quarta-feira, 19 de junho de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO E A ESCOLA SEM FRONTEIRAS NA SUSTENTABILIDADE


“A educação na perspectiva confessional
        A educação existe desde que o ser humano foi criado. Embora a escola, em seu formato tradicional mais atual, seja mais recente, tendo surgido no século 12 na Europa, o conceito de educação já era aplicado muitos séculos antes. Data de 4.000 a.C. o início da escrita cuneiforme pelos sumérios, e o processo de ensino da escrita era feito pelos pais aos filhos, em casa. Na Grécia, aproximadamente em 387 a.C., Platão iniciou uma espécie de escola onde se estudava filosofia e matemática através de questionamentos práticos e, um pouco mais tarde, as famílias mais ricas adotaram o costume de estabelecer um preceptor, ou professor, com certos conhecimentos específicos para ensinar os seus filhos (Aristóteles, por exemplo, foi preceptor de Alexandre, o Grande). Ainda no século 6 a.C., começam a surgir as primeiras “escolas”, nas quais os mestres se reuniam com seus discípulos para ensinar gramática, física, música, poesia e eloquência ou oratória.
         Contudo, caso consideremos educação como sendo o processo de descobertas e aprendizagens, adaptações e desenvolvimentos e, ainda, construções de bases empíricas e cognitivas de princípios e valores, então, não podemos partir de outro lugar senão do Gênesis. No ato portentoso de Deus ao criar o ser humano, fomos dotados de capacidade par aprender, sobretudo o que estava diante de nós, para que não somente usufruíssemos de tão impressionante obra, como também zelássemos por ela.
         Sendo assim, uma das primeiras coisas que nos foram ensinadas por Deus, o nosso criador, diz respeito a nós mesmos (somos imagem e semelhança dEle e, por isso, somos capazes de ser educados para nos relacionar tanto com Ele quanto com os nossos semelhantes); segundo, diz respeito ao lugar de nossa habitação, o mundo, com o qual temos responsabilidades de zelar para que seja bem cuidado, para que usufruamos de seus benefícios e beleza por toda a nossa existência; e, em terceiro, diz respeito ao desenvolvimento da humanidade, por meio de constituição de família e transmissão de valores e princípios por meio da tradição familiar, de pais para filhos, através das gerações.
         Deus, como o projetista e criador de todas as coisas, não somente nos dotou de todas essas capacidades, como também nos deixou orientações precisas e expressas nas escrituras para que, no processo de desenvolvimento do ser humano, em todas essas áreas, sejamos eficientes e assertivos na aplicação de uma educação criativa e redentora.
         Nisso consiste o fato de que somos seres educados e educáveis: em que Deus mesmo nos projetou para o desenvolvimento e nos proporcionou os recursos para que perscrutemos as sendas dos saberes no intuito de que, neste processo de experiências e descobertas, suplantemos os erros e fixemos o alvo da verdade e da perfeição.”.

(JOSÉ ANTÔNIO DE GÓES FILHO. Bacharel em teologia e mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de abril de 2019, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 13 de maio de 2019, mesmo caderno e página, de autoria de HENRIQUE SARTORI DE ALMEIDA PRADO, chanceler do Grupo Estácio, professor universitário, ex-secretário-executivo do MEC, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação a distância
        A educação a distância é diretriz e integra a base da educação brasileira como uma modalidade reconhecida. Em 2005, um decreto apresentou parâmetros de qualidade e de segurança para um meio acadêmico que já inovava, em termos de ofertas e experimentações. Essa norma, que foi recentemente modernizada, já indicava a possibilidade de aplicação de processos de ensino e aprendizagem pouco explorada e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, incentivada.
         Desde então, a modalidade da educação a distância (EAD) no Brasil evoluiu de forma tímida na educação básica e de forma bem intensificada na educação superior. Nota-se ao analisar os dados dos Censos da Educação Superior que, já no ano de 2007, a base de alunos declarados nessa modalidade representava 7% dos matriculados. Dez anos depois, essa base triplicou, alcançando 21,2%, perfazendo mais de 1,7 milhão de alunos.
         Segundo o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2017, a distribuição do conceito 3 (entre 1 e 5) entre as modalidades presencial e a distância é praticamente igual para os cursos avaliados naquele ciclo. Os dados mostram ainda que, como fator de impacto social dos cursos de EAD, quase 80% dos alunos inseridos na modalidade trabalham e 77% são mulheres, reforçando o seu caráter inclusivo.
         Por mais que em uma década a modalidade tenha crescido em números que sustentam o ingresso, a matrícula e permanência na educação superior, também cresce o número de atores descontentes com a oferta desses cursos superiores. Com o discurso pautado na falta de qualidade ou na preparação inadequada dos currículos dos cursos, sobretudo na área da saúde, muitos que desconhecem as regras ou até mesmo a sala de aula, investem críticas contra a modalidade, como é o caso dos conselhos de profissão regulamentada.
         Falamos aqui de uma parcela diminuta da sociedade, mas que consegue garantir que o debate míope contra a modalidade esteja sempre calçado na desconfiança de quem não educa, mas de quem regula o exercício de uma determinada profissão. Contudo, quando agregam valor aos seus inscritos, esses conselhos são importantes para acompanhar o desenvolvimento de seus profissionais e o combate ao exercício irregular da profissão, mas quando tentam indicar os rumos da formação, confundem a sua missão de ser, principalmente quando buscam pautar esses pontos fora das devidas instâncias.
         Contudo, é vital esclarecer que todas as regras que competem aos cursos presenciais também se aplicam à EAD, principalmente quanto às questões relativas às atividades práticas, estágios supervisionados obrigatórios e disciplinas presenciais que as diretrizes curriculares nacionais de cada curso indicam, desmistificando que a liberdade do EAD esteja vinculada à falta de qualidade ou irregularidade na oferta desses cursos perante o Ministério da Educação.
         A modalidade a distância é um avanço para a educação brasileira, pois garante ao aluno, ao professor e às instituições de ensino devidamente habilitadas a liberdade de escolha, o melhor aproveitamento do seu tempo e das tecnologias disponíveis e subsidia um acesso mais célere e dinâmico aos currículos e conteúdos dos mais diversos cursos. Se a educação brasileira já fez a sua escolha e se adaptou aos novos tempos, por que continuam a ter medo da educação a distância? Nesse caso é melhor ter medo de quem tem medo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a ainda estratosférica marca de 298,57% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 323,31%; e já o IPCA, em maio, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,66%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.