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quarta-feira, 17 de julho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO HUMANA E OS OLHOS DO SACERDÓCIO ILUMINANDO AS MUDANÇAS ESTRUTURAIS NA SUSTENTABILIDADE


“Combater a tirania é valorizar a educação
        Toda barbárie advém da ignorância. Meramente, não da falta de cortesia, mas, principalmente, do acesso ao conhecimento e às escolas. Combater o despotismo e os erros é, acima de tudo, colocar a educação, indiscutivelmente, como prioridade inexorável em nosso país. A história da educação no Brasil é bastante desconexa aos princípios de desenvolvimento. No passado, desde a coroa portuguesa nos primeiros ordenamentos educacionais, somente barões e coronéis é que tinham condições de dar acesso às escolas aos seus filhos. A ideologia de exploração trouxe inúmeros atrasos/retrocessos que, consequentemente, pagamos até os dias atuais.
         A idealização das classes dominantes é que seus descendentes estudassem para a conquista de mais riquezas e não para a ampliação do desenvolvimento e a democracia no nosso território. A questão da educação precisa ser amplamente discutida com a sociedade. Investir em educação, na atualidade, é esperar por resultados demorados. Ao pensarmos nos investimentos em educação no Brasil, em comparação a outros países, ainda temos um longo caminho a percorrer. Quase metade do orçamento federal é destinada, todos os anos, ao pagamento do principal e dos juros da dívida pública. Esse comprometimento do orçamento prejudica a saúde, a cultura, a cultura, a segurança pública e, também, a educação.
         A tão sonhada lei de responsabilidade educacional, que poderia admitir e instituir a articulação de metas no âmbito da União, estados e municípios, permitiria um maior compromisso dos agentes e entes públicos com a qualificação e a ampliação dos espaços educacionais. Se quisermos um aumento da qualificação do modelo de educação adotado no país, este deveria ser melhorado a partir do imediato compromisso conjunto de todos os entes federados e a participação da sociedade. A decisão, por parte do governo, em cortes no orçamento da educação reduz ainda mais, investimentos na qualificação e no aperfeiçoamento de gestores e no avanço de pesquisas científicas. Uma praxe dos executivos que agora assumem compromissos financeiros de longuíssimos prazos, comprometendo toda a máquina pública. A educação, por princípio e método, é o alicerce de todas as expectativas de melhoramento da sociedade. A ciência educacional nos envolve a analisar o humano dentro de suas concepções e atitudes, observando suas limitações, desejos e angústias, e buscando, acima de tudo, o desenvolvimento. Avançar sem medida, sempre junto, com e pelo ser. Olhar de forma diferenciada as particularidades humanas e focar no principal, o bem-estar do ser humano, de forma integral. Uma educação que não aumenta a expectativa de qualidade de vida da população é o significante incontestável de um conhecimento sem liberdades emancipatórias, pois apenas transforma o dominado em dominador e o oprimido em opressor.”.

(THALES AGUIAR. Jornalista e escritor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de julho de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 12 de julho de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Onde se abrem
      os olhos?
        Um amigo escritor responde a essa pergunta, de modo magistral e com propriedade, com força para incomodar qualquer coração sensível. Ele diz: “É por dentro das coisas que as coisas são. O mergulhador abre os olhos dentro do mar. O alpinista abre os olhos não além da montanha, mas dentro dela, partindo dela. Os viajantes modernos atravessam o interior das nuvens. É por dentro que as coisas se revelam. O orante abre os olhos dentro de Deus”. É preciso abrir os olhos. Olhos fechados não permitem ver o que é preciso e, assim, produzem indiferenças responsáveis por comprometimentos de pequenas e grandes coisas. Comprometimentos da palavra dada e não cumprida até as indiferenças que ameaçam a paz em todos os níveis.
         É preciso ver por dentro. Não vendo por dentro ocorrem os descompassos e prejuízos, inclusive para ofícios sacerdotais. Profissões e vocações que se pautam nos parâmetros do sacerdócio requerem uma qualificação ainda mais aprofundada, especialmente nas perspectivas humanística e espiritual. Afinal, a medida de todo sacerdócio é sempre grande e exige, sem dispensas, sob pena de desqualificação, a competência de olhar dentro do outro a quem se serve. Há uma medida comum de todo sacerdócio, consideradas as diferenças de contextos e circunstâncias. Essa medida é o serviço dedicado ao próximo e à comunidade. Servir não se restringe a um simples desempenho maquinal. Bem mais que isso, é o atendimento das necessidades reais do próximo – a quem se dedica o serviço.
         Não há referência sacerdotal mais perfeita que a de Jesus. Seu sacerdócio é uma oferta magnificamente inquestionável. Vai além da materialidade. Constitui um modo de ser com força restauradora. O sacerdócio de Cristo é, pois, modelar, inigualável, pelo sentido real da oferta que o Mestre faz de si mesmo. Jesus derrama seu sangue redentor na cruz, entrega a sua própria vida, incondicionalmente, tornando-se fonte inesgotável para o resgate total de muitos. É inspiração para toda vivência sacerdotal, isto é, para a oferta de si. A referência sacerdotal de Cristo, aplicada ao conjunto dos serviços dedicados à construção de uma sociedade solidária, de um novo tempo, nos parâmetros do desenvolvimento integral, proveria grandes e urgidas mudanças, configurando recomposições e significativas conquistas civilizacionais.
         De fato, não há outra saída para capacitar mentes e corações no tratamento da vida como dom precioso. Tradicionalmente, a referência ao sacerdócio remete aos exercícios sacerdotais no interno da confissão religiosa. Mas também se refere ao exercício da medicina. Ouve-se, constantemente: “a medicina é um sacerdócio”. Não poderia ser diferente, por exigir padrões de comportamentos e posturas que devem emoldurar os diagnósticos técnicos, que são importantes, mas se repetidos – roboticamente – levariam a situações lamentáveis. Um antecipado veredito de morte, por exemplo, poderia significar menos cuidados com o paciente. O simples cumprimento burocrático de um ritualismo sacerdotal é, assim, incompetência comprovada na tarefa de abrir os olhos. É uma incapacidade para ir além do rito, diante da dor de quem se deve servir, dos brotos de suas esperanças, respeitando, de modo reverente, as suas histórias.
         O verdadeiro sacerdócio requer forro humano e espiritual. Vai muito além das competências conceituais e técnicas conquistadas, das facilidades oferecidas pelas máquinas e por receituários “pré-fabricados”, do desempenho maquinal de ritos sem alma e sem força de interpelação, como reclamam fiéis. Sem o revestimento humanístico e espiritual não se tem força para recuperar a vida. Ao contrário. Mata-se mais depressa e as palavras não falam ao coração. Isso porque, no lugar certo e para quem é devido, não se abrem os olhos. Para outros interesses e outras situações, menos importantes, é que, frequentemente, são abertos.
         A sociedade não encontrará novo equilíbrio apenas com o aquecimento da economia, nem somente com acertadas reformas. Sobretudo, espera-se que os cidadãos sejam capazes de acertar o lugar onde devem abrir os olhos: o sacerdócio, seja na confissão religiosa, seja no âmbito da saúde, na dor dos pobres e enfermos, dos sofredores e aflitos. Do contrário, serão eficientes na “fala”, no manuseio de máquinas e ritos, mas não terão força de resgate e restauração. E portas serão fechadas aos milagres da vida por não haver acerto sobre onde se abrem os olhos.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 299,78% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 320,87%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.