quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A CIDADANIA FAZ O POVO VENCEDOR

“De tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando,
A certeza de que é preciso continuar,
A certeza de que seremos sempre interrompidos antes de terminar.
Portanto, devemos
Fazer da interrupção um caminho novo,
DA QUEDA UM PASSO DE DANÇA,
Do medo uma escada,
Do sonho uma ponte,
Da procura um encontro.”
(FERNANDO SABINO, in O Encontro Marcado (Record).

Mais uma importante CONTRIBUIÇÃO vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de março de 2001, Caderno OPINIÃO, página 9, com a respeitável assinatura do Cônego e professor do Seminário de MARIANA – MG, JOSÉ GERALDO VIDIGAL DE CARVALHO, que merece também INTEGRAL transcrição:

“O povo será o vencedor

Seja qual for o desfecho do embate atual envolvendo o mundo político, o vencedor precisa ser o povo. Com efeito, nunca na História do Brasil tanto se falou em corrupção. Sempre haverá corrupção e corrompidos, mas um desfecho fulminante tem sido o resultado, acalmando logo a opinião pública. Na época de Carlos Lacerda com seu verbo inflamado, triste o fim de um dos presidentes da República. Nos idos de 1954 se falava em “mar de lama”. Hoje as acusações de desvio do dinheiro público, publicadas na imprensa, são gravíssimas e deveriam ser apuradas. O atual mandatário supremo do País que pela dignidade pessoal, quer pela tropa de choque que possui, tem saído ileso e nada respinga em sua honra. É, realmente, uma pessoa honesta e correta. Seu governo, porém, se dá num dos mais turbulentos momentos da história republicana e muitos analistas julgam que deveria haver uma maior repressão aos fraudadores dos cofres públicos. Tudo, porém, será decidido nas urnas no próximo ano. Caberá ao povo cantar o triunfo final, banindo, de uma vez por todas, aquelas forças que sustentam qualquer laivo de corrupção.

Todo cuidado é pouco, dado que, na prática, o grande público vive mais das manchetes dos jornais e dos noticiários da televisão e rádio. As análises dos cientistas sociais não o atingem. Daí o perigo da manipulação. Muitos apelam, em época de eleições, para uma atitude radical que é a da anulação do voto, desiludidos com a classe política. Quem, porém, acompanha o desenrolar dos acontecimentos percebe que há como consertar o Brasil. Cumpre uma renovação de homens e de idéias e não o continuísmo. Para que o povo seja de fato triunfante cumpre uma campanha nacional de esclarecimento sobre as mazelas que reinam em tantos setores envolvendo ministros, senadores e deputados. Para isso há líderes probos que ficam na obrigação de fazer um grande serviço a esta nação. Os partidos ficam com a obrigação da escolha de candidatos que possam dar um rumo certo à pátria bem-amada. Com efeito, assim que deslanchar o processo sucessório haverá possibilidade de autênticos líderes, homens probos, atingir as massas, evitando-se a mistificação. Dizia, com razão, Antoine Rivarol que “é preciso combater a opinião com as suas próprias armas; não se disparam tiros de fuzil contra as idéias”. Idéias, se combatem, realmente com idéias.

Os conchavos que, de repente, reúnem aqueles mesmos que antes se acusavam das piores façanhas para se enriquecer ilicitamente mostram que não há divisores de água quando se trata do interesse pessoal. A política não pode ser o jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, pois isto, na linguagem de Rui Barbosa, seria uma mera politicagem. O povo que se cuide! Que todos se lembrem que Política é a arte de bem governar para o bem da população e não fazer o jogo dos interesses pessoais”.

Como vimos, a importância e a OPORTUNIDADE do presente artigo, publicado há quase uma DÉCADA, que reafirma a IMPERIOSA necessidade da MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE e, assim, construirmos uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA, DEMOCRÁTICA – na essência do Governo: DO POVO, PELO POVO E PARA o POVO – e SOLIDÁRIA, e esperamos, no horizonte do BRASIL 2014 possamos ter NOVAS PÁGINAS tratando da COPA DA CIDADANIA; eis, pois, a NOSSA FÉ, o NOSSO ENTUSIASMO e a NOSSA ESPERANÇA.

Um comentário:

Sandra disse...

Neste mês a Igreja dedica suas orações pelas vocações. Fico imaginando se ser político não seria uma vocação. Vocação que deveria ser encarada com seriedade, com lisura e honra. Mas infelizmente, a maioria de nossos politicos não se enquadram neste perfil. Fazendo um exercício de cidadania pensei em pré-candidatos a deputados, senadores e mesmo ao governo de Minas. Sugiro que vcs também façam este exercício. Que vcs tenham mais sorte do que eu, pois em minha análise encontrei apenas um nome de quem passou longe da lama e não tem seu nome envolvido. Ele foi prefeito, deputado e ministro. Triste, mas é a realidade. Temos tempo pela frente e cidadania é isto. Analisar e avaliar os nomes que estão por aí e principalmente, aqueles que ha anos e anos ocupam as cadeiras do poder.Cidadania faz o povo vencedor!!!!!