“Como
aceitar que a propriedade
não existirá como agora?
Sendo simultaneamente
instintivo, intelectivo e intuitivo, o homem precisa começar a buscar a
consciência da unidade em si mesmo para a superação do apego e do senso de
propriedade. Para o instinto e para o intelecto, é difícil aceitar que, num
estágio futuro, a propriedade não existirá como agora. O lado instintivo é
possessivo, teme passar necessidades; o intelecto, por sua vez, orgulha-se de
suas ideias, não se dispõe a desapegar-se delas. O senso de propriedade está
presente até mesmo no eu consciente do indivíduo que preza por sua essência
interior, sua alma e espírito.
Quando
o indivíduo finalmente emerge da consciência de massa, interage com o instinto,
com o intelecto e com a intuição tendo consciência dessas três energias bem diferentes entre si.
Sua tarefa é, então, transformar o instinto em intuição, usando, para isso, o
próprio intelecto, que deve compreender o processo, concordar com ele e
participar da obra. Caso contrário, surgem os conflitos psicológicos que todos
conhecemos.
O que
devemos alcançar, levar ao coração e depositar em seu templo sagrado às vezes é
a parte mais material do ser; outras é aquela que argumenta e analisa e ainda
outras vezes é a intuição, luz que traz em si todas as soluções. Esse templo,
que recebe o que de mais caro o homem tem, corresponde ao corpo da alma – que
vai absorvendo, transformadas, todas as tendências humanas. Enquanto tais
tendências não são conduzidas à purificação, não podem ser transmutadas em algo
superior, em algo que é tido como algo irreal para a percepção mais densa.
O
intelecto em parte já compreendeu do que se trata e por isso experimenta um
pouco daquilo que no futuro constituirá sua própria vibração. Mas é à medida
que o eu consciente convive com a intuição, com o mundo espiritual, que ele
consegue impulsionar e reunir todos os seus aspectos, elevando-os e renunciando
a eles. Isso ocorre quando o indivíduo abraça e coordena todos os elementos que
constituem o seu ser: trabalha-os, transmuta os que são aproveitáveis e
transformáveis e rejeita os que são relutantes à evolução.
A
consciência de massa, mesmo quando já transcendida, traz enraizado em si o
senso da propriedade, que é uma das últimas ilusões da qual o homem evoluído se
liberta. Por isso, o eu consciente não deve se deixar influenciar pelo instinto
nem pelo intelecto, deve simplesmente seguir a voz da sabedoria.
Mas
esse não é um trabalho feito apenas no nível da mente. O “coração” torna-se
ativo quando o indivíduo é também coerente nas suas ações, ou seja, quando as
pratica com independência em relação às solicitações ou influências externas.
As vozes dos instintos e do intelecto acompanham todos nós no decorrer da vida.
Qualquer instabilidade ou vacilação durante uma ação que esteja sendo conduzida
pela parte mais consciente do indivíduo representa uma queda no processo de
crescimento. Executada tal ação incorreta ou inexatamente, a seguinte deve ser
empreendida sempre em ordem, de forma inabalável, a fim de equilibrar a
anterior. Educa-se, desse modo, a perseverança.
Paciência
infinita e não crítica são, neste trabalho, fundamentais. Vence, no final, a serenidade
de espírito do homem que não perde o sorriso mesmo diante de fatos
aparentemente tristes. Sim, deve-se sorrir durante a busca dessa unidade, mesmo
que advenham circunstâncias desanimadoras.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de10 de dezembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de
novembro de 2017, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de RODRIGO SOUZA,
sócio e diretor de tecnologia da Security4IT, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Segurança
da informação
Um dilema para líderes
em diversas corporações é descobrir os motivos pelos quais a segurança da
informação tenha se tornado um dos maiores desafios já enfrentados. Poderíamos
listar, aqui, como principais causas das novas ameaças, cada vez mais
sofisticadas e em maior número, a complexidade dos ambientes das empresas,
somada a uma crescente variedade de tecnologias, ou a falta de capacitação das
equipes responsáveis pelos serviços administrados e pela proteção dos
ambientes. Ainda poderíamos culpar o baixo índice de conscientização dos
colaboradores sobre a importância da informação, aliado à ausência de processos
e procedimentos. Porém, a verdade é que não existe uma responsa correta para
essa pergunta.
A
grande questão, na prática, é de fato superar esse desafio, mas isso é muito
mais difícil e complexo do que saber a raiz da questão. Isso porque são
inúmeras variáveis que compõem este cenário, e o caminho que leva ao sucesso
das iniciativas deve levar em conta todas as variáveis e, então, traçar
estratégias para que o controle dos agentes e ambientes minimize os riscos de
incidentes.
É
importante implementar controles internos e regras claras de compliance, que
devem estar em linha com a legislação e ser adotados como uma oportunidade de
aperfeiçoamento dos parâmetros de mercado e negócios, além de serem um guia de
padrões éticos de controles, conferindo transparência à organização e controle
de acesso às informações.
A
gestão está associada à diminuição da incerteza em relação a eventos futuros,
no caso da segurança da informação, de incidentes no ambiente virtual, seja por
contaminação de vírus, ataques de hackers, sequestro de informações, entre
muitos outros riscos cibernéticos. O controle também pode aumentar a eficácia
das operações, por meio da diminuição de custos ou de tempo de execução de
processos ineficientes e não estruturados.
Para
isso, é preciso implementar, ainda, uma metodologia de monitoramento, com
sistemas inteligentes que promovam o acompanhamentos sistemático de algumas
variáveis, nos quais se avalia se os objetivos estão sendo alcançados, se os
limites estabelecidos estão sendo cumpridos e se eventuais falhas estão sendo
prontamente identificadas e corrigidas. Os agentes críticos a serem
obrigatoriamente avaliados nos processos de segurança da informação são:
ameaças, processos, indicadores e pessoas, o agente mais crítico.
As
ameaças talvez sejam a variável mais óbvia desta lista, pois, normalmente, é o
principal foco da maioria das equipes de segurança cibernética. Com o aumento
do número de aplicações disponíveis, principalmente devido ao surgimento de
dispositivos móveis inteligentes (smartphones e tablets), atualmente as ameaças
se multiplicam a uma velocidade exponencial e, quanto maior esse número, maior
é o número de malwares que tentam
explorar cada uma dessas ameaças. A sofisticação e a velocidade com a qual
estes malwares são desenvolvidos é o
que torna o controle das ameaças um processo nada fácil de ser executado.
O
segundo item de nossa lista de variáveis é um dos mais relevantes para o
controle de ameaças cibernéticas: trata-se da definição e implementação de
processos de resposta a incidentes, com etapas bem estabelecidas e regras a
serem cumpridas, já que é por meio dele que é possível organizar e definir como
as ameaças devem ser mitigadas dentro da organização. Muitas instituições
falham nesta questão, pois não possuem metodologias definidas e viáveis para
conter incidentes de segurança.
O
terceiro item da lista é a variável a qual as áreas e segurança da informação conferem
menor grau de criticidade, uma visão que pode ser fatal, pois, por meio de
indicadores bem definidos, podemos avaliar se nossos controles (tecnológicos ou
não), processos e procedimentos são efetivos e eficazes. Trata-se de um
critério que permite mensurar se a estratégia é assertiva ou não.
Por
fim, a quarta variável é a mais importante, pois é o elo mais fraco da corrente
no processo de proteção de dados, que é o fator humano. Uma equipe sem a
capacitação adequada, com colaboradores pouco conscientizados é, sem dúvida
nenhuma, o maior desafio de uma organização que busca a excelência e eficiência
na proteção de suas informações.
Não
existe uma receita pronta a se aplicar para superar todos os desafios da
segurança da informação, porém, para obter sucesso nas iniciativas, algumas
questões devem ser consideradas. São elas: capacitação da área de segurança da
informação e de todos os colaboradores em um processo contínuo; definição de
uma metodologia a ser seguida; alinhamento com a gestão da companhia e com os
objetivos de negócios; mensuração das iniciativas. Além disso, é importante
possuir um conjunto de soluções tecnológicas que não só protejam os ambientes
virtuais, mas também possuam mecanismos de resposta rápida e eficaz a
incidentes.
É impossível
prever quando, como e onde será realizado um novo ataque como o Petya e o
Wannacry, mas é possível estar preparado para evitar ataques e, se não em sua
totalidade, conseguir mitigar os desdobramentos desses incidentes, que, além de
danos à reputação, podem resultar em perdas financeiras, de marca e de mercado.
Garantir
a segurança da informação de uma organização é um processo contínuo que deve
ser reavaliado e reajustado de acordo com as constantes mudanças do cenário, em
todo o mundo. O gerenciamento de risco consiste em trabalhar com conclusões
suficientes de premissas insuficientes, já que não podemos prever eventos
futuros e que certamente ocorrerão.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em outubro/2017 a ainda estratosférica
marca de 337,94% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 323,73%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, em novembro, chegou a 2,80%); II –
a corrupção, há séculos, na mais
perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é grande.
Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está
imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito
mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do
Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao
excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.
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