quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A CIDADANIA, A BUSCA DA EXCELÊNCIA, A ESCOLA E A VIOLÊNCIA

"O desafio da gestão


Temos observado, nos últimos tempos, a formação de um consenso indiscutível acerca dos resultados marcantes que podem ser obtidos pela adoção de práticas estruturadas de gestão. A implantação de ferramentas e modelos que buscam a excelência trazem benefícios evidentes para empresas de todos os setores e portes. Antigamente considerados uma característica quase exclusiva e até necessária das empresas privadas bem-sucedidas e de grande porte, os investimentos voltados para o desenvolvimento e aprimoramento da gestão passaram a ser um objetivo desejado e perseguido também por empresas de médio e pequeno porte organizações e entidades públicas e do terceiro setor, enfim, em todos os ramos de atividades.

Portanto, o desafio atual não é permear o conceito dos benefícios dos investimentos em gestão para a obtenção de resultados superiores, com maior eficiência, visto que isso parece ser hoje irrefutável. A dificuldade presente em nosso país, e que não se distingue da encontrada em outros, volta-se para a necessidade da rápida e abrangente disseminação do conhecimento atual, com o consequente avanço nas práticas de gestão em toda a nossa sociedade. Ao longo das últimas décadas, inicialmente como uma iniciativa de um conjunto de empresas privadas, algumas entidades se estruturaram para atuar na organização e disseminação do conhecimento em gestão, para endereçar o desafio da melhoria da gestão em nosso país. A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) dedica-se, há 20 anos, à disseminação dos fundamentos e critérios da excelência em gestão. Para contribuir na tarefa apontada, criou o Modelo de Excelência em Gestão (MEG), como instrumento de difusão e implantação dos conceitos atuais de gestão. Por meio de sua aplicação, tem contribuído para o desenvolvimento das organizações brasileiras e, consequentemente, para o avanço da nossa sociedade.

Para expandir a aplicação do MEG a um universo maior de empresas a FNQ se desafia na adaptação do MEG para organizações de diferentes setores e portes. Além disso, a instituição busca o aprimoramento contínuo do modelo, bem como o estabelecimento de parcerias com entidades que, em conjunto com a FNQ, formam uma rede para mobilização, difusão do conhecimento e implantação de práticas de gestão avançadas. Diante desse cenário, o desafio das entidades que têm como missão a melhoria da gestão no universo de empresas e entidades brasileiras é enorme.

Por outro lado, há hoje grande receptividade das empresas e anseio da sociedade pela melhoria da gestão. Temos um propósito que mobiliza e estamos criando as condições para alcançar resultados ainda mais expressivos. O emprego de novas tecnologias, a inovação e a formação de redes de mobilização e difusão são os elementos chave para alcançarmos nossos objetivos maiores. Melhorar a gestão é contribuir para o desenvolvimento do país, construindo uma sociedade mais saudável e preparada para os desafios do futuro.”
(MAURO FIGUEIREDO, Presidente do Conselho Curador da Fundação Nacional da Qualidade e presidente do Conselho de Administração do Grupo Fleury, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de ROBSON SÁVIO REIS SOUZA, Filósofo, especialista em estudos de criminalidade e segurança pública, sócio do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Escola e violência

Um bombardeio de informações acerca de violência nas escolas toma conta do noticiário nos últimos tempos. Porém, a violência na escola não é um fenômeno novo. Há relatos desse fenômeno desde o século passado. Porém, ultimanente a forma de manifestação da violência no âmbito escolar. As agressões agora são muito mais graves: homicídios, estupros e presença de armas no ambiente escolar. Os envolvidos são cada vez mais jovens e há relatos constantes do número de intrusões externas, como acertos de conta que se iniciam fora da escola. Há uma crise de autoridade e legitimidade da escola, como ocorre também em relação à família e outras instituições.

Para trabalhar as várias formas de manifestação da violência no ambiente escolar, Bernard Charlot, sociólogo francês, propõe algumas distinções. O termo violência, na escola se refere às violências que ocorrem dentro da instituição escolar mas não estão ligadas às suas atividades. São exemplos dessa violência, os roubos, invasões e acertos de contas por grupos rivais. Nesse caso, a escola é apenas um local onde a violência ocorre. A violência à escola é a violência ligada à natureza e às atividades da instituição educacional. Ela ocorre quando os alunos provocam incêndios ou agridem os professores, por exemplo, ou seja, a violência contra a instituição ou contra aquilo que ela representa. Por fim, há também a violência da escola, que é institucional e simbólica e se manifesta, por exemplo, na forma como a instituição escolar define os modos de composição das classes, as formas discricionárias de atribuição de notas pelos professores, etc.

A violência nos estabelecimentos escolares tem, muitas vezes, relação com desordens socioambientais. Quando se analisam as escolas com altos índices de violência, verifica-se uma situação de forte tensão. Os incidentes são produzidos nesse fundo de tensão social e escolar onde um pequeno conflito pode provocar uma explosão. As fontes de tensão podem estar ligadas às relações familiares e comunitárias. Por isso, é importante a articulação da escola e sua práticas de ensino com a sociedade em seu entorno.

Ademais, as queixas dos professores podem se transformar em discursos de vitimização. E como vítimas, os educadores se colocam num lugar de impotência frente aos problemas da violência e da aprendizagem de seus alunos. Não se trata aqui de minimizar ou negar os dilemas enfrentados pelos professores no cotidiano escolar. Eles são graves. Porém, é possível encontrar alternativas para a solução dos eventuais conflitos quando os profissionais da educação se colocam, também, como sujeitos responsáveis pelos processos educativos dos alunos e não meros transmissores de um conhecimento muitas vezes distante da realidade escolar na qual atuam.

Trabalhando de forma isolada, a escola não encontrará soluções possíveis e ainda correrá o risco de entrar num círculo vicioso de perpetuação de uma lógica criminalizante e repressiva. Os problemas da violência são complexos e nenhuma instituição sozinha poderá resolvê-los, sendo necessário um trabalho ampliado com outros segmentos sociais e governamentais. Num cenário de corresponsabilidade, deve-se analisar e enfrentar a violência como algo complexo e não apenas como um ato isolado, procurando descriminnalizar os conflitos e trabalhá-los pedagogicamente.

O pior dos mundos, no entanto, é essa espetacularização da violência na escola, que serve somente para a implementação de respostas simplistas, ampliação do mercado privado da segurança, criminalização de segmentos infantojuvenis e o retorno ao velho discurso da repressão como lenitivo para o enfrentamento de um problema que demanda a responsabilização de todos os atores do processo educativo: pais, professores, diretores, comunidades, governos e especialistas.”

Eis, pois, mais páginas contendo GRAVES, OPORTUNAS E PEDAGÓGICAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROBLEMATIZARMOS questões CRUCIAIS que haverão de ser SUPERADAS, para o acesso do nosso PAÍS ao rol das NAÇÕES DESENVOLVIDAS, DEMOCRÁTICAS, PRÓSPERAS E CIVILIZADAS, tais como:

a) a EDUCAÇÃO – e de QUALIDADE, pontificando-se PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia ´por TODAS as esferas de nossos GOVERNOS e SOCIEDADE, em PROMÍSCUA parceria;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, atingindo ASTRONÔMICO montante de R$ 2 TRILHÕES...

Sabemos que são GIGANTESCOS DESAFIOS mas, NADA, NADA mesmo, ABATE o nosso ÂNIMO e ARREFECE o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando a construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS tendentes a criar as CONDIÇÕES para os EVENTOS, e para o PAÍS como um TODO, previstos e, entre eles: a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO + 20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – com EQUIDADE - e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...