“O
despertar para a energia do espírito transforma a razão humana
A atual etapa da vida
na superfície da Terra busca elevar o potencial energético da humanidade a
níveis que tornem possível a expressão da pura Vida Espiritual.
O
despertar consciente para a energia do espírito é fruto de um chamado tão
potente que ensurdece o indivíduo a todos os clamores do mundo; cega-o a todas
as formas, revelando-lhe outra face da vida. Esse chamado transforma a sua
razão humana e permite que, na quietude, o amor finalmente se dê a conhecer.
Então,
uma voz silenciosa, voz que não é a da consciência ordinária, passa a falar-lhe
– e ele pode perceber nitidamente que essa foz segue leis superiores, espirituais,
nas quais deve engajar-se se quiser prosseguir no seu aprofundamento.
Para
que os limites do mundo tridimensional não sejam barreiras para um trabalho
consciente, em comunhão com as energias elevadas dos planos internos, é
necessário, entre outras coisas, que o indivíduo já tenha um corpo emocional
amadurecido e que, por meio dele, já estejam circulando livremente energias de
clareza e equilíbrio.
Portanto,
a pureza e a ausência de interesse por fenômenos são a lança e o escudo de todo
aquele que ingressa nesses campos, e devem estar à mão para que possa
sobreviver às batalhas que terá pela frente.
O
psiquismo terrestre, área de intrincadas teias, arrasta os indivíduos para uma
via interior vegetativa. Nesse estado, eles passam a se alimentar das energias
da ilusão que aí vivem e deixam-se levar por elas. O fanatismo e as deturpações
experimentadas por aqueles que não trazem a energia do equilíbrio consolidada
em seu interior são consequências normalmente encontradas nesse processo.
Outra
ilusão que pode surgir, dessa vez nos que já possuem formação e preparo mais
profundos, mas que ainda mantêm a consciência enovoada por energias do plano
mental, é crer que, com a própria mente, podem abarcar a essência da vida
material. Muitos desses indivíduos trazem uma considerável bagagem de ambição e
devem deixar que a pura entrega se desenvolva em seu interior, sendo essa a
chave para percorrerem caminhos verdadeiramente espirituais.
Quando
as camadas mais densas dos níveis pessoais já não têm poder para conduzir e
energia do indivíduo, ele se torna apto a manifestar na vida externa a
irradiação da alma. O espírito o atrai para que a energia possa refletir-se de
forma transparente e límpida, e é dessa pura expressão que nasce a sua tarefa e
a sua realização no âmbito em que lhe está sendo indicado trabalhar.
O
espírito, ao contrário do que muitos ainda creem, não vem para criar nada, mas
sim para ser aquilo para o que foi criado.
Diz a
Instrução: Mais seguro do que se lançar por novos mares é navegar por águas
conhecidas. Porém, os que seguem apenas em rotas seguras jamais terão a graça
de ver novos horizontes, não desfrutarão de um alimento fresco, e se suprirão
apenas do que há muito lhes foi dado.
É
preciso, portanto, aprender a lidar com o inusitado, e deixar de basear-se no
que já está consagrado pelos homens.
Se
aquele que aspira à vida espiritual e à transformação se apercebesse do quanto
é provado em seu viver diário, e de como a cada momento seus pensamentos e
sentimentos ou confirmam sua determinação em prosseguir no caminho ou o
arrastam alhures, muito maior vigilância teria sobre seus veículos e com rédeas
curtas os conduziria na estreita senda da retidão.”
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de setembro de 2015, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de
setembro de 2015, caderno OPINIÃO, página
7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI
FRANCO, Diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional
de Ciências Sociais (IICS), doutor em comunicação pela Universidade de Navarra
(Espanha), e que merece igualmente integral transcrição:
“Jornalismo
e violência
Impressiona-me o
crescente espaço destinado à violência nos meios de comunicação. Catástrofes,
tragédias, crimes e agressões recorrentes, como chuvaradas de verão, compõem
uma pauta sombria e perturbadora. A violência não é uma invenção da mídia. Mas
sua espetacularização é um efeito colateral que deve ser evitado. Não se trata
de sonegar informação. Mas é preciso contextualizá-la. A overdose de violência
na mídia pode gerar fatalismo e uma perigosa resignação. Não há o que dizer,
imaginam inúmeros leitores, ouvintes, telespectadores e internautas. Acabamos,
todos, paralisados sob o impacto de uma violência que se afirma como algo
irrefreável e invencível. E não é verdade.
Os que
estamos do lado de cá, os jornalistas, carregamos nossas idiossincrasias.
Sobressai, entre elas, certa tendência ao catastrofismo. O rabo abana o
cachorro. O mote, frequentemente usado para justificar o alarmismo de certas
matérias, denota, no fundo, a nossa incapacidade para informar em tempos de
normalidade. Mas, mesmo em épocas de crise (e estamos vivendo uma gravíssima
crise de segurança pública), é preciso não aumentar desnecessariamente a
temperatura. O jornalismo de qualidade reclama um especial cuidado no uso de
adjetivos. Caso contrário, a crise real pode ser amplificada pelos megafones do
sensacionalismo. À gravidade da situação, inegável e evidente, acrescenta-se
uma dose de espetáculo e uma indisfarçada busca de audiência. O resultado final
é a potencialização da crise. Alguns setores da imprensa têm feito, de fato,
uma opção preferencial pelo negativismo. O problema não está no noticiário da
violência, mas na miopia, na obsessão pelos aspectos sombrios da realidade.
Precisamos,
ademais, valorizar editorialmente inúmeras iniciativas que tentam construir
avenidas ou ruelas de paz nas cidades sem alma. A bandeira a meio pau
sinalizando a violência não pode ocultar o esforço de entidades, universidades
e pessoas isoladas que, diariamente, se empenham na recuperação de valores
fundamentais: o humanismo, o respeito à vida, a solidariedade. São pautas
magníficas. Embriões de grandes reportagens. Denunciar o avanço da violência e
a falência do Estado no seu combate é um dever ético. Mas não é menos ético
iluminar a cena de ações construtivas, frequentemente desconhecidas do grande
público, que, sem alarde ou pirotecnias do marketing, colaboram, e muito, na
construção da cidadania. É fácil fazer jornalismo de boletim de ocorrência. Não
é tão fácil contar histórias reais, com rosto humano, que mostram o lado bom da
vida.
A
juventude, por exemplo, ao contrário do que fica pairando em algumas
reportagens, não está tão à deriva. A delinquência está longe de representar a
maioria esmagadora da população estudantil. A juventude real, perfilada em
várias pesquisas e na eloquência dos fatos, está identificando valores como a
amizade, família, trabalho. Há uma demanda reprimida de normalidade. Superadas
as fases do fundamentalismo ideológico, marca registrada dos anos 1960 e 1970,
e o oba-oba produzido pela liberação dos anos 1980 e 1990, estamos entrando num
período mais realista e consistente. A juventude batalhadora sabe que não se
levanta um país na base do quebra-galho e do jogo de cintura. O futuro depende
de esforços pessoais que se somam e começam a mudar pequenas coisas. É preciso
fazer o que é correto, e não o que pega bem. Mudar os rumos exige, sobretudo, a
coragem de assumir mudanças pessoais.
A nova
tendência tem raízes profundas. Os filhos da permissividade e do jeitinho
sentem intensa necessidade de consistência profissional e de âncoras éticas. O
Brasil do corporativismo, da impunidade do dinheiro e da força do sobrenome
vai, aos poucos, abrindo espaço para a cultura do trabalho, da competência e do
talento.
A
violência está aí. E é brutal. Mas também é preciso dar o outro lado: o lado do
bem. Não devemos ocultar as trevas. Mas temos o dever de mostrar as luzes que
brilham no fim do túnel. A boa notícia também é informação. E, além disso, é
uma resposta ética e editorial aos que pretendem fazer do jornalismo um refém
da cultura da violência.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a)
a educação
– universal e de qualidade –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República
proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução
educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do
país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da
justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da
sustentabilidade...);
b)
o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a
estratosférica marca de 350,79% ao ano; e mais, também em agosto, o IPCA
acumulado nos últimos doze meses chegou a 9,52%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo
Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos
os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune
à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais.
De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e
do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de
burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)
a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com projeção para 2015, apenas segundo a proposta do
Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros,
encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão
de R$ 868 bilhões), a exigir alguns
fundamentos da sabedoria grega:
-
pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”