“Produtividade
no trabalho
É curioso notar que ainda
estamos no primeiro trimestre do ano, e as pessoas já estão sem tempo em suas
agendas. As rotinas iniciam junto com o nascer do sol e não têm hora para
acabar. Li recentemente uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
revelando que no Brasil trabalha-se mais seis horas do que em vários países
ricos no mundo.
O
problema é que a produtividade do brasileiro é baixa. Na Alemanha, por exemplo,
a média semanal de trabalho é de 38 horas, contra 44 horas no Brasil. E, mesmo
com seis horas a menos de trabalho, o alemão consegue ser quatro vezes mais
produtivo que nós.
É um
forte indício que a gestão de tempo se faz necessária para a produtividade no
trabalho. Quando relacionamos isso às ofertas do setor de TI, algumas medidas
podem suavizar essa falta de tempo, como, por exemplo, a terceirização das
atividades de gestão de TI.
Essa é
uma prática comum e otimiza o tempo de colaboradores e gestores, que podem
focar esforços nas estratégias do negócio. Girando essa “chave”, é possível
criar rotinas mais inteligentes e eficazes.
A
utilização de um suporte em todo processo do negócio é uma maneira de assegurar
que, além de aumentar a produtividade, esta ação seja custo-eficiente. Isso
porque alguns serviços de TI costumam demandar tempo desde a implantação até a
execução, mas são fundamentais para as empresas que estão de olho na questão da
produtividade. Para nomear alguns exemplos, temos as soluções integradas na
nuvem, como o Microsoft 365 e o Microsoft Azure, além da gestão de ambientes
on-premises, que demandam atenção e trabalho na implantação.
Para
além da questão do uso das horas dos profissionais em atividades que realmente
tenham impacto no negócio, os serviços gerenciados proporcionam um
monitoramento 24 horas por dia, evitando falhas de conectividade e perdas de
performance e possibilitando proatividade na correção de problemas. Outro ponto
significativo é o ganho de vantagem competitiva, pelo qual, por meio de um
ambiente gerenciado, é possível proteger as informações confidenciais da
empresa de ameaças e vazamentos.
A
preocupação com a transformação digital atinge desde as pequenas empresas, as
startups e até as multinacionais. Todos podem se beneficiar de soluções
integradas para reduzir custos, aumentar a qualidade técnica dos produtos e
obter o máximo de desempenho com eles. Por essa infraestrutura sólida de TI já
é possível enxergar mais produtividade, deixando o caminho livre para as
pessoas expressarem o que as máquinas nunca serão capazes de ter: criatividade,
sentimentos e interações sociais.”.
(Max Camargo.
Diretor comercial da Solo Network, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de
março de 2020, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 13 de março de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e
que merece igualmente integral transcrição:
“Todos
migrantes
A mobilidade humana, com
seus intensos fluxos, rompe cada vez mais as fronteiras em todo o mundo, o que
exige uma nova consciência global. As misérias, violências e descompassos são
universalizados: batem às portas de governos, oligarquias acomodadas nos seus
confortos e exigem novas posturas, de todos os cidadãos e cidadãs. Equívoco é
pensar que o migrante é um problema, pois, mais que simples slogan de campanhas
humanitárias, a verdade é que somos todos migrantes. Nesse sentido, o fenômeno
doloroso e desafiador das migrações, motivadas pela violência e pela miséria,
em escala assustadora, exige a mobilização da sociedade na busca por solução.
No
contexto brasileiro, as migrações, ao longo da história, trouxeram sempre novas
exigências e ajudaram a compor novo mapa civilizatório, possibilitaram
conquistas, mas trouxeram também problemas, a exemplo dos preconceitos e
discriminações. Um processo de avanços e retrocessos. Mais recentemente, há
aproximadamente cinco anos, o Brasil tornou-se destino dos que buscam
sobreviver dentro da crise humanitária contemporânea, que afeta o contexto
geopolítico mundial. Um cenário que envolve a Venezuela e a sua realidade
desafiadora, com complexidades que estão urgindo soluções capazes de evitar a
multiplicação de refugiados.
No
Brasil, o Estado de Roraima é a porta de entrada de venezuelanos e haitianos em
fluxo migratório que desmascara lógicas políticas e econômicas na contramão da
paz e da justiça. Dos órgãos internacionais e nacionais diretamente envolvidos
são exigidas medidas que garantam a superação dessas lógicas, o que requer
também novas posturas e lúcida compreensão da sociedade mundial. Sinaliza a
gravidade do desafio contemporâneo a constatação de que o cenário laboral
despreparado na sociedade brasileira precisa, ainda, conseguir promover a
inclusão de migrantes. Uma situação que urge velocidade em ações pela força de
irrenunciável solidariedade. A dura realidade da migração venezuelana, na rede
de outras migrações, é um clamor gritante, a ser ouvido por todos, com urgentes
providências, adotadas por diferentes segmentos sociais e instâncias de poder.
As realidades migratórias devem inspirar nova e urgente compreensão da vida
como dom e compromisso.
Desconhecer
a realidade dos migrantes ou assumir uma “capa acética”, distante, tentando
tornar-se imune à dor do outro, significa contribuir para o próprio fracasso ou
para alimentar estreitamentos de todo o tipo. A cobrança será cara e amarga. A
sociedade está convocada a conhecer e a se envolver cada vez mais, de modo
adequado, na busca de soluções para as crescentes crises humanitárias em curso.
Iniciativas solidárias, a exemplo da Operação Acolhida do Exército Brasileiro,
contracenando com o trabalho de ONG’s internacionais, com as ações efetivas de
diferentes confissões religiosas, incluindo a Igreja Católica, com suas instituições
e programas, articulados pela Diocese de Roraima.
No
horizonte do compromisso com os migrantes, reconhecendo a urgência de novas
ações solidárias e de se fortalecer as que já estão em curso, a Presidência da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), neste tempo da Quaresma, se
une e se dedica ainda mais aos refugiados, gerando fortes ecos no coração da
Igreja Católica no Brasil, com o objetivo de contribuir para superar as
situações dolorosas. Muito se está fazendo, louvavelmente. Mas, ainda é grande
a lista de carências, o que demanda diferentes formas de generosidade,
partilhas e novas posturas. A Região Centro-Sul do Brasil, pelos muitos
quilômetros que a separam de Roraima, ainda tem uma visão distante da realidade
dos muitos que atravessam a fronteira do País. Precisa, pois, trilhar longo
caminho de aprendizagem e escuta, para ajudar mais, nos vários modos possíveis
– partilhar bens e garantir aos que sofrem o fundamental para a sobrevivência
digna; contribuir para a inclusão no mercado de trabalho, com medidas que, de
fato, ajudem a diminuir o problema do desemprego no Brasil.
Impossível
não se comover ao encontrar dezenas de crianças que necessitam de carinho e de
cuidados, da alimentação à educação. Não se pode deixar de acolher a
advertência de que a realidade dos refugiados é desafio que diz respeito a
todos, não importa a região que se habita. A mobilidade humana provocada por
crises humanitárias, as crescentes violências, os vírus que se proliferam e
tantas outras dolorosas realidades não vão deixar ninguém sossegado no bem
viver que achou ter encontrado. Somos todos migrantes, convocados a deixar
lugares e a nos mover pelas exigências do viver humano, que requer
solidariedade.
Diante
do que está ocorrendo e que exige mudanças de hábitos e práticas – a partir da
compreensão de que a vida é dom e compromisso –, deve-se orar e deixar-se tocar
pela súplica saída do coração do Papa Francisco: “Deus de misericórdia e Pai de
todos, acordai-nos do sono da indiferença, abri nossos olhos às tribulações dos
migrantes, e libertai-nos da insensibilidade, fruto do bem-estar mundano e do
confinamento em nós mesmos”. Cresça a consciência de que todos são migrantes –
estamos sempre a percorrer um caminho – para alcançar a lucidez existencial da solidariedade,
fundamental para edificar um mundo novo, na justiça e na paz.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais
como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e sem
tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I –
a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca
de 316,79% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o
IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a
4,01%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das
empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.