“Por
uma educação de qualidade
É inegável que o
sistema educacional brasileiro necessita de ajustes para restaurar sua qualidade,
principalmente em se tratando de ensino público. Nesse aspecto, antes de
qualquer tecnicismo, devemos centrar as ações na pessoa, ou seja, na
valorização dos professores, acima de tudo.
Ao
colocarmos em discussão a qualidade da educação, devemos levar em conta seu
aspecto pecuniário e, principalmente, o preparo correto dos profissionais de
ensino, que, na maioria das vezes, têm que lidar com alunos de diversas
características e camadas sociais.
Isso
passa por uma boa estrutura no ambiente escolar, em que professores possam ter
acesso a todas as ferramentas, no sentido de oferecer um ensino de qualidade.
Afinal, a tecnologia está aí para atender a todos.
Com
uma escola restaurada, revitalizada e com profissionais motivados, o estudante,
com certeza, terá prazer em frequentar o ambiente escolar. Repensar a grade
curricular e o método de ensino são um dos grandes desafios, uma vez que a
escola tem que despertar o interesse do educando.
Um dos
graves desafios da educação pública foi o completo abandono desse setor, nos
últimos anos. Hoje, deparamos com a maioria das escolas sem infraestrutura
ideal. Com a crise, em vários estados, até a merenda escolar ficou
comprometida. Somando-se a isso tudo, temos os movimentos grevistas que, em
Minas Gerais, foram constantes no primeiro semestre, o que comprometeu o
calendário escolar e a formação dos estudantes.
Considero
ser necessário recuperar, o quanto antes, a autoridade dos docentes em sala de
aula com vistas a preservar a disciplina, uma vez que está cada vez mais
difícil lidar com jovens nesse cenário atual. Isolados em suas tribos e no
mundo virtual, eles relutam em aceitar os métodos tradicionais de ensino. Penso
que crianças e jovens precisam desenvolver técnicas sistemáticas de trabalho, e
aí entram os professores para auxiliá-los nessa empreitada.
Educar
para a vida e para o trabalho exige muito esforço e muita dedicação. Deixar os
estudantes à deriva nesse processo educacional não é bom, pois aprender requer
força de vontade. Por isso, será fundamental a presença de um profissional
capacitado para guiar os jovens nesta jornada.
Acreditar
e apostar na boa educação é uma das formas para alcançar níveis mais altos de
desenvolvimento. Com governos cientes de seu papel, é plenamente possível
caminharmos no rumo da formação de cidadãos conscientes e aptos a enfrentar os
desafios, cada vez mais complexos, de um mundo globalizado.
Nesse
sentido, restaurar a qualidade da educação deveria ser o compromisso de todos
nós. Mas isso só se tornará possível com o apoio de governos centrados nesse
objetivo. E aí, sim, poderemos sonhar com um futuro mais justo e com melhores
oportunidades para os milhões de brasileiros.”.
(SEBASTIÃO
ALVINO COLOMARTE. Professor, superintendente-executivo do Centro de
Integração Empresa-Escola de Minas Gerais e diretor da AC Minas, em artigo
publicado no jornal ESTADO DE MINAS,
edição de 2 de agosto de 2018, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de NORBERTO
TOMASINI, head of digital business da TIVIT, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Big
data: inteligência para a inovação
As tecnologias emergentes
têm permitido que empresas, de todos os portes e perfis, criem produtos,
serviços e modelos de negócios inovadores, de forma cada vez mais rápida e
eficiente. Um dos grandes pilares tecnológicos dessa transformação está no uso
de big data. Isso porque a organização, manipulação e análise de grandes
volumes de dados – estruturados e não estruturados – representa, hoje, fator
essencial para que as organizações tomem decisões assertivas e que as tornem
mais competitivas e bem-sucedidas em um cenário de transformação digital.
A
digitalização dos negócios, no entanto, passa por três grandes ondas: a da
preparação e organização desses dados, a geração de valor e novas experiências aos
consumidores, e a criação de novos produtos. Mas ainda há um longo caminho a
seguir. Segundo dados do Gartner, 80% das empresas brasileiras ainda estão na
primeira onda da digitalização, extraindo pouco valor das novas tecnologias. As
empresas que estão no segundo passo do processo representam 30%, já contam com
ambientes mais avançados de analytics e estão enriquecendo seus bancos de dados
com informação de extrema relevância para o desenvolvimento dos seus negócios.
A última fase do processo ainda é uma realidade para apenas 20% das companhias,
que estão realmente criando produtos e serviços novos a partir da exploração e
automação.
De
acordo com um relatório da Frost & Sullivan, as expectativas são de que o
setor de big data e anlytics movimente US$ 8,5 bilhões até 2023, na América
Latina, com uma taxa composta anual de crescimento de 19,2%. Em 2017, só no
Brasil foram investidos cerca de US$ 1,3 bilhão em projetos associados a essa
área. Também como reflexo da expectativa de crescimento, recente estudo da Liga
Ventures, realizado em parceria com a TIVIT, demonstra que entre as startups
brasileiras que irão impactar a sociedade e os modelos de negócios nos próximos
cinco a 10 anos, 20% delas têm como foco o uso de big data e analytics.
Esse
mercado tem sido especialmente impulsionado pelo uso da inteligência
artificial, machine learning e Iot, associado à necessidade de coletar,
armazenar e manipular dados que crescem em volume exponencial nas organizações.
Com isso, as lideranças dos mais diferentes setores da economia têm visto o big
data como uma forma de permitir a gestão eficiente de uma série de atividades,
incluindo marketing, vendas, supply chain, finanças e operações.
O
sucesso dos projetos, no entanto, está diretamente associado à capacidade de as
empresas explorarem, ao máximo, essa análise de dados para gerar insights e
predições relevantes para a tomada de decisão. Isso porque muitas iniciativas
se perdem pela falta de clareza sobre quais as perguntas que devem ser
respondidas e como as descobertas e insights podem ser explorados em benefício
do negócio.
Nesse
sentido, um dos grandes desafios enfrentados, hoje, pelas empresas que adotam o
big data está em encontrar profissionais e parceiros capacitados a estabelecer
processos eficientes e customizados para coleta, organização, análise,
compartilhamento e monitoramento das informações trafegadas nos sistemas. Mais
do que isso, as corporações que embarcam nesses projetos precisam em conta a
infraestrutura de TI adequada para trafegar, armazenar e manipular esses
grandes volumes de dados, em especial, para evitar que o custo para gestão e
manutenção desses ambientes torne os projetos inviáveis.
A boa
notícia para quem planeja embarcar em projetos de big data está no fato de que
hoje existem no mercado provedores de serviços especializados em apoiar as
empresas na implementação e gestão desses projetos. Ou seja, os desafios em
relação ao conhecimento técnico, ao controle de diferentes parceiros e à
complexidade da infraestrutura de TI para suportar essas iniciativas não
representam mais um obstáculo para que as organizações invistam na análise de
dados para inovar e ter sucesso em um cenário de transformação digital.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de
291,88% nos últimos doze meses, e a taxa
de juros do cheque especial em históricos 304,94%; e já o IPCA, também no
acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,39%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e
irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito,
a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura,
além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências
do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações,
da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental,
com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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