinador, no Brasil, é uma expressão imediatamente ligada ao
esporte e, no mais popular deles, o futebol, é sinônimo de técnico. No mundo
corporativo e esportivo, coach significa bem mais do que apenas ensinar a
aplicação de técnicas ou a transmissão de determinados conhecimentos e
práticas.
O
processo de coaching trabalha em uma realidade de 360 graus, permitindo à
pessoa se avaliar não mais como um ente isolado, mas como alguém capaz de
enxergar suas potencialidades dentro do ambiente corporativo. Nessa abordagem,
os pontos cegos podem ser facilmente identificados, evidenciando-se as mudanças
individuais e coletivas que precisam ser feitas para que melhores resultados
apareçam.
Essas
mudanças passam pelo aprimoramento da comunicação, de modo que os objetivos
comuns se harmonizem pelo uso de uma linguagem comum. Não basta “estarem todos
na mesma página”. É fundamental que os termos usados na comunicação tenham,
para todos, o mesmo significado.
No
processo de coaching, o cliente é levado a fazer uma pesquisa reflexiva e
ativa, de modo a descobrir os mais promissores rumos e planos de ação. As
mudanças significativas precisam ser reconhecidas como tais por todos
envolvidos no processo.
Coaching
é um poderoso catalisador de um novo e espetacular ciclo de crescimento pessoal
na carreira e na vida de um empresário, executivo ou atleta. No processo de
treinamento, são erradicadas crenças arraigadas que podem até ter sido úteis,
ajudando a pessoa a chegar aonde chegou, mas, no atual momento, se tornaram
barreiras, impedindo-a de avançar, inibindo a busca de soluções para o negócio
e a carreira.
Pessoas
que já passaram pelo processo de coaching afirmam que é um excelente meio
reflexivo, que potencializa a entrada em ação, com a busca das soluções para o
alcance de resultados positivos. O trabalho não se dá por imposição e, sim,
pela construção consciente de mudanças, respeitando sempre o momento de cada
pessoa.
A alta
performance, o desempenho espetacular evidente é o objetivo do processo de
coaching. O foco nesse objetivo e as ações para se chegar a ele tornam muito
mais exequível definir e atingir metas cada vez mais ambiciosas. A tomada de
decisões sob forte pressão emocional das variáveis externas e em frações de
segundo é uma característica dos esportistas de alto desempenho. Para os
melhores, esses momentos são normais, esperados e até desejados, pois estão
mais aparelhados do que os demais para fazer a coisa certa em condições
adversas. No mundo empresarial e corporativo, esse cenário é idêntico.
Um dos
diferenciais da utilização da ferramenta coaching é que os processos são de
curta a média duração, possibilitando, muitas vezes, resultados visíveis como
menor tempo. No mundo esportivo, a duração de um processo é abalizado pela competições
e o ideal é que comece na fase inicial preparatória das mesmas.
Coaching
não é mágica e, sim, um procedimento que utiliza técnicas validadas e
cientificamente comprovadas, com as quais pessoas trabalham a construção
consciente de novos hábitos. Um pilar fundamental para os resultados é
comprometimento com o processo. O processo de coaching é um trabalho conjunto,
por meio do qual o profissional e o cliente identificam as crenças limitantes
que impedem o avanço rumo às metas que se deseja atingir. No life coaching,
temos atendimentos com foco em demandas de relacionamento, de demandas de como
lidar com o financeiro, emagrecimento e outras.
O executive coaching visa satisfazer
demandas corporativas, que podem ser trabalhadas com profissionais escolhidos
pela empresa, tanto no formato individual como em grupo. Com foco em
engajamento de equipes, aumento de vendas e outras.
O
coaching esportivo vem sendo aplicado para atletas e equipes onde o foco é o
controle e a inteligência emocional, trabalhando medos e ansiedades. Se
encaixa, perfeitamente, dentro da equipe multidisciplinar, alinhando o
potencial técnico com o equilíbrio mental.
Seja
qual for o formato mais adequado, o processo de coaching tem-se mostrado a mais
eficiente ferramenta disponível para pessoas e corporações com necessidade de
identificar e destruir as barreiras que as impedem de atingir seus mais
ambiciosos objetivos.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de
271,43% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão sendo
apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já
se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.