terça-feira, 22 de setembro de 2009

A HISTÓRIA AJUDA A CIDADANIA NA MUDANÇA DE RUMO

“... A questão maior de nosso tempo é adequar o crescimento econômico de acordo com as necessidades essenciais do ser humano. O mal da chamada civilização ocidental é que tem transmitido a idéia de que a riqueza – dinheiro, mansões suntuosas, automóveis, consumismo exacerbado, luxo, etc. – é o bem supremo. É por isso que as campanhas políticas que falam da ética não produzem efeito e, a cada dia, registram-se feitos e atos que degradam a vida política nacional. A verdade, entretanto, é que não se fará a referida reforma do Estado sem antes se resolver o problema ético. Problema que está na escala de valores de cada um. Cobre-se do político um comportamento digno não apenas por exercer função pública, mas principalmente em razão de sua condição humana. É preciso que todos – não apenas os que exercem cargos públicos – sejam varões de Plutarco. Isto é: homens e mulheres que não se envergonhem de um só ato que tenham praticado.”
(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 1994)

Mais uma “HISTÓRICA” contribuição vem de artigo também publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de VIEIRA CHRISTO, com INTEGRAL transcrição:

Introdução da moeda

Não é da URV, a introdução de que vou falar. É da introdução mesmo, pela primeira vez, nas terras do Brasil, da moeda metálica.

Não cabe aqui a descrição do que foi essa colossal e colonial experiência. Mas vale a pena compulsar a História (os dez volumes de Rocha Pombo), para se ter uma ligeira idéia do que foi.

Num deles está a história toda de como aconteceu o processo de implantação da moeda, lá pelos mil e seiscentos e tantos, em razão do que não puderam mais, reis e súditos, dormir a sono solto.

Roubalheira, nada mais. “Os livros – escreve Rocha Pombo – acusavam despesas escrituradas e, duplicata, enquanto pelo que respeitava à receita, uma grande parte por escriturar, “não se falando – dizia o governador na comunicação a el-rei – nesta matéria em muitas despesas, “dúvidas”, por excessos de preços...”

Ah! Já nos velhos tempos, os excessos de preços!

E o notável historiador – cujo nome parece hoje desmaiado na memória de muitos – fecha uma das páginas mais tristes da introdução da moeda, com estas palavras: “O que se conclui... é que provedores, almoxarifes, arrematantes de impostos, contratadores de sal e outros artigos, e funcionários de toda ordem, e até altas autoridades da colônia (como não podia deixar de ser, acrescento eu) chegavam a formar verdadeiras quadrilhas para tais depredações sob a égide da lei”.

Estão a ver? Um mal de origem.

Daí, não haver eu concluído a leitura do capítulo histórico, de Rocha Pombo, sobre a introdução da moeda no Brasil. Sofrer?

Sim, extensíssimo é o relato das patifarias, tudo por causa da moeda. Cobre, pataca ou patacão, cruzado, cruzeiro novo, cruzeiro real, “URV”, nos seus primeiros vagidos, pela-nos saber que a moeda tem sido e pode ser fonte de desesperos e desesperanças.

Pessimismo?

Não, realidade.

Tão real quando o escândalo do Sambódromo.”

Como no dizer de CÍCERO: “A História é a mestra da vida”, que o SÉCULO 21 seja mesmo um ABSOLUTO marco no trato das COISAS DAS CIDADES e que POSSAMOS – TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIROS – ser de fato, como queria PLUTARCO, “homens e mulheres que não se envergonhem de um só ato que tenham praticado”...

Assim, digerindo BEM lições como essas, estaremos nos FORTALECENDO e nos QUALIFICANDO para a construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ALEGRIA, a mesma FÉ e a mesma ESPERANÇA que MOVEM às grandes CONQUISTAS...

O BRASIL TEM JEITO!...