sábado, 21 de março de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA PRODUTIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES E A TRANSCENDÊNCIA DA MIGRAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE


“Produtividade no trabalho
        É curioso notar que ainda estamos no primeiro trimestre do ano, e as pessoas já estão sem tempo em suas agendas. As rotinas iniciam junto com o nascer do sol e não têm hora para acabar. Li recentemente uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelando que no Brasil trabalha-se mais seis horas do que em vários países ricos no mundo.
         O problema é que a produtividade do brasileiro é baixa. Na Alemanha, por exemplo, a média semanal de trabalho é de 38 horas, contra 44 horas no Brasil. E, mesmo com seis horas a menos de trabalho, o alemão consegue ser quatro vezes mais produtivo que nós.
         É um forte indício que a gestão de tempo se faz necessária para a produtividade no trabalho. Quando relacionamos isso às ofertas do setor de TI, algumas medidas podem suavizar essa falta de tempo, como, por exemplo, a terceirização das atividades de gestão de TI.
         Essa é uma prática comum e otimiza o tempo de colaboradores e gestores, que podem focar esforços nas estratégias do negócio. Girando essa “chave”, é possível criar rotinas mais inteligentes e eficazes.
         A utilização de um suporte em todo processo do negócio é uma maneira de assegurar que, além de aumentar a produtividade, esta ação seja custo-eficiente. Isso porque alguns serviços de TI costumam demandar tempo desde a implantação até a execução, mas são fundamentais para as empresas que estão de olho na questão da produtividade. Para nomear alguns exemplos, temos as soluções integradas na nuvem, como o Microsoft 365 e o Microsoft Azure, além da gestão de ambientes on-premises, que demandam atenção e trabalho na implantação.
         Para além da questão do uso das horas dos profissionais em atividades que realmente tenham impacto no negócio, os serviços gerenciados proporcionam um monitoramento 24 horas por dia, evitando falhas de conectividade e perdas de performance e possibilitando proatividade na correção de problemas. Outro ponto significativo é o ganho de vantagem competitiva, pelo qual, por meio de um ambiente gerenciado, é possível proteger as informações confidenciais da empresa de ameaças e vazamentos.
         A preocupação com a transformação digital atinge desde as pequenas empresas, as startups e até as multinacionais. Todos podem se beneficiar de soluções integradas para reduzir custos, aumentar a qualidade técnica dos produtos e obter o máximo de desempenho com eles. Por essa infraestrutura sólida de TI já é possível enxergar mais produtividade, deixando o caminho livre para as pessoas expressarem o que as máquinas nunca serão capazes de ter: criatividade, sentimentos e interações sociais.”.

(Max Camargo. Diretor comercial da Solo Network, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 18 de março de 2020, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 13 de março de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Todos migrantes
        A mobilidade humana, com seus intensos fluxos, rompe cada vez mais as fronteiras em todo o mundo, o que exige uma nova consciência global. As misérias, violências e descompassos são universalizados: batem às portas de governos, oligarquias acomodadas nos seus confortos e exigem novas posturas, de todos os cidadãos e cidadãs. Equívoco é pensar que o migrante é um problema, pois, mais que simples slogan de campanhas humanitárias, a verdade é que somos todos migrantes. Nesse sentido, o fenômeno doloroso e desafiador das migrações, motivadas pela violência e pela miséria, em escala assustadora, exige a mobilização da sociedade na busca por solução.
         No contexto brasileiro, as migrações, ao longo da história, trouxeram sempre novas exigências e ajudaram a compor novo mapa civilizatório, possibilitaram conquistas, mas trouxeram também problemas, a exemplo dos preconceitos e discriminações. Um processo de avanços e retrocessos. Mais recentemente, há aproximadamente cinco anos, o Brasil tornou-se destino dos que buscam sobreviver dentro da crise humanitária contemporânea, que afeta o contexto geopolítico mundial. Um cenário que envolve a Venezuela e a sua realidade desafiadora, com complexidades que estão urgindo soluções capazes de evitar a multiplicação de refugiados.
         No Brasil, o Estado de Roraima é a porta de entrada de venezuelanos e haitianos em fluxo migratório que desmascara lógicas políticas e econômicas na contramão da paz e da justiça. Dos órgãos internacionais e nacionais diretamente envolvidos são exigidas medidas que garantam a superação dessas lógicas, o que requer também novas posturas e lúcida compreensão da sociedade mundial. Sinaliza a gravidade do desafio contemporâneo a constatação de que o cenário laboral despreparado na sociedade brasileira precisa, ainda, conseguir promover a inclusão de migrantes. Uma situação que urge velocidade em ações pela força de irrenunciável solidariedade. A dura realidade da migração venezuelana, na rede de outras migrações, é um clamor gritante, a ser ouvido por todos, com urgentes providências, adotadas por diferentes segmentos sociais e instâncias de poder. As realidades migratórias devem inspirar nova e urgente compreensão da vida como dom e compromisso.
         Desconhecer a realidade dos migrantes ou assumir uma “capa acética”, distante, tentando tornar-se imune à dor do outro, significa contribuir para o próprio fracasso ou para alimentar estreitamentos de todo o tipo. A cobrança será cara e amarga. A sociedade está convocada a conhecer e a se envolver cada vez mais, de modo adequado, na busca de soluções para as crescentes crises humanitárias em curso. Iniciativas solidárias, a exemplo da Operação Acolhida do Exército Brasileiro, contracenando com o trabalho de ONG’s internacionais, com as ações efetivas de diferentes confissões religiosas, incluindo a Igreja Católica, com suas instituições e programas, articulados pela Diocese de Roraima.
         No horizonte do compromisso com os migrantes, reconhecendo a urgência de novas ações solidárias e de se fortalecer as que já estão em curso, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), neste tempo da Quaresma, se une e se dedica ainda mais aos refugiados, gerando fortes ecos no coração da Igreja Católica no Brasil, com o objetivo de contribuir para superar as situações dolorosas. Muito se está fazendo, louvavelmente. Mas, ainda é grande a lista de carências, o que demanda diferentes formas de generosidade, partilhas e novas posturas. A Região Centro-Sul do Brasil, pelos muitos quilômetros que a separam de Roraima, ainda tem uma visão distante da realidade dos muitos que atravessam a fronteira do País. Precisa, pois, trilhar longo caminho de aprendizagem e escuta, para ajudar mais, nos vários modos possíveis – partilhar bens e garantir aos que sofrem o fundamental para a sobrevivência digna; contribuir para a inclusão no mercado de trabalho, com medidas que, de fato, ajudem a diminuir o problema do desemprego no Brasil.
         Impossível não se comover ao encontrar dezenas de crianças que necessitam de carinho e de cuidados, da alimentação à educação. Não se pode deixar de acolher a advertência de que a realidade dos refugiados é desafio que diz respeito a todos, não importa a região que se habita. A mobilidade humana provocada por crises humanitárias, as crescentes violências, os vírus que se proliferam e tantas outras dolorosas realidades não vão deixar ninguém sossegado no bem viver que achou ter encontrado. Somos todos migrantes, convocados a deixar lugares e a nos mover pelas exigências do viver humano, que requer solidariedade.
         Diante do que está ocorrendo e que exige mudanças de hábitos e práticas – a partir da compreensão de que a vida é dom e compromisso –, deve-se orar e deixar-se tocar pela súplica saída do coração do Papa Francisco: “Deus de misericórdia e Pai de todos, acordai-nos do sono da indiferença, abri nossos olhos às tribulações dos migrantes, e libertai-nos da insensibilidade, fruto do bem-estar mundano e do confinamento em nós mesmos”. Cresça a consciência de que todos são migrantes – estamos sempre a percorrer um caminho – para alcançar a lucidez existencial da solidariedade, fundamental para edificar um mundo novo, na justiça e na paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a ainda estratosférica marca de 316,79% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 165,60%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,01%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



       

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