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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A CIDADANIA, O DESAFIO DA LOGÍSTICA E A ÂNCORA DA DEMOCRACIA

“Logística: em busca do tempo perdido

É chover no molhado dizer que a competitividade que o Brasil tanto tem buscado implica desatar os nós de sua infraestrutura, reduzir o chamado custo Brasil, ampliar e interligar de modo planejado a malha dos modais de transporte, reduzindo assim o transit time e o custo das operações logísticas que refletem no custo final dos produtos. Seria, caso este texto fosse assinado pela indústria, que vem sofrendo para somar competitividade com tantos custos e entraves. Porém, isso dito por quem opera a logística pode soar, no mínimo, inusitado.

Muito da atuação do operador logístico está em gerir toda uma cadeia, desde a chegada do insumo até a entrega do produto final em seu destino, no menor tempo e com o menor custo para o importador. Sendo assim, imagina-se que com a quantidade de entraves que a infraestrutura logística de transporte do Brasil apresenta – em portos, aeroportos, fronteiras, rodovias, ligação entre os modais –, cada vez mais a presença do especialista se faz necessária. Quanto pior o cenário, melhor para o especialista, que buscará soluções para as dificuldades.

Na verdade, os entraves logísticos compõem o custo Brasil e reduzem a competitividade do produto brasileiro. Se hoje o operador é necessário, em função das dificuldades que a indústria encontra para gerenciar o door to door em menor tempo e com o menor custo, em um cenário mais funcional, o papel do operador será ainda mais estratégico na busca do diferencial de mercado para cada produto.

O compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável foi reforçado pelo governo federal, com o anúncio de projetos práticos de investimento na infraestrutura. Tais medidas visam atender as necessidades de aumento quantitativo e qualitativo considerável da malha de transportes já a curto prazo para os dois eventos que será sediados pelo Brasil em 2014 (Copa do Mundo) e em 2016 (Olimpíadas), de início, porém com um legado maior, de crescimento sustentável. O país cresceu na última década e a malha de logística não acompanhou esse crescimento. Hoje ela claramente não é suficiente ou adequada à demanda.

Em agosto, o governo federal lançou a primeira etapa de um novo pacote de concessões para incentivar investimentos da infraestrutura do país. Esta primeira fase do chamado Programa de Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias federais e ferrovias. Com concentração excessiva no transporte rodoviário de cargas (mais de 75% das mercadorias vão por rodovias), as barreiras desse modal são as condições das estradas, as variações no preço do combustível, e a incidência de roubo de carga, fatores que acabam encarecendo o frete.

Já no caso dos aeroportos nacionais, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que 17 dos 20 principais aeroportos do país, ou 85%, estão em situação crítica. Nos portos, a situação é parecida: o contrato de mais de 77 terminais portuários em 15 portos – entre eles os de Santos e Rio de Janeiro – vencerão no ano que vem e não serão prorrogados. Há que se evidenciar melhorias na malha ferroviária, a partir de investimentos privados. Porém, pelas dimensões do país, ainda há muito que fazer.

É preciso pensar também na questão da mão de obra qualificada para atender todo esse “desenvolvimento e aprimoramento logístico”, que vai muito além da simples ligação entre sistemas modais. É possível até que, num primeiro momento, o país precise buscar profissionais no exterior ou quem sabe enviar nosso pessoal para se capacitar lá fora. Esta é a hora e a vez de o Brasil mostrar a que veio, principalmente quanto ao nosso preparo a fim de ampliar a competitividade nacional.

O importante é não perder de vista a ligação entre infraestrutura, operação e logística, sabendo sempre que uma depende da outra para chegar ao próximo porto, aeroporto, rodovia e ferrovia, sempre pensando no menor custo e melhor atendimento. É como dizem, vamos arregaçar as mangas e correr literalmente atrás do tempo perdido em busca de um presente melhor e mais alinhado para todos.”

(RODRIGO SEABRA, Diretor de vendas da Latam, BDP International, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de outubro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, Diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra (Espanha), e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Âncora da democracia

As virtudes e as fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos leitores. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros desvios que conspiram contra a qualidade dos jornais. Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite, num pomposo tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É uma bobagem.

Jornalismo não é uma ciência exata e jornalistas não são autônomos. Além disso, não se faz bom jornalismo sem emoção. A frieza não é humana e, portanto, antijornalística. A neutralidade é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias. A imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que conta.

Mas a busca pela isenção enfrenta a sabotagem da manipulação deliberada, a falta de rigor e o excesso de declarações entre aspas. O jornalismo engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não combinam. Trata-se de uma mescla, talvez compreensível e legítima nos anos sombrios da ditadura, mas que, agora, tem a marca do atraso e o vestígio do sectarismo.

O militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são sempre mais importantes que as perguntas. A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos.

O bom repórter é um curioso em essencial, um profissional que é pago para se surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalismo ético esquadrinha a realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.

Todos os manuais de redação consagram a necessidade de ouvir os dois lados de um assunto. Trata-se de um esforço de isenção mínimo e incontornável. Mas alguns desvios transformam um princípio irretocável num jogo de cena.

É necessário cobrir os fatos com uma perspectiva mais profunda. Convém fugir das armadilhas do politicamente correto e do contrabando opinativo semeado pelos profetas das ideologias.

A precipitação e a falta de rigor são outros vírus que ameaçam a qualidade da informação. A manchete de impacto, oposta ao fato ou fora do contexto da matéria, transmite ao leitor a sensação de uma fraude.

Mesmo assim, os jornais têm prestado um magnífico serviço no combate à corrupção e na construção da democracia. Alguém imagina que o saldo extraordinário do julgamento do mensalão teria sido possível sem uma imprensa independente? Os reus do mensalão podem fazer absurdas declarações de inocência, desmentidas por um conjunto sólido de provas. Podem até mesmo manifestar desprezo pelas instituições da República. Para o ex-presidente Lula, por exemplo, o povo não está interessado no mensalão, mas no desempenho do Palmeiras. A declaração, lamentável, pode até corresponder ao atual estágio da consciência política de grandes parcelas da sociedade. Mas o julgamento do mensalão, ao contrário do que pensa Lula, vai mudar muita coisa. Vai, sobretudo, dar um basta ao pragmatismo aético que tanto mal tem feito ao Brasil.

O mensalão, que Lula pateticamente insiste em dizer não existiu, não foi uma invenção da imprensa. Foi o resultado acabado de uma trama criminosa articulada no seu governo. A imprensa apenas cumpriu o seu papel de denúncia e de cobrança. É sempre assim. Foi assim com Collor. E será assim no futuro. Jornais de credibilidade oxigenam a democracia. As tentativas de controle da mídia, abertas ou disfarçadas, são sempre uma tentativa de asfixiar a liberdade.

Num momento de crise no modelo de negócio, evidente e desafiante, o que não podemos é perder o norte. E o foco é claro: produzir conteúdo de alta qualidade técnica e ética. Só isso atrairá consumidores, no papel, no tablet, em qualquer plataforma. E só isso garantirá a permanência da democracia.

O jornalismo tropeça em armadilhas. Nossa profissão enfrenta desafios, dificuldades e riscos sem fim. E é aí que mora o desafio.”

Eis, portanto, mais páginas contendo IMPORTANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de ÉTICA, de MORAL, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) – e mais o IMPERATIVO de matricularmos nossas crianças de seis anos na 1ª série do ENSINO FUNDAMENTAL, independentemente do mês do NASCIMENTO –, até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização,mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II – a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a ocasionar INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INTOLERÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a confiança em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE, a HONESTIDADE e o AMOR à PÁTRIA, ao lado de extremas e sempre crescentes necessidades de AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO de setores como a GESTÃO PÚBLICA; a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a EDUCAÇÃO; a SAÚDE; o SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, MACRODRENAGEM urbana, logística REVERSA); o MEIO AMBIENTE; a MOBILIDADE URBANA (trânsito, transporte, acessibilidade); a ASSISTÊNCIA SOCIAL; PREVIDÊNCIA SOCIAL; MORADIA; EMREGO, TRABALHO e RENDA; SEGURANÇA PÚBLICA; FORÇAS ARMADAS; POLÍCIA FEDERAL; DEFESA CIVIL; LOGÍSTICA; AGREGAÇÃO DE VALOR às COMMODITIES; SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL; MINAS e ENERGIA; CIÊNCIA, TECNOLOGIA e INOVAÇÃO; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO; TURISMO; SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; COMUNICAÇÕES; ESPORTE, CULTURA e LAZER; a QUALIDADE (planejamento, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade, criatividade, produtividade, competitividade), entre outros...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS e generosas RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODAS as BRASILEIRAS e com TODOS os BRASILEIROS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das empresas, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da LIBERDADE, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ, a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...