segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO NOVO PATAMAR CIVILIZATÓRIO E O PODER DA ÉTICA E DA PARTICIPAÇÃO NA SUSTENTABILIDADE

“Um novo patamar da civilização
        A vida é um processo de evolução constante. A continuidade das coisas toma suas características à medida que modifica para melhor.
         Os 20 anos que seguem vão ser de evolução profunda, sistemática e completa. O processo vindouro, que hoje inicia, atingirá um novo patamar civilizatório. Estamos num embrião de uma nova era. Os 20 anos vindouros serão da sacramentação da cabeça. A humanidade atingirá picos evolutivos, nunca vistos na história.
         Na medicina, o espaço e inteligência artificial serão instrumentos capazes de atingir além do imaginário. A ciência, com sua racionalidade e criatividade, perseguirá objetivos hoje inatingíveis. O homem se aproximará da construção divina. Mas seus sentimentos seguirão a lógica racional, que nunca extinguirá. O afeto e o amor terão uma nova roupagem, mas nem a megarrevolução conseguirá exterminar.
         O homem estará perto da perfeição. Os mistérios divinos serão investigados e revelados. Dando às mentes privilegiadas novos prêmios Nobel. O que crescerá em todos os setores, nos próximos 20 anos, será maior do que os 2 mil anos de cristianismo.
         A política daqui a 20 anos será de ideias e não de interesses. O capital do conhecimento estará moda, enterrando o capital patrimonial. Os eleitos terão os perfis derivados das mentes privilegiadas. A malandragem e a sagacidade não se extinguirão, mas terão seus valores relativizados. A medicina aproximará o homem da quase imortalidade. As doenças serão diagnosticadas antes de os sintomas aparecerem. Os tratamentos serão indolores, eficazes e inteligentes.
         O espaço conquistado e conforme as revelações colonizadas. A inteligência artificial trará mais ócio para a humanidade, tirando a rusticidade humana e criando uma personalidade mais delicada e complexa.
         O futuro será das mentes privilegiadas. E não como é hoje, dos que têm patrimônio.
         A grandeza humana atingirá o seu ápice. O indivíduo será mais abstrato e por isso acreditará na evolução da religião e na aceitação divina. A ciência nos trará surpreendentes revelações e a grandeza divina, como construtor dessas obras, atingirá o altruísmo das aceitações incontestáveis. O novo patamar civilizatório, que inicia na contemporaneidade, chegará a processo evolutivo conscientemente significativo. A grandeza humana nos erguerá a magnitudes mágicas. E isso é para breve.”.

(JUAREZ ALVARENGA. Advogado e escritor, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 8 de setembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Ética e participação
        A celebração da Semana da Pátria é oportunidade para acender nas mentes e corações de cada brasileiro o desejo de se dedicar a uma complexa tarefa: qualificar a cultura cidadã da nação e, assim, transformar o Estado. Todos, unidos, são convocados a buscar sempre o bem e a justiça para essa pátria, que precisa, de verdade, ser mais amada. É um tempo que deve inspirar o compromisso civilizatório de buscar novas dinâmicas e respostas para que a pátria não continue a sofrer, deitada no “berço esplêndido”, as consequências dos privilégios intocáveis das inaceitáveis e abomináveis práticas comuns nas instâncias do poder político. Para isso, é preciso ter a coragem de dar um passo determinante: vencer os cenários de exclusão que fragmentam a sociedade, criando um contexto desfavorável à participação altruística nos processos cotidianos que dão forma à realidade brasileira.
         Seguir esse novo caminho exige romper com os traços de mediocridade que se revelam em diferentes situações: nas inadequadas formas de exercer o poder e na busca egoísta pelo próprio bem, desconsiderando a vida de outras pessoas. A cooperação entre todos e a clareza sobre a necessidade de se buscar o bem comum precisam ser prioridade. Considerando a paixão que o brasileiro tem pelo futebol, é possível fazer um exercício de comparação para destacar a importância do trabalho coletivo com vistas a alcançar objetivos comuns. Um time ganha e avança, construindo campanhas exitosas, quando permanece unido e decide, coletivamente, valer-se, com lucidez, de seus recursos táticos e técnicos.
         Nesse mesmo sentido, a sociedade, unida, precisa eleger suas prioridades e buscar audaciosas soluções para alcançar uma virada civilizatória. Todo cuidado é pouco para não se deixar aprisionar pelas disputas insanas na definição dos nomes que serão submetidos à votação nas eleições do próximo ano. Esses são embates fortemente orientados por interesses partidários, contaminados pela vaidade e que frequentemente comprometem a necessária lucidez, em um momento decisivo para o país. As disputas insanas apenas retardam progressos, impedindo a sociedade brasileira de atingir novo patamar, condizente com a história e as riquezas do Brasil. Um ponto crucial para conquistar avanços civilizatórios no país é cada pessoa assumir o gesto penitencial de reconhecer que a nação precisa refazer seus trilhos para percorrê-los em outra velocidade. Essa tarefa contempla assimilar novas dinâmicas culturais e políticas.
         Ninguém se transforma e, consequentemente, nada muda quando não se adota o princípio da humildade, que permite reconhecer limites, inabilidades e, particularmente, as estreitezas de atitude. Demanda-se essa humildade do cidadão comum aos que atualmente estão no exercício do poder. Eis um passo fundamental para alcançar a clarividência que torna possível encontrar saídas para as crises, sabedoria e, principalmente, sensibilidade para definir o que realmente é prioritário.
         A sociedade precisa, pois, de gente que esteja aberta a novas percepções, para avançar sob o impulso da ética e da participação, antídotos que debelam a mediocridade de desempenhos, a estreiteza de propostas de homens e mulheres que, em vez de pensar globalmente, são orientados por partidarismos suicidas e perniciosos. O tempo novo, com um Estado reconstruído, sociedade equilibrada e com força para superar tristes cenários, será conquistado com o pilar da ética e da dinâmica da participação.
         O pilar da ética tem força para superar uma cultura nefasta que é contramão da transparência e da honestidade. A ética, quando orienta condutas, é capaz de debelar o antipático e propalado “jeitinho brasileiro de ser”, aqui compreendido como falta de seriedade, costume de burlar normas e procedimentos, com o objetivo de alcançar o favorecimento pessoal, benesses para aqueles que são próximos ou correligionários. Uma sociedade participativa prioriza a dimensão comunitária, mais horizontal, no lugar de uma organização hierárquico-vertical. Supõe o reconhecimento da autonomia de cada pessoa e um Estado que, em vez de achatar a cidadania, reconhece que está a serviço do cidadão.
         A ética e a participação cidadã são imprescindíveis para o desenvolvimento de cada pessoa e de toda a sociedade. Que a Semana da Pátria inspire diálogos e compartilhamentos, o envolvimento de todos na construção de um tempo diferente e de renovada cultura, marcados por mais ética e participação.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho/2017 a ainda estratosférica marca de 399,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,30%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em agosto/2017, chegou a 2,46%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        

           

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