segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA INOVAÇÃO NOS NEGÓCIOS E A LUZ DOS APRENDIZES DA CIDADANIA NA SUSTENTABILIDADE


“O primeiro passo para inovar nos negócios
        A transformação digital vem provocando cada vez mais mudanças no mercado de trabalho e no mundo dos negócios. O primeiro passo ao pensar em inovação é conectar as pessoas com os propósitos da empresa. Com a evolução da internet das coisas (conexão de objetos com a internet), há no mercado estratégias e tendências que auxiliam na forma de administrar o capital humano, de utilizar a tecnologia e na humanização do ambiente de trabalho.
         A tecnologia, em muitos casos, é programada para executar somente determinada tarefa. Por mais que estejamos investindo em inteligência artificial e em outras ferramentas digitais, a criatividade do homem e a busca por soluções garantem qualidade e mais satisfação, justamente pelo fato de saberem como reagir diante de certo problema.
         Um dos principais benefícios da tecnologia para a organização do ambiente de trabalho está na possibilidade de controlar melhor o tempo gasto em atividades cotidianas. Diversas ferramentas, aplicativos e serviços virtuais estão disponíveis para aumentar a performance dos profissionais nas empresas no gerenciamento das tarefas diárias, na criação de apresentações, na redução de horas gastas em algumas demandas e até com atividades que não estão ligadas diretamente à profissão, mas aumentam a motivação pessoal.
         Junto a essa adaptação tecnológica, é preciso, também, formatar o ambiente e a cultura organizacional para extrair o melhor do funcionário. Também chamada de cultura empresarial, essa ação está relacionada ao comportamento das pessoas dentro de uma organização norteado pela sua visão, missão e valores, além de suas normas, crenças e sistemas. No ambiente corporativo, a forma de pensar do empresário está diretamente refletida na maneira de gerir seu negócio e liderar as pessoas.
         Outro ponto que vale destacar é a empresa ter como essência da sua política institucional reverter parte dos seus resultados para a promoção interna de sua cultura organização. Na prática, além de priorizar a excelência nos serviços prestados aos seus consumidores, visa, também, à satisfação da sua equipe por meio da manutenção de um ambiente de trabalho positivo, valorizando e reconhecendo seus profissionais.
         Uma das estratégias que podem auxiliar o empresário na hora de conhecer o que seu funcionário realmente precisa é o people analytics. Trata-se da aplicação de tecnologias que implicam na coleta, organização e análise de dados sobre pessoas. O conceito, que tem ganho cada vez mais a atenção dos profissionais da área de recursos humanos, nasceu com o objetivo de melhorar a qualidade da tomada de decisão sobre a gestão de pessoas, antecipando tendências e aprimorando estratégias.
         A insatisfação com o ambiente de trabalho e a falta de investimentos nos colaboradores por parte da empresa são alguns dos fatores que fazem os funcionários desejarem sair do emprego. Os profissionais com potencial estão sempre em busca de oportunidades melhores, e este é um movimento natural. Porém, é possível fazer com que eles mudem de ideia.
         Nesse quesito, o interessante é investir na estratégia employer branding, que consiste em promover a imagem das empresas e a sua reputação como empregadora para atrair e manter os melhores profissionais interessados e motivados em trabalhar nelas. Para isso, é preciso batalhar uma imagem positiva o bastante para que seus talentos queiram continuar onde estão e com disposição para vestir a camisa da companhia.
         Tendências que buscam valorizar o relacionamento entre empresário e funcionário são investimentos certeiros para os empreendedores que buscam por inovação, principalmente as relacionadas à qualidade do trabalho. A importância de manter uma excelente gestão de pessoas é um dos temas que serão debatidos no CEO Fórum 2018 da Amcham Uberlândia.”.

(MARIANA BATISTA. Gerente regional da Amcham Uberlândia, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de novembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Aprendizes da cidadania
        Quem vê e compreende os desgastes socioculturais e ético-religiosos de uma sociedade sabe da necessidade de profundas transformações. Especificamente sobre a sociedade brasileira, os muitos cenários insustentáveis revelam a urgência de uma virada civilizatória. Um reformulação estabelecida em novas e adequadas dinâmicas, com incidências em processos de gestão e no relacionamento interpessoal – porque não bastam paliativos.
         Para mudar, é preciso reconhecer os equívocos em processos sociais, políticos, no funcionamento de segmentos e instituições. Requer inteligente análise da realidade. Oportuno, neste momento, é dedicar-se a refletir sobre as eleições em 2018. Muitas singularidades do período eleitoral merecem estudos aprofundados, capazes de indicar caminhos para a sociedade brasileira. Sem dedicar a atenção devida ao momento vivido pelo país, valores e princípios fundamentais à civilidade continuarão a se enfraquecer. Prevalecerá um modo de pensar ancorado na rigidez, que sustenta convicções fundamentalistas, alimentando a falsa crença de se possuir a absoluta verdade sobre projetos, pessoas e instituições.
         Ora, a primeira atitude a ser tomada para se alcançar a virada civilizatória é cultivar a humildade a partir de força espiritual e epistemológica. Nesse processo, um importante requisito é libertar-se do egocentrismo, ter a clareza de que ninguém é o “centro do mundo”. Considerar-se ponto central da humanidade tem sido um hábito cada vez mais comum entre as pessoas, configurando-se, desse modo, uma patologia, que distorce e cristaliza a forma de se enxergar a realidade. Consequentemente, passa-se a considerar a própria cultura a única referência e o sustentáculo da história humana. Um perigoso sentimento de supremacia alimentado pela falta de humildade, responsável por inviabilizar o diálogo, quando compreende as diferenças não como riqueza, mas justificativas para confrontos e animosidades.
         Assim, grupos sectários, étnicos e culturais, econômicos e religiosos se perfilam como os “donos da verdade”. Fechados em si, distanciam-se do real, pois se contentam com uma visão parcial da realidade. Esse modo de se relacionar com o mundo é fonte de fanatismo, força diabólica capaz de deteriorar a convivência fraterna entre pessoas diferentes, impedindo importante percepção: todos estão “no mesmo barco” e atacar quem não partilha das própria convicções é provocar um “naufrágio”, vitimando todos, sem exceção. Hoje, lamentavelmente, pode-se fazer um comparativo entre essa “embarcação” prestes a afundar e o universo político, religioso e institucional.
         O antídoto para a rigidez de pensamento e o fundamentalismo é reconhecer a importância de ser humilde. A humildade não admite a abjeção de agir em nome de Deus e, ao mesmo tempo, ser prepotente. Cultivar essa virtude permite reconhecer que se sabe menos do que se acredita. Atualmente, ninguém consegue articular e digerir o “tsunami de informações” possibilitadas pelas novas configurações tecnológicas. Assim, atribuir a ignorância ao outro se torna um risco ameaçador por inviabilizar o caráter dialogal necessário à existência humana.
         É preciso investir nas muitas formas de aprendizado para que o ser humano reconheça a mudança como uma constante na história. Basta observar o volume das sucessivas transformações nas diferentes sociedades. A rigidez, portanto, está na contramão da vida. É, nesse sentido, um equívoco preconizar o enquadramento e a padronização dos entendimentos ou defender retrocessos como forma de recuperar valores. O mundo convive com muitas perguntas e poucas respostas. Há, pois, a permanente necessidade de diálogo, indispensável para se conquistarem mudanças sem perdas ou retrocessos.
         A fidelidade a valores e princípios é imprescindível, mas não pode ser confundida com ilusória onda de se voltar atrás. Há de se buscar caminhos para transformações, evitando o irreversível esgotamento de instituições e segmentos. Para isso, urgente é investir nas relações humanas, engajar-se, de coração, no compromisso de ser um humilde aprendiz da cidadania.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 278,69% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 301,36%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,56%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.