quarta-feira, 1 de maio de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA LEITURA NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS E AS LUZES DA VERDADE NA SUSTENTABILIDADE (31/139)

(Maio = mês 31; faltam 139 meses para a Primavera Brasileira)

“A importância do livro infantil
        A leitura é um processo cujo estímulo pode e deve ser introduzido no cotidiano, mesmo antes da alfabetização formal. Antes mesmo da escola, a família é o principal lugar de aproximação com a cultura escrita e, com certeza, o lugar privilegiado para possibilitar a entrada no mundo mágico da leitura, especialmente a literária.
         A leitura infantil compartilhada, lida e relida e com pessoas que cercam a criança de atenção e afeto, ajuda no desenvolvimento de habilidades como o desenvolvimento da fala, criatividade, funções neurológicas da aprendizagem, ampliação de vocabulário e, ainda, trabalha a capacidade de interpretação. Os livros infantis promovem o conhecimento de forma lúdica, contribuindo, também, para a memorização e relação de empatia com o objeto de estudo.
         O Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado ontem, é uma homenagem ao escritor Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de 1882, cuja obra mais conhecida é o Sítio do Picapau Amarelo, focada no público infantojuvenil. A estória se passa no sítio da Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho, onde habitam criaturas como o Visconde Sabugosa e a Cuca.
         Os livros infantis contemporâneos tratam de uma diversidade de temas humanos, e, em sua forma e conteúdo, podem ajudar a formar pessoas mais plurais, com uma visão ampliada de si mesma, da sociedade e do mundo em que vive. O hábito da leitura a partir do estímulo familiar é, com certeza, fator que pode colocar as crianças em uma situação superior de preparo para o mundo letrado.
         Para aquelas crianças que não encontram no ambiente familiar o local e situações propícias ao aprendizado da leitura e da literatura, as bibliotecas escolares passam a ser ainda mais fundamentais, pois representarão a primeira oportunidade de letramento. Toda a estrutura física, o acervo, as atividades e equipe da biblioteca escolar devem ser voltados para a recepção e imersão daquelas crianças no mundo da leitura. Um bibliotecário bem preparado e sensível a essa fase delicada de aproximação da criança com a leitura será fundamental para articular recursos e atividades da biblioteca para encantar o pequeno e promissor leitor, mas também garantir o aprendizado efetivo para que ele se torne um leitor que usufrua do prazer da leitura com autonomia.
         Algumas pesquisas, como o estudo Retratos da Leitura, apontam que a população brasileira tem baixa índice e de compra de livros. Ressalvado o conceito restrito que a pesquisa dá ao termo leitor, esse resultado deve nos alertar para a importância da educação de qualidade, que envolva o desenvolvimento pleno de competências de leitura, e nisso as bibliotecas escolares têm um lugar de alta relevância. Se a educação é uma das principais ferramentas para a construção de um país melhor, o investimento em conhecimento é uma forma inteligente de melhorar o futuro.
         Muitos que dizem “não gostar de ler” são, provavelmente, pessoas que não tiveram acesso ao mundo da leitura e da literatura na infância, quando mais poderiam se encantar e aprender. Pode ser que não tenham sido apresentadas da forma adequada a esse universo, por meio de mediadores afetuosos e espaços propícios. Ou, ainda, que não tiveram a oportunidade de se identificar com algum gênero textual que despertasse o interesse pela leitura.
         O livro apresenta um enriquecimento da vida e ampliação do mundo do leitor, desvendando culturas e realidades diferentes, dando acesso a experiências que não poderiam ser realizadas no curto espaço de apenas uma vida. Mesmo a leitura de entretenimento pode reduzir o estresse e estimular o cérebro, sem contar as possibilidades da biblioterapia.
         É importante estimular a leitura desde a infância, pois ela pode ser libertadora e auxiliar em todas as fases da vida. O acesso à leitura na infância é fundamental na formação do leitor competente e crítico, habilidade importantíssima no processo de aprendizado ao longo da vida. O princípio do pensamento é a linguagem e a leitura é meio importante para se tornar um adulto humanista, com vocabulário, imaginação e muitas experiências.”.

(MARÍLIA PAIVA. Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia – 6ª Região (MG/ES), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 19 de abril de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“O que é a verdade?
        Essa indagação feita por Pilatos a Jesus, a quem julgava, é a reação de quem está desafiado a uma compreensão que ultrapassa aparências e circunstâncias. Pilatos sabia que sua função política não poderia jamais dispensar a verdade, mas, ao mesmo tempo, ele representava e estava subordinado aos interesses de um imperador. O governador Pilatos questionou Jesus: então, tu és rei? O Mestre, que falara pouco antes sobre seu reino não ser deste mundo, confundiu o seu interlocutor ao responder: tu dizes, eu sou rei. Nasce o confronto entre duas perspectivas sobre reinado. Jesus ensina que, na lógica mundana, um reino se estabelece por meio da imposição. Já o reino que “não é deste mundo” fundamenta-se na força da verdade. A realeza de Cristo incomodou Pilatos e os poderosos da época. Por isso, o governador questiona sobre o que é a verdade. Naquela época e ainda hoje, a sociedade padece por não se orientar pelo que é verdadeiro.
         O caminho que leva a avanços sociais na direção da justiça e à maturidade na vivência do amor é forjado nos parâmetros da verdade. Percorrer esse caminho deve ser compromisso permanente, que se efetiva a partir do exercício cotidiano da solidariedade. Sem se deixar tocar pelo amor e a verdade, o ser humano fica fragilizado, não age nos parâmetros da civilidade, deixa-se cair no abismo das polarizações irracionais e se sucumbe a outros males. Os resultados são terríveis e humilhantes. Grupos e nações se fecham na mediocridade, cenários que revelam a absoluta falta de entendimentos lúcidos se consolidam. Idolatrias e hegemonias aprisionam pessoas na insensatez, incapacitando-as para reconhecer o que, de fato, importa.
         Ainda assim, nesse contexto caótico, emergem também alguns sinais que são broto de esperança. As atitudes dos que se dedicam ao bem se aproximam da verdade testemunhada por Cristo, na sua corajosa e oblativa oferta ao morrer na cruz. Essa proximidade com Cristo fecunda a competência humana para reconhecer o que merece ser valorizado. Na outra margem está o hábito de substituir a verdade pela mentira, arma dos covardes. Infelizmente muitos, de modo semelhante a Pilatos, abrem mão da verdade e permitem, assim, que a sociedade continue a naufragar no fracasso. Agem tomados pela força do medo.
         Temem a verdade que liberta, testemunhada por Ele, Cristo, Único Mestre, o Filho de Deus. Pilatos poderia ter compreendido que há uma realeza muito além da que se efetiva na ilusão de um poder dos cargos que se ocupa, de honras e vestes, configurada e sustentada por um dinheiro que é fruto da mesquinha lógica. A autêntica realeza, a de Cristo, se firma pela nobreza do serviço à vida, do respeito reverente a cada pessoa. A verdade ensinada por Jesus, quando aprendida, faz com que o ser humano se incomode com a atual configuração civilizatória, manchada por diferentes e vergonhosas segregações, a exemplo do abismo que separa pessoas muito ricas de uma grande maioria que sofre com a extrema pobreza.
         A verdade que liberta vai além do mero conceito da sinceridade sobre o que se pensa da realidade. Também vai além das relativizações que distanciam muitos do que é real. Infelizmente, as pessoas buscam mascarar o que está diante de todos, optando pela falsidade. Criam o hábito de recorrer, até inconscientemente, à mentira. Há um antídoto para esse mal. Nesta Sexta-Feira da Paixão, acompanhando os passos de Jesus rumo à crucifixão, cada um dedique-se ao exercício de se revestir dos personagens que participam das diferentes cenas detalhadas no Evangelho. São muitas pessoas, em diferentes situações, que revelam as contradições humanas.
         Ao mesmo tempo, quando se fixa o olhar nele, Jesus, o Messias Salvador, homens e mulheres são impulsionados a deixar brotar de seus lábios os ecos de uma interpelação que vem da consciência: o que é a verdade? E a resposta surge na presença e à luz dos gestos daquele que é a verdade e dela dá testemunho, o Filho de Deus. A certeza do encontro com Ele é o caminho novo e a possibilidade de novas respostas para os graves problemas que ameaçam a humanidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de 299,45% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,74%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,58%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.