segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER E EXIGÊNCIAS DAS HABILIDADES NA ERA DIGITAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ALEGRIA NA SUSTENTABILIDADE


“As habilidades necessárias na era digital
        A popularização das ferramentas digitais tem transformado a sociedade contemporânea, assim como aconteceu quando surgiram as máquinas a vapor no século XV e quando a energia elétrica foi inventada no século XIX. A Quarta Revolução Industrial é marcada pela participação, cada vez mais expressiva da tecnologia no cotidiano das pessoas e nos fluxos de trabalho.
         A incorporação de ferramentas como internet das coisas, inteligência artificial e big data já é frequente em empresas dos mais diversos segmentos. Segundo uma pesquisa da universidade de Harvard divulgada em 2019, 53% dos brasileiros estão em profissões que serão afetadas pela automação na próxima década.
         Tal realidade exige dos profissionais uma adaptação. O papel deles dentro das organizações será transformado. Com o surgimento de novas funções e o desaparecimento de outras, não há espaço para ficar zona de conforto, o que também vale para as pessoas que ocupam posições de liderança.
         Uma das principais habilidades exigidas nessa fase é a de interagir com as novas tecnologias. Os profissionais que estiverem atentos às tendências, capacitados para operar as novas ferramentas e dispostos a assumir papéis mais estratégicos devem se destacar.
         É impossível falar em transformação digital sem mencionar a utilização de ados, que têm se tornado um instrumento cada vez mais decisivo na realização do trabalho e no embasamento de decisões estratégicas quanto ao rumo dos negócios. Portanto, adquirir “skills” referentes a coleta, tratamento e armazenamento de dados é fundamental para profissionais que pretendem atuar em qualquer segmento.
         A era digital também traz uma grande facilidade de produção e disseminação de conteúdo por meio das redes. Como consequência disso, esse trabalho deixa de ser exclusividade dos especialistas em comunicação, o que coloca em xeque a credibilidade das informações. Por isso, a sobrevivência de qualquer profissional na era digital depende do desenvolvimento da habilidade de apurar e da responsabilidade ao compartilhar.
         Com a era 4.0, o conhecimento técnico assume uma importância fundamental. No entanto, tão importante quanto estar apto a lidar com ferramentas é o desenvolvimento de competências psicológicas e comportamentais. Por serem responsáveis por operar e desenvolver as estratégias adequadas de uso das novas tecnologias, as pessoas é que vão conduzir essas mudanças.
         Por isso, a tendência é que sejam mais cobradas em termos de inteligência emocional, discernimento, resiliência, capacidade de planejamento e liderança. Essas competências devem garantir que encontrem seus respectivos espaços nesse ambiente digital, que tem como característica a integração das pessoas com a tecnologia.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de dezembro de 2019, caderno OPINIÃO, página 13).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 27 de dezembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Alegria: o remédio
        ‘Alegrai-vos!’. O apóstolo Paulo faz esse convite, até com certa insistência, ao escrever aos cristãos filipenses: “Alegrais-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos!”. Convite interpelante porque expõe e toca uma das feridas mais dolorosas da existência humana: a tristeza, causa de todo tipo de adoecimentos, do corpo e da mente. Mal que conduz muitos a desistir de viver. Ou mesmo leva à irracionalidade de um “vale tudo” que possa garantir sensações efêmeras, ilusórias. A humanidade contemporânea, mesmo diante de tantas possibilidades, está profundamente adoecida pela tristeza, inclusive aqueles que podem usufruir de certo conforto. A raiz dessa grave situação está na solidão humana. Presente nas etapas diferentes da vida, constitui um quadro alarmante que ameaça a saúde da população.
         A tristeza traz desdobramentos terríveis, a exemplo do abuso do álcool e das drogas, do aumento das diferentes formas de violências, com impactos preocupantes. Alimenta a mesquinhez que fecha o coração e acirra a ganância. Compromete a clareza ante valores importantes, favorecendo as relativizações que desnorteiam segmentos sociais, até os religiosos, fazendo valer qualquer coisa, inclusive os absurdos abomináveis de promessas e propostas que apenas enganam os que estão sedentos de alegria. Há certo desarvoro na busca por autêntica felicidade: é possível viver sem muitas coisas importantes, mas, sem alegria, não se consegue enxergar a vida como dom. a tristeza e a equivocada busca pela alegria configuram, assim, um cenário desafiador.
         A situação é preocupante porque há, de fato, um distanciamento suicida das fontes da verdadeira felicidade e, consequentemente, são adotadas lógicas perversas, ilusórias e decepcionantes para preencher essa lacuna. Mas, o que seria a alegria e qual o caminho para encontrá-la? Fala-se de caminhos a exemplo de se cultivar a amizade, se viver a solidariedade e se permanecer fiel a princípios ético-morais. A ânsia para se conquistar a felicidade genuína, somada às situações deprimentes que enjaulam o ser humano nas periferias existenciais, revelam que ainda falta uma palavra paraclética, isto é, de consolação e orientação para conduzir a vida na sua verdadeira direção. Por isso, vale consultar o Apóstolo Paulo sobre como é possível conseguir alegria.
         Paulo, com simplicidade e sinteticamente, indica: alegrai-vos sempre no Senhor. Esse Senhor tem um nome, é uma pessoa, encontrada na manjedoura do presépio, chama-se Jesus Cristo, o Salvador, verbo encarnado, que vem ao encontro da humanidade, para oferecer a oportunidade de se viver a experiência do encontro com Ele e, assim, alcançar a fonte inesgotável da alegria. A celebração do dia do Natal, sabiamente estendida, na liturgia da Igreja Católica, por uma oitava de dias, é a convocatória amorosa para uma sociedade perpassada por tristezas que a definham, nos descompassos das injustiças, dos extermínios, das violências beligerantes, a curar-se com a alegria do encontro com o Salvador da humanidade.
         Importante lembrar aqui o papa Francisco, em sua exortação apostólica: existe uma doce e reconfortante alegria do Evangelho, uma eterna novidade, que se opera e se experimenta na cotidiana amorosidade do encontro com Jesus Cristo. Esse encontro enche o coração e a vida inteira com alegria duradoura; é remédio de sabedoria para toda ignorância; faz com que a solidariedade substitua a indiferença; cultiva o desapego em lugar da mesquinhez; incentiva o querer bem ao próximo e, consequentemente, o apreço pela fraternidade. O encontro com Jesus dissipa os descompassos nascidos do ódio da intolerância e do orgulho que alimentam a doença do querer se sobrepor aos outros, de se inscrever em insuportáveis disputas, que de nada adiantam.
         O Natal é oportunidade para se deixar salvar por Ele, que vem igual ao ser humano em tudo, exceto no pecado, para liberar a humanidade do próprio pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento, da cegueira espiritual e humanística que inviabiliza conquistas luminosas e admiráveis da racionalidade humana. É tempo da experiência simples de um encontro, celebrando, professado e testemunhado a partir da aproximação silenciosa, confiante e apaixonante de uma pessoa, Jesus Cristo, o menino-Deus, para convencer pela alternativa de uma lógica não consumista, para superar o perigo de se ter um coração individualista, comodista e mesquinho. O encontro com Jesus exercita cidadãos e cristãos verdadeiramente solidários para um mundo novo, em fé autenticamente vivida como anúncio do Reino que é Ele, o verbo encarnado, que leva à verdadeira alegria, o mais importante remédio para a humanidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 318,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
     

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