sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DO ENSINO NA REVOLUÇÃO 4.0 E AS EXIGÊNCIAS DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA NO AGRONEGÓCIO E NA SUSTENTABILIDADE


“Conexão 4.0
        Vivemos na érea da informação, da internet das coisas. Estamos conectados de uma forma jamais vista. Com a chegada da Revolução 4.0, mudamos a forma de viver, trabalhar e nos relacionar e, apesar disso, encontramos um cenário de contrastes no setor educacional: nossas escolas estão desatualizadas e nossos professores, despreparados e ainda muito distantes da “Educação 4.0”.
         Qual é o futuro dos alunos de hoje? Qual tipo de ensino está sendo oferecido para os profissionais e cidadãos do amanhã? Neste mundo Vuca (sigla em inglês para: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade) em que vivemos, o modelo de aprendizagem continuará baseado no modelo passado? Precisamos reaprender a aprender para absorver o novo.
         O que se propõe é um formato de sala de aula invertida, na qual o professor atua como facilitador e mediador, um tradutor do conhecimento, conferindo o protagonismo aos alunos. Os jovens passam a ter uma voz ativa e a aprendem de maneira coletiva.
         A tecnologia oferece uma série de ferramentas que possibilitam a aplicação de novas metodologias com foco em aprimorar a interação. Ensino híbrido, inteligência artificial, gamificação, realidade virtual e aprendizado colaborativo são novas maneiras de ensinar e aprender. As “habilidades do futuro”, que envolvem programação e robótica, por exemplo, precisam ser desenvolvidas.
         Nesse contexto, entendemos que as empresas podem e devem contribuir para fomentar o desenvolvimento social nas comunidades em que estão inseridas. No caso da Fundação Arcelor-Mittal, enxergamos a educação como uma das áreas mais importantes para o crescimento da sociedade e investimos em projetos que contribuam para o aprendizado de alunos do ensino fundamental de escolas públicas.
         Em 30 de anos de história, consolidamos o trabalho nos mais de 40 municípios onde estamos presentes. Agora, queremos ir além e contribuir para a atualização do modelo de aprendizagem das escolas com que temos parcerias, incrementando os projetos existentes e promovendo iniciativas para fomentar o empreendedorismo, as carreiras Stem* e a cidadania, levando uma nova experiência à comunidade escolar.
         Programas com foco na melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem de ciências, por meio de ações junto a professores e alunos, como a construção de robôs, beneficiaram mais de 5.000 alunos, com envolvimento de cerca de 150 educadores, no último ano.
         Na mesma linha, o Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente liga a educação científica à conscientização ambiental. Temas como lixo, água e energia são o ponto de partida para experimentos científicos por estudantes de escolas da rede pública, estimulando a solução de problemas da comunidade.
         Essas são algumas das ações realizadas e que comprovaram ter resultados bastante animadores para os nossos jovens.
* Termo usado para agrupar ciências, tecnologia, engenharia e matemática.”.

(Leonardo Gloor. Diretor-superintendente da Fundação ArcelorMittal, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de julho de 2019, caderno O.PINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de agosto de 2019, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de JOÃO COMÉRIO, presidente do Conselho do Grupo Innovatech, e que merece igualmente integral transcrição:

“Inteligência competitiva
no agronegócio
        A agricultura vive um momento de grandes transformações, impulsionadas por fenômenos recentes ou pela aceleração de tendências, e acompanhar essa evolução não é tarefa fácil. Mesmo isoladamente, cada um desses fatores poderia vir a ter um impacto significativo sobre o setor do agronegócio. Em conjunto, essas tendências poderão redefinir a estrutura, a conduta e o desempenho dos agentes no segmento, produzindo novos vencedores e perdedores, tanto no nível de empresas como no de países inteiros.
         As mudanças tecnológicas, ambientais e de mercado demandam que os players da cadeia do agronegócio, que queriam se manter e crescer, adaptem-se a um ambiente de maior incerteza, novos equilíbrios de força e necessidade crescente por respostas rápidas e decisivas.
         Como é sabido, os resultados dos empreendimentos no agronegócio são fortemente impactados por fatores originados da “porteira pra fora”, em outros elos da cadeia de valor. E, embora a disponibilidade de dados venha crescendo de maneira exponencial, as lideranças empresariais não têm acesso a informações críticas e essenciais para tomar decisões importantes para os seus negócios. Ou seja, falta-lhes o que chamamos de inteligência competitiva.
         O objetivo da inteligência competitiva é captar sinais de mudanças no ambiente externo que tenham impacto sobre o desempenho da empresa, tanto ameaças como oportunidades, antes dos seus competidores e a tempo de reagir sobre as informações. A ausência de processos efetivos de inteligência competitiva leva a prejuízos evitáveis ou ao desperdício de oportunidades.
         O desafio maior não está na falta de dados, mas na transformação de dados em diretrizes para tomada de decisão, definindo as variáveis de interesse (“o que?”) e estabelecendo protocolos para obtenção e curadoria das informações relevantes (“como”). Para isso, se faz necessário mapear quais informações são relevantes para o negócio e não é uma tarefa trivial. Muitas vezes, as relações entre variáveis importantes não são óbvias e elas ainda mudam ao longo do tempo.
         Um exemplo básico dessa necessidade de avaliação e de variáveis nem sempre claras para o empresário do agronegócio pode ser visto na questão dos custos do transporte da produção agrícola. Muitos acreditam que ter as informações sobre os valores dos fretes e custos de transportadora seria o ideal. Mas se esquecem de que esses valores também têm “n” variáveis, como mão de obra, custo do combustível e disponibilidade modal, entre outros. Isso, fora a avaliação do próprio negócio, como demanda, projeção de safra, sazonalidade etc.
         Nesse caso, para se compreender uma das grandes preocupações do produtor agrícola, que é o custo do transporte, é necessário monitorar, fazer projeções macroeconômicas, como inflação e juros, avaliar a política de preços da Petrobras; estar atento aos movimentos da categoria (caminhoneiros), entre tantos outros aspectos extremamente variáveis.
         Já no caso da pecuária, podemos citar como exemplo as variáveis que contemplam o investimento na ampliação da capacidade de abate de frangos de um frigorífico. É preciso avaliar dentro do planejamento premissas básicas como demanda, preços e custos, mas é necessário, também, ter em mente os indicadores antecedentes, como as tarifas de importação, mapa de plantio do milho, fenômenos naturais como o El Niño, tendências de consumo, entre outros. Para isso, é preciso saber quais são as fontes de dados confiáveis e pertinentes e quais são os meios de captura relevantes para essas informações. Apenas depois de ter todas essas informações nas mãos é que é possível o empresário definir e aplicar quais serão as medidas a serem tomadas.
         Como se pode perceber, se manter, empreender e crescer no agronegócio não é tarefa fácil e exige resposta rápida do empresário e produtor. E nesse universo tão dinâmico e variável, a inteligência competitiva é o fator decisivo entre o sucesso e o fracasso.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 300,09% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 322,23%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,37%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


 



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