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quarta-feira, 8 de abril de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DAS ESCOLAS E A LUZ DOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Incerteza sobre a educação
        Não restam dúvidas de que o mundo mudou bastante nos últimos anos, tanto que pais, antigamente certos de como educar seus filhos, agora confessam que não possuem tanta convicção de tais métodos e compartilham cada vez mais questionamentos de como conduzir a educação, como incentivar ou não a prática de sua religião ou deixar o jovem escolher seu próprio caminho, alinhado com seus interesses e crenças.
         Pouco a pouco estão percebendo seus limites, impotência e desconhecimento quanto às orientações mais eficazes que podem dar ao filho, para garantir sucesso na vida. É indiscutível que cabe às famílias ensinar valores e virtudes, desenvolver senso de justiça, generosidade e compaixão, mas que a influência que as crianças e os jovens estão recebendo no fenômeno da globalização está, muitas vezes, superando o modelo tradicional de educação, ao qual a sociedade está habituada. Há um provérbio africano que diz que é preciso uma aldeia toda para educar uma criança. No entanto, nossa aldeia global não tem conseguido cumprir bem essa função.
         Quando era mais novo, lembro que meu pai usava algumas metáforas para mostrar as dificuldades e os desafios que eu teria no futuro e como deveria me preparar para enfrentá-los. Meu pai usava a metáfora da escada, comparando as fases da vida com os degraus.
         Ele dizia que bastava um bom preparo, energia, disposição, honestidade e vontade para vencer que eu chegaria lá. O que ele (meu pai) talvez não previsse ou se esqueceu de me avisar é que essa escada é rolante e corre no sentido inverso do que subimos.
         Muitas vezes, mesmo imprimindo um esforço quase sobrenatural, vejo muitos colegas nos mesmos lugares. Este é o nosso desafio, pais e professores, preparar nossos jovens para galgar os novos degraus. Isso exige, no entanto, também desenvolver uma consciência mais crítica para que os jovens possam repensar e, se possível, assumir parcialmente o controle, o motor da escada. O que sentimos neste mundo globalizado é que “a escada” está programada para um aumento sucessivo e constante de velocidade e que ninguém mais tem a senha do sistema para mudar a programação.
         Este é também um dilema que vivem os educadores. Preparar os jovens desenvolvendo mais potência e mais força para subir e galgar mais degraus. Ou ainda desenvolver a consciência crítica e prepará-los para a reflexão e a mudança de atitude com relação aos desígnios deste novo e complexo mundo globalizado e de avanço tecnológico sem precedentes na história da humanidade.”.

(Renato Casagrande. Consultor em liderança educacional e palestrante, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de março de 2020, caderno OPINIÃO, página 27).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 28 de abril de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO, engenheiro-agrônomo, e que merece igualmente integral transcrição:

“Para que servem as leis?
        A oração aos moços, escrita por Rui Barbosa para ser lida na formatura da turma de 1920 da Faculdade de Direito de São Paulo, tornou-se célebre. Sendo uma das peças mais relevantes da literatura brasileira. Contém, entre ouras virtudes, a de aludir a fatos corriqueiros ao Brasil da época, que continuam atuais, quase 100 anos depois.
         A certa altura deste belo texto, o autor escreve: “... dei o meu máximo para informar o povo sobre os costumes da liberdade e à República sobre as leis do bom governo, que prosperam os estados, mobilizam as sociedades e honram as nações”. Mais adiante, o ilustre baiano, lucidamente, desvela e expõe os vícios da sua sociedade, citando: “Ora, senhores bacharelandos, pesai bem que vós ides consagrar à lei, num país onde a lei absolutamente não exprime o consentimento da maioria, onde são as minorias, as oligarquias mais acanhadas, mais impopulares e menos respeitáveis, as que põem e dispõem, as que mandam e desmandam em tudo; a saber: num país onde verdadeiramente não há lei, não há moral política ou juridicamente falando”. Ainda relata o Águia de Haia outras verdades: “No Brasil, a lei se deslegitima, anula e torna inexistente não só pela bastardia da origem, senão ainda, pelos horrores da aplicação”.
         Certamente, as oligarquias da época de Rui, em relação às de hoje em dia, mudaram. Contudo, apesar de passar quase um século, a sina dessa brava gente continua sendo a de servir de massa de manobra para uma elite governamental, quase que totalmente apodrecida, corrupta e irresponsável. Presentes em todos os poderes constituídos. Onde as leis são manejadas ao sabor das conveniências políticas. Tudo a fim de ser mantido o status quo corrupto. E isso com a proteção dos medalhões meliantes nacionais, mal disfarçada no suposto uso garantista da lei. Feito sob o olhar perplexo de toda a nação.
         O problema cresce. Principalmente, quando se evidencia nesse proceder que a lei se tornou seletiva, no sentido de que não se aplica a todos, mas somente aos que não têm meios para a prolongar, indefinidamente, com recursos judiciais, a fim de impedir a aplicação efetiva da pena. Então, constata-se que o que deveria ser justiça tornou-se injustiça. Com isso, a lei do mais forte evidencia-se. E anula a igualdade entre todos os cidadãos. Comprovando que a lei não se encontra acima de todos, mas só dos que não têm recursos financeiros suficientes para se manter acima dela.
         Curioso. Pois, nos séculos passados, em todas as nações do mundo, foi entregue à lei a soberania sobre todos os povos, no intuito de aprimorar a Justiça e a igualdade. Parecia que um novo capítulo na história humana estava se iniciando. No entanto, tudo parece ter-se revelado um verdadeiro conta da carochinha. Será que os otimistas daquela época se esqueceram de que os componentes nos sistemas judicial e legislativo poderiam ser os mesmos volúveis personagens já conhecidos de outrora? Sempre reféns da sua selvagem natureza humana, camuflada sob a máscara de aparente civilidade? Pois, como, então, justificar o Estado moderno ser baseado na autoridade máxima das leis, se tais injustiças e desmandos ainda persistem? E o Brasil é um exemplo clássico.
         Qual será, então, o futuro para um moderno país democrático como o Brasil, cujos poderes estão longe de ser eficientes, dignos e críveis? Tudo por lhes faltar o reinado da ética no seu cotidiano? E como pode a sofrida população fazer para reverter os vícios da injustiça e corrupção nessas instituições?
         Por sua vez, o sistema judiciário deveria funcionar de forma a evitar tais distorções promotoras de injustiça. Caso contrário, as arbitrariedades tomam conta e contaminam todo o sistema judicial da nação. Deixando-o parcial e não confiável. Sendo um entrave para sua clareza judicial, bem como para o saudável desenvolvimento econômico e social do país.
         Pois povo algum nasceu para viver subjugado ao sabor do humor errático de instituições que deveriam existir para lhe servir, trazendo estabilidade. Entretanto, no Brasil, ninguém excede tanto no desfrute do poder quanto muitos componentes dessas instituições. Que com seus procedimentos inadequados justificam as palavras do grande historiador romano Plutarco: “Nenhum animal é mais selvagem do que o homem revestido de poder”.
         O que fazer, então, para ensinar que o ato civilizatório é o ato da contenção, da restrição, de pôr limites à selvagem natureza humana? Pois o Brasil não é apenas de alguns poucos, mas de todos os seus cidadãos. Não sendo necessário ser nenhum gênio, como Rui Barbosa, para enxergar que a nação é o ninho amado do seu povo. Pois, para isso, todo brasileiro tem olhos de águia. Portanto, que tenha também garras afiadas para o defender!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 322,6% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 135,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,01%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

  

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A HISTÓRIA AJUDA A CIDADANIA NA MUDANÇA DE RUMO

“... A questão maior de nosso tempo é adequar o crescimento econômico de acordo com as necessidades essenciais do ser humano. O mal da chamada civilização ocidental é que tem transmitido a idéia de que a riqueza – dinheiro, mansões suntuosas, automóveis, consumismo exacerbado, luxo, etc. – é o bem supremo. É por isso que as campanhas políticas que falam da ética não produzem efeito e, a cada dia, registram-se feitos e atos que degradam a vida política nacional. A verdade, entretanto, é que não se fará a referida reforma do Estado sem antes se resolver o problema ético. Problema que está na escala de valores de cada um. Cobre-se do político um comportamento digno não apenas por exercer função pública, mas principalmente em razão de sua condição humana. É preciso que todos – não apenas os que exercem cargos públicos – sejam varões de Plutarco. Isto é: homens e mulheres que não se envergonhem de um só ato que tenham praticado.”
(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 1994)

Mais uma “HISTÓRICA” contribuição vem de artigo também publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de fevereiro de 1994, Caderno OPINIÃO, página 6, de autoria de VIEIRA CHRISTO, com INTEGRAL transcrição:

Introdução da moeda

Não é da URV, a introdução de que vou falar. É da introdução mesmo, pela primeira vez, nas terras do Brasil, da moeda metálica.

Não cabe aqui a descrição do que foi essa colossal e colonial experiência. Mas vale a pena compulsar a História (os dez volumes de Rocha Pombo), para se ter uma ligeira idéia do que foi.

Num deles está a história toda de como aconteceu o processo de implantação da moeda, lá pelos mil e seiscentos e tantos, em razão do que não puderam mais, reis e súditos, dormir a sono solto.

Roubalheira, nada mais. “Os livros – escreve Rocha Pombo – acusavam despesas escrituradas e, duplicata, enquanto pelo que respeitava à receita, uma grande parte por escriturar, “não se falando – dizia o governador na comunicação a el-rei – nesta matéria em muitas despesas, “dúvidas”, por excessos de preços...”

Ah! Já nos velhos tempos, os excessos de preços!

E o notável historiador – cujo nome parece hoje desmaiado na memória de muitos – fecha uma das páginas mais tristes da introdução da moeda, com estas palavras: “O que se conclui... é que provedores, almoxarifes, arrematantes de impostos, contratadores de sal e outros artigos, e funcionários de toda ordem, e até altas autoridades da colônia (como não podia deixar de ser, acrescento eu) chegavam a formar verdadeiras quadrilhas para tais depredações sob a égide da lei”.

Estão a ver? Um mal de origem.

Daí, não haver eu concluído a leitura do capítulo histórico, de Rocha Pombo, sobre a introdução da moeda no Brasil. Sofrer?

Sim, extensíssimo é o relato das patifarias, tudo por causa da moeda. Cobre, pataca ou patacão, cruzado, cruzeiro novo, cruzeiro real, “URV”, nos seus primeiros vagidos, pela-nos saber que a moeda tem sido e pode ser fonte de desesperos e desesperanças.

Pessimismo?

Não, realidade.

Tão real quando o escândalo do Sambódromo.”

Como no dizer de CÍCERO: “A História é a mestra da vida”, que o SÉCULO 21 seja mesmo um ABSOLUTO marco no trato das COISAS DAS CIDADES e que POSSAMOS – TODOS os BRASILEIROS e TODAS as BRASILEIROS – ser de fato, como queria PLUTARCO, “homens e mulheres que não se envergonhem de um só ato que tenham praticado”...

Assim, digerindo BEM lições como essas, estaremos nos FORTALECENDO e nos QUALIFICANDO para a construção de um BRASIL verdadeiramente JUSTO, LIVRE, DESENVOLVIDO e SOLIDÁRIO, com o mesmo ENTUSIASMO, a mesma ALEGRIA, a mesma FÉ e a mesma ESPERANÇA que MOVEM às grandes CONQUISTAS...

O BRASIL TEM JEITO!...